Reflexos

Usar reflexos nas fotos é uma técnica relativamente simples e traz resultados surpreendentes.

O uso de superfícies reflexivas  pode ser muito útil na hora de compor a fotografia, elas permitem enquadrar pessoas e locais de maneiras diferentes, além de serem muito usadas na criação de fotografias abstratas criando padrões geométricos ou deformando objetos fotografados.

Pescador Pirarucu
Araquém Alcântara, Pescador Pirarucu

Uma das maneiras mais comuns de fazer fotografias com reflexo é usando um espelho plano, já que ele reflete nitidamente a luz, e isso é bom para compor fotos com objetos iguais em duas posições diferentes do enquadramento que conversam entre si. É possível usar espelhos de várias outras maneiras, espelhos quebrados por exemplo podem dar composições interessantes.

A água também é muito utilizada para esse tipo de fotografia. Sair de casa para fotografar depois de chuvas, quando existem muitas poças d’água espalhadas, pode proporcionar fotos inovadoras dos mesmos locais que você já viu várias vezes. Lembrando que a água não precisa estar parada ou ser límpida, a ondulação da água e sua turbidez pode funcionar muito bem para criar fotografias abstratas por exemplo.

Existem incontáveis outra superfícies reflexivas. Quando você sair para fotografar busque ter um olhar atento a elas, carros por exemplo proporcionam várias superfícies diferentes que podem resultar em uma boa foto, espelhos retrovisores, rodas e parachoques cromados, vidros escuros e até mesmo a própria pintura, que na maioria dos carros é brilhante e reflete bem a luz, além de que os diferente formatos dos carros produzem várias deformações diferentes nas imagens.

A técnica do reflexo aparece muito nas obras de Araquém Alcântara, fotógrafo Brasileiro conhecido por ser um dos precursores da fotografia ecológica no Brasil.  Um de seus principais trabalhos foi seu ensaio sobre os ecossistemas e as unidades de conservação brasileira, que ele demorou 22 anos para concluir. Em abril de 2019 ele em conjunto com o fotógrafo Sebastião Salgado produziu uma exposição sobre o pantanal, um ecossistema repleto de corpos d’água que permitiram fotos incríveis com o uso dos reflexos.

Serra do Amolar
Araquém Alcântara; Serra do Amolar

Essa é uma das fotos desta exposição. Ela foi tirada na serra do Amolar, e é um bom exemplo de fotografia com reflexo. A linha que divide a imagem real e a refletida é bem nítida colocada na foto de maneira horizontal e respeitando a regra dos terços. Mesmo que o reflexo seja turvo, o resultado cria várias formas diferentes o que fica visualmente interessante e complementa muito a composição.

Agora é sua vez! Pegue a câmera ou o celular e saia procurando ver os mesmos lugares de perspectivas diferentes! E não se esqueça de mostrar os resultados no nosso grupo do Facebook!

A better camera

A Better Camera promete deixar a câmera do seu celular com características de câmera profissional. Será que dá certo?

A Better Camera promete deixar a câmera do seu celular com características de câmera profissional. Será que dá certo?
Imagem promocional que mostra o aplicativo sendo rodado em um smartphone e todas as funções que ele oferece.
Foto promocional. Créditos: A Better Camera.
Apesar de adorar fotografia, eu preciso ser sincera: eu nunca compraria um celular baseado em sua câmera. Na minha opinião, grande parte da graça das fotografias mobile é usar a criatividade para superar as desvantagens da câmera do celular em relação as DRLS e colocar a composição em evidência. Mas às vezes eu gostaria que a câmera do meu celular tivesse algumas funções a mais. Por isso, resolvi testar o aplicativo “A Better Camera” e comparar as fotos tiradas com ele com as da câmera do meu celular sem utilizar nenhum aplicativo.

A Better Camera

A Better Camera é um aplicativo somente para Android que, como a tradução do seu nome diz, te oferece “uma câmera melhor”. O aplicativo é grátis, mas certos recursos são pagos e os preços variam de R$ 0,99 a R$ 3,99. Sua versão grátis possui:
  • 4 modos de medição de luz (automático, matrix, balanceado ou pontual);
  • 8 tipos de balanço de branco (automático, incandescente, fluorescente, fluorescente quente, luz do dia, dia nublado, crepúsculo e sombra);
  • 5 modos de foco (automático, infinito, macro, contínuo e trava de foco);
  • 3 tipos de flash (auto, manual, tocha);
  • 8 efeitos de cor (monocromático, negativo, ensolarado, sépia, posterização, whiteboard, blackboard e água);
  • compensação de exposição;
  • ISO até 1600;
  • DRO;
  • ferramenta de grid;
  • ferramenta de histograma;
  • ferramenta de nivelamento;
  • modo noturno;
  • best shot;
Além disso, na versão grátis é possível tirar uma quantidade limitada de fotos utilizando os modos HDR, panorama e multidisparo inteligente. Dentro do multidisparo inteligente existem as opções remoção de objetos, foto de grupo e sequência.
A câmera do meu celular tem ISO (se não sabe o que é, descubra aqui) máximo 800, controle de exposição, três modos de medição (centro ponderado, matricial e ponto) e cinco tipos de balanço de branco (auto, luz do dia, nublado, incandescente e fluorescente).

Primeiras impressões

Confesso que a interface me deixou um pouco confusa. O menu (que fica na parte de cima) possui uma seta para baixo paa acessar as configurações, porém, em determinado momento, o grid e o histograma saíram da tela e eu só descobri que para colocá-los de volta eu deveria deslizar a tela para o lado dias depois (e por acaso). Esse aspecto do aplicativo é pouco intuitivo.
A primeira coisa que resolvi testar foi uma comparação do modo automático do meu celular e do aplicativo. E, como você pode ver abaixo, não há diferença entre o modo automático de um e de outro.
Fotos tiradas com todas as configurações no automático: à esquerda foto da câmera do meu celular; à direita, do aplicativo.
Duas fotografias de uma capela branca à noite. As fotografias parecem iguais.
Fotos tiradas com todas as configurações no automático: à esquerda foto da câmera do meu celular; à direita, do aplicativo.

Foco

O que mais me impressionou foram os focos. Meu celular só consegue focar objetos que estão a aproximadamente 20 centímetros de distância da câmera. Utilizando o aplicativo e configurando o foco para o modo macro eu consegui focar objetos a um mínimo de 6 centímetros de distância.
Fotografia de uma flor cor-de-rosa.
Fotografia com foco macro.
O foco infinito não fez nada de especial. Na verdade, em algumas fotos utilizando o foco infinito, a imagem nem parece estar focada. O modo contínuo e a trava de foco, porém, funcionam muito bem.
A razão pela qual eu gostei tanto dos focos é que, independente de qual eu escolhesse, os focos reduzem a profundidade de campo, deixando apenas um plano em foco e resto embaçado. A profundidade não é reduzida drasticamente, mas é mais do que já consegui fazer com a câmera do meu celular. Gosto de como o efeito enfatiza aspecto do que está sendo fotografado como a textura.
Fotografia de algo que parece grades ou metais amarelos paralelos ao chão, que está ligeiramente desfocado.
Fotografia utilizando trava de foco para reduzir ligeiramente a profundidade de campo.
Foto utilizando trava de foco para reduzir ligeiramente a profundidade de campo.

DRO, HDR e Best Shot

As funções mais interessantes do aplicativo me pareciam ser o DRO, Dynamic Range Optimization (Otimização do Alcance Dinâmico), e o HDR, High Dynamic Range (Altíssimo Alcance Dinâmico). Ambos são tecnologias para ajustar a exposição quando uma parte da fotografia possui muita sombra e a outra muita luz. A diferença entre os dois é que o DRO faz o balanço diretamente na foto, enquanto o HDR tira duas fotos com exposição calculada para áreas diferentes e as junta em uma única foto. Além disso, no aplicativo, o DRO é grátis, enquanto o HDR é limitado a cinco fotografias.
Minha experiência com ambos, porém foi insatisfatória. O DRO baixava a qualidade da fotografia, a deixando granulada. O HDR, por sua vez, dava a aparência de uma pintura às fotos, o que pode ser legal quando proposital, mas não era a minha intenção.
Além desses dois elementos, o aplicativo possui um terceiro muito parecido: o “Best Shot”. Essa configuração faz várias fotos após o obturador ser pressionado, mas processa apenas a que tiver o melhor foco e nitidez. Para mim, o recurso cumpriu a mesma função do automático, porém demorando mais tempo para processar a imagem e impossibilitando que outras fotos fossem tiradas até lá.

Considerações finais

Ainda que o aplicativo tenha muitas configurações que a câmera do meu celular não oferece, a maioria delas não é necessária na maior parte do tempo ou não funcionam, se mostrando um excesso de funções. Elas servem para chamar atenção para o aplicativo, mas, na prática, poucas seriam usadas.
Para uma pessoa que busca apenas deixar fotografias mais nítidas ou corrigir problemas de exposição, as funções úteis se tornam ainda mais escassas, já que o DRO e HDR não funcionam bem. O aplicativo também pode ser difícil para alguém que não conhece termos como ISO ou exposição, porque o aplicativo só oferece manual para as funções originais.
Eu, porém, gostei muito da experiência criativa que o aplicativo proporciona. Mesmo utilizando poucas funções, as opções de balanço de branco, foco e flash aumentaram imensamente as minhas opções criativas para produzir uma foto.

O Pioneirismo de Margaret Bourke-White

Margaret Bourke-White foi uma fotógrafa americana nascida em 1904 no Bronx, Nova York.

Margaret foi a primeira mulher na revista Life, e como fotojornalista, viajou junto com as tropas americanas da 2ª Grande Guerra, produzindo fotos icônicas.

Margaret Bourke-White foi uma fotógrafa americana nascida em 1904 no Bronx, Nova York. Filha de Joseph White, um judeu não praticante nascido na Polônia, e de Minnie Bourke, católica nascida na irlanda. Desde pequena ela já se imaginava fazendo coisas diferentes do que era esperado para as mulheres de sua época.

Margaret na frente de um avião militar em 1943
Autor desconhecido; Margaret na frente de um avião militar em 1943

Ela ganhou sua primeira câmera na faculdade de herpetologia, era uma câmera velha com a lente quebrada que sua mãe tinha comprado por 20 dólares, com isso ela desenvolveu seu amor pela fotografia e acabou trocando de curso e de faculdade várias vezes.

Ganhou prestígio após ter fotografado dentro da Companhia de Aço Otis, produzindo fotos excelentes. Ela cobriu momentos importantes na história como o Dust Bowl, a ascensão do Nazismo, o cerco a Moscou, a liberação dos prisioneiros dos campos de concentração, além de ter cobrido a guerra das Coreias e a divisão da Ìndia, ela também foi a última pessoa a entrevistar Mahatma Gandhi. Aos seus 49 anos ela foi diagnosticada com a doença parkinson e morreu 18 anos depois.

Crianças atras de uma cerca de arame farpado durante o apartheid em 1950 na Africa do Sul
Crianças atrás de uma cerca de arame farpado durante o apartheid em 1950 na África do Sul
Fotos da invasão do porto de Argiers, em 1942 na Itália. Os traços na foto são os disparos dos armamentos de submarinos Italianos que avançaram contra o porto
Fotos da invasão do porto de Argiers, em 1942 na Itália. Os traços na foto são os disparos dos armamentos de submarinos Italianos que avançaram contra o porto
Gandhi atras de uma roda fiar. Essa foi uma das ultimas fotos dele antes de seu assassinato algumas horas depois
Gandhi atrás de uma roda fiar. Essa foi uma das últimas fotos dele antes de seu assassinato algumas horas depois
Faíscas saindo de uma das maquina da Otis Steel Company
Faíscas saindo de uma das maquina da Otis Steel Company
Homem chorando ao lado do corpo de um dos prisioneiros do campo de trabalhos forçados de Erla em 1945
Homem chorando ao lado do corpo de um dos prisioneiros do campo de trabalhos forçados de Erla em 1945
Vitimas da inundação de 1937 na fila para receber suprimentos logo abaixo de um outdoor que diz que os americanos tem o melhor padrão de vida
Vítimas da inundação de 1937 na fila para receber suprimentos logo abaixo de um outdoor que diz que os americanos tem o melhor padrão de vida
Estudantes negros em aula na Carver High School, em Montgomery Alabama em 1949
Estudantes negros em aula na Carver High School, em Montgomery Alabama em 1949

E aí gostou das fotos e da trajetória dessa excelente fotógrafa? Você pode abrir discussões sobre ela e sobre muitos outros fotógrafos no nosso grupo do Facebook!

Links, Referências e Créditos

Como citar esta postagem

CAVALHEIRO, Pedro Olavo Pedroso. O Pioneirismo de Margaret Bourke-White. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotografica.com.br/galeria-o-pioneirismo-de-margaret-bourke-white/>. Publicado em: 24 de jun. de 2020. Acessado em: [informar data].

Uso de fotos em preto e branco

Neste post você saberá um pouco mais sobre o uso da foto em preto e branco, técnica antiga mas amplamente utilizada no mercado fotográfico moderno. 
Foto em preto e branco. A foto mostra um homem de costas, não se vê a cabeça. O enquadramento está até a cintura. O homem apoia dois peixes em suas costas.
Homem com dois peixes nas costas, 1992

De placas de prata a sensores eletrônicos, passando pelos filmes, a tecnologia fotográfica, ao longo de sua história, desenvolveu-se continuamente. E hoje, podemos apontar questões, como: Qual é a diferença entre uma fotografia colorida e outra preto-e-branco? Bom, aparentemente a pergunta é simples, no entanto demanda uma resposta um pouco completa e neste texto, trataremos sobre a escolha do gênero fotográfico preto-e-branco. 

Sabemos que a fotografia é o registro do momento, feito por um suporte físico, onde uma única cena, permite obter diferentes “retratos” se evidenciarmos bem as gradações de cores ou os contrastes de preto e branco. De certo, na fotografia, cor e luz desempenham funções diversificadas. Enquanto a cor se manifesta por matizes complementares e distintas. A luz evidencia padrões opostos: escuridão e claridade. A foto em preto-e-branco, cria um efeito de estranhamento que direciona o imaginário para a essência do real. Em contrapartida, as imagens coloridas reproduzem a aparência em sua forma mais precisa, como um retrato objetivo e neutro da realidade. 

No ensaio “Filosofia da caixa preta”, o filósofo Vilém Flusser, escreve, sobre o assunto supracitado, e para ele, o preto-e-branco opera em uma imagem como uma abstração do mundo, e assim, ele aponta: “As fotografias preto e branco são a magia do pensamento teórico, conceitual, e é precisamente nisso que reside seu fascínio. Revelam a beleza do pensamento conceitual abstrato. Muitos fotógrafos preferem fotografar em preto e branco porque tais fotografias mostram o verdadeiro significado dos símbolos fotográficos: o universo dos conceitos”.

As composições em preto e branco possibilitam não só uma qualidade estética, mas também permite uma ampliação dos sentidos, caracterizando-as também como atemporal e contrastantes. Uma vez que elas salientam a estrutura formal da cena, orientada pela lógica dos opostos, ao passo que, as fotos com cor, destacam a matéria do objeto, obtendo características de algo mais concreto. 

No que diz respeito à composição, fotos em tons cinzas, viabiliza que o fotógrafo se concentre, no abstrato: na  forma, textura, e padrão, realçando assim qualidades que, em geral, se perdem com a fotografia colorida. Ao escolher  utilizar o preto-e-branco será importante voltar sua atenção a iluminação, pois o balanceamento de contrastes, tons claros e escuros, permitirá  enfatizar tais aspectos. De modo geral, uma dica importante para composição preto e branco é criar sombras, seja frontais ou laterais no objeto, assim reforçará as abstrações pretendidas, dando vida a imagem. 

A escolha pela fotografia em tom cinza deve ser pautada pelo objetivo que você deseja alcançar com a imagem. O artista visual, Mario Cravo Neto (Salvador BA 1947 – 2009), cuja obra transitou pelo imaginário religioso e místico, foi adepto ao uso da fotografia em preto-e-branco. Ele expressa sua sensibilidade ao utilizar jogos de luz e sombra, que trazem uma sensação tátil, nas composições. Em muitas de suas obras, ele recorreu ao recurso de baixa luz, a enquadramentos fechados e explorou diferentes texturas com um foco crítico, dando ênfase ao volume.

Criança negra, segura um ganço branco pelo bico. O posicionamento está apenas na cabeça do menino, O olho da ave posicionasse na  frente dao olho da criança.
Odé, 1989


Na composição “Odé” de 1989, Cravo Neto, enfoca em um enquadramento fechado a imagem de uma menino segurando uma ave pelo bico, repare o realce dado a ela pelo jogo de luz. O foco da imagem se dá na associação do fragmento do corpo do menino (olho) com o posicionamento do olhar da ave. A fotografia além de evocar aspectos ritualísticos, causa uma certa sensação de estranhamento, dada pela relação inesperada de oposição entre o corpo e o animal.

E aí, como você utiliza o formato  preto e branco em suas fotos? Conte-nos a suas experiências, deixe seus comentários. E faça o exercício de escolher um ambiente com luzes fortes e sombras para fazer fotos incríveis.


Referências

_____, John. O novo manual de fotografia: guia completo para todos os formatos. Assef Nagib Kfouri et al. (trad). São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2005. 
FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Rio de Janeiro, RJ: Relume Dumará, 2002.
MARIO Cravo Neto. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2620/mario-cravo-neto>. Acesso em: 21 de Jun. 2020. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7




Life Is Strange

Life Is Strange é um jogo eletrônico lançado no ano de 2015, feito pelo estúdio Dontnod Entertainment e distribuído pela Square Enix.

Life Is Strange foi um do jogos mais premiados no ano do seu lançamento e até hoje atrai novos fãs.

Life Is Strange é um jogo eletrônico lançado no ano de 2015, feito pelo estúdio Dontnod Entertainment e distribuído pela Square Enix. Considerado atípico na época de seu lançamento devido a suas mecânicas de gameplay e sua divisão em episódios, até então incomuns a jogos de sua categoria, ele foi premiado como melhor jogo de aventura e melhor jogo original no Global Game Awards.

Capa do Jogo Life Is Strange

Sua história começa com a protagonista Maxine Caulfiled, tendo um terrível pesadelo e acordando no meio de uma de suas aulas de fotografia. Ela se levanta e vai ao banheiro e lá acaba vendo uma amiga de infância, Chloe Price, sendo baleada. Em um momento de desespero Max descobre que tem a habilidade de “rebobinar” o tempo e encontra uma maneira de salvar sua amiga. Agora que sabem sobre seu poder elas vão passar a investigar os desaparecimentos de alunas da universidade.

A fotografia desempenha um papel muito importante no decorrer da história, sendo usada como guia para melhorar o entendimento da história ou ajudar nas escolhas do jogador. Um dos momentos mais marcantes em que a fotografia está presente é quando Max testemunha um segurança da universidade oprimido uma aluna. Neste momento você tem duas escolhas, usar a câmera para fotografar o ocorrido e assim produzir provas, ou ajudar a estudante sem produzir provas contra o segurança.

Max sempre carrega uma câmera Polaroid, com a qual o(a) jogador(a)pode registrar lugares, objetos e pessoas e assim criar sua própria coleção de fotos. Mesmo com gráficos muito simples, essas fotografias ficam muito interessantes. Você poderá ficar um bom tempo olhando no diário na qual Max guarda suas fotos e faz anotações sobre elas.

Diário da Max

O jogo mesmo tendo uma gameplay muitas vezes monótona e melancólica, muito diferente dos outros jogo que existem no mercado, consegue prender a atenção do jogador, por causa da excelente construção dos personagens, dos momentos impactantes, das localizações belíssimas, e da trilha sonora que encaixa perfeitamente com a temática. Tudo isso resulta em uma experiência única que com certeza vai emocionar o jogador.

Agora é sua vez de jogar! Life Is Strange está disponível para Windows, Linux, Xbox 360 e One, Playstation 3 e 4, e Android e iOS. E lembre-se de contar sua experiência para os outras fãs do jogo e da fotografia no nosso grupo do Facebook!

Philippe Halsman

A galeria de hoje vai falar sobre o fotógrafo Philippe Halsman, especialmente sobre sua parceria com o famoso pintor Salvador Dalí, mostrando a influência do movimento surrealista além da pintura.

Philippe Halsman nasceu na cidade de Riga, na Letônia, em 2 de maio de 1906. ele desenvolveu a paixão pela fotografia aos quinze anos, ao encontrar uma câmera antiga no porão da casa dos pais e se tornar o “fotógrafo oficial” de todos os eventos e viagens familiares. Nos anos 30, se mudou para Paris, cursando engenharia mas abandonou os estudos para se dedicar exclusivamente a fotografia. Durante essa década, teve fotos publicadas nas revistas Vogue, Voilà e VU, e abriu um estúdio.
Um homem com uma câmera e um tripé apontando para um ponto distante em um espaço aberto rural.
Photo (Philippe Halsman) © Philippe Halsman Archive 2020
Sua colaboração de 37 anos com o pintor espanhol Salvador Dalí se iniciou nos anos quarenta, quando ambos já haviam se mudado para Paris, e rendeu fotos icônicas, que exploravam a estranheza da obra surrealista do pintor. A série Dalí’s Moustache, por exemplo, é uma série de retratos que foca muito mais no bigode de Dalí, do que no pintor, usando esta característica marcante em fotos abstratas. 
Um olho e uma linha que forma a sobrancelha e um bigode em um fundo branco.
Photo (Salvador Dalí – 1954) © Philippe Halsman Archive 2020
A parceria criou outras diversas fotos icônicas, entre elas Dalí’s Atomicus. Inspirada na pintura Leda Atomicus, do próprio Dalí, esta fotografia levou 28 tentativas para ficar pronta, e mostra o pintor, uma cadeira, dois gatos e água no ar. 
Um homem, gatos, uma cadeira e um jato de água foram fotografados no ar em um ambiente que parece ser um estúdio de pintura.
Photo (Salvador Dalí – 1948) © Philippe Halsman Archive 2020
Além de seu trabalho com Salvador Dalí, Halsman também ficou conhecido por suas fotos de celebridades e figuras importantes pulando, como a atriz Marilyn Monroe e o ex-presidente dos EUA Richard Nixon. O fotógrafo dizia que gostava de pedir aos fotografados que pulassem para que se sentissem mais a vontade, ajudando-os a revelar seus verdadeiros espíritos através da fotografia.
Um homem e uma mulher pulam de mãos dadas em um fundo branco.
Photo (Marilyn Monroe and Philippe Halsman – 1959) © Philippe Halsman Archive 2020
Um homem de terno pula. No fundo se vê uma porta e um guarda-roupa.
Photo (Richard Nixon – 1959) © Philippe Halsman Archive 2020

As fotos de Halsman mostram como objetos simples, como um bigode, podem se tornar fotos muito interessantes usando a criatividade e fugindo do convencional. Pratique tirar fotos mais abstratas e compartilhe seus resultados com a gente!

Links, Referências e Créditos

Fotomontagem

A fotomontagem é resultado de uma expressão artística, da arte moderna. O gênero fotográfico gerou críticas sobre a arte e a cultura.
Vista do Horizonte de Nova York. A imagem mostra alguns prédios luxuosos e acima, imagens diversas com rostos e feições dramáticas. No fundo da imagem, uma linha com formato de um corpo feminino.
Grande série do Horizonte de Nova York

Com o objetivo de criar uma nova imagem, a fotomontagem consiste na combinação de duas ou mais imagens sobrepostas. O gênero fotográfico surge na década de 1850. O sueco Oscar Rejlander, em 1857, apresentou em uma exposição, a alegoria ‘Two Way of Life’ (Duas maneiras de vida), resultado da produção de trinta negativos, em papel fotográfico, que foi combinado em uma única impressão. Semelhantemente, em 1901, Valério Vieiro, torna-se o marco da fotografia, no Brasil, com a composição de “Os Trinta Valérios”, em que o autor combina também, dois gêneros, retrato e fotomontagem.
O que conhecemos hoje como Fotomontagem é resultado de anos de exploração técnica de processos químicos e físicos, além de novas invenções tecnológicas. Atualmente, com o emprego de novas tecnologias, a técnica de associar fragmentos de imagens, com o intuito de gerar uma nova imagem, pode ser realizada por diferentes processos, veja algumas dessas maneiras de produzir à fotomontagem:
Colagem: Um dos processos mais simples, consiste em elaborar uma composição tendo como base imagens positivas sobre um suporte, neste caso, papéis, que podem ser apresentados exatamente desta forma, assim como os artistas dadaístas. Outra variante para técnica é a reprodução realizada para gerar negativos, que a partir deles pode-se produzir ampliações. 
Negativos: Técnica pioneira da fotomontagem. Utiliza-se originais em transparência. Consiste na sobreposição de negativos ou diapositivos, que integra duas ou mais imagens para produzir uma terceira. Essa técnica pode ser projetada, utilizando slides, por exemplo, ou empregada  para conceber ampliações positivas sobre papéis, como é o caso do negativo.
Dupla ou Múltipla Exposição: Este processo pode ser realizado na própria câmera. O efeito consiste em sobrepor duas ou mais imagens no mesmo frame, a câmera fundirá as partes claras da imagem, o que for escuro irá sobressair na imagem final. Para melhor resultado da imagem é importante manter o mesmo enquadramento em todos os cliques. Utilizando uma superfície fixa ou tripé. 
Confira um exercício,  passo a passo:
    1. Posicione um objeto ou modelo no ambiente;
    1. Selecione o  modo de múltiplas exposições da câmera e configure a quantidade de cliques que você quer sobrepor;
    2. Faça uma fotometria, observe a exposição e configure para exata exposição;
    3. Tire a primeira foto, reposicione o objeto e faça a segunda foto. E assim sucessivamente, caso opte por múltipla exposição;
    4. Após à execução de todos os cliques, a própria  câmera processará o arquivo e exibirá a imagem finalizada.
Embora a técnica seja conhecida desde a segunda metade do séc. XIX. Foram as vanguardas modernistas que mais fizeram uso, deixando um legado como gênero fotográfico. Muitos artistas aderiram a técnica  e agregaram a ela  diferentes características.  Anita Steckel (1930–2012) foi uma dessas artista. A feminista americana, de estilo irreverente e ousada ficou conhecida por suas fotomontagens e pinturas com imagens eróticas.  Em suas composições, ela explorou  temas como sexismo, racismo, e questões sócio-políticas. 
 
Vista de grandes edifícios. No Empire State uma está pendurada nua.
Mulher Gigante no Empire State Building


Na série de obras “mulheres gigantes”, Steckel produz a composição “mulher gigante no Empire State Building”  em que ela sobrepõe na fotografia da cidade de Nova York,  pinturas e fragmentos de um auto retrato, ela como uma gigante mulher nua pendurada no edifício Empire State. Essa fotomontagem remete ao movimento de reivindicação das mulheres, ela explora ideais de feminismo, urbanismo, sexismo, racismo e história. 

E aí o que achou sobre a fotomontagem? Inspire-se com Anita steckel ou teste  umas das técnicas apresentadas. Publique o resultado em nossas redes ou deixe seu comentário no nosso grupo de discussão.  
 
Referências
FOTOMONTAGEM . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3870/fotomontagem>. Acesso em: 14 de Jun. 2020. Verbete da Enciclopédia.
Fineman, Mia. Faking It: Manipulated Photography Before Photoshop. New York: The Metropolitan Museum of Art, 2012. no. 51, pp. 74, 220.

A Vida Secreta de Walter Mitty

Walter Mitty leva uma vida pacata e monótona até que precisa embarcar numa verdadeira aventura para recuperar um negativo para a empresa em que trabalha.

Walter Mitty parece flutuar sobre Nova Iorque. À direita, há escrito o título do filme
Arte do filme “A Vida Secreta de Walter Mitty”

A Vida Secreta de Walter Mitty é um filme de aventura lançado em 2013. Nele, Walter (Ben Stiller) costuma se desprender da realidade em seus sonhos em plena luz do dia. Ele trabalha no departamento de fotografia da revista Life. Após uma mudança na gestão da empresa, chega a notícia de que a revista vai encerrar sua edição impressa. No entanto, Walter perde o negativo que seria usado na capa da última edição.
Quando isso acontece, o protagonista vê a oportunidade de sair de sua vida pacata e embarcar numa aventura atrás do fotógrafo Sean O’Connell (Sean Penn). Ele segue o paradeiro de Sean e viaja pela Groenlândia, Islândia e Afeganistão até encontrá-lo nas montanhas do Himalaia.
O filme tem uma fotografia muito bonita, com algumas paisagens de tirar o fôlego e cenas com uma composição bem pensada. Fotografia no cinema, para aqueles sem familiaridade com o assunto, consiste “na sintonia entre os pequenos detalhes para criar imagens que além de tirar o fôlego, usam aspectos visuais para comunicar uma ideia implícita no roteiro.”
Três mochileiros caminham pela água rasa, enquanto há uma enorme cachoeira ao fundo
Cena de “A Vida Secreta de Walter Mitty”

Percebemos que o personagem ansiava por mudanças em sua vida. Assim, perante à mínima possibilidade de uma aventura, totalmente fora de sua rotina, ele se entrega, seguindo o que acredita serem pistas para chegar a um objetivo. Numa cena durante a aventura, começa a canção “Space Oddity”, de David Bowie, cujo trecho diz “agora é hora de sair da sua cápsula, se conseguir”. Podemos interpretar como uma mensagem de que a vida de Walter não seria a mesma. Outro trecho da música diz “me sinto bem inerte, e acho que minha nave espacial sabe pra onde ir”. Pode ser mais uma relação com a vida do protagonista: uma vez monótona, agora ele sabe qual rumo seguir.
Walter Mitty descendo de skate em alta velocidade por uma estrada na Islândia
Cena de “A Vida Secreta de Walter Mitty”

Não é só o personagem que fica entusiasmado com a perspectiva de mudança. O telespectador também é fisgado por essa ideia. Eu acho difícil alguém assisti-lo e não desenvolver um desejo enorme de viajar ao final do filme. Se não for motivado a viajar, que seja para sair da zona de conforto e tentar algo novo.
Quando Walter finalmente encontra Sean, eles observam um raro felino nas montanhas. Nesse instante, o fotógrafo solta a seguinte frase “coisas bonitas não pedem por atenção”. Lembro de refletir bastante sobre essa fala na primeira vez em que assisti o filme, há alguns anos. Faz um tempo que eu tento reparar nas pessoas mais tímidas, que normalmente passam mais despercebidas. É curioso ver como elas costumam ser muito agradáveis e uma das coisas que me inspirou nisso foi essa frase do filme.

Walter Mitty e o fotógrafo Sean O'Connell se encontram no Himalaia e parecem observar algo.
Cena de “A Vida Secreta de Walter Mitty”

Garanto que é uma ótima pedida! Então, corre lá para assistir e nos conte o que achou!

Referências

Robert Mapplethorpe

Robert Mapplethorpe foi um fotógrafo americano que, após ter obras recusadas por galerias e museus, foi alçado à fama sendo cultuado até hoje como um dos artistas mais importantes – e polêmicos – de sua geração.

Robert Mapplethorpe foi um fotógrafo americano que, após ter obras recusadas por galerias e museus, foi alçado à fama sendo cultuado até hoje como um dos artistas mais importantes – e polêmicos – de sua geração. Criador de uma obra marcada pelo erotismo, levou aos olhos do público a cena gay sadomasoquista ao mesmo tempo que se descobriu sexualmente. Companheiro de longa data da cantora e poetisa Patti Smith, produziu arte junto a ela, como a icônica capa do disco Horses, e viveu com ela a cena punk que emergia na Nova York na década de 1970, incluindo encontros com figurões do meio artístico como Andy Warhol e Allen Ginsberg, noites agitadas em bares como o CBGB e a busca por criatividade e autenticidade em meio ao turbilhão de sexo, drogas e Rock n’ Roll no qual viviam morando juntos no lendário Hotel Chelsea. 

Auto-retrato de Robert Mapplethorpe em que o fotógrafo aparece apenas parcialmente na imagem à direita e com um braço estendido sobre um fundo branco.
Self-Portrait. 1975. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation  

Filho de pais católicos, Mapplethorpe teve uma infância regrada à qual buscou se opor em sua criação artística. “Costumávamos rir de nós mesmos quando crianças, dizendo que eu era uma menina má tentando ser boa e que ele era um bom menino tentando ser mau”. É dessa maneira que Patti Smith define a dualidade que existia entre si e Mapplethorpe no livro de memórias Só Garotos (2010). Pode-se dizer que dois acontecimentos mudaram o curso de sua vida pessoal e artística, quando após experimentar com as artes plásticas ganhou a sua primeira câmera Polaroid, encontrando-se na fotografia, e uma viagem que realizou para San Francisco quando ainda vivia ao lado de Smith, onde viveu experiências que levaram-no a descobrir-se como homossexual.

Mapplethorpe era um grande admirador de escultores como Michelangelo e buscou atingir aquele ideal de beleza em suas fotografias. Assim, algumas de suas fotografias mais famosas são nus masculinos e femininos, embora também tenha fotografado celebridades, crianças e flores, além de diversos auto-retratos. No entanto, são as fotografias que produziu representando o submundo da cultura gay sadomasoquista que se destacam em seu catálogo, sendo muitas tão explícitas que o próprio fotógrafo as considerava pornográficas. Devido ao teor de tais imagens, muitos museus e galerias se recusaram a exibi-las e quando o faziam, as expunham de forma reservada. Para contornar essa situação, contou com o apoio de um colecionador de arte chamado Sam Wagstaff, que também foi seu parceiro romântico e desempenhou uma grande influência na inserção de Mapplethorpe no mundo das artes.

Autorretrato de Robert Mapplethorpe onde ele aparece com uma corda amarrada ao seu tronco nu, como se ela o pendurasse. Suas mãos estão algemadas a uma corrente junto à corda, mantendo seus braços erguidos acima da cabeça e os olhos estão vendados. A boca levemente aberta pode ser um indício de prazer.
Untitled (Bondage). 1973. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation.
Autorretrato de Robert Mapplethorpe mostrando-o sentado semi-nu sobre um grosso tecido branco. Com a cabeça voltada para baixo e olhar distante, sua única vestimenta parece ser um tipo de colant preto com uma grande fenda revelando a maior parte de seu peito e barriga, estendendo-se até a púbis e cobrindo apenas os órgãos genitais.
Untitled (Self Portrait). 1973. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation.
Autorretrato de Robert Mapplethorpe mostrando-o com um braço erguido segurando um cabo elétrico. Apenas cabeça, ombro e braço direito são vistos, ocupando sobretudo a parte inferior da imagem. A cabeça e olhar de Mapplethorpe estão voltados para o lado direito. O fundo é formado por uma parede de tijolos cobertos por massa branca.
Self Portrait. 1974. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation.
O retrato mostra a cantora e poetisa Patti Smith, companheira de Robert Mapplethorpe durante anos, de pé diante de uma parede branca onde projeta-se um sutil triângulo de luz. Smith encara a câmera com semblante sóbrio. Traz a mão direita ao peito e a esquerda segura o paletó preto jogado por cima do ombro esquerdo.  Sua vestimenta,  camisa branca, calça preta e gravata preta desatada, assim como o corte de cabelo desgrenhado resultam em um visual andrógino. Trata-se da foto de capa do álbum Horses, o primeiro da carreira de Smith. O minúsculo cavalo prateado que enfeita o paletó faz referência ao nome do disco, uma vez que Horses significa cavalo em inglês.
Patti Smith (Horses cover). 1975. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
A cantora e poetisa Patti Smith é vista sentada nua em um chão de madeira, com o corpo magro virado para o lado esquerdo, em frente à uma janela, porém com a cabeça e olhar voltados para a câmera. Seus joelhos dobrados de forma que as pernas cobrem os seios e as mãos segurando barras de metal à sua frente.
Patti Smith. 1976. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
A foto mostra um homem ajoelhado em uma sala de aspecto sujo e escuro, segurando-se a uma escada à sua frente, com um quadrado de luz iluminado-o. O homem está sem camisa, usa calça, botas e luvas de couro e sua cabeça totalmente coberta por uma máscara do mesmo material. Tais vestimentas são comumente usadas em práticas sexuais sadomasoquistas.
Jim, Sausalito. 1977. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
Autorretrato de Robert Mapplethorpe. Usando jaqueta de couro, Mapplethorpe encara a câmera com expressão sóbria. Apenas o busto é visível, com parte do rosto iluminado em contraste com um fundo preto.
Self Portrait. 1980. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
Autorretrato de Robert Mapplethorpe. Em contraste com o autorretrato anterior, nesta imagem Mapplethorpe aparece travestido, usando maquiagem e um casaco de pelos de estilo feminino. Semelhantemente a foto anterior, apenas o busto é visível, com uma luz sobre o rosto e fundo preto.
Self Portrait. 1980. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
Nesta fotografia, o modelo aparece de costas para câmera em frente a um fundo preto. Traja uma jaqueta preta com diversos dizeres que lembram o estilo punk que estava em alta na época.
Nick Marden. 1980. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
Retrato do busto de Iggy Pop, cantor e musicista de grande influência na cena musical alternativa das décadas de 70 e 80. Conhecido por seu estilo e comportamento irreverente, aparece na fotografia de espanto ou surpresa, com os olhos arregaladas e boca um pouco aberta, sendo visíveis seus dentes desalinhados e linhas de expressão. O fundo, como na maior parte das fotografias de Mapplethorpe, é nulo.
Iggy Pop. 1981. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
Autorretrato de Robert Mapplethorpe em que ele aparece apenas da cintura para cima usando um sobretudo preto de couro e luvas do mesmo material, empunhando uma espingarda. Seu olhar e expressão faciais são sérios. Ao fundo, há uma estrela de cinco pontas posicionada como o pentagrama satânico.
Self Portrait. 1983. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
Retrato do tronco do corpo de um homem negro. Há uma toalha amarrada à cintura e é notável a musculatura do modelo.
Derrick Cross. 1983. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
Retrato da cantora Grace Jones, famosa nas décadas de 70 e 80. Na imagem, Jones aparece com o corpo pintado com tinta branca formando desenhos tribais, usando um chapéu ritualísticos e espirais que formam cones cobrindo os seios. Seus braços estão erguidos com as palmas das mãos abertas à altura da cabeça.
Grace Jones. 1984. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
Retrato de dois modelos masculinos, sendo um negro e um branco. Ambos são carecas e estão sem camisa, dando destaque para a cor da pele de ambos, sendo possível notar o forte contraste entre elas. São mostrados apenas à altura do busto,  voltados para o lado esquerdo. O negro está com os olhos fechados e o branco, encaixado logo atrás com a cabeça por cima do ombro do primeiro, está com os olhos abertos.
Ken Moody and Robert Sherman. 1984. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
Retrato de um casal homossexual masculino. Ambos usam coroas em suas cabeças. O casal parece estar dançando romanticamente, abraçados, com um dos rapazes descansando a cabeça no ombro do parceiro, e braços estendidos com as mãos dadas em direção ao fundo preto.
Two Men Dancing. 1984. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
Autorretrato de Robert Mapplethorpe onde é o seu busto é visto sobre um fundo preto. Seu rosto e seu olhar estão voltados para a esquerda. O tempo de exposição da lente registrou o movimento da cabeça, criando um vulto fantasmagórico na imagem.
Self portrait. 1985. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation.
Auto Retrato do busto de Robert Mapplethorpe. Ele está levemente voltado para o lado direito, iluminado por uma luz forte em contraste com um fundo preto. Seu olhar e expressão facial são sérios, até mesmo intimidadores e em sua cabeça há chifres demoníacos.
Self Portrait. 1985. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation.
Retrato de um homem negro dentro de uma forma cilíndrica. Seu corpo está completamente nu e sua pose, em pé e com as costas e cabeça inclinadas fazem com que seu rosto esconda-se entre os joelhos. As mãos tocam as paredes, estando o braço direito baixo acompanhando a inclinação na qual se encontra enquanto o braço esquerdo inclina-se opostamente, acima da cabeça.
Thomas. 1987. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation
Autorretrato de Robert Mapplethorpe. Vestido com roupas pretas, seu corpo e o fundo parecem fundir-se, havendo apenas dois pontos de visão na imagem, a mão direita, que segura um cajado com uma pequena caveira na extremidade e sua cabeça, que parece flutuar em meio a escuridão encarando a câmera. Na época de criação desta imagem, Mapplethorpe já se encontrava infectado pelo vírus HIV, tendo falecido no ano seguinte por complicações em decorrência da AIDS.
Self Portrait. 1988. © Robert Mapplethorpe/ Robert Mapplethorpe Foundation

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Referências: 

SMITH, Patti. Só Garotos. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

ROIZMAN, Ilene. Robert Mapplethorpe’s Photography: BDSM and Beyond. In: Scene 360. 2016. Disponível em: <https://scene360.com/art/91031/robert-mapplethorpe/> Acesso em: 09 de Abr. de 2020

ARN, Jackson. Why Mapplethorpe’s Photographs Remain Subversive , Even without the Shock Value. In:  Artsy. 2019. Disponível em: <https://www.artsy.net/article/artsy-editorial-mapplethorpes-photographs-remain-subversive-shock-value> Acesso em 05 de Abr. de 2020

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