Representação do espaço

Compondo a fotografia com o espaço negativo e positivo e com a profundidade de campo.

Compondo a fotografia com o espaço negativo e positivo e com a profundidade de campo.

A representação do espaço é uma forma de mostrar um lugar, pessoas e objetos. Essa representação pode ser diferente dependendo do fotógrafo, da forma que a foto foi tirada e da ideia que a imagem quer passar. Assim, uma fotografia pode ser considerada um reflexo de como vemos o mundo. Sendo ela uma seleção dos interesses do fotógrafo.

A representação do espaço na fotografia pode ser feita utilizando técnicas de composição, como, o espaço positivo e negativo e a profundidade de campo. Essas técnicas ajudam na dimensão percebida na imagem, além de direcionar o olhar para o objeto principal.

Como representar o espaço na fotografia?

Esta imagem mostra um vaso de cerâmica branca com uma cor de destaque laranja, preenchido com um buquê de flores rosa e brancas. O vaso está sobre uma superfície plana em frente a uma parede, e as sombras projetadas pelo arranjo criam um contraste interessante contra o fundo claro. As flores são dispostas de tal forma que parecem estar caindo do topo do vaso, criando uma exibição atraente. Além disso, há também algumas folhagens visíveis no fundo do vaso que adicionam textura e profundidade a esta composição de natureza morta.]
A. f/3.9, V. 1/25s, I. 400 | Nathália Paes

O espaço negativo e o positivo podem ser combinados para criar uma foto que seja agradável de se olhar. Para entender melhor, imagine que exista uma hierarquia na fotografia, ou seja, algumas partes na imagem são mais importantes do que outras. Esta hierarquia também vai indicar o que o observador irá ver primeiro. 

O espaço positivo é aquele objeto onde se encontra o foco da fotografia, é ele que atrai o olhar do observador primeiro. O espaço negativo são as áreas vazias na fotografia, por exemplo, aquele espaço com céu, água ou parede. É aquela área que não chama muita atenção, pois ela fornece uma área de respiro para a composição. Assim, o espaço negativo impede que a fotografia fique cheia de elementos, o que ajuda a focar apenas no objeto principal. Então, podemos dizer que o espaço positivo é o objeto principal, e o espaço negativo, é a área ao redor do objeto principal.

Esta imagem mostra uma mesa com vários itens de papelaria. Do lado esquerdo da mesa, há um caderno com anotações. À direita deste, existem várias canetas de cores diferentes dispostas em grupo e um vaso cheio de flores. Na frente deles está outro caderno encadernado com espiral e contém caneta e lápis. Mais à direita, há um caderno roxo sobre uma superfície branca. Por fim, na parte inferior central da imagem, há um close-up de papel e uma única caneta horizontalmente sobre ele.
A. f/3.9, V. 1/20s, I. 400 | Nathália Paes

O espaço negativo e o positivo podem ser combinados para criar uma foto que seja agradável de se olhar. Para entender melhor, imagine que exista uma hierarquia na fotografia, ou seja, algumas partes na imagem são mais importantes do que outras. Esta hierarquia também vai indicar o que o observador irá ver primeiro. 

O espaço positivo é aquele objeto onde se encontra o foco da fotografia, é ele que atrai o olhar do observador primeiro. O espaço negativo são as áreas vazias na fotografia, por exemplo, aquele espaço com céu, água ou parede. É aquela área que não chama muita atenção, pois ela fornece uma área de respiro para a composição. Assim, o espaço negativo impede que a fotografia fique cheia de elementos, o que ajuda a focar apenas no objeto principal. Então, podemos dizer que o espaço positivo é o objeto principal, e o espaço negativo, é a área ao redor do objeto principal.

Esta imagem captura a vista da cidade de Mariana, com telhados vermelhos e árvores. A cena é dominada pela vasta extensão do céu, que é preenchido com nuvens brancas que se estendem até onde a vista alcança. Em primeiro plano, há vários edifícios com telhados cor de terracota que contrastam fortemente com o céu azul brilhante acima deles. As árvores revestem muitos desses telhados, adicionando uma camada extra de textura à paisagem. Mais longe dos edifícios, pode-se distinguir colinas e montanhas ao longe.
A. f/11, V. 1/180s, I. 100 | Nathália Paes

A profundidade de campo é o espaço com foco em uma fotografia. Essa profundidade será definida por meio da abertura da câmera e da distância que o fotógrafo estará do objeto fotografado. Na imagem acima podemos perceber uma profundidade de campo ampla, pois a distância é grande a ponto de haver nitidez entre elementos distantes entre si. Usando uma abertura grande e uma certa distância do objeto podemos deixar todos os elementos da fotografia nítidos e com a mesma importância visual.

Esta imagem mostra um cão marrom deitado no chão em um ambiente ao ar livre. O animal está situado no topo de uma superfície de tijolos e cercado por uma grama verde. Enquanto o fundo da foto, uma parede branca, está desfocada. Seu pelo parece ser curto e emaranhado, com as orelhas erguidas atentamente enquanto olha para longe.
A. f/5.6, V. 1/125s, I. 100 | Nathália Paes

Nesta imagem, a profundidade de campo é rasa, resultando em maior desfoque no fundo e na frente. Esse efeito pode ser realizado com uma abertura de obturador pequena, se mantendo longe do objeto e usando um zoom alto, ou através de edição. O fundo foi desfocado e o elemento central se tornou o foco da imagem, fazendo o olhar do observador ser direcionado para ele. Desfocar o fundo também também pode ser uma ferramenta para apagar algum elemento que não traz informação à foto.

Contando histórias através do vazio 

O modo como representamos um espaço, destacando certos elementos ao invés de outros, muda como aquela fotografia pode ser percebida. Ao selecionar um objeto como destaque estamos criando uma nova forma de ver aquele ambiente. 

Ao utilizar o espaço positivo, o espaço negativo ou a profundidade de campo estamos transmitindo uma mensagem. Essas técnicas de composição também podem causar emoções diferentes. O espaço positivo pode passar a ideia de poder, força ou movimento, enquanto o negativo pode mostrar tranquilidade, admiração ou mistério. A profundidade de campo também ajuda a selecionar o que é mais importante na imagem, direcionando o olhar para aquilo que queremos pôr em foco.

Fotografar não é apenas reproduzir com fidelidade um espaço, mas sim, por meio de escolhas, contar uma história com a imagem. Essas escolhas são feitas a todo momento, ao escolher dar foco nisso e não naquilo, ao cortar este elemento e não outro, ao utilizar este ângulo e não aquele.

Objeto de Aprendizagem é uma coluna de carácter formativo. Trata-se de uma série de materiais didáticos elaborados para apoiar o aprendizado da prática fotográfica. Deseja acessar outras publicações da coluna Objeto de Aprendizagem ? É só seguir este link.

REFERÊNCIAS CONSULTADAS NA PRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO

Compreendendo os Espaços na Fotografia. Blog EMania, 2021. Disponível em: <https://blog.emania.com.br/compreendendo-os-espacos-na-fotografia/>. Acesso em: 17 jul. 2023.

HEDGECOE, John. O novo manual da fotografia. 4. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.

COMO CITAR ESTE CONTEÚDO

PAES, Nathália. Representação do espaço. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/representacao-do-espaco/>. Publicado em: 20 dez. 2023. Acessado em: [informar data].

ISO: a ferramenta que define a qualidade da foto

Como as nossas fotos em ambientes escuros ficam claras? Veja neste capítulo como usá-lo e evitar os ruídos em suas imagens.

Como as nossas fotos em ambientes escuros ficam claras? Veja neste capítulo como usá-lo e evitar os ruídos em suas imagens.

Na fotografia é indispensável que tenhamos a presença de luminosidade, mesmo que seja bem pouca. Através dela, percebemos os objetos que ao receberem a luz, a refletem para nossas câmeras. Portanto sem luz não há registro. O  motivo pelo qual as fotos feitas à noite, quase nunca ficam com qualidade igual ou superior como as fotos que fazemos à luz do dia é a ausência de luminosidade. Mesmo que as nossas câmeras abram o diafragma ao máximo, possibilitando a maior entrada de luz, elas não são capazes de capturar a quantidade suficiente para uma foto nítida. E é aí que entra a ferramenta ISO.

O que é o ISO, e para que serve?

A. f/6.3, V. 1/8s, I. 3200 | Paulo César Gouvêa

A Organização Internacional para Padronização (ISO), traduzido do inglês, é um termo que se refere à sensibilidade que as câmeras possuem em seus sensores. Traduzimos essa sensibilidade em forma de números que variam de 100 a 6400 em câmeras mais comuns. Voltando ao nosso exemplo de fotos noturnas, à medida que aumentamos esse número mais iluminada, artificialmente, a foto ficará. Dobrando o valor de ISO significa que você está dobrando o brilho de sua foto. Logo, ISO 400 é duas vezes mais luz do que ISO 200. Isso significa que é só colocar um ISO alto que a foto fica clara? Sim, mas na fotografia, na maioria das vezes, para se ter uma coisa precisamos abrir mão de outra. À medida que aumentamos a sensibilidade começam a aparecer ruídos na foto. Neste caso, se queremos uma foto clara à noite, infelizmente iremos perder qualidade na imagem.

A. f/3.9, V. 1/320s, I. 100 | Paulo César Gouvêa

Na imagem acima, na qual o ISO está em 100, podemos notar claramente os detalhes, tanto  das folhas que estão expostas ao sol, quanto das que estão mais a sombra.

A. f/10.8, V. 1/1000s, I. 3200 | Paulo César Gouvêa

Nesta imagem buscamos fechar o diafragma e aumentar a velocidade do obturador reduzindo a entrada de luz e o tempo de exposição. Com isso, abusamos do uso do ISO, que ficou em 3200. Olhando bem, as mesmas folhas, nas mesmas condições de luz do dia, ficaram prejudicadas. Suas cores ficaram desbotadas ou acinzentadas, fazendo com que percamos a condição de observar os detalhes. As pintas marrons claro que estão nas folhas verdes já não estão reconhecíveis. Agora no lugar delas há uma distorção e só se vê ruídos em tons de verde.

Os ruídos podem variar entre modelos de câmeras distintas e até mesmo dentro de uma mesma imagem. É fato que nas regiões mais escuras terão mais ruídos, e nas mais claras menos ruídos, como podemos observar na segunda imagem. Isso está relacionado a absorção de luz por parte do objeto que está sendo fotografado. As regiões mais claras do assunto tendem a refletir mais a luz. Já as mais escuras absorvem com mais facilidade, dificultando a captação dos detalhes.

A. f/3.5, V. 1/125s, I. 400 | Paulo César Gouvêa

Devemos nos atentar ao uso elevado do ISO em situações onde ele é desnecessário. Como vemos na imagem acima, foi colocado em ISO 400.  Por ser um dia claro e com bastante luminosidade a imagem acabou saindo muito clara, resultando em uma imagem clara demais, não sendo possível ver o que está sendo fotografado.

Como solucionar este problema?

É importante ressaltar que antes ter uma imagem com ruídos do que não ter uma imagem. Buscar sempre locais mais iluminados é de grande ajuda. Em caso de pontos de luz, como janelas, procure ficar mais próximo deles, de forma que a luz entre em contato com o assunto que você deseja fotografar. Se você deseja fotos com mais qualidade e nitidez possível, evite ao máximo aumentar o ISO. Até porque, ele nem sempre é a solução para situações com pouca luminosidade. Duas soluções práticas para a entrada de luz são: a abertura do diafragma e a diminuição da velocidade do obturador. Lembrando que como dissemos anteriormente, na fotografia não se pode ter tudo, precisamos abrir mão de alguma coisa. Mas se nenhuma dessas opções acima se encaixam em sua proposta, é válido utilizar ISOs baixos garantindo a qualidade, e alterar a luminosidade em programas de edição de imagem. Atualmente fotos vintage tem feito sucesso nas redes sociais, essas fotos tem uma estética anos 80,90 que simulam um efeito comum em fotos feitas com câmeras analógicas. Se você procura reproduzir fotos com essa estética,  sem o uso de edição de imagem, é válido explorar ISOs altos para obter resultados semelhantes.

Chamada para ação 

Objeto de Aprendizagem é uma coluna de carácter formativo. Trata-se de uma série de materiais didáticos elaborados para apoiar o aprendizado da prática fotográfica. Deseja acessar outras publicações da coluna Objeto de Aprendizagem ? É só seguir este link.

REFERÊNCIAS CONSULTADAS NA PRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO

HEDGECOE, John. O novo manual da fotografia. 4. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.

MACEDO, Neto. Como funciona o ISO – Modo manual da câmera, 2019. Disponível em: https://aprendafotografia.org/como-funciona-iso-sensibilidade-modo-manual/. Acesso em: 12 jul. 2023

ISO na Fotografia: Domine Hoje Mesmo. joanldafoto.com.br,2020. Disponível em: https://jornadadafoto.com.br/iso/ Acessado em: 13 jul. 2023.

Definições de Velocidade ISO para Fotografias. cam.start.canon.com,2023. Disponível em: https://cam.start.canon/pt/C003/manual/html/UG-03_Shooting-1_0070.html Acessado em: 12 jul. 2023.

RUÍDO EM IMAGENS – PARTE 2. cambridgeincolour.com,2020. Disponível em: https://www.cambridgeincolour.com/pt-br/tutoriais/image-noise-2.htm Acesso em: 13 jul. 2023.

GOUVÊA, Paulo César ISO: A ferramenta que define a qualidade da foto. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: https://culturafotografica.com.br/iso-a-ferramenta-que-define-a-qualidade-da-foto/. Publicado em: {22/10/2023}. Acessado em: [informar data].  

A Representação do Movimento: recortando espaço e tempo

Nosso movimento é constante e mesmo parados, nossa respiração é um movimento. Entender como representá-lo nas suas fotografias é fundamental.

Nosso movimento é constante e mesmo parados, nossa respiração é um movimento. Entender como representá-lo nas suas fotografias é fundamental.

Cenário de uma cachoeira, com uma pedra se destacando no meio e a corrente da água a atravessando. A pedra está congelada, mas o movimento da água está borrado na imagem.
A. f/14, V. 1/13 s, I. 800 | Gustavo Batista

Há um interessante paradoxo da fotografia que na maioria do tempo não percebemos. Mesmo que uma foto seja um recorte estático da realidade, ainda há movimento presente nela: apenas manipulamos como queremos que ele se apresente. Não se engane, pois mesmo quando estamos parados fotografando, nossa respiração e movimento dos músculos ainda são um movimento sutil, mas muito capaz de tremer nossa fotografia quando não firmarmos a mão. Mas existe um certo ou errado? Quais fatores levamos em conta quando escolhemos como esse movimento aparece? As possibilidades vão até mesmo além do que imaginamos.

Borrado e Congelado: Os tipos de movimento na fotografia

Se imagine fotografando em um festival de dança, câmera no pescoço e os mais variados estilos se apresentando. Existem diferentes possibilidades ao seu dispor para captar cada apresentação, tudo variando de acordo com seu desejo e visão como fotógrafo. Talvez queira deslumbrantes poses de balé congeladas e estáticas, destacando firmeza. Talvez queira vestidos de dança de ventre borrados para sensação de fluidez. Independente das escolhas tomadas, há um agente por trás: a velocidade do obturador.

Através da velocidade do obturador, também conhecida como tempo de exposição, é possível variar o movimento entre dois estados: congelado e borrado. Em termos técnicos, essa alteração refere-se ao tempo que o obturador levará para abrir e fechar, assim controlando a entrada de luz. Uma velocidade de obturador mais alta vai captar movimentos de forma congelada, enquanto uma baixa vai captar borrados.

Estaca de madeira fincada em uma rua, segurando dois varais com várias bandeiras LGBTQIA + enfileiradas. Elas balançam com o vento, apresentadas congeladas na imagem.
A. f/7.1, V. 1/2000 s, I. 200 | Gustavo Batista

Vejamos os casos. O movimento congelado demanda que o obturador seja mais rápido que o objeto. Isso já deve ser visível de 1/250 para cima dependendo da sua câmera, mas ele pode variar. Na imagem acima, havia uma intencionalidade quanto a como as bandeiras deveriam se apresentar: congeladas, destacando a presença do vento mas sem comprometer o conteúdo presente nessas. Para isso, foi usada a velocidade de 1/2000 para que o efeito fosse realizado e a imagem se mantivesse nítida.

Uma mão segura um telefone celular, rolando a galeria rapidamente. A tela do celular está borrada e a mão segurando congelada.
A. f/3.9, V. 1/15 s, I. 200 | Gustavo Batista

O movimento borrado é consequência de um maior tempo de exposição, resultando em um rastro no objeto em movimento. Isso exige uma velocidade mais baixa. A imagem do exemplo acima usa de uma velocidade 1/15 para apresentar um cenário onde é possível ver um celular e uma mão deslizando a tela, rolando pela galeria de imagens. Devido ao tempo de exposição alto, o efeito gerado da tela borrada causa uma sensação de movimento, captando melhor a ideia do deslize rápido na tela. 

Uma moto atravessa em meio a rua com uma mulher dirigindo. A rua está borrada e a mulher no centro congelada.
A. f/13, V. 1/15 s, I. 100 | Gustavo Batista

Panning parece complicado, eu sei, mas o segredo está em “brincar com a física”. Panning vem de panorâmica e sua aplicação consiste em um tempo de exposição mais longo, porém acompanhando o objeto com sua câmera. Isso eliminará o movimento do objeto de interesse, o deixará estático e borrará o resto na direção que a câmera foi movida. No exemplo acima, o objeto de interesse consiste na moto passando. Perceba que como na imagem anterior, a presença do borrado corrobora para a sensação de movimento.

Não existe certo ou errado, apenas a sua intenção

Captar o movimento na fotografia é composto de duas possibilidades que parecem básicas: ou você congela ou você borra. É um processo subjetivo que depende de você, pois não há certo ou errado. A real diferença está na intenção e no resultado final, afinal, fotos borradas e fotos congeladas causam diferentes percepções. Para isso, o primeiro passo é sempre saber qual sua intenção e quais possibilidades você tem a seu dispor. Não entender isso pode criar um ciclo de constante insatisfação nas suas fotos e não há nada pior que sentar para rever as tiradas no dia e se decepcionar.

REFERÊNCIAS CONSULTADAS NA PRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO

HEDGECOE, John. O novo manual de fotografia: guia completo para todos os formatos/John Hedgecoe; tradução de Assef Nagib Kfouri e Alexandre Roberto de Carvalho – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005. p 93-103

ENTLER, Ronaldo A fotografia e as representações do tempo Galáxia, núm. 14, 2007, pp. 29-46 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo São Paulo, Brasil.

COMO CITAR ESTE CONTEÚDO

A regra dos terços na composição fotográfica do dia-a-dia

Na fotografia, a regra dos terços é uma das principais estratégias para produzir uma imagem harmoniosa, descentralizada e equilibrada.

Esta imagem mostra um passadiço com palmeiras e edifícios em fundo. O passadiço está ladeado por um corrimão e há uma pessoa sentada num banco no fim do mesmo. Em primeiro plano, há duas palmeiras altas lado a lado, uma das quais tem um candeeiro de rua ao lado. Atrás delas está um impressionante edifício branco com telhas vermelhas que tem muitas janelas ao longo da fachada. Por cima desta cena, há um extenso céu azul pontilhado de nuvens.
f/3,4, V. 1/20s, I. 500 | Laura Lanza

Como funciona?

A regra consiste em dividir o quadro da fotografia em três partes horizontais e três partes verticais, formando uma “grade” com nove retângulos iguais. As linhas que dividem as seções, assim como as interseções entre elas, são consideradas zonas de atração do olhar. Por isso, os pontos de intersecção são considerados pontos de interesse. Recomenda-se, onde é possível, posicionar o objeto principal da fotografia sobre elas. O objeto é posicionado na primeira ou terceira parte da imagem, deixando os outros dois terços mais abertos, em vez de centralizá-los, tornando a composição mais interessante e preenchida.  

Ainda que o uso da regra dos terços seja bastante ampla e versátil para a maioria das situações, nem sempre sua aplicação é necessária ou adequada, como no caso de fotografias científicas, que dependem de precisão e de detalhes.

Esta imagem capta uma cena exterior deslumbrante de um lago tranquilo rodeado por árvores e edifícios luxuriantes. O céu azul está salpicado de nuvens brancas, criando uma atmosfera idílica. Em primeiro plano, há um corpo de água que reflete a paisagem circundante e proporciona uma vista tranquila. No lado direito da imagem, há vários edifícios altos com janelas de vidro que se destacam contra o céu azul brilhante. Mais ao fundo, podem ver-se mais árvores e vegetação, bem como algumas docas que se estendem até ao lago. Esta imagem resume perfeitamente a beleza da natureza combinada com a arquitectura moderna para criar uma visão inesquecível para quem tiver a sorte de a testemunhar em primeira mão.]
f/9, V. 1/200s, I. 100 | Laura Lanza

Nesse exemplo, a regra dos terços é utilizada para dar destaque à paisagem e ao horizonte, além de guiar o olhar para a fotografia. Isso porque a linha inferior, que “separa” a lagoa, é o primeiro plano, enquanto o céu ocupa os terços superiores, causando a sensação de profundidade. Os pontos de interesse centrais também auxiliam para a harmonia e proporção da composição, já que o reflexo na água complementa o terço inferior e gera uma simetria interessante. 

Esta imagem mostra uma estrada com árvores e arbustos de ambos os lados. A estrada está ladeada por relva verde luxuriante e há várias árvores espalhadas pela cena. Em primeiro plano, há uma poça de água que reflecte o céu. Mais ao fundo do caminho, uma criança corre com roupas brilhantes que se destacam contra o fundo cinzento. Há também um poste no fundo, que aumenta a profundidade da imagem.

As cores dominantes nesta fotografia são o cinzento e o branco, enquanto se podem ver acentos de verde por todo o lado, bem como um tom castanho-terroso de algumas das folhagens. Esta paisagem exterior foi cuidadosamente ajardinada para criar uma atmosfera convidativa para todos os que a visitam - perfeita para dar passeios ou simplesmente apreciar a beleza da natureza!
f/7,1, V. 1/60s, I. 100 | Laura Lanza

Nesse segundo caso, as linhas causam a percepção de espaço. O passeio é o assunto principal da foto e está em evidência, por isso, a linha horizontal é posicionada no ponto de fuga, o horizonte, sendo responsável por seu prolongamento. Enquanto as linhas verticais, junto aos pontos de interesse e a disposição dos elementos, como as árvores, arbustos e as guias, causam a sensação de direção. Além disso, outro componente de destaque para a imagem, é a criança centralizada andando de bicicleta, que reforça a direção.

Esta imagem mostra uma estátua de um soldado no meio de uma paisagem urbana exterior. O soldado está de pé, alto e orgulhoso, segurando uma espingarda nas mãos. Está rodeado de árvores e plantas, com uma grande árvore directamente atrás dele a oferecer sombra do sol. No fundo, há edifícios que fazem parte do horizonte da cidade. Há também um carro a circular na estrada do seu lado esquerdo e algumas caixas de plantas com relva a crescer perto dos seus pés. Do seu lado direito, há outra pessoa a caminhar no passeio, vestindo calças de ganga azuis. O céu acima tem nuvens brancas espalhadas por todo o lado e parece que pode ser de manhã cedo ou ao fim da tarde, a julgar pela paleta de cores. No geral, esta imagem transmite uma sensação de força e coragem, bem como de tranquilidade devido ao seu ambiente natural, o que constitui uma combinação interessante quando se olha para esta cena como um todo.
f/6,3, V. 1/250s, I. 100| Laura Lanza

A terceira foto é um caso semelhante à aplicação da regra dos terços em projetos arquitetônicos. Ela foi registrada de um ângulo baixo e com um pouco de zoom, trazendo a perspectiva de grandeza para a estátua, e, ao posicioná-la na linha vertical, isso é ainda mais enfatizado. O monumento  está deslocado para a esquerda. Os objetos localizados nos terços direitos aparentam ser menores do que são. Dessa forma, a técnica trouxe a sensação de alongamento e profundidade.

Regra dos terços para iniciantes

As câmeras digitais  e os smartphones, têm a opção de mostrar essas linhas imaginárias, tornando a técnica acessível para quem está começando.  Recomendamos utilizar esse recurso para praticar a regra dos terços, adquirir experiência e compreender como a fotografia funciona, já que para usá-la, basta posicionar o elemento principal da imagem em um dos quatro pontos de intersecção da grade de terços.

Contudo, para ter evoluções, é importante experimentar posicionar os elementos principais em variados pontos da gradação dos terços, a fim de encontrar a composição mais agradável e de maior identificação para o fotógrafo. São essas variações que permitirão conquistar resultados diferentes, criativos e captar melhores imagens. Para a fotografia, o mais importante é treinar o olhar e compreender a regra dos terços como uma orientação para dispor os elementos na foto, ao invés de considerá-la uma técnica rígida.

REFERÊNCIAS CONSULTADAS NA PRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO 

COMO CITAR ESTE CONTEÚDO

Ética

Ética é a arte da convivência, segundo Clóvis de Barros Filho. Mas como ela acontece em nossas vidas?

Fotografia em preto e branco com livros de filosofia empilhados de diversos autores.
Livros de Filosofia | João Marcos Maciel Luiz

A palavra ética é originária da palavra grega éthos, que pode significar costumes, mas pode, em outros casos, significar caráter, índole natural, temperamento, conjunto de disposições físicas e psíquicas (desejos e paixões) de uma pessoa. A ética surgiu quando um ou mais indivíduos se perguntaram o que são os costumes, de onde vêm e o que eles valem. Além disso, a filosofia moral, como ela também é conhecida,  visa compreender o caráter de cada pessoa, a saber, sobre o seu senso e sua consciência moral em uma sociedade.

Ética, cultura fotográfica e olhares das comunidades

Ética não é tabela de regras prontas porque necessita a reflexão constante em uma convivência. No convívio com pessoas pode surgir diferenças de valores e impedimentos. Cada pessoa é capaz de usar a própria razão e dizer que “uma coisa é melhor que outra” e estabelecer uma ação (práxis) acima do desejo (orexis) e das paixões (pathos) individuais para a convivência fluir bem. A razão auxilia nas escolhas dos valores a compartilhar. Esses valores são características humanas que distinguem o bom e o mal (virtude moral) e o verdadeiro e o falso (prudência). Veja alguns exemplos.

Mulheres e homens jovens sob a rampa de acesso ao restaurante universitário. Muitos usam roupas de frio como moletons, jaquetas e calças. Ao lado da rampa tem uma grade de ferro e duas pilastras azuis. O chão é liso da cor cinza amarronzado.
Fila do Restaurante Universitário UFOP | João Marcos Maciel Luiz

Intervalo das aulas. Você está com desejo (orexis) de lanchar, depois, interagir com os colegas, apesar do tempo curto e fila grande. O desejo controla sua razão e você desconsidera todos os colegas na fila sobrepondo sua vontade à liberdade dos colegas que esperavam a vez de pegar a merenda. Talvez você pense: “meus colegas fazem o mesmo!” Reflita se isso é bom ou mal para a convivência, porque cada ação (práxis) tem efeitos profundos e imperceptíveis. Pergunte-se: o que você valoriza?

Fotografia colorida mostrando veículos estacionados em lugar proibido. Nela, há muitos carros e motocicletas estacionados em uma área de convergência e próximo da parada de ônibus.
ICEB-UFOP | João Marcos Maciel Luiz

Seu pai precisa estacionar o carro. A rua que escolheu estacionar tem apenas vagas para carga e descarga de mercadorias, para deficientes e a parada de ônibus. As normas de trânsito permitem somente veículos específicos pararem nesses lugares. Equivocado, seu pai usa da razão e decide estacionar o carro em uma das vagas dizendo que será rápido. Em qualquer uma das vagas que estacionar, apenas atenderá o desejo (orexis) dele ultrapassando os limites e afetando a liberdade de outras pessoas.

Fotografia colorida em que um homem vestindo um moletom marrom estende sua mão direita para a câmera a fim de se defender da foto. Atrás dele tem uma estante com livros.
Homem se defendendo da câmera | João Marcos Maciel Luiz

Uma pessoa está compondo um cenário que você quer fotografar. Você decide pedir permissão para ela, mas acaba tendo seu pedido negado. Movido pelo desejo (orexis) de ter aquela imagem com a pessoa e pela raiva (pathos) da negação que recebeu, acaba ultrapassando os limites. Você, no entanto, pensa equivocadamente que não terá problema em tirar a fotografia mesmo assim. Simplesmente deixou o desejo e a paixão comandar sua razão e ultrapassou a liberdade do outro em não ser fotografado.

Fotografia colorida. Nela há um braço de mulher segurando uma máquina fotográfica como se estivesse roubando de uma mochila preta. A mulher usa uma blusa de manga comprida preta e uma calça colorida. A mochila está sobre uma mesa branca com três cadeiras pretas ao lado da mesa.
Simbolizando um furto de máquina fotográfica | João Marcos Maciel Luiz

Ao fotografar com câmera, aparece o desejo (orexis) de ter uma igual, sabendo que não tem o dinheiro para comprar uma. Decide roubá-la.  Uso incorreto da razão afetou a liberdade de outros terem a câmara. Talvez pense: “sou pobre, não tenho dinheiro para conseguir uma igual”, ou ainda: “pessoas roubam”. Primeiro, você duvida da própria capacidade de raciocinar e encontrar a forma correta de conseguir dinheiro sem prejudicar alguém. Segundo, a cobiça, uma paixão (pathos), o fez praticar má ação.

A ética, portanto, é o questionar sobre os costumes e a compreender o caráter humano. É uma forma de observarmos nosso senso e consciência moral e na sociedade. Nossas ações devem ser guiadas pela nossa razão para que nossos desejos e paixões não nos faça cometer desagrados individuais e coletivos. Devemos usar a razão para investigar o que valorizamos em um relacionamento e se correspondem ao que é bom e verdadeiro e ao que é mal e falso. Precisamos ser sinceros, transparentes e fiéis às nossas escolhas, boas ou más, e conduzi-las para uma bela convivência.

REFERÊNCIAS CONSULTADAS NA PRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO

BARROS FILHO, Clóvis de. A Ética é a Arte da Convivência. São Paulo: TEDx|São Paulo, 2018.

CANTO-SPERBER, Monique et alDicionário de Ética e Filosofia Moral: Aristóteles. São Leopoldo: Unisinos, 2013. Tradução de Ana Maria Ribeiro-Althoff.

_______________. Dicionário de Ética e Filosofia Moral: Ética. São Leopoldo: Unisinos, 2013. Tradução de Ana Maria Ribeiro-Althoff.

KENNY, Anthony. Uma Nova História da Filosofia Ocidental: filosofia antiga. São Paulo: Edições Loyola Jesuítas, 2011.

OLIVEIRA, Raimundo Nonato Nogueira de. Filosofia: investigando a ética e a sexualidade. Fortaleza: Edjovem, 2011.

COMO CITAR ESTE CONTEÚDO

LUIZ, João Marcos Maciel. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: https://culturafotografica.com.br/etica/. Publicado em: 18 set. 2023. Acessado em: [informar data]. 

Triângulo de exposição

Os 3 parâmetros do Triângulo de Exposição são: ISO, Abertura e Duração da Exposição. É por esta combinação que podem ser definidas algumas características da imagem.

Os 3 parâmetros do Triângulo de Exposição são: ISO, Abertura e Duração da Exposição. É por esta combinação que podem ser definidas algumas características da imagem.

Fotografia de uma rua em um dia ensolarado. No final dela há algumas pessoas andando.
A. f/8, V. 1/125s, I. 100 | Nathália Paes

Uma fotografia é formada através da luz ambiente que entra pela lente da câmera fotográfica. Com o Triângulo de Exposição é possível controlar essa quantidade de luz e, portanto, ajustar o brilho da fotografia.

Na fotografia, o Triângulo de Exposição consiste no ajuste  de três parâmetros: o ISO, a Abertura e a Duração da Exposição. Conhecendo estas variáveis é possível prever algumas características da imagem que será captada. Como, por exemplo: se a imagem terá um aspecto granulado ou não, se a área focada será grande ou pequena ou se o movimento dos objetos aparecerá borrado ou congelado.

Combinando os parâmetros

Para captar uma imagem com o brilho adequado é preciso combinar a Abertura, a Duração da Exposição e o ISO. Com diferentes combinações de valores destes parâmetros é possível fotografar imagens com o brilho adequado. Embora, em cada uma delas, o ajuste de uma das configurações resultará em características específicas. Ao variar a Abertura o tamanho da área focada mudará. Ao variar a Duração da Exposição a representação do movimento mudará. Variando o ISO a granulação da foto mudará. Nenhum deles é responsável, isoladamente, pela quantidade de luz captada, assim é preciso combinar os parâmetros.

A câmera possui alguns modos que auxiliam na hora de fotografar, eles são chamados de modos de prioridade. Neles podemos definir dois parâmetros da câmera manualmente e o outro será ajustado automaticamente. E há também o modo manual, onde é possível configurar todos os elementos manualmente.

Fotografia de uma rua, nela há uma moto e um carro passando. A imagem do dois veículos está borrada
A. f/16, V. 1/30s, I. 200| Nathália Paes

O Obturador da Câmera é o mecanismo que, quando fechado, impede que a luz atinja o sensor. Chamamos de Duração da Exposição, o período de tempo que ele permanece aberto, deixando o sensor exposto a luz. É por meio do controle dessa duração que podemos deixar uma imagem borrada ou não. Para dar o efeito de borrão na cena foi preciso que a Duração da Exposição seja grande, capturando luz por mais tempo. Para compensar a iluminação, o ISO foi ajustado para o sensor não ficar tão sensível e, assim, a cena não ficasse muito clara. Nesse caso, o modo de Prioridade da Duração foi selecionado para auxiliar a exposição da fotografia. Ele combinou automaticamente o valor da Abertura com os dos outros elementos.

Fotografia de uma rua. O fundo da imagem está desfocado, dando mais foco em um poste com a placa pare.
A. f/4, V. 1/1600, I. 400| Nathália Paes

O ajuste da Abertura possibilita controlar o foco e o desfoque da imagem. No exemplo, a Abertura estava grande para poder deixar o fundo desfocado. Portanto, foi preciso ajustar a Duração da Exposição e o ISO para que a foto não ficasse super ou subexposta. O ISO foi ajustado manualmente para um valor pequeno, para que a câmera não ficasse tão sensível à luz. E a Duração da Exposição, como não impactava diretamente, foi configurada para compensar a iluminação do ambiente.

Fotografia de uma rua. Um carro passa na rua, sua imagem está congelada. Na calçada há uma menina andando. A imagem está toda focada.
A. f/16, V. 1/250s, I. 800| Nathália Paes

Para que o carro aparecesse congelado na foto, a Duração da Exposição precisou ser bem pequena, e para que o fundo não fosse desfocado, a Abertura também precisou ser menor. Assim, pouca luz entrou na câmera e para compensar a luz, o ISO precisou ser um pouco maior para que a foto não ficasse escura. O que gerou o efeito de granulação na  parte com mais sombra da foto.

Como obter a foto perfeita

A fotometria é a medição da quantidade de luz em uma fotografia. Na câmera essa marcação aparece na forma do fotômetro, uma régua que vai de -2 e aquém até +2 e além, que irá indicar se a foto sairá escura ou clara, dependendo da sua posição. Por exemplo, quanto mais perto do negativo, mais escura estará a foto, e quanto mais perto do positivo, mais clara ela será. Essa medição é utilizada como referência, ela não é uma regra, pois não há apenas uma forma de se fazer uma foto.

Não há uma regra para fotografar. As escolhas feitas para a realização de uma foto, dependerão do resultado desejado. Uma foto com muita luz ou granulada não é uma imagem ruim, se ela atingir o seu objetivo. A fotometria, as configurações e os modos da câmera existem para ajudar o fotógrafo. É interessante utilizar o modo manual, pois ele permite ter o controle de todas as configurações da câmera, ajudando a entender como a câmera funciona, além de permitir mais liberdade para experimentar e criar imagens.

REFERÊNCIAS CONSULTADAS NA PRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO

MACEDO, Neto. Fotometria: Como operar a câmera no manual. Aprenda Fotografia, 2017. Disponível em: https://aprendafotografia.org/fotometria-como-funciona-a-camera/. Acesso em: 24 abr. 2023. 

VIEIRO, Eduardo. Abertura, velocidade e ISO: Os 3 pilares da fotografia. Aprenda Fotografia. Disponível em: https://www.eduardo-monica.com/new-blog/iso-velocidade-abertura-exposicao-fotografia. Acesso em: 24 abr. 2023. 

NEWS, Emania. Compreendendo o Triângulo de Exposição na Fotografia. Blog eMania, 2017. Disponível em: https://blog.emania.com.br/compreenda-o-triangulo-de-exposicao/. Acesso em: 24 abr. 2023. 

HEDGECOE, John. O novo manual da fotografia. 4. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005. 76-85 p. 

COMO CITAR ESTE CONTEÚDO

PAES, Nathália. Os pontos do triângulo de exposição. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/triangulo-de-exposicao/>. Publicado em: 19 jun. 2023. Acessado em: [informar data].

A abertura da objetiva e sua influência na fotografia

Como o Diafragma controla a intensidade de luz que entra na câmera e quais efeitos isso tem sobre as fotografias.

Como o Diafragma controla a intensidade de luz que entra na câmera e quais efeitos isso tem sobre as fotografias.

Uma das variáveis do triângulo de exposição é a abertura da objetiva, controlada por um mecanismo chamado Diafragma. O tamanho da abertura dessa peça determina a quantidade de luz que será captada pelo equipamento, e, juntamente com o ISO e com a Duração da Exposição, determina o brilho da imagem captada.

A variação da abertura do Diafragma pode causar diversos efeitos plásticos diferentes na fotografia, influenciando, principalmente, nas áreas que aparecerão focadas e desfocadas na imagem e na quantidade de brilho que será captado.

Como funciona o Diafragma

O Diafragma pode ser comparado com uma torneira. Porém, ao invés de controlar o fluxo de água que sai do encanamento, ele controla o fluxo de luz que captamos com a câmera. Nesse sentido, quanto mais aberto o diafragma está, mais intenso é o fluxo luminoso captado, e, quanto mais fechado o diafragma, menos intenso é esse fluxo. 

Os valores de abertura são escritos da seguinte maneira, F/x.x, uma fração, na qual o “x” é o denominador. Portanto, quanto menor o “x”, maior é a abertura da câmera, ou seja, maior a quantidade da luz entrando, e quanto maior o “x”, menor é a abertura. 

A fotografia mostra um vaso com uma planta deslocada do centro para a esquerda, em foco. Atrás, em desfoque há duas árvores e mais atrás, vários prédios, também em desfoque.
A. f/1,8, V. 1/1082s, I. 32 | Maria Muricy

Efeitos da Abertura sobre o brilho de uma imagem

Como o Diafragma controla a força com que a luz entra na câmera, seu nível de abertura tem efeitos diretos sobre a exposição da imagem. Em ambientes muito iluminados, se for usado um valor de abertura muito baixo, ou seja, uma abertura muito grande, dependendo das configurações de Duração da Exposição e ISO, a tendência é obter uma fotografia estourada, pela grande quantidade de luz que é captada. Já em locais pouco iluminados, um valor de abertura baixo poderia ser adequado, assim a foto ficaria com menos brilho, possibilitando que os objetos fossem vistos de uma melhor forma. 

Porém, a abertura não é a única que interfere no brilho de uma fotografia. No caso de uma foto estourada, existem outros caminhos para consertá-la, sem ter que fechar o diafragma. Existem duas variáveis que se combinam à abertura para definir o brilho de uma imagem: Duração da Exposição e o ISO. A Duração da Exposição diz respeito ao tempo que a câmera estará exposta à luz, e é controlada pelo Obturador. O ISO define o nível de sensibilidade da câmera à luz. Ou seja, se um fotógrafo está em um ambiente muito iluminado e suas fotos estão saindo estouradas, não necessariamente ele precisará mexer no diafragma, ele pode optar por diminuir o brilho através dessas duas ferramentas. 

Profundidade de campo e prioridade de abertura

Outro aspecto muito importante que depende, principalmente, da regulagem do Diafragma é a profundidade de campo, que se refere à área que está nítida (em foco) na fotografia. Sua principal função é restringir e ampliar as áreas de atenção, através do foco. 

O Diafragma funciona mais ou menos como um olho humano. Quando estamos em um ambiente iluminado, nossa íris se fecha para conseguirmos enxergar, e quando estamos em um lugar com baixa luminosidade ela se abre, permitindo que mais luz entre em nossos olhos. Isso reflete em quais objetos estarão em foco e quais não. 

Na fotografia, um diafragma mais aberto resulta em uma menor profundidade de campo, ou seja, menos elementos estarão em foco, além do objeto principal. Em retratos, por exemplo, é muito comum o uso de valores de abertura menores, por permitirem que a profundidade de campo seja menor, colocando a pessoa fotografada em foco principal. Já um diafragma mais fechado, valor de abertura maior, possibilita que o fotógrafo alcance uma nitidez mais ampla na foto, permitindo que mais elementos sejam visualizados. Os valores de abertura mais altos são usados, normalmente, em fotografias de paisagens, onde todos os detalhes são importantes e devem estar nítidos. 

Nos equipamentos fotográficos existe, também, o modo de prioridade de abertura. Nele o fotógrafo fica livre para controlar somente a Abertura e o ISO, enquanto a câmera configura a velocidade do obturador automaticamente de forma que o equipamento capte a luz em um tempo suficiente para atingir uma exposição adequada. Assim, é possível ter um controle mais preciso sobre a profundidade de campo, colocando planos desejados em foco e desfoco. 

Entretanto, o uso da prioridade de abertura oferece riscos ao resultado das fotografias. Pode ser que, ao definir um valor de abertura maior, que resulta em um Diafragma mais fechado, para se adaptar à quantidade de luz no local, a Duração da Exposição escolhida pela câmera tenha que ser maior, o que poderá resultar em uma imagem tremida ou borrada. Sendo assim, o fotógrafo terá que escolher outras formas de trabalhar o brilho da foto, como aumentar o nível de sensibilidade da câmera (ISO), permitindo que a Duração da Exposição diminua, reduzindo a possibilidade de borrões e tremidos. 

A fotografia mostra um vaso deslocado para a esquerda com uma flor rosa à esquerda, em foco. Atrás, em desfoque há duas árvores e mais atrás, vários prédios, também em desfoque.
A. f/1,8, V. 1/788, I. 32 | Maria Muricy
A fotografia mostra uma paisagem urbana, com a copa de várias árvores no primeiro plano e atrás, vários prédios.
A. f/1,8, V. 1/1082s, I. 32 | Maria Muricy
A fotografia mostra, no primeiro plano, um vaso laranja com uma planta, em desfoque. Em segundo plano há um vaso com um cacto, em foco, e atrás duas árvores, em desfoque. Em último plano há vários prédios, também em desfoque.
A. f/1,8, V. 1/778, I. 32 | Maria Muricy

Na fotografia 1, há um exemplo de uma imagem com uma menor profundidade de campo, ou seja, os prédios atrás não aparecem com tanta nitidez como a flor. Para causar esse efeito, o diafragma da câmera estava mais aberto. Já, na fotografia 2, temos a maior profundidade de campo possível, pois todos os elementos presentes estão nítidos, que é algo importante em fotos de paisagens. Na fotografia 3, é possível ver como o fotógrafo pode brincar com o foco e com a profundidade de campo em diversos planos, restringindo as áreas de atenção. Para isso, trabalha-se com um diafragma mais aberto, o que permite que o cacto fique em foco principal e até a planta a frente esteja desfocada.

As formas de explorar a abertura da câmera resultam em diversos efeitos plásticos diferentes, sejam eles no brilho ou na nitidez da fotografia. Apesar do equipamento possuir um fotômetro, que indica através de uma régua quando a exposição à luz está adequada, nem sempre o fotógrafo deseja trabalhar com os níveis de iluminação propostos pela câmera. Muitas vezes, por mais que esteja em um local muito iluminado, o fotógrafo pode preferir fotos mais escuras e que, no caso de um diafragma mais fechado para a entrada pouco intensa da luz, mostrem, com nitidez, todos os elementos presentes. 

Além da luminosidade das fotografias, o fotógrafo também pode brincar com as profundidades de campo em diversos planos. Às vezes o intuito não é deixar em destaque aquilo que está mais próximo da câmera, e sim algo que esteja mais ao fundo, ou que seja menor, ou que seja menos colorido. E o fator determinante para o destaque de um elemento é o foco, que pode ser ampliado ou restringido pela abertura e fechamento do diafragma da câmera. O modo de prioridade de abertura, apesar dos riscos que oferece, ainda permite uma maior liberdade do fotógrafo de controlar a profundidade de campo e brincar com os pontos de foco da maneira mais específica que quiser. 

REFERÊNCIAS CONSULTADAS NA PRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO

FOTOP. O que é prioridade de abertura e como usá-la? Disponível em: <https://blog.fotop.com.br/fotografia/o-que-e-prioridade-de-abertura-e-como-usa-la/#:~:text=Este%20modo%20de%20c%C3%A2mera%20semi>. Acesso em: 19 abr. 2023.

Fotografia: entenda as prioridades de abertura e velocidade. Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/internet/8739-fotografia-entenda-as-prioridades-de-abertura-e-velocidade.htm>. Acesso em: 28 abr. 2023.

COMO CITAR ESTE CONTEÚDO

MURICY, Maria. A abertura da câmera e sua influência na fotografia. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/?p=5182>. Publicado em: 21 ago 2023. Acessado em: [informar data].

Duração de Exposição e seus Movimentos na Fotografia

A Duração da Exposição é uma das variáveis que controla a quantidade de luz captada pela câmera.

A imagem mostra uma fonte de água como destaque. Ao fundo, há um banco de cor marrom, alguns arbustos, uma palmeira e construções no estilo colonial.
A. f/10, V. 1/250 s, I. 100 | Alice Pereira

Você conhece a variável responsável por trazer movimentos para a fotografia? Chamada de Duração de Exposição ou Velocidade, esse parâmetro refere-se ao tempo em que o obturador fica aberto para a entrada de luz no sensor da câmera. Na fotografia, as durações de exposição mais comuns são de frações de segundos, quanto maior o número do denominador, menor é a duração. 

O obturador é visto como uma “cortina” que, no momento do disparo, abre para captar a luz e, em seguida, se fecha. Além disso, há durações que são estipuladas para congelar ou riscar o objeto que deseja protagonizar na fotografia. 

Representação do Movimento

Na fotografia acima, há uma fonte de água e, para obter o efeito de congelamento, foi necessário utilizar uma curta duração. O movimento congelado traz a sensação que o assunto principal da foto está imóvel, como a água. Para alcançar esse efeito, é preciso diminuir a duração da exposição. No entanto, a duração a ser utilizada deve variar conforme o assunto que se quer fotografar. Por exemplo, o tempo de exposição para congelar um carro em movimento vai ser muito menor que para congelar uma pessoa andando.

Neste módulo, veremos alguns exemplos de fotografias em que o movimento está congelado ou borrado. Além de mostrar que é possível aplicar estes efeitos em diferentes objetos.

A imagem mostra uma pessoa andando de moto na rua e outra pessoa andando na calçada, ambas indo em direção à esquerda. Ao fundo, é possível ver um carro prata estacionado, também há casas e comércios no estilo colonial. A foto está sob o efeito congelado.
A. f/5.6, V. 1/500 s, I. 400 | Alice Pereira

Neste exemplo, o efeito dado na fotografia acima foi o de movimento congelado, na qual observamos uma pessoa andando na calçada e uma moto em movimento na rua. Porém, ambos trazem a sensação de imobilidade, visto que não é evidenciado nenhum rastro de movimento em nenhum dos personagens. Para produzir este efeito, foi necessário utilizar uma duração baixa, isso faz com que o tempo para captação da luz para formar a imagem seja pequeno.

A imagem mostra um menino e uma bola em movimento. Ao fundo há casas e carros estacionados na rua.
A. f/32, V. 1/30 s, I. 100 | Alice Pereira

Também podemos obter o efeito de borrar um movimento, o qual o objetivo principal da fotografia é mostrar o rastro de movimento que se forma, isso auxilia as pessoas a compreenderem a proposta da foto. Na imagem acima, observamos a bola em movimento. Para obter este efeito, basta usar uma longa duração da exposição.

A imagem mostra duas janelas abertas, de cor branca e azul, onde há diversos objetos pendurados do lado de dentro da casa, como camisetas, flores e bordados.
A. f/7.1, V. 1/160 s, I. 100 | Alice Pereira

Neste exemplo, foi utilizado o modo prioridade de velocidade, no qual a duração e o ISO são ajustados manualmente e somente a  abertura é ajustada automaticamente pela câmera, para que haja uma exposição correta na fotografia. Na imagem, é possível observar diversos objetos, os quais estão em constante movimento por estarem pendurados na janela. Diante disso, foi utilizada uma duração mais curta, ou seja, uma velocidade maior, para evitar que os movimentos ficassem borrados. O ideal é usar o modo prioridade de velocidade quando esse for um fator importante para captar em sua fotografia, como os movimentos. 

Os Fatores que Interferem no Resultado da Fotografia

É importante destacar que a duração da exposição depende de outros componentes da câmera que contribuem para a formação da fotografia, como o ISO e a Abertura. O controle desses três pilares da fotografia é chamado de triângulo de exposição. 

Além disso, o modo que a câmera é segurada também interfere no resultado final da imagem, sendo ideal que ela esteja firme, caso contrário, compromete sua nitidez. Quando ajustamos a câmera para captar longas durações, corremos o risco de produzir imagens tremidas. Para evitar que isso ocorra, recomenda-se o uso de monopés ou tripés. Também vale apoiar o equipamento sobre uma superfície estável.

Cabe ressaltar que a qualidade da imagem não pode ser ligada aos movimentos congelados/riscados, pois varia de acordo com o que se quer evidenciar na fotografia.

REFERÊNCIAS CONSULTADAS NA PRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO

O Novo Manual de Fotografia – Guia Completo – John Hedgecoe file:///C:/Users/bruno/Downloads/O%20Novo%20Manual%20De%20Fotografia_%20Guia%20Completo%20-%20John%20Hedgecoe.pdf

InfoEscola – Obturador https://www.infoescola.com/fotografia/obturador/

Entendendo os Modos da Câmera – Eduardo e Mônica https://www.eduardo-monica.com/new-blog/entendendo-modos-camera-como-usar

Abertura, Velocidade e ISO: Os 3 pilares da fotografia – Eduardo e Mônica https://www.eduardo-monica.com/new-blog/iso-velocidade-abertura-exposicao-fotografia

COMO CITAR ESTE CONTEÚDO

PEREIRA, Alice. Tempo de Exposição e seus Movimentos na Fotografia. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/duracao-de-exposicao-e-seus-movimentos-na-fotografia/>. Publicado em: 14 ago. 2023. Acessado em: [informar data].

Seja um(a) colaborador(a) remunerado(a)!*

Convidamos tod_s _s estudantes dos cursos de Ciências Humanas, Sociais e Aplicadas da UFOP para fazerem parte do Cultura Fotográfica.

Convidamos todos os estudantes dos cursos de Ciências Humanas, Sociais e Aplicadas da UFOP a fazerem parte do Cultura Fotográfica.

O Cultura Fotográfica é um Grupo de Cultura, Ensino, Extensão e Pesquisa da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) que, a partir do aporte teórico e metodológico da Educação Dialógica, dos Estudos Decoloniais e da Fotografia Participativa, e em concordância com os planos nacionais de Cultura e de Educação, visa contribuir com a sociedade brasileira, mediante a produção e a difusão de conhecimentos artísticos, científicos e tecnológicos úteis ao campo da cultura e, em particular, ao da fotografia.

Atualmente, desenvolvemos 2 programas:

  • Cultura Fotográfica: plataforma de produção e distribuição de conteúdo fotográfico e sobre fotografia. Programa composto por 4 projetos de extensão.
  • Olhares Comunitários: método de alfabetização fotográfica que visa apoiar a aquisição de competências de leitura e escrita do mundo e de imagens fotográficas por jovens dos municípios de Mariana e de Ouro Preto. Programa composto por 1 projeto de extensão, 1 de extensão em interface com a pesquisa e 2 de pesquisa.

Somente mediante o trabalho realizado pelos colaboradores do grupo conseguiremos alcançar os objetivos de cada um desses projetos. Por essa razão, convidamos todos os estudantes dos cursos de Ciências Humanas, Sociais e Aplicadas da UFOP a participarem do processo seletivo para bolsistas dos projetos de extensão e de pesquisa do Cultura Fotográfica.

Chamada de Colaboradores(as) Remunerados(as)

1. A presente chamada visa selecionar estudantes interessados(as) em atuar como bolsistas nos projetos vinculados ao Cultura Fotográfica.

1.1. Quantidade de vagas por modalidade de projeto:

  1. Extensão: 1 vaga + cadastro de reserva;
  2. Pesquisa: 1 vaga + cadastro de reserva;

1.2. Remuneração por modalidade de projeto:

  1. Extensão: R$400,00
  2. Pesquisa: R$400,00

1.3. Vigência da bolsa por modalidade de projeto

  1. Extensão: setembro a dezembro de 2023;
  2. Pesquisa: setembro de 2023 a agosto de 2024.

1.4. A bolsa, de caráter temporário, não gera vínculo empregatício e é inacumulável com outras bolsas acadêmicas da UFOP ou de outras instituições;

1.5. Para receber a bolsa, a(o) estudante deverá estar regularmente matriculada(o) a partir do 2º período de curso graduação universitária das áreas de Ciências Humanas, Sociais e Aplicadas da UFOP e ter perfil e desempenho acadêmico compatíveis com as atividades previstas no projeto;

1.6. O(A) estudante bolsista deverá cumprir as atividades constantes em Plano de Trabalho (ANEXO I ), em jornada de 15 (quinze) horas semanais.

  1. Ao final do período, a(o) estudante receberá declaração de participação nas atividades do Cultura Fotográfica.
  2. É vedado ao(a) estudante o acúmulo de atividades de ensino, pesquisa e/ou extensão, remuneradas ou não, cuja carga horária total supere 54 horas semanais.

1.7. O(A) estudante bolsista deverá ter disponibilidade de horário às quintas-feira no horário de 9h às 12h para participar de atividades síncronas, presenciais ou remotas, do projeto.

1.8. O(A) estudante bolsista deverá manter coeficiente acadêmico igual ou superior a 7 (sete).

2. As inscrições de estudantes interessados(as) deverão ser realizadas exclusivamente pelo formulário acessível, somente a usuários logados no domínio da UFOP, pelo seguinte endereço eletrônico: https://forms.gle/oWmhH15dDpyvjVcKA.

2.1. O período de inscrições é de 14 a 18 de agosto de 2023.

2.2. No ato de inscrição, o(a) estudante interessado(a) deverá anexar seu Currículo LattesCurrículo Profissional e seu Histórico Escolar.

2.3. Os documentos a serem anexados no ato de inscrição deverão estar salvos em formato PDF.

3. A seleção de estudantes interessados(as) será realizada pelo Prof. Dr. Flávio Valle, coordenador do Cultura Fotográfica, em duas etapas: (i.Análise da Inscrição e (ii.Entrevista.

3.1. As entrevistas serão realizadas nos dias 21 a 25 de agosto por meio da ferramenta Google Meet em horário previamente comunicado ao(a) estudante interessado(a) por meio de mensagem enviada para o email informado no formulário de inscrição.

4. O resultado da seleção será comunicado ao(a) estudante interessado(a) pelo email informado no ato de inscrição e anexado nesta postagem (ANEXO II).


ANEXO I – Planos de Trabalho

  • Cultura Fotográfica – Projetos de Extensão
    • Produção de Conteúdo;
    • Análise de Conteúdo;
    • Desenvolvimento de Projeto;
    • Participação em Sessões de Estudo;
    • Revisão de Literatura;
    • Elaboração e Apresentação de Trabalho Acadêmico;
    • Elaboração de Relatório.
  • Olhares Comunitários – Projeto de Extensão
    • Produção de Conteúdo;
    • Análise de Conteúdo;
    • Participação em Sessões de Estudo;
    • Revisão de Literatura;
    • Desenvolvimento de Oficinas de Fotografia;
    • Produção de Exposição Fotográfica;
    • Elaboração e Apresentação de Trabalho Acadêmico;
    • Divulgação Científica;
    • Elaboração de Relatório.
  • Olhares Comunitários – Projetos de Pesquisa
    • Produção de Conteúdo;
    • Análise de Conteúdo;
    • Participação em Sessões de Estudo;
    • Revisão de Literatura;
    • Desenvolvimento de Oficinas de Fotografia;
    • Produção de Exposição Fotográfica;
    • Elaboração e Apresentação de Trabalho Acadêmico;
    • Divulgação Científica;
    • Elaboração de Relatório.

ANEXO II – Resultado

*Postagem atualizada em 25 de agosto de 2023.

-20.3775546-43.4190813
Sair da versão mobile
Pular para o conteúdo
×
%%footer%%