A Fotografia tridimensional Estereoscópica

 Você já ouviu falar em Estereoscopia? Se não, convido você a conhecer a primeira técnica utilizada para se obter fotografias tridimensionais. 

Charrete florida, Marc Ferrez,  1912, Instituto Moreira Salles

A fotografia estereoscópica foi desenvolvida em 1849, pelo inglês  David Brewster (1781-1868) a partir das pesquisas sobre visão binocular, realizadas por Giovanni Battista della Porta e Leonardo da Vinci. Em 1851 Brewster, apresenta o invento  à Rainha Vitória na Exposição Universal de Londres e após aceitação, a estereoscópica passa a ser comercializada.  
Por décadas, a estereoscópica foi o modo mais importante para se lidar com fotografias. Ela constitui-se sendo pares de imagens que mostram uma mesma cena que, quando vistas juntas, em um visor binocular, o estereoscópio, produzem a ilusão de que a imagem é tridimensional. 
Nesta época, esse tipo de efeito era obtido porque as fotos eram registradas simultaneamente com uma câmera de objetivas gêmeas, que tinham os centros das lentes separados entre si em uma distância de aproximadamente 6,3 centímetros, espaço médio que separa os olhos humanos. 
A credibilidade na objetividade da foto estereoscópica gerou um alto impulso no trabalho de documentais. O alto consumo de vistas sustentava a excitação dos amantes de paisagens, cenas urbanas e grandes construções. Um fato interessante, é também o volumoso consumo de pornografia nas salas de visita das famílias burguesas. 
No Brasil, o carioca Marc Ferrez (1843-1923), desempenhou um importante papel na experimentação da fotografia estereoscópica, ele dedicou-se à fotografia estereoscópica em cores. 
Jardim Botânico – bambu, Marc Ferrez, 1912. Instituto Moreira Salles. 

Em 1912, o fotógrafo Marc Ferrez faz alguns registros estereoscópicos em cores, no Rio de Janeiro, nesses registros ele refez algumas fotografias de paisagens, monumentos e edificações. 
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Referências

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Juvenal Pereira

 Juvenal Pereira, autor de célebres fotografias é um dos nomes do fotojornalismo brasileiro. 

Aguasujenses, Romaria, MG, Juvenal Pereira, 1975
Aguasujenses, Romaria, MG, Juvenal Pereira, 1975
Fotógrafo autodidata, Juvenal Eustáquio Pereira (1946), nasceu em Romaria, Minas Gerais.  Seu pai, com quem teve grande identificação, era músico e sapateiro, e sua mãe, professora. Cresceu em uma família de 15 irmãos. Suas primeiras influências vieram de sua infância, onde, desde cedo, aprendeu  sobre o socialismo, na prática, dividindo funções e trabalhos. 
De característica inquieta, antes de se descobrir fotógrafo, Juvenal Pereira exerceu diversas funções. E em 1970, começa a trabalhar como fotógrafo na filial mineira (Belo Horizonte) da revista “O cruzeiro”, atuando a seguir, entre 1971 e 1974 na filial baiana da mesma revista, em Salvador. Residindo, já em Brasília, em 1975, fundou  a escola Três por Quatro de Fotografia e Cinema, e entre 1976 e 1979, coordenou o projeto Conversas sobre fotografia, realizado na Aliança Francesa. 
Radicou-se para São Paulo no início da década de 1980, lá implantou o curso de fotografia do Sesc – Fábrica Pompéia, atuando também como professor (1982/1984). Fundou, em 1991, o Núcleo dos Amigos da Fotografia – NaFoto e organizou o Mês Internacional da Fotografia de São Paulo.
O currículo do mineiro é extenso. Atuando como jornalista, Juvenal trabalhou para o Correio Brasiliense e para o Jornal de Brasília, além de ter colaborado para as revistas Veja e Isto É. Entre 1988 e 1989, trabalhou para a Folha de S. Paulo. Juvenal, conheceu diversos estados brasileiros e o exterior. Tratou de muitas temáticas sociais em suas obras, como racismo, regionalismo, crescimento de cidades, política e antropologia. 
Congada, Silvianópolis, MG

No lado direito, a beira de um rio, uma casa, um varal com roupas, duas galinhas. Uma mulher lava os pratos em uma bacia e o homem está sentado realizando algum trabalho manual.
Varal, Vale da Ribeira, SP, 1984

Pessoas em um um corredor tocando música e dançando. Elas estão animadas e felizes.
Samba do Beka, Salvador, BA, 1982

Frente uma casa de barro, no sertão do Maranhão, pessoas paradas olham para o registro da foto.
Negros, Alcântara, MA, Juvenal Pereira, 1981
Em uma parede dentro de casa, ao lado esquerdo uma rede, uma criança aparentemente sentada na rede. Ao lado uma criança de vestido, parada encostada na parede. A parede está com marcas de tempo e há um calendário pendurado na parede.
Interiores, Alcântara, 1979

As mulheres estão de costas, todas com um mesmo vestido. Elas usam lenços na cabeça e carregam consigo uma instrumento de percussão, tambor.
 Caixeras do Divino, Alcântara, 1980 

Conte-nos o que achou da #galeria de hoje, deixe suas impressões sobre estas belas fotografias.

Referências

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“Black Archives”, o acervo fotográfico negro

 Você sabia que existem centenas de imagens históricas das experiências negras disponíveis em um acervo online? Indico a vocês a coleção Black Archives. 

Criado por Renata Cherlise em 2015, a plataforma multimídia Black Archives (Arquivo preto) apresenta com destaque a experiência negra nos Estados Unidos, a partir de um acervo de fotografias que remontam de modo dinâmico, o passado, presente e futuro da população negra, de forma bela e pouco vista. 
Para além do comum, a proposta apresentada pelo perfil é explorar as várias formas da vida negra, retratar o cotidiano de maneira icônica, sem estereótipos. Promovendo novas perspectivas e inspirando usuários que buscam legados daqueles que os antecederam. 
As fotografias publicadas na página possibilitam uma experiência única, elas contam histórias a partir de uma representação autêntica e inspiradora, seja pela moda, seja pela simples expressão de um momento normal para os rostos estampados. O acervo é transformador para aqueles buscam referencias dos negros em todos os lugares. 
Black Archives, possui também,  um site oficial, onde você encontra relatos, histórias, vídeos e referências da cultura. E para ter a experiência completa, acesse o Instagram blackarchives.co. 
Greenville, Carolina do Sul. Fotografias de Margaret Bourke-White (1958)

Greenville, Carolina do Sul. Fotografias de Margaret Bourke-White (1958)

Greenville, Carolina do Sul. Fotografias de Margaret Bourke-White (1958)
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Fotografia pelo Buraco de Agulha

 Conhecida como fotografia furo de agulha, a técnica é rudimentar, no lugar de lentes, usa-se um furo de agulha, para captar luz.

Desde sua invenção, a tecnologia fotográfica encontra-se em contínuo desenvolvimento e aperfeiçoamento. Apesar disso, alguns fotógrafos, que atuam dentro do campo das artes visuais, utilizam materiais e procedimentos rudimentares, como as câmeras de orifício, feitas muitas vezes, por materiais e procedimentos antigos, como é o caso da câmera artesanal, o pinhole
Ver o peso pelo furo da agulha. Dirceu Maués, 2004. 
Conhecida também como fotografia estereoscópica, o pinhole consiste na obtenção de imagens, a partir de uma câmera artesanal, feita com materiais não convencionais,  como caixas de leite, esparadrapo, ou fósforo.
O princípio técnico da câmera pinhole está diretamente relacionado à câmera escura. Para que a imagem se forme no interior da câmera escura, é necessário que a luz entre por meio de furo e atinja o material fotossensível.  Assim, se o orifício for grande, o tempo de exposição será menor, o que acarretará na nitidez da imagem formada no interior do aparelho.  Desse modo, se o tamanho do buraco feito pela agulha for menor, mais nítida será a imagem, no entanto o tempo de exposição será maior.
Dirceu Maués (Belém, PA, 1968) em sua série de composições “Ver o peso pelo furo da agulha”, registrou mais de 400 fotos do mercado de Belém em uma pinhole feita com caixa de fósforo. O artista registrou belas composições em que se destaca o movimento, pelo jogo de sombras,  levando ao observador a uma atmosfera utópica.   
Ver o peso pelo furo da agulha. Dirceu Maués, 2004.
No registro de Maués é notável a ideia de tempo. Essa característica que perpassa toda a obra “Ver o peso pelo furo da agulha”, leva o observador a sensação de um constante movimento e dinamismo daquele cenário. Dirceu constitui a partir do pinhole, um diálogo entre o subjetivo, seu jeito de representar o mundo, e o real, o objeto ali fotografado. A escolha por processos alternativos,  transmite a inquietação de diferentes fotógrafos ao experimentar uma linguagem diferente da convencional. Ela por si só, justifica que os artistas procurem novas respostas em um contexto de mecanismos cada vez mais sofisticados. 
Aprenda a fazer um pinhole
O que achou desta técnica? Nos conte e experimente criar uma pinhole. Assista o vídeo e confira o passo a passo. Depois nos mostre e conte-nos o resultado! 
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“Frank” Amy Winehouse pelas lentes de Charles Moriarty

A capa de um disco pode ser tão interessante quanto as músicas. Convido, vocês a experimentarem o álbum “Frank” de Amy Winehouse.

Para os apreciadores de músicas, a capa de um disco torna-se tão interessante quanto as canções. Afinal, em muitos casos, o conceito visual está diretamente ligado ao momento de composição ou de criação da artista ou da intérprete. Como é o caso do álbum de estreia da cantora britânica Amy Winehouse.
Lançado em 20 de outubro de 2003, o álbum intitulado “Frank”, em referência ao cantor Frank Sinatra, artista de espírito carregado ou de personalidade forte, pode ser captado como atmosfera central do CD, que conta com 13 faixas e se conceitua como um retrato íntimo das experiências de uma jovem de 19 anos.
  Capa do álbum Frank, de Amy Winehouse.
O fotógrafo Charles Moriarty é o nome por trás da capa de Frank. O álbum de Jazz e Neo Soul, carrega a imagem de um momento de descontração da cantora passeando com dois cachorros. O ensaio produzido por Moriarty carregava um conceito íntimo e cheio de vitalidade, como a personalidade da cantora. Em entrevista ao site britânico “Dazed”, em 2017, o fotógrafo conta que  “Não era para ser a projeção de uma garota na indústria musical ou de uma garota lançando o primeiro álbum, era apenas para ser a Amy”.  
O álbum que apresenta singles como Stronger Than Me e Fuck Me Pumps, se constrói em atmosferas de força, delicadeza e personalidade. Um disco coeso, desde sua composição visual que dialoga muito bem com a proposta de trazer o lado íntimo, feminino, forte e delicado para apresentar uma artista genial. 
 
Confira algumas fotos do ensaio de composição visual de “Frank”. 
Amy Winehouse, Nova Iorque 2003, CHARLES MORIARTY
Amy Winehouse, Nova Iorque 2003, CHARLES MORIARTY
Amy Laughing, The Ritz Tower, Nova York 2003
E aí, o gostaram do #dicade de hoje? Conte-nos sua impressão sobre o álbum Frank e sua composição musical e visual. O que acharam? Compartilhe conosco aqui ou em nosso instagram.

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Paula Sampaio

Paula Sampaio concilia sua visão subjetiva com denúncias sociais. Confira um pouco de sua história e seu projeto de maior destaque, o Fronteiras!

Com tradições marcadas pela fotografia documental, Paula Sampaio, compõe belas imagens a partir de pontos de vistas diversificados, em que evidencia sua sensibilidade e interação com os retratados. Natural de Belo Horizonte, MG,  Paula Gomes Sampaio (1965), muda-se para Belém em 1982, onde passa a praticar aulas de fotografia na Oficina Fotoativa. Em 1987, começa a trabalhar como fotógrafa nos jornais Diário do Pará e O Liberal. 
Forma-se em Comunicação pela Universidade Federal do Pará – UFPA, em 1990.  No mesmo ano, Sampaio dedica-se a documentação das comunidades que vivem a margem das rodovias Belém-Brasília e Transamazônica, a série recebe o nome de Fronteiras, sendo seu projeto de maior destaque. Neste trabalho, as fotografias retratam as condições precárias das pessoas que moram nessas regiões e ainda, aborda alguns aspectos da cultura local e memórias orais do dia-a-dia. 

Rodovia Belém- Brasília: Porto Franco, MA, Paula Sampaio, 1997
Rodovia Belém- Brasília: Porto Franco, MA, Paula Sampaio, 1997
Com o ensaio Fronteiras, a fotógrafa recebe, em 1993, o 4º Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Fundação Nacional de Arte (Funarte). Especializa-se em Comunicação e Semiótica pela PUC–MG. E em 1997, conquista uma bolsa do Mother Jones International Fund for Documentary Photography, nos Estados Unidos. 
No início dos anos 2000, torna-se editora assistente do jornal O liberal e fotógrafa do Instituto  de Artes do Pará. Em 2004, dá continuidade ao registro da colonização na Amazônia. Em 2005, publicou o livro Paula Sampaio, da Coleção Senac de Fotografia. Foi responsável pelo Núcleo de Fotografia do Centro Cultural SESC Boulevard, de Belém/PA(2009–2018). Atualmente, ela continua desenvolvendo ensaios e projetos de teor social e conta com um vasto catálogo fotográfico. 

Confira agora, uma seleção de imagens, da fotojornalista, Paula Sampaio!

Rodovia Belém/Brasília, Município de Divinópolis/MA, Paula Sampaio, 1998
Acauândia, Belém-Brasília, Paula Sampaio, 1998
Rodovia Belém- Brasília: Carvoaria, Paraçominas, PA, Paula Sampaio, 1997
Sem- Terra Urbanos; Invasão Riacho Doce, Bairro do Guamá, Belém, Paula Sampaio, 1995
Sem Título, Paula Sampaio, 1997 

E aí o que acharam da #Galeria de hoje? Um belo trabalho não é mesmo? Deixe suas impressões e comentários aqui, ou no nosso Instagram! Te aguardamos. 

Referências

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A estética fine art de “O ano passado em Marienbad”

Já ouviram falar em  Fine art? O filme “O ano passado em Marienbad” é referência conceitual e estética dessa técnica.

Resultado de um impulso artístico e estético, pautado nas abordagens pessoais do autor, que reflete seus desejos, ou inquietações em um formato fantasioso ou crítico. A fotografia “Fine Art” ou “arte fina”, em tradução literal, é um recurso amplamente usado no mundo fotográfico, que abrange diferentes aspectos do processo fotográfico. 
Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de tela
Para compreender a fotografia fine art é necessário levar em consideração, aspectos referentes ao objetivo da criação, assunto, e as técnicas utilizadas durante o  processo. Entende-se que este recurso deve-se ser pautado no simples objetivo de se criar uma obra de arte, ou seja transpor a aparência literal da cena ou do assunto escolhido. Em outras palavras constituir uma imagem que partilhe uma visão própria, uma representação metafórica da imagem.  Vale ressaltar, que este modo de fotografar surge com um discurso de enaltecimento do único e do original. Desse modo, a fotografia composta sob tais características será um produto exclusivo, e de luxo. Como consequência o uso o rótulo “fine art” está intrinsecamente ligado a valorização financeira do trabalho produzido. 
Para esse tipo de fotografia, não basta a fotografia ser considerada bonita, deve-se levar em conta o conteúdo emocional da fotografia. Para esse fim, o assunto da imagem deve ser uma resposta da expressão emocional do artista que deverá se manifestar através da composição da cena,  escolha do ângulo, exposição, enquadramento, o uso de curvas, linhas, elementos visuais, entre outros. 
O foco de uma fotografia “fine art” é qualitativo e não quantitativo. Desse modo é importante destacar que não se trata de uma produção de viés publicitário ou comercial, mas sim, de viés artístico. Vale ressaltar a existência de um processo de impressão “fine art”, no entanto, apenas a utilização desse processo não garante a configuração conceitual da fotografia “fine art”. 
No longa metragem “O ano passado em Marienbad” (1961) o diretor de fotografia  Sacha Vierny, realizou belas composições em “fine art”. Elucida-se que a cinematografia ou fotografia no cinema é recurso que diz respeito a captação das imagens, à impressão do que será visto pelo espectador. Em que se transforma o texto em imagem. Nesse panorama, nasce o projeto conceitual do filme considerado um clássico do cinema francês. 
Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de telaAdicionar legenda

A fotografia, em tons preto e branco permitem uma abstração do real. A linha vertical traçada à partir do horizonte, remete ao perspectivismo italiano,  a partir da ideia de ponto de fuga, uma técnica bastante utilizada na pintura, constroi-se um cenário retilinio, que remete a ideia de  um tabuleiro de jogo, com peças espalhadas.   

Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de tela
 


 Além de belos cenários, o filme é torneado por um exagero estético. A protagonista exibe um luxuoso vestido feito com penas negras, e no rosto carrega uma expressão atordoada.

Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de tela
Nessa cena, temos uma fotografia construída em um jogo de luz e sombra, sob um cenário de escadaria, levando a um ar de abstração. Destaque para as sombras. 

Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de tela

Enquadramento sobreposto. Jogo de reflexos, composição intimista. 

Cena do filme “O ano passado em Marienbad”| Captura de tela

Uso de poses, novamente uma composição intimista, escapam a imagem a estética do belo, do luxuoso.
“O ano passado em Marienbad” aborda de modo ímpar e não convencional questões relativas a tempo e memória. Sob a história de um amor extraconjugal que se prescreve a partir de um diálogo por lembranças com a outra parte que mostra-se não lembrar da história. Neste panorama a significância emocional criada pela fotografia está no uso de planos com poses e olhares bem marcados, a escolha de extremos de iluminação, claro e escuro. Em tons preto e branco que delineiam a abstração proposta no filme. 
 O que acharam desse conteúdo? O fine art, é estética bastante utilizada no universo fotográfico. Deixe seu comentário, nos siga no instagram e se quiser ficar por dentro de todo nosso conteúdo, assine nossa newsletter. 

Referências

  • Portal Intercom. ALMEIDA, Alves. M. Fotografia fine art (belas artes) – conceituação, linguagens e processos de produção. 2018. 15. Universidade Paranaense, Cascavel, XIX Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul – Cascavel – PR. 2018. 
  • Cinema em cena.
  • HACER.
 Já ouviram falar em  Fine art? O filme “O ano passado em Marienbad” é referência conceitual e estética dessa técnica.
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Erick Dau

 Formado em jornalismo, Erick Dau fotógrafa conflitos sociais no Rio e América Latina.

Com um olhar atento e comprometido, com a realidade do momento, Erick Dau, é o nome por trás de fotografias tão expressivas que registram, conflitos sociais, recorrentes no Rio de Janeiro e em alguns lugares da América Latina.

Nascido no Rio de Janeiro, Erick Dau, formou-se em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde cursou também, mestrado e doutorado em comunicação. Trabalhou um tempo como freelancer, e teve fotos, publicadas em jornais nacionais e internacionais. Foi assistente do jornalista Glenn Greenwald, para o The Intercept, no qual trabalhou também como editor de fotografias.  Fotografou para organizações como Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e ONU Mulheres e diversos movimentos sociais. Atualmente, fotografa para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos em Washington, EUA e é membro do coletivo fotográfico Farpa.

Suas fotografias possuem característica de caráter documental, onde ele sobrepõe um olhar sensível e parafraseando Sontag, atribui importância aos registros sociais no qual compromete retratar.

Confira abaixo, uma seleção de imagens do trabalho documental de Erick Dau. Os registros são seleções de fotografias retiradas de seu site e do instagram. As legendas que acompanham são compostas por pequenos textos que direcionam ou retratam geograficamente a zona de conflito registrada por ele. 

Três homens Bolivianos, com roupas tipicas
Indígenas da Nación Qhara Qhara, da Bolívia, que nesse momento marcham em direção a La Paz, lutando pela restituição de seus territórios ancestrais.

Senhora Colombiana, posa para foto, ela tem a pele enrugada e cabelos grisalhos amarrados.
Wayuu

Mexicano carrega uma tocha e caminha pela rua
Día de Muertos – Oaxaca, México

No meio da rua, jovem aparace no centro carregando uma bandeira, ele também carrega uma mochila nas costas. Mais a sua frente, uma multidão de manifestantes.
A população na rua pra barrar a PEC, e a PM pra defender. Fora PEC, fora Temer.

Bombeiro apaga incêndio no ônibus
Cinelândia, depois de algum protesto, em 2014

Senhor aparece sentado em uma cadeira na calçada, a sua frente um batalhão de soldados marcham, eles aparecem borrados.
Dia da independência

Senhor caminha pela rua, atrás em uma porta, está um homem deitado na rua.
Na Lapa também tem democracia

Tá achando difícil? Imagina estar em uma solitária num presídio no Chile.

Menino parado atras de uma brasília,vendendo laticinios.
Na Lapa também tem laticínios

E aí, nos conte suas impressões sobre o #galeria de hoje aqui no blog. Assine também nossa newsletter. 


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