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Fotógrafo da revista “O Cruzeiro” registrou os horrores vividos pelos pacientes do Hospital Colônia de Barbacena em 1961
Fotógrafo da revista “O Cruzeiro” registrou os horrores vividos pelos pacientes do Hospital Colônia de Barbacena em 1961
Em 13 de maio de 1961, a revista “O Cruzeiro” chocava o país com a reportagem “Hospital de Barbacena: A Sucursal do Inferno” que revelava as condições insalubres em que viviam os pacientes confinados no complexo manicomial de Barbacena. Hoje, lembrado como um verdadeiro campo de concentração, palco de um holocausto, com 60 mil vítimas em Minas Gerais.
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
O Hospital Colônia de Barbacena foi fundado em 1903 na cidade mineira – com o intuito de tratar pacientes vítimas de tuberculose. Entretanto, com o tempo, o lugar foi se tornando um local para aqueles que precisavam de ajuda psiquiátrica.
Contudo, o que se via no complexo manicomial estava longe de ser um tratamento médico. Para lá, eram enviadas, contra a própria vontade, pessoas que eram consideradas descartáveis para a sociedade. Chegavam de trem: mães solteiras, homossexuais, pobres, indígenas, inimigos políticos, mendigos, viciados em drogas, entre outros.
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Os “tratamentos” dados a essas pessoas – que na maioria nem tinham algum diagnóstico pra estar ali – variavam entre todas as possibilidades de um filme de terror, indo desde tratamentos de choque com cadeiras elétricas até camisas de força. Ainda, as condições de vidas eram as piores possíveis: expostos ao frio intenso da região muitos viviam nus, os pacientes dormiam sobre colchões de palha improvisados, passavam sede e fome e, quando eram alimentados, eram servidos de comida triturada (fator pelo qual muitos perdiam os dentes).
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Quando “Hospital de Barbacena: A Sucursal do Inferno” – feita pelos jornalistas Luiz Alfredo e José Franco – chegou aos leitores de todo Brasil, os olhares voltaram-se para a questão dos tratamentos psiquiátricos no país, esse assunto era um grande tabu naquela época. Por isso, a reportagem extremamente denunciativa da revista é lembrada como uma grande contribuição na história da saúde brasileira e da imprensa nacional.
Com a Reforma Psiquiátrica no Brasil, o hospital Colônia de Barbacena foi mudando até se tornar o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena e uma parte da antiga estrutura chegou a ser desativada, em 1996, e transformada no Museu da Loucura. Em 2013, a jornalista Daniela Arbex publicou o livro Holocausto Brasileiro que conta em detalhes a história do Colônia e os bastidores da reportagem do “O Cruzeiro”.
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
Luiz Alfredo | O Cruzeiro
#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.
MAIA, Amanda. Luiz Alfredo e o Holocausto Brasileiro. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/luiz-alfredo-e-o-holocausto-brasileiro/>. Publicado em: 09 de maio de 2023. Acessado em: [informar data].
Em clima de eleições de 2022, Bolsonaro se vê cada vez mais solitário em sua bolha autoritária.
Em clima de eleições de 2022, Bolsonaro se vê cada vez mais solitário em sua bolha autoritária.
Após um governo marcado por instabilidade política, insegurança alimentar superando a média mundial e mais de 600 mil mortes decorrentes de uma má gestão da pandemia, Bolsonaro se encontra em uma solidão que, além de política, também é estética. Exclusão que pode ser vista pelas lentes da fotojornalista Gabriela Biló, profissional com foco na política brasileira desde 2013.
A escolha do filtro P&B não é por acaso. Com uma técnica de edição simples, é possível salientar ainda mais a semiótica do isolamento que a fotografia representa. Enquanto os demais políticos caminham e interagem próximos uns dos outros, o presidente da república Jair Messias Bolsonaro se encontra sozinho no canto direito da imagem. Apesar da utilização da máscara, é possível notar uma expressão de descontentamento em seu rosto. Esse é o reflexo de seu governo durante a gestão da pandemia de 2020-2022.
Esse isolamento iniciou-se em um processo lento desde sua eleição em 2018. Em promessa a seus eleitores – que, em grande parte se mantêm fiéis a sua figura e, igualmente solitários -, Bolsonaro afirmou que não buscaria acordos com políticos conhecidos como “centrão” e muito menos com partidos de viés esquerdista. A partir disso, iniciava seu processo de isolamento político. Não demorou muito para que suas próprias alianças entrassem em crise, com trocas incessantes de ministros e saída do próprio partido que o elegeu, o PSL.
Com um isolamento crescente em seu cercadinho presidencial onde apenas apoiadores eram bem-vindos, Bolsonaro se vê em meio a uma crise sanitária. Com o advento da pandemia da Covid-19 e uma gestão marcada por instabilidade, desrespeito com as mortes e atraso na liberação de vacinas, parte de seu eleitorado fiel se viu abandonado ou traído. Nesse contexto, o país também marcava seu retorno ao quadro da fome, reflexo de uma gestão econômica um tanto quanto conturbada que colocou o Brasil em terceiro lugar entre as piores inflações do mundo em 2021.
A fotografia de Gabriela Biló mostra com precisão a face de nosso país. Dividido conceitualmente por uma pilastra, a figura do presidente estressado e solitário no canto da imagem não é uma representação apenas dele, mas de seu eleitorado que se vê, assim como ele, lutando contra inimigos imaginários da pátria. Apesar da solidão em viver uma luta fictícia, sua quantidade é densa. Em meio às eleições de 2022, percebe-se que a maior qualidade do presidente, tanto quanto de seus eleitores, é a fidelidade entre eles. Fidelidade que supera o número de mortos, o quadro da fome e a desigualdade crescente. Excluídos em suas próprias bolhas autoritárias, se vêem também fortes.
É a partir desse contexto que, mesmo sendo perceptível o isolamento de Bolsonaro e seus eleitores no jogo político, os meus sentimentos de medo e apreensão não se vão. O grito do autoritarismo que ecoa de discursos e manifestações de ódio, por menores que sejam, me colocam em um estado de alerta constante. Após nascer e crescer sob governos que tinham como princípio o respeito às normas da política, passar os últimos 4 anos sob a constante incerteza de segurança constitucional apenas serviu para mostrar que a estrutura da nossa democracia está mal projetada.
Vejo que, mesmo diante de um fim – talvez temporário – na trajetória política, Bolsonaro não acabou por aqui. Apesar do visível afastamento de outros políticos, não está só. E aqueles que ainda se mantêm unidos a ele também tem outra característica: não se dão por vencidos.
#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.
GANDRA, Nikolle. A Solidão de Bolsonaro. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotografica.com.br/?p=3281>. Publicado em: 30 de mar. de 2023. Acessado em: [informar data].
O cenário político brasileiro pelas lentes desta fotojornalista carregam as doses certas de ironia e criticidade que constroem sua carreira
O cenário político brasileiro pelas lentes desta fotojornalista carregam as doses certas de ironia e criticidade que constroem sua carreira
Em Brasília, cenário dos maiores escândalos da política brasileira, a fotojornalista Gabriela Biló se arrisca para conquistar fotografias que compõem um portfólio ousado. Natural de São Paulo, se mudou para a capital, tornando-se a primeira mulher do jornal Estadão a fotografar a política em sua sede. Com criticidade e humor seu trabalho muitas vezes irrita figuras políticas.
Formada em jornalismo na PUC de São Paulo, começou a trabalhar de forma profissional no jornal “Futura Press”. Aos poucos, foi desenvolvendo sua aptidão para o fotojornalismo, até que em 2013, devido a sua cobertura de protestos, chamou a atenção do Estadão e se transferiu para lá. Como única jornalista mulher em sua área de atuação no jornal, encara um ambiente machista, mas nunca se deixa intimidar por conta disso.
Cobre o cenário político desde 2013, porém nos últimos 4 anos deu bastante ênfase em fotografar o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que tem sido o personagem principal de seu portfólio no instagram. Apesar de sofrer constantes ataques na internet, Gabriela Biló continua produzindo um trabalho profissional cheio de criticidade, o que a levou a ganhar o troféu de Mulher Imprensa em 2020 e ser finalista do prêmio Vladimir Herzog.
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Enxergando além do óbvio desde 1987 e encantando leitores por todas as bancas do país.
A Superinteressante chegou ao Brasil há mais de 30 anos com a proposta de ser uma revista que falasse sobre ciência e cultura, e, logo na primeira edição, já foi um sucesso de vendas. Sendo uma versão nacional da espanhola Muy Interesante, a Super – como é carinhosamente chamada desde 1994 – é famosa por suas capas: sempre intrigantes e convidativas, seguindo a ideia de fazer o leitor se aprofundar no conteúdo da revista.
A Super também é reconhecida internacionalmente por toda a arte que a compõe. Entre os pontos mais marcantes podemos citar as infografias que já são uma marca da revista e fizeram com que ela recebesse o Prêmio Malofiej – conhecido como o “oscar dos infográficos” – mais de uma vez. E as capas são uma verdadeira obra a ser analisada, misturando fotografias, desenhos, efeitos em photoshop entre outros.
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A fotografia abaixo, ainda que em preto e branco, demonstra o quanto a vida pode ser colorida. Em uma rua de pedras, dois meninos pequenos correm atrás de uma vaca e um bezerro, praticamente do tamanho deles.
Ane Souz
Se não fosse pelas vestimentas dos meninos, a foto poderia ser facilmente localizada no passado, tanto pelo registro em preto e branco, quanto pelo cenário, e também pela raridade da atitude em tempos atuais. As crianças de hoje, principalmente nas grandes cidades, estão inseridas em um mundo cada vez mais virtual, em que as experiências no real ficam cada vez mais limitadas. Portanto, em pleno século XXI é incomum haver crianças correndo atrás – ou junto – de animais da fazenda em espaços urbanos.
Nas sociedades capitalistas tudo pode ser transformado em mercadoria, logo, o valor das coisas está em seu potencial de troca. Uma vaca, para um adulto criado nesse contexto, é sinônimo de dinheiro. Com certeza este não é o caso das crianças, que se divertem com os animais sem lhes colocar um peso monetário.
Imagino que os meninos tenham gostado do fato de que, como eles, os bovinos sejam pequeninos. Foi uma peraltagem compartilhada, entre crianças que subvertem os costumes de seu tempo e animais que seguem seus instintos, correndo pelas ruas. Logo, uma experiência legítima de liberdade.
A infância é, sem ressalvas, a fase mais potencializadora do nosso desenvolvimento. Quando convenções sociais, preconceitos e paradigmas ainda não cercearam completamente nossa liberdade, a vida é um arco-íris que possui infinitas cores. À medida que envelhecemos, essas cores se desbotam, mas ficam eternizadas nas lembranças e nos registros que deixamos, e ressurgem quando os visitamos.
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Fotógrafa da assessoria de comunicação da Prefeitura de Ouro Preto.
Ane Souz nasceu em 1987, em Itabira, Minas Gerais. Em 1999, mudou-se para Mariana com a mãe, onde, aos 19 anos, aprendeu a fotografar em um curso de câmera pinhole. Desde então, a jovem se apaixonou pela fotografia. Desencorajada pela insegurança e dificuldade financeira, ela não enxergava a fotografia como sua carreira até o ano de 2015.
Ane Souz
A profissionalização de Ane começou oficialmente no dia 3 de janeiro de 2015, em Ouro Preto. Com uma câmera Canon T4i, duas lentes e um flash, a jovem decidiu que era hora de levar a fotografia a sério. Entretanto, ao mesmo tempo, ela era fotógrafa e artesã, pois o lucro do ateliê que tinha com a mãe era investido em equipamentos. Em 2018, Ane conseguiu fazer da fotografia sua principal fonte de renda.
Hoje, a fotógrafa trabalha na Prefeitura de Ouro Preto, onde cobre eventos institucionais e culturais, e acontecimentos que marcam a rotina da cidade. Além disso, ela é freelancer. Seu interesse está no fotojornalismo e na fotografia documental. Ane enfatiza que fotografar Ouro Preto é uma grande responsabilidade, mas também um privilégio, considerando a relevância da cidade.
Ane Souz
Ane Souz
Ane Souz
Ane Souz
Ane Souz
Ane Souz
Ane Souz
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Contrastes sociais evidentes na São Paulo de 1940.
A fotografia abaixo, feita pela fotojornalista Hildegard Rosenthal, retrata uma feira livre na cidade de São Paulo, em 1940. Nela, é possível observar a distinção entre feirantes e fregueses, principalmente por suas vestimentas e características físicas.
Hildegard Rosenthal
O céu quase limpo e as sombrinhas registradas na foto nos contam que o dia estava quente. No entanto, alguns homens utilizam terno ou camisas de manga comprida e, claro, chapéu. As mulheres, por sua vez, usam vestidos ou saias, sapatos de salto, e algumas estão de manga comprida, além de levarem as sombrinhas. Os mais bem vestidos da cena são, intuitivamente, os fregueses e as freguesas da feira.
O que mais me chama a atenção, entretanto, são os meninos negros, de bermuda e camisa de manga longa, um descalço, o outro de chinelo. Eles se contrapõem à elegância descrita acima, possuem traços físicos diferentes da freguesia e, não menos importante, são crianças.
Os marcadores de classe, raça e gênero estão bem definidos na composição da fotografia, sendo facilmente isolados. Essa é uma cena comum da primeira metade do século 20, no Brasil.
A Lei 8069/1990, em seu artigo 60, institui a proibição de qualquer tipo de trabalho a crianças menores de 13 anos. Contudo, entre 1940, quando essa fotografia foi feita, e 1990, quando essa lei foi promulgada, existem 50 anos. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2019 cerca de 1,8 milhões de crianças e jovens exerciam trabalho infantil, sendo 21,3% de 5 a 13 anos, mais da metade do sexo masculino, preto ou pardo. Esses dados evidenciam que, apesar de haver um esforço para combater essa situação, o problema ainda não foi resolvido, e tem um perfil de vítimas bem definido.
Apesar de haver um contexto histórico intrínseco à foto que não pode ser isolado, as diferenças sociais percebidas me deixam perplexa. Hoje, é assegurado a qualquer criança brasileira o direito à cidadania, e com isso, o dever de ser matriculada em uma escola. O que se revela nesta fotografia é o oposto disso, em uma época em que as crianças, sobretudo negras, tinham poucos direitos.
Interessante também perceber como as concepções de normalidade mudam em meio século, e o que era corriqueiro, como o trabalho infantil, torna-se um crime. Na contra-mão dessa mudança, a juventude negra continua sendo o maior alvo dessa condição.
O trabalho infantil, a miséria, o analfabetismo e a marginalidade são heranças de uma sociedade que, durante séculos, manteve uma estrutura escravocrata e, portanto, racista. É comum que os trabalhadores resgatados pelo Ministério Público sejam em sua maioria negros. Ainda que haja mudanças estruturais, como na legislação, nem sempre são acompanhadas por mudanças estruturantes. Enquanto a mentalidade social tiver origem escravocrata, crianças e jovens negros não usufruirão plenamente de sua vida cidadã.
Chamada para ação
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A importância da reflexão sobre a função da fotografia na vida das vítimas de conflitos armados
Aqui no Cultura Fotográfica, já publicamos diversos textos sobre o fotojornalismo na guerra. Essa profissão é desafiadora, uma vez que requer do fotógrafo o cuidado ao captar momentos extremamente delicados, buscando extrair um retrato fiel da guerra em determinado país. Ainda, é possível refletir sobre os dilemas dessa profissão, já que, a cada viagem, o profissional tem de lidar com a possibilidade de não retornar vivo para sua família e as pessoas que ama.
Mustafa Hassona
No blog, foram publicados inúmeros artigos nas colunas leitura e galeria que refletem sobre essas questões e dualidades da profissão. Há reflexões voltadas para filmes sobre o assunto, como na análise de Mil Vezes Boa Noite em que nos deparamos sobre estes diversos dilemas da vida dos fotógrafos de guerra através da história do protagonista. Conseguimos nos questionar se seríamos capazes de seguir tal profissão. Ainda, podemos refletir sobre a saúde mental desses profissionais enquanto se deparam com cenas terrívelmente caóticas de uma guerra. Este é outro ponto que podemos ressaltar na análise de “A Menina e o Abutre”. Nela podemos nos perguntar quais consequências são vividas pelo jornalista ao longo da vida por seu trabalho. Segue a lista de artigos aqui no Cultura Fotográfica acerca do fotojornalismo da guerra e, adiante, questões para te orientar nesse percurso.
Quais os desafios que os fotojornalistas de guerra enfrentam hoje em dia para executar o seu trabalho? E com isso, qual seria o preparo mental desses profissionais em meio a tantas tragédias a serem retratadas?
Qual o poder das fotografias diante de importantes episódios históricos?
Qual é a importância de fotografar os refugiados de uma guerra? A partir daí, de que forma o jornalismo pode atuar para reconhecer e levar ao público a dor do outro que sofre com a guerra sem promover uma espetacularização da tragédia?
Como citar esta postagem
MAIA, Amanda. Fotojornalismo na guerra. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/12/Fotojornalismo na guerra.html>. Publicado em: 23 de dez. de 2022. Acessado em: [informar data].
O polonês que marcou a fotografia através de registros de grandes personalidades.
Alfred Eisenstaedt (1898-1995) se consolidou na fotografia trabalhando para agências como Associated Press e Pacific and Atlantic Picture Agency, e, posteriormente, para a revista americana LIFE, na qual teve mais de 2.500 fotos publicadas, entre elas 90 capas. Em seus trabalhos, Alfred é lembrado pelo olhar perspicaz para fotografar e por ser um dos pioneiros no uso da câmera de 35 milímetros no fotojornalismo; além, é claro, do uso da luz natural.
Alfred Eisenstaedt | LIFE
Ele nasceu em Dirschau na antiga Prússia, território atualmente polonês, e é de origem judaica. Alfred se mudou com a família ainda criança para Berlim, onde, mais tarde, estudou na Universidade de Berlim e serviu a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. Após o conflito, ele começou a trabalhar como fotojornalista freelancer, caminho que o faria se consolidar como um nome marcante da fotografia mundial.
De acordo com o Centro Internacional de Fotografia, Alfred Eisenstaedt é lembrado pelo seu olhar ágil e pela habilidade de fotografar em qualquer situação ou evento. Essas características não só o destaca de outros fotógrafos do período pós-guerra, como também fazem de seu trabalho documentos memoráveis de uma era tanto estética quanto historicamente.