Usando o flash com criatividade

Exemplos de usos criativos do flash, permitindo efeitos bem interessantes.

 No encerramento da série, conheça algumas possibilidades criativas do flash!

Ao longo das últimas semanas, publicamos uma série de textos na seção #fotografetododia sobre os usos do flash, passando desde as diferenças entre flash embutido e dedicado nos resultados que proporcionam nas fotos até por noções quanto ao uso da potência e do zoom ao usar o speedlight. Hoje, para encerrar, traremos alguns exemplos de usos criativos do flash, permitindo efeitos bem interessantes.

É possível alterar completamente a cor e temperatura de uma imagem ao aliar o flash de forma indireta e alguma superfície da coloração desejada, como um tecido, por exemplo. Para isso o flash deve estar voltado para tal superfície, que ficará fora do campo que será fotografado pela câmera. Esse truque funciona melhor em ambientes com menor incidência de luz para que o flash possa colorir o primeiro plano de forma mais intensa.

Na imagem de Peter Kaaden feitas para um editorial de moda da revista INDIE Magazine, é possível notar a coloração avermelhada sobre a modelo. Esse efeito pode ser alcançado com mais de uma maneira, mas uma delas é o uso do flash associado a uma superfície vermelha ou um filtro utilizado acoplado ao flash.

Uma mulher é vista com os cotovelos apoiados sobre uma superfície e as mãos cobrindo parcialmente nariz e boca. Usa óculos escuros e tem a cabeça coberta por um casaco escuro. 
Peter Kaaden. 2017

Já o fotógrafo francês Francis Giacobetti possui uma série de fotografias chamadas Zebras – Listras Ópticas, que apresenta corpos nus vestidos unicamente com listras feitas a partir de sombras. As fotos possuem visivelmente um trabalho de pós produção a fim de atingir os tons de preto e branco desejados, com um forte contraste na relação entre a luz e as sombras. Esse tipo de efeito que pode ser construído com a utilização de flash e objetos que possam projetar sombras nas formas desejadas.

Uma mulher nua aparece deitada com os braços estendidas acima da cabeça e as pernas cruzadas. Sombras em forma de listras cobrem seu corpo, escondendo seus olhos, mamilos e sexo. 
 Francis Giacobetti. Zebras – Optic Stripes, 2012.

É também possível usar o flash aliado à outras técnicas para conseguir efeitos diversos. É o caso do uso da longa exposição, em que os movimentos diante da câmera são capturados e surgem borrados. Ao usar o flash , é possível congelar o primeiro plano e preservar o efeito da longa exposição no restante da foto, como pode ser visto na série de fotografias feitas por Gjon Mili com a participação de Pablo Picasso para a revista Life em 1949. Para conseguir tal efeito, foi usada a técnica de longa exposição para capturar os movimentos que Picasso fazia ao “desenhar com a luz” em um quarto escuro. Picasso aparece em várias posições ao mesmo tempo devido aos vários disparos do flash durante o registro. Porém, é preciso ter em mente que os resultados ao aliar técnicas como essa podem ser diversos, podendo ser ou não satisfatórios. O melhor é testar, fazendo experimentos e ajustes para conseguir os efeitos desejados. 

Pablo Picasso é visto em pé usando uma luz elétrica para desenhar formas do ar que são capturadas pela técnica de longa exposição. É possível vê-lo borrado em outras posições. 
Gjon Mili. Pablo Picasso, South of France, 1949.

E aí? O que achou da nossa série sobre os usos do flash? Esperamos que tenha entendido melhor os usos desse equipamento e que essa conclusão possa ser um incentivo a experimentar ideias usando ele. Conta pra gente as suas opiniões, dúvidas e dicas aqui nos comentários! Vamos adorar ver o debate se expandindo. Aproveite também para acompanhar o projeto no instagram e assine a nossa newsletter para ficar por dentro do universo da cultura fotográfica. 

Até semana que vem com mais um #fotografetododia!

Links, Referências e Créditos

Retratos de Uma Obsessão

Nessa história, acompanhamos Seymour Parrish (Robin Williams), um homem pacato, que trabalha no guichê de revelação fotográfica de um supermercado. O filme é contado em uma narrativa em flashback, onde conhecemos a história da família Yorkin que foi alvo da obsessão de Sy.

O filme retrata a vida solitária de Seymour Parrish, um revelador de fotos, que se torna obcecado por uma família que revela fotos em sua loja.

Vemos um homem com uma câmera vermelha em direção ao rosto no centro da imagem, com o nome do filme logo embaixo e um homem de costas.
Capa do filme Retratos de Uma Obsessão

Através dos filmes que os Yorkins levam para serem revelados, Sy se torna obcecado pela família e passa a acompanhar bem de perto a vida deles. Essa família sequer imagina que Sy conhece os principais momentos registrados na vida deles. Ele revela fotos a anos e conhece várias pessoas pelas imagens, mas é no material da família Yorkin que ele projeta seus desejos diante de uma vida chata. É através dessas fotos que ele cria em sua cabeça uma história por trás do que está retratado, criando uma ideia de que tudo é perfeito.

A família perfeita e o indivíduo solitário são os elementos usados pelo diretor Mark Romanek para criar esse drama. A Iluminação serve para enfatizar a diferença entre os três mundos mostrados na tela, o da imaginação de Sy e os da vida real. A loja Savmart tem um colorido quase hiper-realista. Sua casa é toda branca, fria. E a casa dos Yorkins é cheia de cores quentes, aconchegante.

Cena do filme “Retratos de Uma Obsessão”

No decorrer do filme, Sy observa a família amadurecer por meio das fotografias, mas como elas são suas únicas fontes de informação, ele acaba percebendo que aquelas pessoas não são exatamente quem ele imaginava. Depois de receber uma série de fotos que ele julga inapropriadas, sua obsessão ganha novos rumos, e vai se tornando cada vez mais perigosa. Na minha opinião, o filme cria um grande paralelo com a nossa vida atual, onde a gente acompanha a vida de muitas pessoas pelas redes sociais e se baseia só nisso quando diz que a vida de alguém é perfeita.

Tem uma hora no filme que Sy fala que “Ninguém tira fotos das pequenas coisas, mas são elas que fazem a vida”. No final, nós espectadores somos lembrados disso de um modo devastador.

Durante todo o filme, Sy mantém uma relação profunda com a fotografia, uma relação de respeito, afeto e admiração. O que é uma coisa muito compreensível se olharmos como sua vida é, porque ele se apega na ideia de que somente registramos momentos felizes, que não queremos esquecer.

Agora é a sua vez, assista ao filme Retratos de uma obsessão e conta pra gente qual a sua opinião sobre Sy e a maneira como ele leva sua vida.

#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

 

Links, Referências e Créditos

Como citar essa postagem

COSTA, Clara. Retratos de uma obsessão. Cultura Fotográfica. Publicado em: 9 de out. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/retratos-de-uma-obsessao/. Acessado em: [informar data].

Araquém Alcântara e o programa Mais Médicos

Araquém Alcântara é um jornalista que ficou famoso por ser um dos pioneiros na fotografia de natureza no brasil.

Araquém visitou 38 cidades de 20 estados para fotografar o dia a dia de médicos e pacientes do programa Mais Médicos.

Araquém Alcântara é um jornalista que ficou famoso por ser um dos pioneiros na fotografia de natureza no brasil. Ele já produziu mais de 70 livros, 80 exposições e já recebeu mais de 30 prêmios por seu trabalho.

Médico Cubano Sael no sertão Sergipano
Médico Cubano Sael no sertão Sergipano
 

Foi devido a sugestão de um amigo que Araquém decidiu viajar pelo país passando por várias cidades e estados para fotografar o programa Mais Médicos. O resultado de suas viagens foi publicado no livro “Mais Médicos”, onde Araquém conta histórias dos médicos e médicas, em sua maioria cubanos, e dos pacientes das regiões atendidas pelo programa.

Em muitos dos locais em que Araquém visitou, os médicos do programa eram os primeiros profissionais da saúde entrarem em contato com os moradores da região, e o fotógrafo conseguiu captar nas fotografias tanto a alegria das pessoas ao serem atendidas pelos médicos,  quanto também o amor que esses profissionais têm por sua profissão e a maneira humana e carinhosa com que eles buscavam atender seus pacientes.

 
Médico Cubano Dr. Alberto Aquilino atendendo a uma criança em Igreja Nova AL
Médico Cubano Dr. Alberto Aquilino atendendo a uma criança em Igreja Nova AL
Médico albanês Dr. Artan Cekaj atendendo na zona rural de Maquiné RS
Médico albanês Dr. Artan Cekaj atendendo na zona rural de Maquiné RS
Médica Cubana Dr. Aimée Pérez em Igreja Nova AL
Médica Cubana Dr. Aimée Pérez em Igreja Nova AL
Médico cubano Dr. Jaroslav Fleites Martinez que atende moradores do Bairro Aparecida, no município de Antônio Prado RS
Médico cubano Dr. Jaroslav Fleites Martinez que atende moradores do Bairro Aparecida, no município de Antônio Prado RS
Médico cubano Dr. Jean-Gardy Merceus que atende moradores de comunidades ribeirinhas no município de Manacapuru AM
Médico cubano Dr. Jean-Gardy Merceus que atende moradores de comunidades ribeirinhas no município de Manacapuru AM

Eae, gostou das fotos desse excelente artista? Você pode comentar suas impressões com outros aficionados pela fotografia no nosso grupo do Facebook!

Como citar esta postagem

CAVALHEIRO, Pedro Olavo Pedroso. Araquém Alcântara e o programa Mais Médicos. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotografica.com.br/galeria-araquem-alcantara-e-o-programa-mais-medicos/>. Publicado em: 07 de out. de 2020. Acessado em: [informar data].

A estética fine art de “O ano passado em Marienbad”

Já ouviram falar em  Fine art? O filme “O ano passado em Marienbad” é referência conceitual e estética dessa técnica.

Resultado de um impulso artístico e estético, pautado nas abordagens pessoais do autor, que reflete seus desejos, ou inquietações em um formato fantasioso ou crítico. A fotografia “Fine Art” ou “arte fina”, em tradução literal, é um recurso amplamente usado no mundo fotográfico, que abrange diferentes aspectos do processo fotográfico. 
Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de tela
Para compreender a fotografia fine art é necessário levar em consideração, aspectos referentes ao objetivo da criação, assunto, e as técnicas utilizadas durante o  processo. Entende-se que este recurso deve-se ser pautado no simples objetivo de se criar uma obra de arte, ou seja transpor a aparência literal da cena ou do assunto escolhido. Em outras palavras constituir uma imagem que partilhe uma visão própria, uma representação metafórica da imagem.  Vale ressaltar, que este modo de fotografar surge com um discurso de enaltecimento do único e do original. Desse modo, a fotografia composta sob tais características será um produto exclusivo, e de luxo. Como consequência o uso o rótulo “fine art” está intrinsecamente ligado a valorização financeira do trabalho produzido. 
Para esse tipo de fotografia, não basta a fotografia ser considerada bonita, deve-se levar em conta o conteúdo emocional da fotografia. Para esse fim, o assunto da imagem deve ser uma resposta da expressão emocional do artista que deverá se manifestar através da composição da cena,  escolha do ângulo, exposição, enquadramento, o uso de curvas, linhas, elementos visuais, entre outros. 
O foco de uma fotografia “fine art” é qualitativo e não quantitativo. Desse modo é importante destacar que não se trata de uma produção de viés publicitário ou comercial, mas sim, de viés artístico. Vale ressaltar a existência de um processo de impressão “fine art”, no entanto, apenas a utilização desse processo não garante a configuração conceitual da fotografia “fine art”. 
No longa metragem “O ano passado em Marienbad” (1961) o diretor de fotografia  Sacha Vierny, realizou belas composições em “fine art”. Elucida-se que a cinematografia ou fotografia no cinema é recurso que diz respeito a captação das imagens, à impressão do que será visto pelo espectador. Em que se transforma o texto em imagem. Nesse panorama, nasce o projeto conceitual do filme considerado um clássico do cinema francês. 
Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de telaAdicionar legenda

A fotografia, em tons preto e branco permitem uma abstração do real. A linha vertical traçada à partir do horizonte, remete ao perspectivismo italiano,  a partir da ideia de ponto de fuga, uma técnica bastante utilizada na pintura, constroi-se um cenário retilinio, que remete a ideia de  um tabuleiro de jogo, com peças espalhadas.   

Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de tela
 


 Além de belos cenários, o filme é torneado por um exagero estético. A protagonista exibe um luxuoso vestido feito com penas negras, e no rosto carrega uma expressão atordoada.

Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de tela
Nessa cena, temos uma fotografia construída em um jogo de luz e sombra, sob um cenário de escadaria, levando a um ar de abstração. Destaque para as sombras. 

Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de tela

Enquadramento sobreposto. Jogo de reflexos, composição intimista. 

Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de tela

Uso de poses, novamente uma composição intimista, escapam a imagem a estética do belo, do luxuoso.
“O ano passado em Marienbad” aborda de modo ímpar e não convencional questões relativas a tempo e memória. Sob a história de um amor extraconjugal que se prescreve a partir de um diálogo por lembranças com a outra parte que mostra-se não lembrar da história. Neste panorama a significância emocional criada pela fotografia está no uso de planos com poses e olhares bem marcados, a escolha de extremos de iluminação, claro e escuro. Em tons preto e branco que delineiam a abstração proposta no filme. 
 O que acharam desse conteúdo? O fine art, é estética bastante utilizada no universo fotográfico. Deixe seu comentário, nos siga no instagram e se quiser ficar por dentro de todo nosso conteúdo, assine nossa newsletter. 

Referências

  • Portal Intercom. ALMEIDA, Alves. M. Fotografia fine art (belas artes) – conceituação, linguagens e processos de produção. 2018. 15. Universidade Paranaense, Cascavel, XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul – Cascavel – PR. 2018. 
  • Cinema em cena.
  • HACER.
 Já ouviram falar em  Fine art? O filme “O ano passado em Marienbad” é referência conceitual e estética dessa técnica.

3 perfis do Instagram que você precisa conhecer

Que o Instagram se tornou uma das maiores redes de compartilhamento de imagens do mundo já não é novidade para ninguém.

No #dicade hoje, conheça 3 perfis imperdíveis para seguir no Instagram!

Que o Instagram se tornou uma das maiores redes de compartilhamento de imagens do mundo já não é novidade para ninguém. A rede social lançada em 2010 e que hoje pertence ao Facebook começou com a proposta de ser um ambiente propício para o consumo e circulação de fotografias e hoje, reúne tanto fotógrafos e fotógrafos profissionais e amadores quanto pessoas com outros interesses.

Ainda que possa ser encontrado muito mais que fotografias ao utilizá-lo, é através da publicação de uma imagem que se dá a comunicação no aplicativo, seja o conteúdo uma foto, um vídeo ou uma arte gráfica com uma frase, por exemplo. Talvez por isso o “insta” ainda remeta tão fortemente à fotografia – essa forma de expressão que tanto amamos! – contando com uma logotipo que faz referência às antigas máquinas Polaroid.

Hoje, vamos usar o #dicade para apresentar 3 perfis no Instagram que você precisa conhecer. Afinal, com tantos perfis e tantas imagens sendo publicadas todos os dias fica difícil saber quem seguir, não é? Em meio ao turbilhão de selfies, fotos de comida, lifestyle, pets fofinhos e mais recentemente, lives de todos os jeitos e a toda hora, há contas interessantes que merecem receber mais atenção.

Prints de tela dos perfis do Instagram indicados

Já parou para pensar em quantas fotógrafas você conhece? Quantas você segue no Instagram? Quantas você está apoiando e prestigiando hoje? O Women Photographers History é um perfil no insta dedicado a compartilhar trabalhos fotográficos feitos por mulheres ao longo da história. Vale muito a pena conferir e conhecer fotógrafas fantásticas como Kate Simon e Maureen Bisilliat.

Agora, já parou para pensar no poder político de uma imagem? Quando fez a curadoria da exposição Levantes, George Didi-Huberman selecionou diversas fotografias de protestos políticos em diversos países ao longo da história. Além disso, também incluiu imagens mais simbólicas, que representam a repressão, a indignação e o desejo por uma mudança que leva um grupo de pessoas à ação.

A partir dessa exposição e da publicação que derivou dela com ensaios do próprio Didi Huberman e outros pensadores contemporâneos, surgiu o projeto de pesquisa Levantes que conta com alunos, docentes e pesquisadores da UFPA e da UNIFESSPA. O projeto conta com um perfil no Instagram onde são publicadas imagens que bem poderiam ter feito parte da exposição, além de trazerem mais do contexto nacional e principalmente, amazônico (correspondendo à localidade das universidades envolvidas).

Por fim, o perfil Iconografia da História traz uma seleção de imagens de acontecimentos tanto antigos quanto atuais e serve como um verdadeiro centro de memória do Brasil e do mundo, os acontecimentos da política, os marcos da cultura e diversos recortes temporais que de alguma forma deixaram sua marca e renderam imagens icônicas. Vale a pena conferir para conhecer, rememorar e até se divertir ao ver no mesmo local um frame de O Rei Leão e um registro de 1988 com o presidente dos Estados Unidos e, ao canto, um jovem Vladimir Putin que possivelmente o espionava a serviço da KGB.

Gostou das dicas? Em breve traremos mais! Conhece algum perfil legal e acha que mais pessoas devem conhecê-lo? Compartilha com a gente nos comentários! Vale divulgar o seu perfil pessoal também! Ah… e o Cultura Fotográfica tem um perfil no Instagram também! Segue lá pra ficar por dentro dos novos conteúdos do blog, acompanhar o desafio #1min1foto e ficar sabendo das novidades!

 No #dicade hoje, conheça 3 perfis imperdíveis para seguir no Instagram!

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Thereza Miranda

“De Thereza Miranda as casas meditam no tempo e no espaço”, Carlos Drummond de Andrade.

Em 1974, novos horizontes se abriram para a fotografia brasileira quando a artista plástica carioca Thereza Miranda recebeu uma bolsa do Conselho Britânico para estudar fotogravura no Croydon College of Arts, em Londres. A artista, que já se consagrava como desenhista, pintora e gravurista, introduziu então a técnica, que passaria a ser seu principal trabalho, no Brasil. Em suas obras mais famosas, a fotogravurista dá literalmente novos tons à arquitetura e às paisagens brasileiras, transformando fotografias que ela mesma produz em gravações de cores fabulosas em chapas de metal.
Palmeira
Thereza Miranda – Maranhão, Palmeira Solitária, Alcântara – 1979
Descrição: Fotogravura que mostra o contorno de casas antigas e uma palmeira.
No vídeo produzido por Dodô Brandão para a sua exposição “Memórias” no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), em 2018, Thereza Miranda explica a predominância da arquitetura nos seus trabalhos: “Eu tive a chance de trabalhar com um grande arquiteto, ele chamava-se Henrique Mindlin e com ele eu aprendi o valor desse patrimônio, sabe? Porque no Brasil se destrói tudo, né?”.
A temática arquitetônica de Thereza inspirou até mesmo Carlos Drummond de Andrade, que, em 1983, compôs um poema em homenagem a ela. O episódio a surpreendeu e a levou a ter um novo olhar sobre as críticas. Thereza declarou para o vídeo do MAM Rio: “Na exposição que eu fiz sobre o Rio de Janeiro, no Bonino, Drummond foi ver a exposição. Depois eu recebi em casa no meu ateliê, meu ateliê era na Urca… Abro a minha correspondência e tinha uma poesia do Drummond. Eu não acreditei naquilo. […] A partir daí eu disse: ‘Se eu consegui sensibilizar uma criatura como o Drummond, pouco me interessa se as pessoas gostam ou não gostam do meu trabalho’”.
Aos 91 anos, Thereza continua trabalhando e exposições como a que sensibilizou Drummond continuam a sensibilizar os brasileiros. Várias de suas obras fazem parte de coleções de museus pelo país, como as do Museu de Arte Moderna, Museu Nacional de Belas-Artes, Biblioteca Nacional, e Coleção Mônica e George Kornis, Rio de Janeiro; Museu de Arte Contemporânea, Campinas, SP; Senado Federal, Brasília, DF; Museu de Arte Moderna e Coleção Guita e José Mindlin, São Paulo (SP); Caixa Econômica Federal, São Luís. Além das coleções em museus internacioanis como o Studio d’Arte Gráfica, Milão; e Kunsthalle, Bremen, Alemanha.

Leia abaixo Thereza Miranda, por Carlos Drummond de Andrade:
De Thereza Miranda as casas meditam no tempo e no espaço.
Há um silêncio isento  de asas no céu que eu, cativo, abraço.
De Thereza Miranda as ruas são roteiros de solitude.
Nelas vão ocultar-se, nuas, memórias que o progresso elude.
De Thereza Miranda o Cristo dilacerado é seu destino,
tem um negro brilho imprevisto
e da gravura brota um hino.

Fotogravura

A fotogravura é um processo que transfere a imagem fotográfica para uma chapa de cobre. Thereza foi a pioneira da fotogravura no Brasil, mas a origem da técnica remonta as “primeiras invenções” da fotografia.  A forma da fotogravura conhecida atualmente foi desenvolvida por Karl Klic, mas o processo foi inicialmente criado no século XIX por Fox Talbot, um dos pioneiros da fotografia, e utilizado nas primeiras reproduções de fotografias em jornais, revistas e livros. Além disso, o daguerreótipo gravava a imagem fotográfica sobre uma chapa de prata; Niépce, por sua vez, desenvolveu um processo similar à fotogravura que chamou de heliogravura.
Veja os trabalhos de fotogravura de Thereza Miranda abaixo:
Casa
Thereza Miranda – Casa de Burros, Gamboa, Rio – 2005
Descrição: Fotogravura de uma casa colonial.
Varandas
Thereza Miranda – Bandeira de Porta, Catete, Rio – 2005
Descrição: Fotogravura de uma casa colonial.
Torre
Thereza Miranda – Albamar, Rio – 2005
Descrição: Fotogravura de uma construção com uma torre de vidro.
Multidão
Thereza Miranda – Multidões – Multidões II, Londres – 1975
Descrição: Fotogravura de uma multidão.
Lençóis Maranheses
Thereza Miranda – Lençóis Maranhenses – 2002
Descrição: Fotogravura de uma visão aérea dos Lençóis Maranhenses com uma faixa de água na parte de cima da imagem e uma faixa de areia abaixo.

Referências

Vida Selvagem

Fotografar a vida selvagem exige habilidades especiais e cuidados. Isso porque cada espécie é única. Aqui trazemos dicas para não errar nesse assunto!

Florestas, savanas, desertos… seja qual for a vegetação, existe uma grande variedade de animais que podem render fotos incríveis. No entanto, fotografar esse assunto exige habilidades especiais e alguns cuidados.
Um guepardo ao centro com dois filhotes. Cada um de um lado. O cenário ao redor é azulado, provavelmente pelo anoitecer
Jacomina & cubs | Marina Cano
A dificuldade enfrentada varia de acordo com hábitat e espécie. Uma mata fechada, por exemplo, permite que o fotógrafo se esconda e possa chegar mais perto do animal. Em contrapartida, num ambiente aberto, a aproximação fica comprometida, pela falta de “esconderijos”. Da mesma forma, conhecer o gênio da espécie – manso ou agressivo – é essencial para entender o perigo.
Paciência é outro requisito, uma vez que, nesse caso, a comunicação entre fotógrafo e fotografado é impossível. Ou seja, o animal vai agir da maneira dele, não da sua. Não há como trabalhar uma pose, como pode ocorrer com um animal adestrado. O ideal, então, é que o fotógrafo entenda o comportamento do bicho, a fim de antecipar seus movimentos e planejar o clique. Se não estiver preparado, pode perder sua única oportunidade.
Esse tipo de foto normalmente requer uma objetiva longa pois é realmente difícil se aproximar das espécies ou de seu grupo. O zoom torna-se um aliado nessas horas, como solução para suprir essa distância. Uma dica é utilizar lentes de 200mm para animais de grande porte ou mansos e até 600mm para animais pequenos ou perigosos. Hoje em dia, drones também são uma opção, uma vez que se aproxima pelo ar e deixa o fotógrafo fora de perigo. Mas cuidado, pois o barulho pode espantá-los. Se o assunto for insetos, as melhores opções são as lentes macro, que trazem uma riqueza de detalhes pouco visíveis a olho nu.
Marina Cano é uma fotógrafa espanhola, reconhecida por suas imagens de vida selvagem. Suas fotos já estamparam a capa da revista da National Geographic diversas vezes. Tem mais de 20 anos de experiência no assunto e é embaixadora da Canon.
Manada de elefantes na savana. Foto em preto e branco.
Sem título | Marina Cano
Na foto acima, vemos uma manada de elefantes. Um plano como este permite ao observador uma visão não só do animal em questão, mas também de seu hábitat. Trata-se de um campo aberto, com vegetação baixa e árvores de poucas folhas. É provavelmente a savana africana. A opção pelo preto e branco, juntamente com o céu nublado (muitas nuvens), traz uma ideia de melancolia à foto.
Que tal praticar? Zoológicos podem ser um ótimo lugar para começar! Não se esqueça de marcar a gente com a tag #fotografetododia!

Referências

O Grande Hotel Budapeste (2014)

O Grande Hotel Budapeste, de 2014, é uma comédia ingênua que, pode não parecer, mas ensina muito sobre fotografia.

Cena de "O Grande Hotel Budapeste". Há um homem jovem com características indo-arábicas, utlizando um uniforme de mensageiro na cor roxa e um chapéu da mesma cor com as palavras "Lobby Boy" bordadas. Em seu rosto há um bigode pintado. Ele está na frente de um luxuoso hotel.

O Grande Hotel Budapeste, de 2014, é uma comédia ingênua que, pode não parecer, mas ensina muito sobre fotografia.
Cena de "O Grande Hotel Budapeste". Há um homem jovem com características indo-arábicas, utlizando um uniforme de mensageiro na cor roxa e um chapéu da mesma cor com as palavras "Lobby Boy" bordadas. Em seu rosto há um bigode pintado. Ele está na frente de um luxuoso hotel.
Zero Mustafa, personagem de “O Grande Hotel Budapeste”.
Descrição: Cena de “O Grande Hotel Budapeste” que mostra um homem jovem utilizando um uniforme de mensageiro na cor roxa e um chapéu da mesma cor com as palavras “Lobby Boy” bordadas. Em seu rosto há um bigode pintado. Ele está na frente de um luxuoso hotel.
Baseado em dois livros do escritor austríaco Stefan Zweig (“Coração Impaciente” e “Êxtase da Tirania”) e dirigido por Wes Anderson, “O Grande Hotel Budapeste”, de 2014, narra como Zero Mustafa, um refugiado apátrida na fictícia República de Zubrowka, ex-mensageiro do hotel Grande Budapeste, se torna o seu proprietário ao se envolver no roubo de um quadro em 1932.
Não são novas na literatura e no cinema as narrativas cujos protagonistas são os próprios locais em que a história se passa. São lugares cujas paredes ouviram muitas histórias e, agora, as contam. O Grande Budapeste, eu diria, conta os seus dias de glória. Desde a primeira aparição do hotel, o filme deseja nos mostrar que aquele lugar já foi palco de grande luxo e sofisticação. Contudo, como paredes não falam, a história do hotel é apresentada por dois intermediários, o Autor, personagem inspirado em Stefan Zweig, que, por sua vez, a conhece através de Zero Mustafa, que em 1968 é o proprietário do hotel já em decadência.
A época de glória de ambos, de Zero e do Budapeste, acontece em 1932, quando Zero começa a trabalhar como mensageiro no hotel, que, naquela época, era muito bem gerido por seu concierge, o Monsieur Gustave, um homem francês muito vaidoso que tem muito orgulho do Budapeste. A República de Zubrowka é assolada por uma guerra iminente e o governo perceptivelmente é ditatorial, mas Monsieur Gustave é responsável por manter o fausto do hotel, como se uma redoma protegesse o local de perigos externos.
O tal do “governo perceptivelmente ditatorial” se assemelha a uma fusão de vários governos europeus da Primeira à Segunda Guerra, mas o filme nunca dá nome aos bois. A situação política é evidenciada, principalmente, através de metáforas visuais que nos remetem ao repertório que muitos de nós possuímos acerca desses governos.
Cena de "O Grande Hotel Budapeste". Há uma construção cor-de-rosa luxuosa. Nela há bandeiras pretas com um síbolo vermelho e branco que se assemelha a duas letras "Z". Há tanques de exercícito com militares armados na sua frente.
Militares e um símbolo característico indicam o começo de uma guerra. Alguma semelhança com a realidade? – Cena de “O Grande Hotel Budapeste”.
Descrição: Cena de “O Grande Hotel Budapeste”. Mostra uma construção cor-de-rosa luxuosa. Nela há bandeiras pretas com um símbolo vermelho e branco que se assemelha a duas letras “Z”. Há tanques de exército com militares armados na sua frente.
Aliás, é a partir de metáforas visuais que os aspectos mais importantes desse filme são construídos, como o protagonismo do hotel e o humor absurdista. A construção do hotel, por exemplo, serve para definir, na obra, o que é luxuoso e o que é simples, o que é seguro e o que é perigoso. Para isso, o filme utiliza alguns princípios compositivos da fotografia que nós bem conhecemos, como proporção, pontos de vista e regra dos terços.

Arte e visual

A direção de fotografia do filme não é de todo inusitada para quem já assistiu outros filmes de Wes Anderson. Sua parceria com Robert Yeoman, diretor de fotografia, já soma mais de dez filmes. O abuso na centralização dos elementos e da simetria, o uso de ângulos inusuais (e às vezes absurdos) para efeito cômico e o enquadramento que sempre enfatiza o ambiente como um aspecto relevante para a ação são marcas dos filmes do diretor, mas que podem ser ditas como uma construção em conjunto com Yeoman.
Cena de "O Grande Hotel Budapeste". Um homem de meia idade está pendurado em um penhasco coberto de neve. Ele se segura apenas com as mãos.
Pontos de vista são usados no filme para gerar o efeito de surpresa e comicidade, além de construir referências visuais com obras de comédia clássicas. – Cena de “O Grande Hotel Budapeste”.
Descrição: Cena de “O Grande Hotel Budapeste”. Mostra um homem de meia idade pendurado em um penhasco coberto de neve. Ele se segura apenas com as mãos.
Ao assistir aos filmes de Wes Anderson a impressão que tenho é que ele deseja usar todos os princípios de composição ao mesmo tempo, sem se importar de que sejam perceptíveis ao espectador ou pouco natural. “O Grande Hotel Budapeste”, porém, me parece sua obra mais convincente. Seus outros filmes geralmente me transmitem a sensação de que o diretor sabia o que queria, mas que o resto da equipe não conseguiu acompanhar. É o caso de “Os Excêntricos Tenenbaums”, filme do diretor que fica sempre entre a fantasia, que é a intenção, e o ridículo, que é o resultado de uma arte que não se leva a sério. A obra também não consegue ser tão esteticamente aprazível quanto O Grande Hotel Budapeste, que, não à toa, mesmo tendo perdido o Oscar de Melhor Fotografia, levou os Oscars de Melhor Produção de Arte, de Melhor Figurino e de Melhor Maquiagem e Penteados, atestando que toda a equipe artística estava comprometida com o visual do filme.
Por esses motivos, “O Grande Hotel Budapeste” é um ótimo filme para observar os princípios compositivos da fotografia, como os que são ensinados na nossa coluna #fotografetododia.
Cena do filme "O Grande Hotel Budapeste". Há uma luxuosa construção, à noite, com luzes acesas em todos passando por todas as suas janelas.
As maquetes do hotel e a decoração das cenas internas foram concebidas por Adam Stockhausen, que ganhou o Oscar de Melhor Direção de Arte. – Cena de “O Grande Hotel Budapeste”.
Descrição: Cena do filme “O Grande Hotel Budapeste”. Mostra uma luxuosa construção, à noite, com luzes acesas em  todas as suas janelas.

Considerações

“O Grande Hotel Budapeste” tem um visual marcante e uma fotografia que consegue utilizar os princípios de composição já conhecidos para criar cenas novas e inusitadas. Entretanto, mais do que um filme para observar aspectos da fotografia, “O Grande Hotel Budapeste” tem uma história que se sustenta e que diverte, com cenas que remetem ao clichê das comédias pastelão, mas que funciona como uma comédia madura, porque o filme se leva a sério e acredita em si. Dentro daquele mundo específico, o ridículo se torna o normal. Ademais, o seu visual de conto de fadas adulto é um alívio nesta quarentena e o filme nos faz acreditar nas palavras de Mounsier Gustave quando ele diz que “ainda resta uma centelha fraca de civilização neste matadouro selvagem que já foi conhecido como humanidade”.
Se você gostou desta postagem, temos também um #fotografetodia sobre o filme. Confira aqui! Para receber postagens como essa no seu email, assine a nossa newsletter.

Walter Firmo

Walter Firmo é um fotógrafo brasileiro, que possui como tema principal o povo Afro-Brasileiro e sua cultura.

Walter Firmo é um fotógrafo brasileiro, que possui como tema principal o povo Afro-Brasileiro e sua cultura.

Walter Firmo Guimarães da Silva é um fotógrafo autodidata. Nasceu em 1 de junho de 1937, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de José Baptist e Dona Maria de Lurdes. Começou sua carreira trabalhando para o jornal carioca Última Hora, em 1957. Em 1960 foi trabalhar para o Jornal Brasil e, cinco anos após, integrou a primeira equipe da Revista Realidade onde se tornou nacionalmente famoso.

Legenda: Walter Firmo – Foto do seu perfil no Facebook.

Descrição: Fotografia em preto e branco do fotógrafo Walter Firmo. Na fotografia ele usa um chapéu, está com um charuto na boca e olha diretamente para a lente da câmera.

No ano de 1967, Walter Firmo fotografou uma série de reportagens chamada “Cem Dias na Amazônia de Ninguém”, que lhe rendeu o prêmio Esso de Reportagem. Em 1971, passou a trabalhar na área da publicidade, principalmente para a indústria fonográfica. Foi nessa época em que ganhou uma maior fama por fotografar importantes nomes da música brasileira, como Pixinguinha, Cartola, Clementina de Jesus entre outros. Também na mesma época, se interessou por estudos sobre o folclore e a cultura afro brasileira, com o tema principal de pessoas comuns, a figura humana em si.

Walter Firmo ficou famoso principalmente por suas fotos coloridas, que vão de retratos foto jornalísticos a fotografias abstratas e surrealistas, que abordam sempre temas ligados com a Cultura Afro-Brasileira.

Legenda: Festa Bumba Meu Boi São Luís do Maranhão,1994 – Walter Firmo.

Descrição: A fotografia mostra duas mulheres negras, sorridentes, usando um tipo de coroa na cor vermelha brilhante e um tipo de peruca de fitas na cor branca.

Legenda: Dona Ivone Lara, 1992 – Walter Firmo.

Descrição: Ao centro da fotografia vemos Dona Ivone Lara, emoldurada por uma cortina de fitas coloridas, usando um turbante. Ela olha diretamente para a lente da câmera com um sorriso.

Legenda: Praia de Caravelas, BA, 1991 – Walter Firmo

Descrição: A fotografia mostra uma praia, com grande extensão de areia. Ao centro vemos um homem negro, puxando uma espécie de corda, usando um chapéu de palha na cabeça.

Legenda: Walter Firmo – Maestro Pinxiguinha, Ramos Rio de Janeiro, 1968.

Descrição: A fotografia mostra o maestro Pinxinguinha sentado em uma cadeira de balanço carregando um saxofone.

Legenda: Walter Firmo – Cartola, Rio de Janeiro, 1963.

Descrição: A fotografia mostra o compositor e sambista Cartola, usando um terno cor de rosa com camisa verde, cores da Escola de Samba Mangueira. O compositor está com a mão direita no queixo, e usa óculos escuros.

Legenda: Walter Firmo – Santo Amaro da Purificação, BA, 2002.

Descrição: A fotografia mostra uma mulher e um homem, negros, ambos nus, em meio ao que parece ser uma plantação. Ao fundo, vemos uma construção branca em ruínas, parecida com uma igreja.

Veja aqui uma técnica muito utilizada por Walter Firmo nas fotografias!

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#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

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