Marc Riboud

Fotógrafo que registrou cenas cotidianas de países que estavam em guerra

Fotógrafo que registrou cenas cotidianas de países que estavam em guerra

O fotógrafo Marc Riboud nasceu em Lyon, na França, em 1923. Advindo de uma família burguesa, formou-se em engenharia e trabalhou em uma fábrica em sua cidade natal. Em 1951, o jovem de 23 anos tirou uma semana de férias com o objetivo de fotografar as cenas ao seu redor, com a câmera Kodak Vest Pocket, presente de seu pai em 1937. Como sua paixão pela fotografia era tão grande, nunca mais voltou para o trabalho, resolvido a fotografar o mundo. 

A imagem mostra as costas de quatro pessoas andando em uma rua, sendo uma delas uma mulher. Um dos homens carrega um violoncelo nos ombros, ele é o que se encontra mais atrás, na frente, um dos outros homem abraça a mulher.
Marc Riboud

Riboud fotografou suas primeiras imagens quando tinha apenas 14 anos, em 1937, na Exposição Universal de Paris. Já em 1953, estava atuando como fotógrafo oficial na agência Magnum — inclusive, chegando a ser presidente — foi nesse mesmo local  que, anos antes, ele aprendeu técnicas de fotografia com os mestres da Robert Capa, David Seymour e Henri Cartier-Bresson. 

Riboud se eternizou como fotógrafo quando, entre 1955 a 1985, viajou pela Ásia, pelo Oriente Médio e pela África fotografando não só as atrocidades da guerra e a degradação de culturas reprimidas, mas também momentos de delicadezas e de beleza presentes no cotidiano. Suas imagens eram retratos da sensibilidade onde o ser humano funcionava como objeto central.

A imagem mostra pessoas comendo, aparentemente, em um restaurante. O foco da câmera está fixado em duas pessoas específicas, as duas usam boinas, blusas de manga comprida e óculos redondos, elas comem em tigelas usando hashis, talheres típicos da ásia.
Marc Riboud
A imagem mostra três crianças asiáticas, duas delas segurando revólveres, elas posam para a fotografia. Uma das crianças encosta o revólver para a cabeça da outra.
Marc Riboud
A imagem mostra o perfil de uma mulher negra vestindo roupas típicas de seu país, sobreposto a ela, a fotografias de outras pessoas dançando que trajam roupas de salão.
Marc Riboud
A imagem mostra um casal se beijando embaixo de uma ponte, a alguns passos deles há um rio com barcos ancorados em sua orla.
Marc Riboud
A imagem mostra uma menina de cabelos curtos segurando uma flor perto de seu rosto, ela se posiciona de frente para uma fileira de homens armados e fardados.
Marc Riboud

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PAES, Nathália. Marc Riboud. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/marc-riboud/>. Publicado em: 30 de maio de 2023. Acessado em: [informar data].

A cultura popular por Márcio Vasconcelos

Márcio Vasconcelos é um fotógrafo autodidata e independente brasileiro.

Márcio Vasconcelos é um fotógrafo autodidata e independente brasileiro.

Natural de São Luiz, Bahia, Márcio, através de suas fotografias, revela um olhar voltado para a antropologia e questões sociais. Há mais de vinte anos registra a cultura popular e religiosa afro descendentes brasileiras.

A fotografia mostra Márcio Vasconcelos. Ele é um homem que aparenta ter cerca de 50 anos de idade. Ele usa uma bermuda e uma camiseta de cores claras e está sentado em uma cadeira dentro de uma casa com paredes de tijolos e barro.
Márcio Vasconcelos

Grande parte de suas fotografias possui um caráter imersivo. Por meio dos movimentos que o fotógrafo destaca em suas composições presentes em algumas séries, principalmente as voltadas a retratar a cultura popular, sinto uma espécie de conexão, visto que os movimentos presentes na fotografia me levam a refletir sobre os desdobramentos do que é registrado.

Além disso, através dos elementos que o fotógrafo entrega na composição final, ele cria uma narrativa de misticidade, símbolos religiosos, cores vivas, sombras, luz, e texturas são elementos de protagonismo em suas fotografias, e são o que guiam a imaginação para o  local do fantasioso. 

Márcio, por interesse nas músicas e danças características das celebrações ocorridas em terreiros, tenta passar o som através da imagem, como revela em entrevista realizada pelo programa Olhar Indiscreto do grupo de jornalismo da PUC TV. 

Muitas de suas fotografias exploram também o cenário do sertão. No projeto “Na Trilha do Cangaço” ele registra pelas estradas famílias sertanejas enquanto resgata a história de Lampião. Márcio, por meio das imagens que captura conta a história de um lugar cheio de riquezas naturais e culturais, exalta seu povo e sua região desestigmatizando visões e narrativas de um povo sofredor, em seus trabalhos multi-premiados ele mostra um nordeste de força e garra. 

A fotografia mostra a parte inferior de duas mulheres. Elas estão usando vestidos vermelhos e chinelos. Entre elas há uma vela acesa sobre azulejos que formam o sinal de uma cruz.
Márcio Vasconcelos
A fotografia mostra um gato andando sobre um chão pintado com um desenho de uma estrela.
Márcio Vasconcelos
Em primeiro plano a fotografia em preto e branco mostra um homem negro com a parte superior do corpo em movimento. Ele usa um turbante branco.
Márcio Vasconcelos

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

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SILVA, Vinícius. A cultura popular por Márcio Vasconcelos. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/a-cultura-popular-por-marcio-vasconcelos/>. Publicado em: 23 de maio de 2023. Acessado em: [informar data].

Cindy Sherman

Fotógrafa e diretora de cinema norte-americana conhecida mundialmente por representar personas em seus autorretratos

Fotógrafa e diretora de cinema norte-americana conhecida mundialmente por representar personas em seus autorretratos

Nascida em New Jersey, no ano de 1954, Cindy Sherman tinha uma perspectiva de trabalho que muito se assemelhava ao pós-modernismo. Ela retratava principalmente artes conceituais, produzindo imagens concentradas especialmente em iluminação, cores e expressões faciais.

Foto em preto e branca de Cindy Sherman. Ela olha para a foto e apoia a cabeça em seu braço esquerdo. A fotógrafa tem um cabelo comprido e loiro escuro, e usa uma maquiagem neutra e discreta.
Cindy Sherman

Cindy explora muito da subjetividade do espectador, deixando um espaço para que ele reflita sobre a realidade criada e montada por ela. A fotógrafa se auto retrata incorporando vários estereótipos femininos, partindo de seu próprio corpo, ela cria narrativas e faz relações visuais, comportamentais e sociais acerca dos papéis desempenhados pelas mulheres na sociedade contemporânea.

Mulher deitada no chão. Ela veste uma blusa laranja e uma saia quadriculada no mesmo tom. A imagem é toda composta por tons alaranjados, inclusive a maquiagem da modelo (Cindy Sherman).
Cindy Sherman
Mulher deitada em um sofá enquanto olha fixamente para um telefone de gancho. Ela veste um vestido rosa, de mangas bufantes, tem o cabelo curto e amarronzado. Além disso, sua expressão facial revela uma certa preocupação.
Cindy Sherman
Palhaça com maquiagem característica. Ela usa um cabelo cacheado rosa e seus olhos verdes destacam-se na foto.
Cindy Sherman

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Soares, Maria Clara. Gioconda Rizzo. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/cindy-sherman/>. Publicado em: 16 de maio de 2023. Acessado em: [informar data].

Luiz Alfredo e o Holocausto Brasileiro

Fotógrafo da revista “O Cruzeiro” registrou os horrores vividos pelos pacientes do Hospital Colônia de Barbacena em 1961

Fotógrafo da revista “O Cruzeiro” registrou os horrores vividos pelos pacientes do Hospital Colônia de Barbacena em 1961
Em 13 de maio de 1961, a revista “O Cruzeiro” chocava o país com a reportagem “Hospital de Barbacena: A Sucursal do Inferno” que revelava as condições insalubres em que viviam os pacientes confinados no complexo manicomial de Barbacena. Hoje, lembrado como um verdadeiro campo de concentração, palco de um holocausto, com 60 mil vítimas em Minas Gerais.
Imagem de um dos pátios do manicômio. A foto em preto e branco mostra um muro à frente de algumas árvores, alguns pacientes dispostos ao fundo estão na sombra, outros, expostos ao sol, e, à frente está um paciente, que aparenta ser uma criança, olhando para cima.
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
O Hospital Colônia de Barbacena foi fundado em 1903 na cidade mineira – com o intuito de tratar pacientes vítimas de tuberculose. Entretanto, com o tempo, o lugar foi se tornando um local para aqueles que precisavam de ajuda psiquiátrica.
Contudo, o que se via no complexo manicomial estava longe de ser um tratamento médico. Para lá, eram enviadas, contra a própria vontade, pessoas que eram consideradas descartáveis para a sociedade. Chegavam de trem: mães solteiras, homossexuais, pobres, indígenas, inimigos políticos, mendigos, viciados em drogas, entre outros.
Vista de uma das janelas do manicômio. Entre suas grades de ferro, vemos pessoas aglomeradas num pátio tomando sol e cercadas por outras construções do complexo.
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Os “tratamentos” dados a essas pessoas – que na maioria nem tinham algum diagnóstico pra estar ali – variavam entre todas as possibilidades de um filme de terror, indo desde tratamentos de choque com cadeiras elétricas até camisas de força. Ainda, as condições de vidas eram as piores possíveis: expostos ao frio intenso da região muitos viviam nus, os pacientes dormiam sobre colchões de palha improvisados, passavam sede e fome e, quando eram alimentados, eram servidos de comida triturada (fator pelo qual muitos perdiam os dentes).
Imagem de uma das alas do hospital. Nela, vemos paredes envelhecidas abrigando muitos pacientes praticamente amontoados sobre as camas precárias. É possível ver alguns pacientes em pé ou sentados no chão. E, ao fundo, dois homens de terno conversando.
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Um paciente do Colônia está agachado numa poça d’água insalubre cuspindo esse mesmo líquido. Dando a entender que ele havia ingerido essa água. Atrás dele, está parte daconstrução do hospital e um cano que passa por essa poça.
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Uma criança está deitada no chão de concreto do hospital. Ela, ao contrário do que pode parecer, está dormindo e há mosquitos por todo o seu corpo.
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Quando “Hospital de Barbacena: A Sucursal do Inferno” – feita pelos jornalistas Luiz Alfredo e José Franco – chegou aos leitores de todo Brasil, os olhares voltaram-se para a questão dos tratamentos psiquiátricos no país, esse assunto era um grande tabu naquela época. Por isso, a reportagem extremamente denunciativa da revista é lembrada como uma grande contribuição na história da saúde brasileira e da imprensa nacional.
Com a Reforma Psiquiátrica no Brasil, o hospital Colônia de Barbacena foi mudando até se tornar o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena e uma parte da antiga estrutura chegou a ser desativada, em 1996, e transformada no Museu da Loucura. Em 2013, a jornalista Daniela Arbex publicou o livro Holocausto Brasileiro que conta em detalhes a história do Colônia e os bastidores da reportagem do “O Cruzeiro”.
Pacientes do Colônia em seus leitos improvisados. Ao centro, temos em destaque um homem sentado em sua cama olhando para o lado com atenção. Podemos supor que ele está olhando para alguém da equipe do jornal naquele momento. Seu olhar sério rouba a atenção.

Luiz Alfredo | O Cruzeiro

 
Foto tirada em ângulo picado de crianças deitadas em berços do Colônia.

Luiz Alfredo | O Cruzeiro

 
Um funcionário raspa a cabeça de um paciente do Colônia, que nu olha para o chão. Seu corpo está curvado e ao fundo vemos mesas com pratos empilhados e uma porta aberta  com outra pessoa (possívelmente um funcionário).
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Uma janela com a grade de ferro está na frente de um paciente do Colônia. Essa pessoa está sentada e apoiada sobre a estrutura de ferro. Ela olha para sua mão e sorri.
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
O cemitério do Hospital Colônia. Túmulos de concreto descuidados e envoltos por arbustos que cresceram desproporcionalmente.
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
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MAIA, Amanda. Luiz Alfredo e o Holocausto Brasileiro. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/luiz-alfredo-e-o-holocausto-brasileiro/>. Publicado em: 09 de maio de 2023. Acessado em: [informar data].

Álvaro Hoppe

Fotógrafo chileno que registrou a ditadura de Pinochet.

Fotógrafo chileno que registrou a ditadura de Pinochet.

Nascido em Santiago em julho de 1956, Álvaro Hoppe foi fundamental para o desenvolvimento da Fotografia Urbana (Street Photography) e da Fotografia Documental no Chile. Originalmente, o artista não procurou documentar conflitos, mas, após o início da Ditadura Chilena, em 1973, Hoppe produziu imagens que viriam a se tornar as mais famosas e representativas do período ditatorial no país.

A fotografia em preto e branco mostra um vidro com um buraco no meio e, por isso, está trincado. Por meio do buraco pode-se ver o busto de um policial andando na rua. Há outras pessoas na rua, porém o foco é o policial e o buraco no vidro.

Álvaro Hoppe, 1983

No início da década de 1980, com pouco mais de 20 anos,  Álvaro Hoppe começou a trabalhar como repórter no semanário “Apsi”, o principal meio de oposição ao governo de extrema direita comandado por Augusto Pinochet. As fotos de Hoppe, tiradas durante a década na capital chilena, se tornaram símbolo do movimento contra o governo que enfim cairia em 1990.

A fotografia em preto e branco mostra um folheto rasgado no chão, nele se pode ler as palavras “donde están?" (onde estão?).
Álvaro Hoppe, 1980

Enquanto algumas das fotografias são bastante literais, outras são mais implícitas. No livro Plebiscito no Chile, o jornalista Pablo Azócar escreve: “A narração de Hoppe busca obstinadamente as histórias dos muros. Os muros, a grande tela aberta da cidade”.

A fotografia em preto e branco mostra uma mulher e uma criança de costas andando na calçada, ao lado do muro da casa pela qual passam está colado um cartaz com uma chamada para uma manifestação em defesa da democracia chilena.
Álvaro Hoppe, 1983
A fotografia em preto e branco mostra dois jovens em cima de uma bicicleta. Enquanto o da frente conduz a bicicleta, o de traz lança no ar dezenas de pequenos papéis que se espalham pela rua.
Álvaro Hoppe, 1988

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COUTO, Sarah. Álvaro Hoppe. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/alvaro-hoppe>. Publicado em: 2 de mai. de 2023. Acessado em: [informar data].

Paulo Vainer

Fotógrafo de moda e diretor de filmes publicitários

Fotógrafo de moda e diretor de filmes publicitários

Paulo Vainer é reconhecido como um profissional de multimídia, que trabalha tanto com fotografia quanto com direção de filmagens. Começou sua carreira em estúdios como os de Steve Bronstein e de Andreas Heiniger, e fotografando para empresas como a Editora Abril. Ele também atuou para marcas como Itaú, Volkswagen, Nike, Nestlé e Renault.

A imagem mostra um quarto com uma iluminação azul. Nele há três pessoas, duas sentadas na beirada de uma cama de casal e a outra sentada em uma cadeira no canto. A pessoa que está na cadeira é destacada por um círculo de luz.
Paulo Vainer

O fotógrafo iniciou sua carreira em 1978, como assistente do fotógrafo Bob Wolfenson.  Em 1981, viajou para Nova Iorque para trabalhar com Steve Bronstein. Já em 1990, Paulo Vainer volta ao Brasil para abrir seu próprio estúdio, tornando-se um dos mais importantes fotógrafos de moda e publicidade brasileiro. Com o contato de profissionais como Ricardo Van Steen, Walter Salles, Andrucha Wadingtton e Fernando Meirelles, o artista adentrou no ramo da direção. Lançou, em 2004, seu primeiro longa-metragem, intitulado de  “Noel, o Poeta da Vila”, que foi indicado ao prêmio da Associação Brasileira de Cinematografia.

Através da fotografia, Vainer conta histórias. Por meio de apenas uma imagem é possível ir além da cena. Ele faz esse movimento mesclando técnicas de fotografia e de edição gráfica. Abusando de cores saturadas – que passam a ideia de um mundo fantasioso -, da iluminação e da composição da imagem.

Mulher, em um fundo azul, por trás de barras de led.
Paulo Vainer
Imagem em preto e branco e desfocada mostrando um espaço cheio de pessoas.
Paulo Vainer
Imagem de uma mulher usando uma roupa dourada e um acessório na cabeça de pelo preto. Ela não olha em direção a câmera.
Paulo Vainer
Imagem de uma mulher em chamas. Ela usa um véu e segura uma rosa branca.
Paulo Vainer
A imagem mostra uma mulher, vestida toda de preto e com o cabelo bagunçado, posando para a fotografia.
Paulo Vainer

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PAES, Nathália. Paulo Vainer. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/paulo-vainer/>. Publicado em: 25 de abr. de 2023. Acessado em: [informar data].

Suren Manvelyan

Intimista, fotógrafo expõe a beleza dos olhares.

Intimista, fotógrafo expõe a beleza dos olhares.

Armênio, nascido em 1976, começou a fotografar com dezesseis anos e em 2006 se profissionalizou na área, tendo desde então publicado seu trabalho mundo afora. Suren Manvelyan fotografa desde retratos, projetos criativos, paisagens, até capturas macroscópicas de olhares, e muito mais. Além da fotografia, ele também é PhD em Física Teórica e professor na Yerevan Waldorf School.

 Imagem macroscópica de olho humano castanho.
Suren Manvelyan

As fotografias mais famosas de Manvelyan são as que compõem as suas séries Your Beautiful Eyes (seus belos olhos) e Animal Eyes (olhos animais); tendo ambas as séries alcançado milhões de visualizações na internet. A segunda série referenciada teve uma segunda edição intitulada Animal Eyes 2, cuja temática era a mesma: fotografar olhos de animais.

É interessante como todas as fotografias, desta série, demonstram quase que misticamente como os olhos são, genuinamente, a janela da alma. São lentes orgânicas que fotografam o universo externo aos seus portadores – seres vivos -, dotados de seus próprios universos internos – e particulares -, e, que captam e processam imagens e significados e os transmitem na forma de tantos outros.

 Fotografia macroscópica de olho de peixe Acará-disco.
Suren Manvelyan
Fotografia macroscópica de olho de coruja-0relhuda.
Suren Manvelyan
Fotografia macroscópica de olho de Crocodilo-do-nilo.
Suren Manvelyan
Fotografia macroscópica de olho de Husky Siberiano.
Suren Manvelyan
Fotografia macroscópica de olho de Corvo-comum.
Suren Manvelyan

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BRITO, C. S. Suren Manvelyan. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: https://culturafotografica.com.br/suren-manvelyan/. Publicado em: 18 de abr. de 2023. Acessado em: [informar data].

Luisa Dörr

O protagonismo feminino representado na fotografia.

O protagonismo feminino representado na fotografia.

Luisa Dörr é uma fotógrafa brasileira, natural do Rio Grande do Sul, formada em design gráfico. Sua história com a fotografia surgiu cedo; quando criança ela pedia câmeras fotográficas de presente de natal, mas foi aos seus 22 anos que começou a fotografar no estúdio de sua tia e se profissionalizou na área.

Auto retrato da fotógrafa Luisa Dorr. A imagem contém seu rosto enquadrado que se posiciona na diagonal, ela usa um óculos de grau e seus cabelos loiros se encontram trançados ao redor de sua cabeça.
Luiza Dörr

Luisa publica suas imagens em sua conta no instagram, onde monta seu portfólio. Ela já teve suas fotografias publicadas na capa da revista Time e também já fotografou para o jornal El País. Em seus projetos, Luisa captura a força da presença feminina, demonstrando através dos ângulos e enquadramentos, o protagonismo e a força destas personagens. 

Suas imagens transmitem a beleza natural do modelo fotografado, com cores leves e muita luz que passam a ideia de simplicidade. Suas obras também carregam um simbolismo etéreo, por meio da combinação da iluminação com as paisagens, que são, em sua maioria, lugares com uma natureza exuberante. 

Uma mulher roda com sua saia rosa e cheia de babados, ela usa também uma blusa toda coberta de rendas amarelas, na cabeça um chapéu e tranças. No fundo, bem distante, há várias montanhas e o céu azul com algumas nuvens.
Luiza Dörr
Duas crianças vestidas com vestidos na cor azul enfeitados. Uma das meninas, que aparentemente é mais velha, passa alguma coisa no rosto da mais jovem, como um gesto de cuidado, ela também está sentada para alcançar o rosto da outra que é menor. As duas, uma de frente para a outra, se olham, enquanto se arrumam.
Luiza Dörr
Uma mulher boiando em uma água verde com roupas típicas do Chile, uma blusa branca rendada e uma saia cumprida preta, ela usa tranças que flutuam ao seu redor. Na água também há pétalas de flores circundando seu corpo.
Luiza Dörr
Mulher sentada na beirada da carroceria de uma camionete, ela olha para longe da câmera e em suas mãos há luvas de boxe.
Luiza Dörr

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PAES, Nathália. Luisa Dorr. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/luisa-dorr-2/>. Publicado em: 11 de abr. de 2023. Acessado em: [informar data].

Catharine Sant’ana

Bissexual, ativista e especializada em fotografar casais LGBTQIA+

Bissexual, ativista e especializada em fotografar casais LGBTQIA+ 

Nascida no Rio de Janeiro, “Cacá”, como gosta de ser chamada, trabalha com fotografia desde os 19 anos. Na época, fotografava festinhas de adolescentes, e foi neste período que percebeu sua grande paixão: retratar afetos, em todas as suas formas e variações.

A imagem mostra a fotografa Catharine Sant'ana encostada em uma janela enquanto sorri. Ela veste um casaco branco com uma blusa e calça preta por baixo, seu cabelo está arrumado com dreads com a ponta rosa.
Catharine Sant’ana

Conversando com a profissional, me encantei por seu carisma. Logo de imediato, é possível perceber seu ativismo e o quanto isso reflete no seu trabalho, que representa a luta, o amor e a resistência LGBTQIA+. 

“Meu objetivo é trazer referência e representatividade para pessoas LGBTQIA+. É fazê-las acreditar que são dignas e merecedoras de amar, serem amadas e viver esse amor”. Eu, como mulher lésbica e constituinte desse grupo, fiquei emocionada com esse relato e com as obras de Cacá.

Trazer essa representatividade do amor é de muita urgência, uma vez que, constantemente, o grupo LGBTQIA+ é retratado com pejoratividade e com um sentido de libertinagem. Então, essa abordagem mais romântica, que Cacá traz, também colabora para romper com esse estereótipo preconceituoso. E isso se torna mais necessário ainda quando o assunto é Brasil: país que mais mata homossexuais no mundo.

Criadora do site Alma Afetiva, Catharine é contra toda e qualquer forma de repressão, principalmente a do amor. “Infelizmente, fomos ensinados a disfarçar o nosso amor”, afirma ela na descrição de seu site.

Mulher preta, LGBT, umbandista e periférica, ela conta o quanto teve que superar dificuldades para se tornar essa profissional tão necessária em tempos de ódio como o que vivemos. Não tinha recursos financeiros para arcar com um curso de fotografia, então, lia o conteúdo de blogs, revistas e sites para aprender a fotografar. Mas, atualmente, com muito orgulho, ela diz o quanto ficou feliz por ter concedido entrevista à revista Fotografe, a maior da América Latina.

“Acho de suma importância uma mulher de várias minorias sociais ter voz em uma revista tão grande”. E eu concordo com ela! Meus sinceros parabéns a esse trabalho tão lindo, que, com certeza, merece muitos aplausos e reconhecimentos.

Há três mulheres na foto, duas estão se casando, ambas de vestido branco. Mais no fundo da foto, há a celebrante do casamento, vestida de rosa. O ambiente parece ser um sítio, repleto de árvores e decorações rosadas.
Catharine Sant’ana
Dois homens abraçados, se entreolhando, em um cenário que parece ser o Rio de Janeiro. Um deles é um homem negro, que usa tranças e veste uma camisa amarela listrada. O outro é um homem branco, de cabelo curto e veste uma camisa preta floral.
Catharine Sant’ana
Duas mulheres se casando. Uma delas usa um vestido de noiva, véu e tiara. A outra, usa um terninho branco. Ambas têm o cabelo cacheado e estão em frente a um caminhão antigo decorado para o cenário.
Catharine Sant’ana

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

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Como citar este artigo

Soares, Maria Clara. Catharine Sant’ana. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/catharine-santana/>. Publicado em: 04 de abr. de 2023. Acessado em: [informar data].

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