Orgulho e Paixão

Fotografia que é símbolo de luta, resistência e amor entre mulheres na década de 70.

A imagem, tirada pela fotógrafa lésbica e ativista Joan E. Biren (JEB), representa um marco: a luta por visibilidade e respeito das mulheres homossexuais. A foto foi capa do livro “Eye to Eye: Portraits of Lesbians” em uma época na qual a discriminação e o preconceito eram ainda mais acentuados que nos dias atuais.

Joan E. Biren

As mulheres da imagem são Pagã e Katie, um casal lésbico que foi fotografado por Joan. Na figura, Pagã, a senhora de cabelos curtos e escuros, segura firmemente o rosto de sua amada e olha profundamente seus olhos. Katie, a mulher posicionada na esquerda, tem o cabelo longo e grisalho, o qual está trançado em volta de seu pescoço. Ela corresponde ao olhar apaixonado de sua companheira e esboça um sorriso singelo e delicado.

A foto me faz sentir paz e tranquilidade. O olhar das modelos me remete a lembrança de quando eu admirava assim alguém que amo, com aconchego e carinho. Me pego refletindo sobre o quanto elas devem se amar. Expressar publicamente um carinho que incomoda a tantos, em uma sociedade tão preconceituosa… acredito que é um símbolo de luta e enfrentamento da opressão.

Ambas as mulheres tinham o desejo de ter seu amor fotografado e registrado, uma vez que não se enxergavam representadas em nenhum espaço. Então, Joan – que também é uma mulher lésbica que se sentia excluída socialmente – teve a ideia de criar um livro com imagens de mulheres homossexuais reais. O álbum foi intitulado como “Eye to Eye: Portraits of Lesbians” e retratava o cotidiano dos casais. Mas, por essa época se caracterizar por ser extremamente homofóbica e preconceituosa, a fotógrafa e as modelos corriam muitos riscos: desde perder a guarda dos filhos a serem deportadas do país.

Nesse contexto, o livro torna-se ainda mais lindo e emocionante para mim, porque mesmo diante do perigo, as modelos assumiram o risco em prol de validar suas existências. Ou seja, perante tanta discriminação e discurso de ódio; o respeito, o carinho e o afeto prevaleceram.

O ensaio fotográfico, feito na década de 70, segundo JEB, tinha o objetivo de mudar como a sociedade enxergava as lésbicas. Lendo este livro, me peguei refletindo se hoje – Abril de 2022 – a sociedade  teve ou não uma evolução considerável em relação àquela época. Afinal, ainda nos dias atuais, o Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundo. Não nos sentimos livres nem para amar. Não nos sentimos livres para viver, porque temos que estar atentos para sobreviver.

Além disso, a representação do grupo LGBTQIA + é limitada. Falando estritamente do recorte lésbico, há poucos romances sáficos, por exemplo. A maior parte é clichê heteronormativo, que restringe-se a abordar a vivência de apenas uma parcela da população. Enquanto as outras, são excluídas socialmente de diversas maneiras. Filmes também são em sua maioria heterossexuais. Os poucos que abrangem a comunidade queer, trazem uma visão pejorativa, mais voltada para o sentido da libertinagem.

Por isso, ativistas como Joan E. Biren exercem um trabalho tão importante: o de promover o respeito na sociedade. Movimentos acolhedores como esse trazem esperança de um futuro livre e com muito amor.

#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quarta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

Como citar esta postagem

SOARES, Maria Clara. Orgulho e Paixão. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/orgulho-e-paixao/>. Publicado em: 18 de mai. de 2022. Acessado em: [informar data].

Virginia de Medeiros

Artista que utiliza da fotografia documental para produzir novos sentidos.
Virginia de Medeiros, nascida em 1973, em Feira de Santana, Bahia, vive em São Paulo. Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), ela concentra seu trabalho na fotografia documental, extrapolando sua característica meramente testemunhal para criar novos significados da realidade.
A imagem apresenta a composição de fotos da performance da obra “Jardim das torturas”. Sequencialmente, é possível visualizar diversas partes do corpo de uma mulher que é dominada em uma prática sexual sadomasoquista. A mulher possui suas mãos e seus pés atados na maioria das fotos, e sua face é envolvida por uma mordaça.
Virginia de Medeiros

A artista já participou de bienais e residências artísticas e já recebeu prêmios no Brasil e no exterior. O documentário “Sérgio e Simone” (2009) foi agraciado com o Prêmio de Residência ICCo no 18º Festival de Arte Contemporânea Videobrasil. Em 2006, sua obra “Studio Butterfly” participou da 27a Bienal de São Paulo e do Programa Rumos Itaú Cultural. A profissional também ganhou o Prêmio Rede Nacional Funarte Artes Visuais 2009 com a vídeo-instalação “Fala dos Confins”. 

Virginia fez residências em Timor-Leste, no Canadá e nos Estados Unidos, onde ganhou o Prêmio de Residência ICCo – Instituto de Cultura Contemporânea no Residency Unlimited. Também participou da 2ª Trienal de Luanda “Geografias Emocionais, Arte e Afectos”. 


A fotografia, pintada digitalmente, representa uma mulher negra, de cabelo liso e preso para trás com um laço azul de bolinhas brancas. Ela está maquiada, com sombra azul, blush rosa e batom alaranjado, e sorri olhando para seu lado direito. Sua roupa possui a mesma estampa do laço, e em seu lado esquerdo, na altura dos seios, há um broche de rosa vermelho.
Virginia de Medeiros | Júlio Santos

A foto, em preto e branco, representa uma mulher negra, de tranças, que olha projetando um sorriso para seu lado direito, enquanto segura uma bandeira do Movimento Sem Teto do Centro. Ela está em um ambiente aberto, com uma árvore e um prédio por detrás dela.
Virginia de Medeiros


A imagem , em preto e branco, retrata uma mulher negra em uma cozinha, atrás de uma mesa que possui 5 bolos postos. Ela não olha diretamente para a câmera nem sorri.
Virginia de Medeiros

A fotografia representa a vídeo-instalação “Studio Butterfly”, na qual há diversos porta-retratos pendurados na parede, ao redor de um espelho que reflete a imagem de uma mulher que aparenta ser negra e que está com os seios à mostra.
Virginia de Medeiros


Esta fotografia é da vídeo-instalação “Fala dos Confins”. Nela, há uma Kombi dentro de um galpão, localizada no centro da imagem. O veículo é branco com azul, e dentro dele, há duas pessoas, sendo uma mulher e um homem.
Virginia de Medeiros

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Ruth Orkin

Fotógrafa e cineasta norte-americana que enfrentou obstáculos da discriminação de gênero para ascender profissionalmente.Fotografia em preto e branco em que uma mulher de cabelo curto e escuro está sorrindo, segurando uma câmera fotográfica analógica, um colar com esferas, blusa clara e calça escura.

Nascida em Boston, Ruth Orkin sempre foi apaixonada pela arte de fotografar. Com 10 anos, ganhou sua primeira câmera, uma Univex de 39 centavos de dólar. Aos 17, fez uma viagem de bicicleta, na qual atravessou os Estados Unidos para visitar a Feira Mundial de 1939, e registrou todo o trajeto percorrido.

 
Ruth Orkin com o semblante feliz e sorriso no canto do rosto está segurando uma câmera fotográfica. Seus olhos aparentam estar direcionados para uma figura que a traz felicidade. Ela usa uma blusa branca de botão, uma calça preta e um cinto da mesma cor. Em seu pescoço, a fotógrafa carrega um cordão de pérolas; vestimenta e acessórios muito característicos da época.
Ruth Orkin

Orkin frequentou o curso de fotojornalismo por um breve período, na Los Angeles City College, mas, em 1941, o abandonou. Fato ocasionado pelas políticas preconceituosas do sindicato, que não permitiam a integração de mulheres no setor de cinema. Com isso, no mesmo ano, Ruth ingressou no Corpo Feminino do Exército norte-americano na esperança de realizar o sonho de tornar-se uma cineasta, mas saiu após perceber que continuaria distante de seu objetivo profissional.

Em 1943, a fotógrafa se mudou para Nova York, onde atuou como fotojornalista freelancer. Dois anos depois começou a trabalhar para o New York Times e a publicar suas imagens em revistas mundialmente renomadas. Em 1951, quando planejava ilustrar um cenário que incentiva mulheres a viajarem sozinhas, Ruth “estourou” na mídia com uma de suas fotografias mais conhecidas: “American Girl in Italy”.

 
Ninalee Allen caminha pelas ruas de Florença, onde é assediada por uma multidão de homens que está a sua volta.  A modelo segura sua bolsa e seu xale próximos ao corpo, com visível desconforto. O movimento aparente de seu corpo transmite a impressão de que Allen está apressada, tentando passar o mais rápido possível por essa incômoda situação.
Ruth Orkin
Menina, aparentemente jovem, de olhar distante. A modelo parece estar sentada em um restaurante ou em outro lugar público, e passa uma sensação de tranquilidade, pois tem o semblante sereno e angelical.
Ruth Orkin
Um grupo de senhoras, aparentemente conhecidas entre si, andando por uma calçada movimentada. Todas bem vestidas e elegantes, passando a impressão de estarem indo a algum evento e pertencerem a uma classe financeira alta.
Ruth Orkin

Ruth Orkin faleceu aos 63 anos, em 1983, após uma longa luta contra o câncer. Em razão de suas belíssimas obras e de sua luta feminista no quesito trabalhista e pessoal, a fotógrafa se tornou inspiração para muitas mulheres, dentro e fora do universo profissional e, por isso, sua memória será sempre preservada. 

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Claudia Andujar

Importante fotógrafa responsável por ajudar a criar a Comissão pela criação do parque Yanomami (CCPY).

Importante fotógrafa responsável por ajudar a criar a Comissão pela criação do parque Yanomami (CCPY).

 

Claudia Andujar, suíça, nascida em 1932 na cidade de Neuchâtel e naturalizada brasileira em 1955, foi uma fotógrafa importante em favor da causa indígena, especialmente da tribo Yanomami. A fotografa e sua mãe fugiram do holocausto devido às suas origens judaicas. A perseguição fez com que ambas iniciassem uma sucessão de mudanças internacionais que posteriormente as trouxeram para o Brasil, onde Andujar iniciou e desenvolveu sua carreira como fotógrafa.

 

Claudia Andujar e uma criança indígena olhando para a câmera. O cenário é a tribo do povo Yanomami.
Claudia Andujar

 

No Brasil, sem falar português, Claudia utilizou a fotografia como forma de globalizar sua comunicação e se aproximar da cultura local e do povo Yanomami. Seu trabalho é reconhecido mundialmente, em especial pela forma como suas fotografias demonstram leveza em situações do cotidiano, demonstrando com delicadeza a vida de povos nativos do País. Andujar ajudou a introduzir a iconografia indígena na arte contemporânea.

 

Mulher indígena tomando fôlego enquanto nada num rio. Seu rosto exibe pintura tribal.
Claudia Andujar
 
Jovem indígena deitado numa rede no que aparenta ser o interior de uma oca. Seu corpo possui pinturas tribais nas pernas, abdome e braços. Seu rosto exibe relaxamento.
Claudia Andujar
Homem indígena nu aparentemente dançando em solo tribal. Há um cachorro deitado no chão à direita do homem. O cenário ao redor está ligeiramente borrado, causando efeito alucinógeno à fotografia.
Claudia Andujar

 

Close de Jovem indígena na penumbra. Seus olhos fitam o chão e o rapaz possui semblante reflexivo. A foto é em preto e branco.
Claudia Andujar

 

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João Zinclar

O operário da fotografia que documentou a luta de classes no Brasil.

 
As produções do fotógrafo João Zinclar incluem imagens que documentam a história da classe trabalhadora brasileira entre os períodos de 1994 e 2013. Através de narrativas visuais, ele representou a luta de classes identificando suas transformações culturais.

 

A fotografia contém um homem com um capuz que cobre seu rosto segurando um cartaz, no qual está escrito: “os trabalhadores e trabalhadoras não vão pagar a conta da crise”. Ao fundo desta fotografia está ocorrendo um protesto onde só se pode ver uma fumaça escura de objetos que foram queimados.
João Zinclar

João Zinclar nasceu em Rio Grande (RS) e começou a trabalhar desde pequeno. Quando mais velho, migrou, em busca de  mais oportunidades de emprego, para os centros urbanos no sudeste do país, onde entrou em contato com as diferentes culturas dos trabalhadores. Mas apenas ao viajar pelo Brasil, com o movimento hippie, que ele percebeu as mudanças que ocorriam no país e decidiu registrá-las.
 
A partir deste momento, João Zinclar voltou a trabalhar como operário e passou a estudar sobre os movimentos sociais e a se integrar ao cenário político brasileiro. Atuou também como repórter fotográfico, principalmente na documentação das diversas lutas dos trabalhadores e dos movimentos de esquerda.
 
Uma multidão se reúne em protesto, as pessoas se encontram sentadas no chão e algumas destas seguram folhas, mas não é possível ler o que está escrito. Em frente a multidão há um cartaz com as seguintes palavras escritas em vermelho :“estamos em guerra”, e em caracteres menores está escrito:“sind. dos trab. no serv. púb. mun. de Campinas - FETAM/CUT”
João Zinclar

 

Em um campo, barracas de lona são queimadas por policiais que verificam o local. Há muita fumaça escura, mas o fogo não é visível.
João Zinclar

 

No canto direito da imagem, há uma pessoa segurando a bandeira do Brasil e a constituição brasileira, e mais ao fundo da imagem, há uma multidão em protesto próximo a uma escultura no Palácio do Planalto. Ao centro da imagem, é possível visualizar a bandeira lgbt+ cobrindo o chão.
João Zinclar

 

Há cinco pessoas na imagem, aparentemente estudantes, colocando uma faixa em uma entrada, nela está escrito: “até agora contando 87h de ocupação". A faixa também contém o símbolo da Universidade de Campinas, e ao lado, na outra parede, há um cartaz com a palavra “Campus”.
João Zinclar

 

 
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PAES, Nathália. João Zinclar. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/03/joaozinclar.html>. Publicado em: 325 de abr. de 2022. Acessado em: [informar data].

Daniel Kfouri: a fotografia enquanto denúncia

Fotógrafo registra o trabalho do padre Julio Lancellotti em prol dos moradores de rua, na capital paulista.

Nascido em São Paulo, em 1975, Daniel Kfouri é filho de Juca Kfouri, jornalista esportivo brasileiro. Enquanto fotojornalista, recebeu o prêmio World Press Photo de Esportes de Ação em 2010. No ano seguinte, ganhou o Picture of the Year Latin America.

Em primeiro plano há um idoso com traços caucasianos, usando máscara, distribui marmitas em uma fila. Atrás dele, um homem negro de touca sorri ao receber sua marmita. Depois,  há uma fila em que a maioria das pessoas são adultas e negras.

Daniel Kfouri


Atualmente, o fotojornalista tem se destacado no audiovisual com a produção de documentários que tratam de problemáticas sociais, como o rompimento da barragem de Brumadinho. 

Em parceria com o padre Julio Lancellotti – da paróquia de São Miguel Arcanjo, na Mooca, em São Paulo – o fotógrafo registra o cotidiano da obra social. O padre Julio é conhecido no país por seu trabalho em favor dos moradores de rua da capital paulista. Inspirado pela Teologia da Libertação, o presbítero presta serviço aos marginalizados, denunciando o que ele chama de “crise humanitária em São Paulo”. Além de ser um registro, esse trabalho fotográfico é capaz de dar visibilidade a realidade miserável e desumana em que se encontra a população de rua da maior cidade brasileira. 

Em primeiro plano, um cachorro vira-lata parece estar latindo enquanto olha para frente, em cima de um carrinho cheio de papelão. Atrás dele, desfocados, há homens puxando outros carrinhos com papelão e sucatas.

Daniel Kfouri


Há três pessoas em primeiro plano, sendo dois homens de traços negros - o do meio é retinto - enquanto a pessoa da direita parece ser uma mulher. Estão agasalhadas com cobertores e toucas, e as pessoas das laterais amparam o homem do centro, que segura uma marmita. Atrás deles, há um homem de barba fumando e outras pessoas agasalhadas e de máscara.

Daniel Kfouri

Em primeiro plano, há um carrinho com papelão. Em segundo plano, um homem idoso com traços caucasianos, de máscara de proteção facial e jaleco, toca um homem que está deitado na calçada, coberto, mas com os pés de fora.

Daniel Kfouri


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A Jovem Índia

As narrativas fotográficas de Dalda 13, documentam um dos principais momentos da construção da Nação Indiana.


Homai Vyara Walla, popularmente conhecida como Dalda 13 (1913-2012), foi a primeira fotojornalista da Índia. Ela estudou na Universidade de Bombay,  na Escola de Arte Sir J, e começou a tirar fotos na década de 1930 com o marido, tornando-se uma das praticantes mais originais e influentes da época.


Parzor Foundation

Mulher sentada ao centro da fotografia com uma câmera no colo apoiada pelas mãos, rodeada por vasos de plantas. 


Dalda 13 é responsável por algumas das principais imagens que documentam o  período do processo de Independência da Índia, desde o assassinato de Gandhi até o otimismo da “Jovem India”. 


Embora ela não tenha fotografado em seus últimos 40 anos de vida,  foi premiada com o Prêmio Nacional de Fotografia, bem como o Padma Vibhushan em 2010 e 2011, a segunda maior homenagem civil da Índia. Em 2012 aos 98 anos, Homai Vyarawalla faleceu.

Pessoas em uma sala com as mãos levantadas para cima, sendo a maioria homens.
Dalda 13


Três mulheres ao centro da fotografia caminham em direção à câmera. Ao fundo há mais pessoas e uma construção.
Dalda 13
Entre as rodas de uma carroça, um homem aparece empurrando um carrinho. Ao fundo temos uma construção de arquitetura inglesa.
Dalda 13


Pessoas aglomeradas em um pátio de frente para um palco e em torno da bandeira Indiana,  prestando homenagens à pessoa cujo corpo morto está embaixo da bandeira.
Dalda 13

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Prabuddha Dasgupta

Conheça  um dos grandes fotógrafos da Índia no século XX.


Conhecido por suas imagens em preto e branco, Prabuddha Dasgupta (1956- 2012), trabalhou como fotógrafo de moda por mais de três décadas. Ele começou sua carreira como redator na agência de publicidade Everest, antes de se dedicar à fotografia em tempo integral no final da década de 1980.


Homem saindo do mar, com uma sunga que deixa os pelos de sua virilha aparente. Ele segura um anzol do lado do corpo com peixes pendurados.
Prabuddha Dasgupta

Durante sua carreira como fotógrafo comercial, Dasgupta trabalhou com a primeira geração de supermodelos indianas e foi considerado o fotógrafo que intensificou  o “Glamour da Índia”, aliás ele trabalhou para diversas revistas globais  como Vogue, Elle, Harper’s Bazaar e GQ.


Foi professor de fotografia e também publicou vários livros de arte de suas fotografias, incluindo Mulheres (1996), paisagens da cidade de Ladakh (2000) e  Borda da Fé (2009) em parceria com William Dalrymple.



Ao centro da fotografia há uma mesa com um vaso de flor. Pouco mais ao fundo duas mulheres estão sentadas, uma do lado direito da mesa e a outra do lado esquerdo. Mais ao fundo temos uma porta, e em outro plano mais fundo uma janela, ambas com cortinas amarradas.
Prabuddha Dasgupta

Dois homens sentados na cama de um quarto, encarando fixamente a câmera. Ao lado direto deles há uma porta que mostra parte dos outros cômodos da casa.
Prabuddha Dasgupta

Pessoa coberta de preto, caminha por uma região onde o solo é arenoso e tem pequenas rochas ao fundo.
Prabuddha Dasgupta

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Ricardo Stuckert

O fotógrafo oficial do ex-presidente Lula

O fotógrafo oficial do ex-presidente Lula

Ricardo atua como fotógrafo oficial do ex-presidente Lula desde 2003. Antes ficou conhecido por suas fotografias dos indígenas Yanomanis em 1997. Foi diretor de fotografia e autor de imagens exclusivas do filme Democracia em Vertigem.

a imagem mostra o Lula, um homem branco, de cabelos brancos e com uma camisa verde sendo acariciado por um menino negro sem camisa, enquanto aperta a mão de outras pessoas que estão na multidão.
Ricardo Stuckert

Ele está envolvido com a fotografia desde muito cedo, influenciado pelo seu pai Roberto Stuckert, que foi fotógrafo oficial do general João Figueiredo, quando Ricardo ainda tinha 12 anos. Passou pelo jornal O Globo e a revista Isto É, até ser reconhecido pelo seu trabalho e ser convidado, em 2002, pelo assessor de imprensa de Lula, José Chrispiniano, para ser fotógrafo oficial do candidato, caso ele fosse eleito. Desde então, acompanha o ex-presidente em todo seu percurso político, registrando momentos que ficarão para sempre na história do Brasil.

a foto mostra Lula, um homem branco de camiseta preta, pendurado no pescoço de outro homem que o carrega e com uma multidão de pessoas em torno dele com câmeras e celulares.
Ricardo Stuckert
a foto em preto e branco mostra o Lula sendo abraçado por várias pessoas diferentes.
Ricardo Stuckert
: a imagem mostra a mão de Lula sem o dedinho, com uma aliança no dedo anelar e um relógio no pulso. A mão acena para uma multidão de pessoas.
Ricardo Stuckert
o ex-presidente Lula dando um aperto de mão no ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, os dois estão sentados e de terno.
Ricardo Stuckert

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CALIXTO, Vitória. Ricardo Stuckert. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/ricardo-stuckert/>. Publicado em: 14/03/2022. Acessado em: [informar data].

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