Perfil “Dancing With Them”

Legenda: print de tela do perfil mencionado

O #dicade de hoje trás um perfil do Instagram que é dedicado a compartilhar fotos de casamentos de pessoas da comunidade LGBTQIA+.

Em todas as nossas colunas nós exploramos as diversas formas de se fazer fotografia, e seus diferentes impactos nas pessoas e no mundo.  A fotografia é uma grande forma de fazer recordações e contar histórias. No #dica de hoje, trazemos para vocês um perfil no Instagram dedicado a capturar e espalhar o amor, em todas as suas formas.

 
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O perfil no Instagram “Dancing With Them” é dedicado à divulgação da revista de fotografias de casamentos de pessoas da comunidade LGBTQIA+. O projeto foi criado por Tara e Arlia, um casal americano que, quando começaram os preparativos para o seu casamento, encontraram uma indústria heteronormativa que não condizia bem com suas expectativas. Assim “Dancing With Them” surgiu para publicar e celebrar todo amor LGBTQIA+ com autenticidade e carinho.

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As fotografias da página são um conjunto de vários fotógrafos de casamento, que foram compartilhadas pelos casais junto com suas histórias.

A representatividade em espaços de domínio público é uma coisa muito importante, porque fortalece o sentimento de orgulho para as pessoas da comunidade e é de grande ajuda para o combate da LGBTQIA+ fobia, normalizando a diversidade. As fotos desse perfil me tocaram bastante. Por ser parte da comunidade, sei que se tivesse visto fotos como essas quando era mais nova, meu processo de aceitação teria sido bem diferente.

Convido a todos vocês a irem conferir o perfil no Instagram, e depois virem falar com a gente o que acharam aqui no blog!

Links, Referências e Créditos

Como citar essa postagem

COSTA, Clara. Perfil “Dancing With Them”. Cultura Fotográfica. Publicado em: 4 de dez. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/perfil-dancing-with-them/(abrir em uma nova aba). Acessado em: [informar data].

Gioconda Rizzo

Foi a primeira fotógrafa a dirigir um estúdio de fotografia na cidade de São Paulo, se tornando uma inspiração para mulheres de todo o país.

Gioconda Rizzo nasceu em São Paulo em 1897, filha de Michelle Rizzo, dono do Ateliê Rizzo. Com 14 anos fotografava escondida do pai que, quando descobriu, permitiu que a filha fotografasse apenas mulheres e crianças. Na época, era comum fotografar as pessoas de corpo inteiro, em pé ou sentadas mas Gioconda surpreendeu por focar apenas nos ombros e no rosto.

Foto em preto e branco com Gioconda Rizzo segurando uma foto dela com a família olhando para a câmera.
Gioconda Rizzo, 2003, Maíra Soares

Seus retratos chamaram atenção entre as mulheres da alta sociedade e, em 1914, abriu seu próprio estúdio de fotografia em São Paulo, chamado “Photo Femina”. Foi a primeira vez que uma mulher atuou como fotógrafa tendo que fechar seu estúdio, porque descobriu que entre suas clientes, profissional na cidade. Contudo, em 1916, apesar de todo o sucesso, acabou não lhe deu muita escolha. haviam cortesãs da França e da Polônia. A pressão conservadora da época.

Mesmo com o estúdio fechado, Gioconda não abandonou a fotografia, voltando a trabalhar com o pai. Posteriormente, abriu um novo estúdio fotográfico e trabalhou até a década de 1960. Na década de 1980, teve seu trabalho revisitado, chegando a ganhar uma exposição. Faleceu em 2004, algumas semanas antes de completar 107 anos.

 

Galeria de Imagens:

 
 
Gioconda Rizzo

 

Gioconda Rizzo
Gioconda Rizzo
 
Gioconda Rizzo

 

E aí, o que você achou da história da Gioconda e do impacto dela na fotografia brasileira?Conta para gente aqui nos comentários.

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

Links, Referências e Créditos

Como citar esse postagem

COSTA, Clara. Gioconda Rizzo. Cultura Fotográfica. Publicado em: 28 de nov. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/galeria-gioconda-rizzo/. Acessado em: [informar data].

Retratos de Uma Obsessão

Nessa história, acompanhamos Seymour Parrish (Robin Williams), um homem pacato, que trabalha no guichê de revelação fotográfica de um supermercado. O filme é contado em uma narrativa em flashback, onde conhecemos a história da família Yorkin que foi alvo da obsessão de Sy.

O filme retrata a vida solitária de Seymour Parrish, um revelador de fotos, que se torna obcecado por uma família que revela fotos em sua loja.

Vemos um homem com uma câmera vermelha em direção ao rosto no centro da imagem, com o nome do filme logo embaixo e um homem de costas.
Capa do filme Retratos de Uma Obsessão

Através dos filmes que os Yorkins levam para serem revelados, Sy se torna obcecado pela família e passa a acompanhar bem de perto a vida deles. Essa família sequer imagina que Sy conhece os principais momentos registrados na vida deles. Ele revela fotos a anos e conhece várias pessoas pelas imagens, mas é no material da família Yorkin que ele projeta seus desejos diante de uma vida chata. É através dessas fotos que ele cria em sua cabeça uma história por trás do que está retratado, criando uma ideia de que tudo é perfeito.

A família perfeita e o indivíduo solitário são os elementos usados pelo diretor Mark Romanek para criar esse drama. A Iluminação serve para enfatizar a diferença entre os três mundos mostrados na tela, o da imaginação de Sy e os da vida real. A loja Savmart tem um colorido quase hiper-realista. Sua casa é toda branca, fria. E a casa dos Yorkins é cheia de cores quentes, aconchegante.

Cena do filme “Retratos de Uma Obsessão”

No decorrer do filme, Sy observa a família amadurecer por meio das fotografias, mas como elas são suas únicas fontes de informação, ele acaba percebendo que aquelas pessoas não são exatamente quem ele imaginava. Depois de receber uma série de fotos que ele julga inapropriadas, sua obsessão ganha novos rumos, e vai se tornando cada vez mais perigosa. Na minha opinião, o filme cria um grande paralelo com a nossa vida atual, onde a gente acompanha a vida de muitas pessoas pelas redes sociais e se baseia só nisso quando diz que a vida de alguém é perfeita.

Tem uma hora no filme que Sy fala que “Ninguém tira fotos das pequenas coisas, mas são elas que fazem a vida”. No final, nós espectadores somos lembrados disso de um modo devastador.

Durante todo o filme, Sy mantém uma relação profunda com a fotografia, uma relação de respeito, afeto e admiração. O que é uma coisa muito compreensível se olharmos como sua vida é, porque ele se apega na ideia de que somente registramos momentos felizes, que não queremos esquecer.

Agora é a sua vez, assista ao filme Retratos de uma obsessão e conta pra gente qual a sua opinião sobre Sy e a maneira como ele leva sua vida.

#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

 

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COSTA, Clara. Retratos de uma obsessão. Cultura Fotográfica. Publicado em: 9 de out. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/retratos-de-uma-obsessao/. Acessado em: [informar data].

Dorothea Lange

 A vida de Dorothea Lange ilustra a luta pessoal, profissional e as realizações de uma mulher à frente do seu tempo.

Dorothea Lange foi uma das mais importantes profissionais da fotografia norte-americana. Ficou conhecida pelas imagens da Grande Depressão e da situação dos imigrantes nos Estados Unidos.

Foto em preto e branco, retrata Dorothea Lange, com uma bandana na cabeça, sentada no topo de um carro com uma câmera fotográfica apoiada na perna direita
Dorothea Lange in Texas on the Plains, 1932, Paul S. Taylor

Lange nasceu em Hoboken, uma pequena cidade de Nova Jersey, em maio de 1895, em uma família de imigrantes alemães. Passou a se interessar por fotografia após o abandono do pai, quando tinha 12 anos.

Na Universidade de Columbia, Nova York, entrou de cabeça no universo fotográfico e começou a trabalhar como aprendiz em diversos estúdios da cidade. Em 1918 se mudou para São Francisco, na Califórnia, onde abriu o próprio negócio. Na mesma época, se casou com o primeiro marido, o pintor Maynard Dixon, com quem teve dois filhos.

Com a crise de 1929, passou a fotografar as ruas. Seu talento nato e sua temática de desempregados e moradores de rua, chamou a atenção de fotógrafos mais experientes, o que a levou a trabalhar para a “Farm Security Administration” (FSA), um programa criado pelo governo para promover o desenvolvimento de áreas agrícolas americanas, para combater a crise.

Durante seu trabalho com o governo, que durou entre 1935 e 1941, retratou o sofrimento dos pobres, dos esquecidos, dos desempregados e, principalmente, das famílias rurais deslocadas e dos trabalhadores imigrantes. Suas imagens eram distribuídas gratuitamente a jornais de todo o país, o que fez com que suas fotografias extremamente representativas e impactantes ficassem cada vez mais conhecidas.

A fotografia mais conhecida deste período é a “Migrant Mother” (“Mãe Imigrante”), um dos mais icônicos registros da fotografia, a qual retrata uma imigrante chamada Florence Owens Thompson com três de seus sete filhos. É o símbolo da Grande Depressão, o pior e mais longo período da recessão econômica do século XX.

Faleceu em 1965. Durante os últimos anos de vida, enfrentou diversos problemas de saúde. Hoje, mais de cinco décadas após sua morte, toda sua obra é cada vez mais celebrada e estudada nas universidades do mundo todo.

 
Foto em preto e branco, retrata uma mulher com uma mão no rosto, carregando um de seus filhos, e com os outros dois, cada um de um lado, apoiando as cabeças nos seus ombros com os rostos escondidos
Migrant Mother, 1936, Dorothea Lange

Foto em preto e branco, retrata a parte de trás de um carro vista de fora, com duas crianças na parte de trás olhando para a câmera e uma mulher sentada na frente olhando para a frente
Cars on the Road, 1936, Dorothea Lange

Foto em preto e branco, retrata uma menina, virada para a frente, com expressões sérias
Damaged Child, 1936, Dorothea Lange
Foto em preto e branco, mostrando uma família em uma rodovia de terra, com o pai na frente, usando um chapéu, puxando um carrinho cheio de coisas com uma menina sentada em cima. Mias atrás, vê-se a mãe andando de mãos dadas com uma menina, que dá a outra mão para o irmão, e um pouco mais atrás, um menino de chapéu empurrando outro carrinho com coisas em cima
Family Walking on Highway – Five Children, 1938, Dorothea Lange
Foto em preto e branco, retratando uma mulher, em um campo aberto, com uma mão no pescoço e a outra na testa, com uma expressão de cansaço e tristeza
Woman of the High Plains, 1938, Dorothea Lange

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

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COSTA, Clara. Dorothea Lange. Cultura Fotográfica. Publicado em: 9 de set. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/galeria-dorothea-lange/. Acessado em: [informar data].

 

Dia Mundial da Fotografia

Já imaginou um mundo sem câmeras?

Fizemos uma curadoria de lives para te contar como foi comemorado o Dia Mundial da Fotografia nas redes sociais.

Já imaginou um mundo sem câmeras?

Isto, felizmente, não é uma realidade e, por isso, nesta quarta-feira (19/08) foi comemorado o Dia Mundial da Fotografia, data que marca a apresentação no Instituto de França de um dos aparelhos, o Daguerreótipo, que possibilitou que o mundo desfrutasse desse processo mágico que resulta ao mesmo tempo em registro e arte e que é uma maneira que nós do Cultura Fotográfica encontramos para nos expressar. Dessa forma, resolvemos estender nossas homenagens à essa nossa paixão por toda a semana, com posts especiais sobre o assunto, mas não deixamos de prestigiar outros blogs, canais e perfis de Instagram que também comemoraram a data, produzindo ótimos conteúdos que compartilharemos agora com vocês. Cada membro de nossa equipe escolheu uma das lives que assistiu nesta semana para compartilhar com vocês na lista abaixo.

Imagem de Shutterbug75 por Pixabay

Ana Carolina – Festival de fotojornalismo de Brasília (Foto BSB) – Representações do Feminino na Mídia

Em uma live de 1 hora de duração no Youtube, Zuleika de Souza mediou uma conversa com a filósofa Marcia Tiburi e a jornalista Daniela Nahass, em que as três discutiram como os meios de comunicação representam a imagem das mulheres, principalmente daquelas em espaços de poder, através da análise de fotos de líderes políticas, em que elas foram retratadas como loucas ou descontroladas. Além de discutir o papel da mulher na sociedade e na política, a live também te faz pensar em como a fotografia contribui para manutenção de estereótipos e preconceitos. 

Clara: Museu da Fotografia de Fortaleza – A Fotografia e o Labirinto do Teseu

O Museu da Fotografia de Fortaleza realizou várias atividades que registraram a importância e relevância local do Dia Mundial da Fotografia. As homenagens retrataram as habilidades e a importância no fazer fotográfico produzido por artistas de todo o país.

A live “A Fotografia e O Labirinto de Teseu”, com o fotógrafo Luiz Santos abordou os caminhos da linguagem fotográfica, desde seu início à fotografia de telefone. A live provocou no público a reflexão sobre a fotografia na contemporaneidade.

Como uma forma de comemorar a data e celebrar essa maravilhosa arte, o Museu de Fotografia Fortaleza divulgará o resultado do primeiro “Concurso de Fotografia de Celular MFF”. A exposição poderá ser conferida entre os dias 24 a 28 de agosto no perfil do MFF no Instagram.

Daiane: Festival de Fotojornalismo de Brasília (Foto BSB) – Série Encontros: Ana Carolina Fernandes (RJ) e Walter Firmo (RJ)

Esta live não tratou do Dia Mundial da Fotografia, mas foi ótimo ter tido a oportunidade de assistir a conversa entre dois fotógrafos que eu adoro e até me fez voltar a ver o lado bom dessa proliferação de eventos online dos últimos meses, a qual, para ser sincera, já se tornou cansativa para mim. O encontro entre Ana Carolina Fernandes e Walter Firmo aconteceu às 21h30min desta quarta-feira e foi possível ver ambos os fotógrafos discutindo e explicando suas próprias obras, contando sobre o trabalho de fotojornalista, examinando os aspectos do jornalismo atual, além de uma prévia do livro que Walter Firmo está escrevendo.

Kaio: Lives da Revista ZUM

A revista Zum é uma publicação do Instituto Moreira Salles dedicada integralmente à fotografia. Nesse mês de Agosto, foi lançada uma edição super especial, gratuita e online e para o lançamento, várias lives foram promovidas – a última delas nesse último dia 19, Dia Mundial da Fotografia – explorando alguns dos conteúdos da edição com seus autores e artistas envolvidos. As 4 lives estão disponíveis no canal da revista no youtube, é possível assistir na playlist acima.

Marcelo: Eduardo Tropia – Live com Roberto Faria

Oi, sou o Marcelo e estou aqui para recomendar uma dentre as várias lives que assisti e que gostei muito!!

Eduardo Tropia durante o mês de agosto, está fazendo em seu perfil do Instagram uma série de lives com fotógrafos de todo Brasil para comemorar o mês da fotografia.

Uma das lives é com o fotógrafo baiano Roberto Faria, que exalta em suas fotografias a identidade do estado da Bahia, entre outros estados do nordeste do Brasil. Roberto Faria também já fotografou para capas de álbuns de alguns cantores baianos, como  a do álbum Ori de Luiz Caldas.

Vale a pena conferir a conversa, onde, o fotógrafo convidado comenta sobre uma série de fotos feitas durante todos os anos de profissão.

Pedro: Eduardo Tropia – Live com Walter Firmo

Para comemorar o dia mundial da fotografia, o fotógrafo ouropretano, Eduardo Tropia, convidou Walter Firmo para conversar em uma live no Instagram. Walter, que é um dos grandes nomes da fotografia nacional, comentou sobre algumas de suas fotos, contando desde como elas foram feitas às histórias por trás delas, e falou também um pouco sobre sua história de vida. A live teve um clima descontraído e irreverente, com uma pegada papo de bar. Se você gosta de fotografia, com certeza deveria dar uma olhada nessa excelente conversa.

Encerramos a semana da fotografia com essa seleção. É muito bom poder compartilhar nossa paixão pela fotografia aqui no blog em qualquer dia do ano, mas foi mais especial nesta semana. Por essa razão, tentamos transmitir o carinho que temos por fotografar, ver fotografias ou apenas ouvir falar sobre. Esperamos que tenhamos alcançado nosso objetivo.

#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhece

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COSTA, Clara. Dia Mundial da Fotografia. Cultura Fotográfica. Publicado em: 21 de ago. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/dia-mundial-da-fotografia/. Acessado em: [informar data].

O Fotógrafo de Mauthausen

Baseado em fatos reais, o filme narra o esforço de Francesc Boix e seus companheiros em preservar as fotografias do campo de concentração de Mauthausen.

O Fotógrafo de Mauthausen, dirigido por Mar Targona, é um filme baseado em fatos reais que conta a história do fotógrafo espanhol Francesc Boix, preso no campo de concentração de Mauthausen na Segunda Guerra Mundial. Pensando em sua sobrevivência, ele se torna o auxiliar do fotógrafo do lugar, tirando fotos dos prisioneiros e das barbaridades que aconteciam por lá.

Na parte inferior central do cartaz pode-se ler o titulo do filme, acimo do titulo há um homem com os cabelos raspados se vestindo com uma roupa listrada olhando para baixo.
Poster do filme “O Fotógrafo de Mauthausen”

Tudo era registrado, de retratos comuns dos prisioneiros a corpos empilhados, bem como os métodos de tortura e toda a barbárie do regime nazista. As pessoas eram objetificadas nas fotografias, esse ato de fotografá-las era mais uma violência praticada pelos nazistas.

Ao saber que a guerra estava perdida, ele recebeu ordens de destruir todos os arquivos e registros do lugar. Assim, Boix decide esconder alguns dos negativos, para ter provas de que tudo aquilo tinha de fato acontecido e conseguir contribuir com a condenação dos nazistas no futuro.

Com a ajuda de alguns companheiros, ele arrisca a vida para esconder esses negativos e, quando a guerra finalmente acaba e os nazistas fogem, ele junta todos eles e se reune com as pessoas que o ajudaram. Francesc Boix é conhecido como o homem que ajudou a comprovar o Holocausto.

 Cena do filme “O Fotógrafo de Mauthausen”

Esse filme é completamente impactante, mostrando a garra e a vontade de sobreviver daqueles que eram obrigados a trabalhar até a exaustão diariamente em um dos momentos mais desumanos da nossa história. Em uma cena vemos Boix disposto a fugir dentro de uma caixa para tornar público tudo o que acontecia em Mauthausen, e como ele perde o controle depois que seu amigo é enforcado e seu superior quer revelar fotos do momento de sua morte.

A fotografia é de suma importância nesse filme, porque é através dela que são registrados todos os momentos vividos por todos naquele campo de concentração. A importância de Boix nessa história foi perceber a importância desses registros e preservá-los, conseguindo provar no futuro que todos os crimes foram de fato cometidos durante o Holocausto pelos nazistas.

E você, o que achou desse filme? Conta pra gente nos comentários da postagem!

Como citar essa postagem

COSTA, Clara. O fotógrafo de Mauthausen. Cultura Fotográfica. Publicado em: 14 de ago. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/o-fotografo-de-mauthausen/. Acessado em: [informar data].

Diane Arbus

Conhecida por suas imagens em preto e branco, Diane Arbus construiu suas obras com imagens de pessoas dadas como “incomuns” da sociedade.

Diane Arbus nasceu em Nova York, em 1923, em uma família de classe alta judia, sendo a segunda de três filhos. Casou-se muito cedo, com o fotógrafo Allan Arbus, com quem aprendeu a gostar de fotografia e começou uma agência, que rendeu diversos trabalhos publicados em grandes revistas de moda e publicidade.

Foto em preto e branco, retrata Diane Arbus, uma mulher magra de cabelo curto, segurando sua câmera, com o rosto virado levemente para sua direita
Diane Arbus, Roz Kelly

Porém, renunciava as imagens que tais revistas mostravam com uma visão de um mundo quase perfeito. Em 1959, deixa de ser assistente do marido, sai das revistas de moda e passa a fotografar imagens menos convencionais com sua câmera Rolleiflex.

Movida por suas indagações, a fotógrafa cria sua marca ao registrar pessoas marginalizadas pela sociedade, como: travestis, homossexuais, prostitutas, pessoas com problemas psiquiátricos, com deformações físicas, etc. Sua preocupação nunca foi fazer fotos perfeitas, mas sim com o impacto que tais fotos iriam causar na sociedade. Chegou a fotografar para a “The New York Times Magazine” e outras revistas relevantes da década de 1960.

Sua carreira decolou, mas em contrapartida, sua vida pessoal estava indo de mal a pior. Acabou se separando do marido e entrou em uma forte depressão.

No final da década de 1960, Arbus havia construído uma carreira respeitada, passando a ensinar fotografia na Parsons School of Design, na cidade de Nova York, e na Rhode Island School of Design, em Providence, Rhode Island.

Em 1971, aos 48 anos, Diane Arbus tirou a própria vida, devido a depressão que enfrentou em um grande período de sua existência. Suas fotografias até hoje são reverenciadas por fotógrafos de todo o mundo, virando um grande exemplo, que quebrou vários tabus.

Confira alguns dos trabalhos da fotógrafa:

Foto em preto e branco, retratando pessoas com deficiência vestidas de fantasias feitas a mão, com máscaras e varinhas, ao ar livre
Untitle (49), 1970-71, Diane Arbus
Foto em preto e branco, de um menino sério, usando terno com alguns broches, segurando uma bandeira dos Estados Unidos, e usando um chapéu feito de canudos
Boy With a Straw Hat Waiting to March in a Pro-War Parade, 1967
Foto em preto e branco, com três pessoas. Uma menina de maiô, outra rindo olhando para cima, e a outra de pé, com as mãos apoiadas no chão, olhando para trás
Untitled (6), 1970-71, Diane Arbus
Foto em preto e branco, retratando um homem, com rolos no cabelo,  segurando um cigarro na mão olhando para a frente
A Young Man in Curlers at Homem on West 20th Street, 1966, Diane Arbus
Foto em preto e branco, mostrando um homem anão, em um quarto sentado na cama, sem camisa, com uma toalha na cintura e um chapéu na cabeça. O homem também tem um bigode e apoia o cotovelo esquerdo na cabeceira da cama enquanto sorri olhando para a frente
Mexican Dwarf in his Hotel Room, 1970, Diane Arbus
Foto em preto e branco, retratando um menino com uma camiseta e um macacão, olhando para a frente com uma granada na mão em um parque
Child with Toy Hand Grenade in Central Park, 1962, Diane Arbus
Foto em preto e branco, dentro de uma casa, na sala, com um casal idoso, olhando para um homem gigante
Jewish Giant at Home with his Parents in the Bronx, 1970, Diane Arbus
Foto em preto e branco, mostrando duas meninas gêmeas, de vestidos iguais e uma tiara na cabeça. A da direita sorri, a da esquerda está com o rosto fechado
Identical Twins, 1967, Diane Arbus
Foto em preto e branco, retratando um homem nu, em um quarto, com seu órgão genital escondido entre as pernas
A Naked Man Being a Woman, 1968, Diane Arbus
Foto em preto e branco, com um homem olhando para a câmera, sem camisa, com o corpo todo tatuado
Tattooed Man at a Carnival, 1970, Diane Arbus
#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

Links, Referências e Créditos

  • https://blog.emania.com.br/mulheres-na-fotografia-diane-
  • arbus/https://fhox.com.br/blogs/excentrica-fotografia-de-diane-
  • arbus/https://www.sleek-mag.com/article/diane-arbus-best-photographs/

Como citar essa postagem

COSTA, Clara. Diane Arbus. Cultura Fotográfica. Publicado em: 12 de ago. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/galeria-diane-arbus/. Acessado em: [informar data].

 
 

 

Fotógrafo de Guerra

 Jan Grarup arrisca sua vida para registrar os avanços da guerra. Quando sua ex-mulher morre, precisa aprender a conciliar seu trabalho com sua vida pessoal.

Nesse documentário, acompanhamos o trabalho de Jan Grarup em Mossul, onde ocorre o avanço das forças armadas iraquianas contra o Estado Islâmico. Mas, quando sua ex-esposa é diagnosticada com câncer terminal, ele se vê como o único responsável pelos filhos, tendo que aprender a conciliar o trabalho com sua vida familiar. O documentário gira em torno dessa trama, mostrando a dificuldade dessa conciliação, principalmente por seu trabalho ser cobrir guerras.

 
Jan Grarup está olhando para trás, com um capacete na cabeça, que tem uma câmera go pro presa. Ele está em uma rua, com sinais da guerra
Cena de “Fotógrafo de Guerra”, 2019
 

Dirigido por Boris B. Bertham, Fotógrafo de Guerra mostra a vida de um homem que se acostumou a presenciar e documentar os horrores da guerra, mas se encontra em uma batalha interna para conciliar sua vida profissional, suas novas responsabilidades com os filhos, dos quais não é muito próximo por causa de sua carreira, e seu próprio luto. Logo no início do filme vemos o grande contraste entre a vida de Jan com sua família na Dinamarca, e sua vida como fotógrafo.

Apesar de seu impressionante histórico profissional e da quantidade de histórias que Grarup tem para compartilhar, o documentário foca no difícil equilíbrio das suas relações pessoais e do seu trabalho. O principal foco do documentário é essa conciliação de um trabalho tão árduo com sua vida pessoal. Vemos ele como um rockstar do mundo da fotografia, mas o documentário equilibra essa imagem ao mostrar sua clara fragilidade ao ter de assumir seu papel de pai.

Assim como as fotos de Grarup são muito realistas, a câmera de Bertham não censura qualquer imagem nas zonas de guerra. Mostrando o quanto a morte é banalizada nas zonas de guerra. Mas além dos horrores da guerra, o momento mais emocionante do documentário se passa na Dinamarca, quando o filme mostra a tristeza das crianças ao perderem a mãe.

 

Jan Grarup está sentado no chão, com as castas encostadas em uma muro, fotografando uma criança que vem andando segurando um galho com uma sacola. Logo atrás, vemos uma mulher de burca e um homem andando na direção oposta
Cena de “Fotógrafo de Guerra”, 2019
 

Devido a abordagem do diretor, as cenas do Iraque são menos interessantes do que poderiam ser. É admirável não terem investido no conflito armado, cheio de tensão, preferindo as cenas mais tranquilas, como os momentos de espera, e flagrando também instantes em que Grarup ensina técnicas de fotografia à filha e levando o filho a um jogo de futebol. Achei tocante o modo como vemos ele aprendendo a se relacionar com os filhos, começando a construir uma relação que ele não tinha com eles anteriormente.

Fotógrafo de Guerra dá um rosto para uma profissão onde o fotógrafo se arrisca para mostrar as atrocidades que acontecem ao redor do mundo. Mas também, deu lugar para mostrar um homem que, apesar de presenciar coisas terríveis, tem suas próprias dificuldades com o luto.

 

Links, Referências e Créditos

  • http://www.adorocinema.com/filmes/filme
  • 278196/https://www.papodecinema.com.br/filmes/fotografo-de-guerra/

Como citar essa postagem

COSTA, Clara. Fotógrafo de Guerra. Cultura Fotográfica. Publicado em: 31 de jul. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/fotografo-de-guerra/. Acessado em: [informar data].

Fotografia Noturna

 
 A fotografia noturna é, como diz o nome, a fotografia feita a noite. Registrar uma imagem feita a noite pode ser um desafio, porque demanda tempo e paciência.

A fotografia noturna é, como o nome diz, a fotografia feita a noite. Registrar imagens a noite pode ser um desafio. Se a foto for feita ao ar livre, o fotógrafo tem que se programar para sair tarde da noite, ou antes do sol nascer. Por causa do seu processo, pode demandar bastante tempo e, com isso, paciência.

Foto da ponte Golden State, nos Estados Unidos, a noite, com as luzes acessas
Golden Gate Bridge, 2007, Andy Frazer

 O que ocorre devido a baixa intensidade de iluminação é que muitos fotógrafos recorrem a longas exposições. Outras opções seriam aumentar o ISO, o que costuma fazer com que apareçam ruídos na imagem, ou aumentar a abertura do diafragma, mas existe um limite máximo para essa abertura, que nem sempre é o suficiente para a foto, e tem como consequência a diminuição da profundidade do campo da imagem.

Com a utilização dessas diversas técnicas de fotografia, podemos perceber diferentes resultados e efeitos nas fotos feitas a noite, como por exemplo o efeito Starburst (luzes estreladas). Quando tiramos uma foto com uma abertura pequena do diafragma a luz tem um espaço pequeno para passar, fazendo a mesma irradiar, nos trazendo esse efeito.

 
Um farol, a noite, com sua luz acessa, e algumas pessoas olhando para ele
Pigeon Point Anniversary Lighting, 2006, Andy Frazer
 

Outro efeito que pode ser feito é o Light Trails (caminho de luzes), que ocorre quando a velocidade do obturador é bem lenta, fazendo com que todo movimento de luz que aconteça enquanto ele estiver aberto, seja capturado, nos dando esse caminho feito pela luz.

 
A imagem mostra uma ponte, a noite, com borrões dos faróis dos carros que passaram lá
Golden Gate Fog, 2007, Andy Frazer

Andy Frazer é um fotógrafo de Boston – Massachusetts, que tem como interesse primário a fotografia noturna e tem também alguns projetos de fotografia de rua. Diz se inspirar nas fotos de David Plowden, Richard Avedon, Michael Kenna e entre outros.

Agora é com você, o que acha de testar a fotografia noturna? Compartilhe sua foto usando a hashtag #fotografetododia ou marque nosso perfil no instagram @d76_cultfoto para vermos o resultado.

Links, Referências e Créditos

  • https://www.youtube.com/watch?v=iWtN36b0gxs
  • https://www.flickr.com/people/thelordofthemanor/

Como citar essa postagem

COSTA, Clara. #fotografetododia – Fotografia Noturna. Cultura Fotográfica. Publicado em: 8 de jun. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/fotografetododia-fotografia-noturna/. Acessado em: [informar data].

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