Três ações para desenvolver a imaginação fotográfica

Talvez, o principal recurso que dispomos para produzir fotografias seja a imaginação. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a imaginação não é uma capacidade que algumas delas possuem e outras não.

O principal recurso que dispomos para produzir fotografias é a imaginação. Neste artigo, apresentamos uma estratégia para desenvolvê-la.
Talvez, o principal recurso que dispomos para produzir fotografias seja a imaginação. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a imaginação não é uma capacidade que algumas delas possuem e outras não. Todos nós a temos. Trata-se de nossa capacidade de articular os elementos que compõem nosso repertório simbólico para interagirmos com os diferentes aspectos do mundo em que vivemos.
Contudo, se, para articular os elementos de nosso repertório em novas criações é necessário que realizemos um grande investimento imaginativo, para esquecê-las e repetir aquelas que conhecemos e temos o hábito de mobilizar basta que fiquemos desatentos por um instante. Por isso, é fundamental praticar a imaginação.
Neste artigo, apresentamos uma estratégia para desenvolvermos nossa imaginação como fotógrafos. Provavelmente, você já realiza uma, duas ou todas as ações que a compõe. Contudo, o mérito da metodologia que aqui expomos não está em cada processo isoladamente, mas em sua execução consciente e na articulação de cada um deles em uma rotina fotográfica estruturada. Dessa maneira, cada atividade passa a produzir os recursos que orientam a sua própria realização ou a das outras.

Pesquisa (arquivo pessoal e caderno de notas)

Em um livro acerca da importância da pesquisa na sustentação do trabalho fotográfico, Anna Fox e Natasha Caruana, comentam que uma obra fotográfica é o resultado do conhecimento criado enquanto se explora conscientemente o ambiente. Esse conhecimento também contribui para a construção do olhar de fotógrafas e fotógrafos, orienta-os em relação a o que ver, a como ver e a porque ver. Por essa razão, as autoras afirmam que é importante transformar a investigação em um recurso disponível para seu próprio autor e para outros pesquisadores. Para isso, é fundamental que ela seja arquivada.
Documentos e fotografias afixados em uma parede cinza. Uma maquete, uma bola de linha e livros diversos espalhados sobre a mesa.
Alec Soth – Arquivo da pesquisa para o projeto “Broken Manual
Por isso, recomendamos a manutenção de um arquivo pessoal, físico e/ou digital, cuja composição pode abranger desde registros espontâneos a documentos formais, passando por versões de trabalho de tratamentos e edições de fotografias e ensaios, e a utilização caderno de notas, onde possamos guardar os rascunhos, os planos e os resultados de coberturas, projetos e sessões fotográficas, as impressões de nossas leitura de produtos culturais diversos, as elucubrações acerca da fotografia, da arte, da cultura, da vida. Examinar atentamente e com regularidade o conjunto dessas informações reunidas deve ser parte de uma rotina de desenvolvimento de nossas competências fotográficas.

Leitura (de fotografias e de textos sobre fotografias)

As competências necessárias para ler uma fotografia são semelhantes àquelas empregadas na leitura de uma cena a ser fotografada. Se uma pessoa é capaz de compreender os elementos contextuais, morfológicos, compositivos e enunciativos presentes em uma fotografia, provavelmente também será capaz de apreendê-los enquanto age no mundo e de manejá-los enquanto fotografa.
Uma boa maneira de aprimorar essas competências é deixando-se inspirar por grandes artistas. Por essa razão, sugerimos que pesquise a vida e a obra de importantes autoras e autores. Não limite sua pesquisa apenas a profissionais da fotografia, amplie-a para diferentes domínios artísticos. Aproveite para se aprofundar na bibliografia acerca das histórias, das técnicas e das teorias da fotografia e da arte. Dedique um tempo para observar criticamente uma fotografia ou um ensaio fotográfico. Tome notas de suas descobertas, impressões e reflexões para que, eventualmente, possa retornar a elas.

Prática (reflexiva)

A tecnologia fotográfica, desde o anúncio de sua invenção, em 1839, desenvolveu-se com o objetivo de alcançar a automatização de seus processos. Disso decorre a falsa impressão de que para fotografar com competência não é necessário estudo, nem prática. Sabemos, no entanto, que o ato de fotografar mobiliza, ainda que de maneira inconsciente, um grande número de ferramentas conceituais e técnicas. Para desenvolver um conjunto de hábitos mentais que orientem o fotógrafo no manejo do aparelho e lhe permitam dedicar sua atenção à cena que ele pretende registrar, tão importante quanto a prática regular de suas competências fotográficas é a reflexão acerca dela.
Cena do filme Janela Indiscreta de Alfred Hitchcock. James Stewart interpreta o fotojornalista L. B. Jeff.
Alfred Hitchcock – James Stewart interpreta o fotojornalista L. B. Jeff em “Janela Indiscreta”
Desde que realizada de maneira reflexiva, isto é, mediante a exploração do mundo consciente do que, do como e do porque fotografar, a prática fotográfica também pode se constituir como um processo de pesquisa. Nessa perspectiva, ela nos oferece a oportunidade de tomar o nosso fazer como problema e de revisá-lo com base nas respostas elaboradas para os questionamentos que nos colocamos.
Disso decorre que uma etapa fundamental da prática fotográfica como processo de pesquisa é a avaliação do trabalho produzido, que pode ser realizada pelo próprio autor ou por algum leitor competente e de sua confiança. No entanto, para examinar o próprio trabalho é preciso estabelecer um distanciamento crítico, ou seja, afastar-se dele subjetivamente para poder abordá-lo de maneira objetiva. Essa não é uma tarefa fácil, por isso muitos fotógrafos recorrem à avaliação de colegas. Lembre-se de tomar notas dos questionamentos que lhe forem colocados e das respostas que elaborar.

Referências

Para redigir esta postagem consultamos os livros “Por trás da imagem: pesquisa e prática em fotografia”, escrito por Anna Fox e Natasha Caruana, e “Como criar uma fotografia”, escrito por Mike Simmons, ambos editados pela Gustavo Gili, o livro “Photographers Sketchbooks”, escrito por Stephen McLaren e Brian Formhals e editado pela Thames & Hudson, e o site “OSCARenFOTOS”, editado pelo professor da Universidad Panamericana (México), Oscar Colorado Nates.

Chamada de Conteúdo de Colaboradores

Quer publicar em nosso blog? Acesse nossa Chamada de Conteúdos de Colaboradores¹ para saber como enviar seus trabalhos.

Chamada de Conteúdos de Colaboradores¹

Convidamos todes autores que atuam no campo da fotografia a colaborar conosco, enviando-nos conteúdos para serem publicados em nossas mídias.

O principal objetivo que pretendemos alcançar por meio da publicação das mídias do Cultura Fotográfica é fomentar a cultura da fotografia mediante a produção, a distribuição, o consumo e o debate de conteúdos fotográficos e sobre fotografia. Sabemos que não estamos sozinhos nesta missão e acreditamos que podemos ser mais eficazes e eficientes se somarmos nossos esforços aos de outros agentes da cadeia produtiva da fotografia.
Por essa razão, convidamos tod_s autor_s que atuam no campo da fotografia a colaborar conosco, enviando-nos, por meio do formulário anexado ao final desta chamada, conteúdos para serem publicados em nossas mídias, conforme os termos a seguir:
1.1. A presente chamada visa receber conteúdos originais para serem publicados no blog do Cultura Fotográfica.
1.2. Os conteúdos dos colaboradores deverão estar em conformidade com uma das colunas listadas abaixo:
1.2.1. #ensaiofotografico é uma coluna de ensaios compostos por um conjunto coerente e coeso de imagens fotográficas, acompanhadas ou não de legendas e textos, por meio do qual o autor expressa sua perspectiva acerca de um determinado assunto.
1.2.2. #artigos é uma coluna de textos dissertativos por meio do qual o(a) autor(a) propõe uma reflexão fundamentada acerca de um ou mais elementos que constituem a cultura fotográfica.

1.3. As orientações e o modelo de produção de conteúdo para cada uma das colunas estão disponíveis nos anexos desta chamada.

2. Políticas editoriais
2.1. Política de Acessibilidade: Adotamos dois recursos de acessibilidade: a Audiodescrição, que consiste na tradução de imagens em palavras por meio de uma descrição objetiva, e o Sistema de leitura de tela, que consiste na locução, por meio de uma voz sintetizada, de todas as informações verbais exibidas na tela.
2.2. Política de Direitos Autorais: A utilização de obras intelectuais é feita sem fins comerciais ou lucrativos e com propósitos de crítica, de ensino e de pesquisa. Por isso, não constitui ofensa aos direitos patrimoniais de seus autores, conforme previsões contidas na legislação brasileira e internacional (mais informações).
3. Envio de conteúdos
3.1. O envio de conteúdos deverá ser feito exclusivamente pelo formulário disponível no seguinte endereço eletrônico: https://forms.gle/z8TiLPr7hPvrGdoM6
3.2. Os documentos a serem anexados deverão ser salvos no formato .docx, quando se tratar de arquivo de texto, no .pptx, quando se tratar de arquivo de apresentação, e no .jpg, quando se tratar de arquivo de imagem.
4. Seleção de conteúdos para publicação
4.1. A seleção de conteúdos para publicação será realizada pelo Prof. Dr. Flávio Valle, coordenador do Cultura Fotográfica.
4.1.1. Serão observados os seguintes critérios de seleção:
a. Adequação do conteúdo a coluna em que será publicado.
b. Qualidade técnica do conteúdo.
c. Qualidade da redação do conteúdo.
4.2. O resultado da seleção será comunicado ao autor do conteúdo pelo email informado no ato de inscrição.
5. Disposições gerais
5.1. Dúvidas a respeito desta convocatória devem ser encaminhadas para o e-mail culturafotografica@ufop.edu.br. No campo assunto, coloque Dúvida – Chamada de Colaboradores – Cultura Fotográfica
6.2. O ato de envio de conteúdo implica em plena concordância com os termos aqui estabelecidos.

Patrick Demarchelier

Patrick Demarchelier é destaque na fotografia de moda contemporânea. Conhecido por muitos como mestre, tem como marca composições com aspectos espontâneos e realistas.
Patrick Demarchelier é um renomado fotógrafo de moda e publicidade contemporânea. Suas fotografias são marcadas por um senso estético espontâneo, onde a naturalidade  e a emoção são postas em cena.
Shalom Harlow, Paris, 1996, Patrick Dem

Natural da França, Demarchelier, nasceu na cidade de Le Havre, em 21 de agosto de 1943. Aos 17 anos, ganhou sua primeira Kodak e interessa-se por fotografia. No início da década de 60, mudou-se para Paris, aprimorou suas técnicas e conheceu o suíço Hans Feurer, fotógrafo da Vogue. Em 1975 partiu para Nova York , onde trabalhou para Vogue e assume uma carreira à nível internacional. Em 1989, Demarchelier, torna-se o primeiro fotógrafo estrangeiro oficial da família real, fotografando à princesa Diana e os príncipes William e Harry.

Patrick Demarchelier posa para foto no Festival de Cinema de Tribeca em 2010. Com cabelos grisalhos, penteados para trás, seu aspecto  é cordial. Ele usa uma camisa preta de zíper, com um casaco no tom branco neve.
Patrick Demarchelier, 2010, David Shankbone

Com uma estética perfeita e técnicas ambientadas em luz natural, é referência em fotografias em preto e branco e nus artísticos, sem vulgaridade. Autor de numerosas imagens icônicas criadas para as publicações das revistas Vogue e Harper’s Bazaar, criou também campanhas para marcas como Chanel, Dior, Ralph Lauren, Yves Saint Laurent, entre outras.Devido à forte influência que exerce no mundo da moda, seu nome é citado no filme “O Diabo Veste Prada”. Aos 76 anos, Demarchelier vive em Nova York e continua sendo um dos fotógrafos mais requisitados na moda e publicidade.

Confira algumas das produções de Demarchelier! 
Fotografia em preto e branco, à modelo encontra-se pendurada em um galho de árvore, ela está nua e virada de costas. Seu cabelo é longo e cobre toda a extensão de suas costas.
Nude St Barthelemy, 1989, Patrick Demarchelier

Princesa Diana está sentada aparentemente no chão, usando um vestido branco longo, seus braços se entrelaçam. Em sua mão direita usa um anel. Seu cabelo é curto e está penteado para trás. Ela sorri. Usa adereços no cabelo, uma tiara de princesa e um colar de pérolas.
Princesa Diana Londres, 1990, Patrick Demarchelier

Dez modelos ao todo posam para foto. Todas vestidas com vestidos longos, e cabelos soltos. O ambiente é um estúdio, há uma escada no centro. Uma modelo está sentada no degrau de cima. Cinco modelos apoiam na escada.
Aniversário da moda, 1992, Patrick Demarchelier

A modelo usa lingerie de renda, está sentada aparece apenas da cintura para cima. Suas mãos estão para atrás do corpo. Sua cabeça inclina e encosta nas mãos de um homem que usa uma camisa social. Aparece apenas o braço desta figura secundária.
Nadja Auermann, Paris 1994, Patrick Demarchelier

A modelo negra Naomi Campbell, posa com adereços da cultura africana. Usa um turbante no cabelo, colares volumosos que cobrem toda a extensão do seu pescoço e  usa pulseiras que cobrem seus pulsos. Seus seios estão à mostra, usa apenas uma saia. À foto recorta à extensão da cabeça até os joelhos, não mostrando as pernas e pés.
Naomi, 1991, Patrick Demarchelier

À foto se assemelha à uma escultura greco romana. À foto cobre à extensão do pescoço até o joelho. Não mostra cabeça e pernas. À silhueta da modelo é a estética da foto, seus são levemente tampados pelos seus braços que se cruzam e se entrelaçam, tampando à extensão da virilha.
Nude, St Barthelemy, 1994, Patrick Demarchelier

Duas modelos, estão imersas dentro do que parece ser uma piscina. As águas criam reflexos na extensão dos corpos que estão nus e flutuam pela água.
Nude, St Barthelemy, 1997, Patrick Demarchelier

Silhueta do perfil dos rostos de duas modelos femininas que estão próximas inclinadas de frente para outra. As bocas ganham destaque e ambas carregam anéis de diamante que se encostam pelo beijo.
Diamonds, Patrick Demarchelier

Fotografia em preto e branco, modelo está de perfil, cabelos presos e pretos, aspecto sedoso. Usa um chapéu que cobre parte do seu rosto. Deixando visível apenas a boca. O chapéu que usa parece um grande e belo botão de rosas brancas.
Christy Turlington, Nova York, 1990, Patrick Demarchelier
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Visages, Villages

Em Visages, Villages, a cineasta Agnés Varda e o fotógrafo JR se aventuram pela França em um caminhão adaptado com uma cabine fotográfica onde eles transformam e ressignificam locais, muitas das vezes já esquecidos. Durante a viagem são feitas algumas paradas em pequenos vilarejos e lugares diversos onde o acaso coloca a dupla em contato com diferentes pessoas. O documentário tem uma grande carga sentimental, que chega até a despertar uma vontade de sair e conhecer pessoas novas.
Na foto Jr e Agnes Varda atravessam uma rua. Ele veste um tênis branco, uma calça jeans uma blusa de frio preta e também usa um óculos e chapéu como acessórios. Agnes está na sua frente e usa uma calça cor vinho, sapatos pretos e uma blusa preta com bolas vermelha. Seu cabelo é branco com as pontas ruivas. No fundo é possível observar a caçamba de um caminhão com um lambe de um olho.
Foto divulgação – autor não identificado
Casas, containers, bunkers, fábricas, trens e ruínas são alguns dos cenários em que os artistas fazem algum tipo de intervenção. Através do contato com esse “outro desconhecido’’, que geralmente mantém ligações sentimentais com os locais, são pensadas fotografias que viram lambes (posters que variam de tamanho e são colados em espaço público), assim, participam da ornamentação desses espaços. Quando questionados o motivo das fotografias os artistas respondem que a imaginação é o limite. 
Em uma parte de uma praia está um bunker abandonado e nele tem um lambe de uma menino. Ele está sentado com as pernas espichadas e as mãos sobre os joelhos.  Ele usa uma calça e uma blusa listrada. Ao lado do bunker é possível ver uma pessoa de calça e blusa preta.
Cena de Visages, Villages
O filme é gravado durante 18 meses e é possível ver que a relação harmônica de Varda e JR  não acontece somente através dos gostos em comum, mas sim pela diferença de idade, que é o que realmente parece deixar a viagem  com o ar de cumplicidade e afeto. Através de visitas a personagens íntimos para os dois como a avó de JR,  ao amigo de Varda, Jean-Luc Godard, e ao túmulo de Henri Cartier-Bresson os dois destrincham mais ainda essa viagem de autoconhecimento.
Além de ter sido indicado ao Oscar, o filme ganhou o prêmio de melhor documentário no festival de Cannes em 2017. Visages, Villages nos mostra o processo de criação de importantes artistas e a importância do contato com o outro para suas criações.
Quer saber mais sobre o processo criativo de grandes fotógrafos? A gente tem uma #dicade documentário! 

Prêmios do fotojornalismo

Muitas vezes, o papel do fotojornalista é resumido a apenas “informar através de imagens”

Alguns fotógrafos produzem imagens carregadas de enorme valor estético, ético e político. Com a finalidade de reconhecer a excelência no exercício do fotojornalismo, existem várias premiações importantes que avaliam seus trabalhos.

Muitas vezes, o papel do fotojornalista é resumido a apenas “informar através de imagens”. Basta que estejam presentes nos locais dos acontecimentos para contar uma história ou ilustrar uma matéria, pois o valor de suas fotografias está em registrar os acontecimentos. Porém, alguns profissionais vão além e produzem imagens carregadas de enorme valor estético, ético e político. Com a finalidade de reconhecer a excelência no exercício do fotojornalismo, existem várias premiações importantes que avaliam seus trabalhos. Listamos abaixo algumas delas.

Pulitzer

Um dos maiores prêmios do jornalismo, o aclamado Pulitzer, tem categorias que contemplam a fotografia. A primeira, foi criada em 1942, mas, em 1968, foi substituída por duas: Breaking News Photography e Feature Photography. A foto a seguir é de 1993 e mostra uma criança magérrima, no Sudão, sendo observada por um abutre. A imagem foi vendida ao The New York Times, rendeu muitas críticas e venceu o prêmio Pulitzer na categoria Feature Photography em 1994. No mesmo ano, Kevin Carter, autor da foto, cometeu suicídio.
Um abutre observa uma criança magérrima, como se esperasse sua morte para servir de refeição
Starving Child and Vulture | Kevin Carter

World Press Photo

Outra premiação importante é a do World Press Photo, considerada por alguns como a maior premiação de fotojornalismo mundial. Existe desde 1955 e premia as melhores fotografias do ano em diversas categorias. A foto abaixo é de Ronaldo Schemidt, vencedor do prêmio de melhor foto do ano em 2018. Nela, vemos um venezuelano em chamas em meio a um protesto contra o presidente Nicolás Maduro ocorrido em 2017.
Uma fotografia avermelhada que mostra um protestante em chamas correndo
Venezuela Crisis | Ronaldo Schemidt

POY Latam

O POY Latam foi criado em 2011 para celebrar a excelência na fotografia documental e artística iberoamericana. A diferença para outros concursos, segundo eles, é a transparência e a transmissão ao vivo. Na categoria “News” de 2019, o vencedor foi Guillermo Arias. Sua foto mostra emigrantes hondurenhos participando de uma caravana em direção aos Estados Unidos, enquanto deixam a cidade de Arriaga, no México, em outubro de 2018.
Uma ponte no México repleta de emigrantes rumo aos EUA
Caravana | Guillermo Arias

Visa pour l’Image

Guillermo Arias venceu, também em 2018, o “Visa Pour l’Image” pela mesma fotografia. A premiação francesa é dada anualmente e condecora os melhores trabalhos fotojornalísticos de todo o mundo. Guillermo venceu na categoria Visa d’or Paris Match News.

Rei de Espanha

O Rei de Espanha é oferecido pela agência EFE e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional. O prêmio é um dos principais do jornalismo, em nível ibero-americano, e é entregue todos os anos pelo Rei da Espanha. Em 2016, A brasileira Márcia Foletto, repórter-fotográfica do “O Globo”, levou o prêmio na categoria “Fotografia”. Seu registro fez parte de uma série do jornal chamada de “Os Miseráveis” (2015) e retrata duas crianças do Rio estudando em meio à pobreza.
Duas crianças, moradoras do bairro Belford Roxo, no Rio de Janeiro, estudam num quarto bagunçado, em meio à pobreza
Os miseráveis | Márcia Foletto

Chico

Francisco José Silva Neto é um jovem fotógrafo, mas, com uma vasta experiência de vida. Hoje, ele viaja pelo mundo levando sua arte através da fotografia. Se você gosta de conhecer novos fotógrafos, não pode perder a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre ele.

Francisco José Silva Neto nasceu no ano de 1995 em Maceió-AL, onde que viveu com sua família até meados de 2015. Foi neste ano que decidiu ir para SP atrás do seu grande amor, a Sthefany sua atual companheira. No meio do caos da mudança, sem querer, acabou descobrindo uma nova paixão: a fotografia. 
Uma mulher branca com um vestido longo vermelho e um chapéu preto. no fundo uma paisagem com grama verde.
Francisco Neto
Chico, como é conhecido por todos, tem uma fotografia leve e encantadora, mas usa e abusa das cores e da criatividade. No seu portfólio fotográfico tem diversas experimentações de ângulos, efeitos e estilos. Ele passou por alguns lugares no Brasil, mas foi em Buenos Aires, capital da Argentina, que decidiu ficar. Ele deixa claro sua admiração e amor pela fotografia, que, para ele, é uma forma de poética de congelar o tempo e de mostrar o mundo através do seu olhar. Atualmente, ele concentra seu trabalho em portrait (retratos), passando pela moda e o turismo.
Francisco usa as redes para divulgar seu trabalho, mais exatamente o instagram, lugar onde alcançou reconhecimento por registrar momentos únicos e mágicos. Quando navegamos pelo seu feed, podemos imergir dentro as fotos, sentindo um pouco do gostinho daquele momento. Chico também gosta de escrever e relata, sempre que possível, o que se passou naquele espaço de tempo. Isso, faz com que parte da experiência seja passada ao seus seguidores.

Redes do Chico:

Chicografia
Chicografandobsas



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Light Painting

O light painting é uma técnica que utiliza a luz para pintar e criar formas em diversos ambientes. Para conhecer um pouco mais e descobrir como se faz esse procedimento, basta ler esse post.


Quando vemos uma foto com a técnica do light painting (pintura com a luz) surge varias duvidas a respeito de como é feito. Parece algo de outro mundo, porém, com algumas dicas, você também consegue.

Foto do Hannu Huhtamo em um fundo azul escuro praticando a técnica do light painting com luzes brancas em formatos retangulares e retos
Hannu Huhtamo

Pintando com a luz

Para realizar essa proeza com a fotografia precisamos focar no ISO, abertura e na velocidade . É importante lembrar-se de deixar seu aparelho já programado para fazer a foto em um lugar fixo, seja um tripé ou algo que lhe dê estabilidade. E claro, seu ponto de luz, esse fica a seu critério, pode ser lanterna, vela, diferentes estilos de fonte de luz.

É possível realizar essa arte tanto com as câmeras profissionais, quanto com seu aparelho celular. Hoje temos infinidades de opções de configurações no modo manual dos smartphones. Para que tenhamos a luminância correta é imprescindível nos lembrarmos de três importantes parâmetros: ISO, abertura do diafragma e a velocidade do obturador. A fim de realizar o light painting é necessário ajustar a exposição para 4 pontos abaixo do necessário para captar a quantidade de luz normalmente adequada. Dessa forma, a imagem ficará totalmente escura. Mas, ao realizar esse ajuste na exposição é fundamental que ocorra uma longa duração, já que para produzir os desenhos requer um certo tempo.

Hannu Huhtamo hoje mostra para o mundo suas obras de artes feitas com a luz. O finlandês aproveita as noites amenas do seu país para realizar suas façanhas. O fotógrafo gosta de chamar a escuridão de sua tela e a luz de seu pincel, dessa forma transforma as noites longas de verão em projeções surreais. Ele usa diversas variações de fontes luminosas, tais como: lanternas com variações de luz e cores, bastões com luminescência diversa e muitos outros instrumentos que sua criatividade permite imaginar.

Imagem de uma das fotografias do Hannu Huhtamo em tons azuis, com formatos quadrados e triangulares
Hannu Huhtamo – Waiting to be found

Nessa foto é possível observar as diferentes nuances de luz, logo se entende que Hannu optou por mesclar ferramentas de luminosas. Vemos também como ele utilizou das técnicas descritas acima. Usou um local escuro e focou em seus pontos de luz para criar esse efeito, pintando tanto a escultura quanto o ambiente com a luz.


Agora é sua vez de mostrar levar luz para todos os cantos. Tire suas fotos e aproveite de elementos como as luzes ao seu redor, como faróis, lanternas ou isqueiros. Nos marque através da hashtag (#Fotografetododia) ou do nosso instagram: D76_cultfoto.


Referências:
https://lightroombrasil.com.br/dicas-para-tecnica-de-pintura-com-luz-light-painting/
https://www.hierophant.com.br/arcano/posts/view/Strength/4323
https://www.flickr.com/photos/hhuhtamo/
http://www.hannuhuhtamo.com/

Eduardo Trópia

Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.
Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.

Nascido em 1956, Eduardo é filho do retratista Milton Trópia e da farmacêutica Maria José Trópia. Possui mais de 45 anos de experiência com fotografia. Começou a fotografar profissionalmente no início da década de 1980, em Ouro Preto. Mudou-se para Belo Horizonte no final da década de 1980, e a partir dessa data passou a trabalhar demasiadamente para agências de publicidade da capital mineira e de todo Brasil. Além disso, Eduardo Trópia foi repórter fotográfico da revista IstoÉ e do Jornal o Tempo. Seus trabalhos como freelancer foram publicados em diversas revistas como Los Angeles Time Magazine, National Geographic e Casa Cláudia.

Assim como Alexandre Martins, fotógrafo que pode ser conhecido aqui, Eduardo Trópia também é participante do Coletivo Olho de Vidro na cidade de Ouro Preto. Nos dias atuais, trabalha também usando o artifício de sobreposições e outros recursos de montagem de imagens, muitas vezes fazendo releitura de antigos arquivos guardados pelo fotógrafo. Além de produzir outras séries de fotografia sempre tentando mostrar a cidade por outros ângulos e perspectivas, Eduardo mantém uma galeria de arte permanente e dá oficinas anuais de fotografias na cidade de Ouro Preto. 

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.
Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.

Lightroom


Lançado em 2013, o aplicativo Lightroom faz sucesso entre os amantes da fotografia. Sua versão para dispositivos móveis é gratuita, porém não apresenta alguns dos recursos disponíveis na versão para computadores.
Imagem da logo do aplicativo da Lightroom. Possui uma letra L e uma letra R em um tom de azul claro, em um fundo com o tom azul escuro.

Contudo, mesmo na opção de aplicativo ele não deixa a desejar. Ainda que em um primeiro contato possa haver algum tipo de estranhamento e dificuldade para manusear o editor. Porém, com um pouco de prática e paciência, é possível desenvolver aptidão com esse software de edição imagens.

O Lightroom nos oferece infinitas opções e combinações para modificarmos nossas imagens. Podemos de maneira muito simples fazer recortes nas fotos e girar a imagem da forma que acharmos ideal, fazendo assim, a foto ficar na posição que desejamos. Temos também a opção de filtros pré-definidos com diversas variações de tom. 
A Luz é um fator fundamental na fotografia, pensando nisso, a Adobe criou uma opção exclusiva para iluminação, assim, podemos clarear, escurecer e realçar as luzes e as sombras das fotos. São muitas opções oferecidas, e dentre elas, temos a possibilidade de modificar as cores de forma individual, ou a composição total da imagem, isso usando três mecanismos disponíveis no aplicativo: a saturação, o tom e a luminosidade. Usufruindo desses recursos, conseguimos nossa foto ideal. 
Abaixo segue algumas ferramentas mais usuais que encontramos no Lightroom: 
A esquerda uma fotografia de uma flor com tons de rosa na ferramenta de cortar e girar. A direita uma fotografia de uma flor com tons de rosa modificada na ferramenta de cortar e girar.
A esquerda uma fotografia de uma flor com tons de rosa na ferramenta de perfis. A direita uma filtros prontos.
A esquerda uma fotografia de uma flor com tons de rosa na ferramenta de Luz. A direita uma fotografia de uma flor com tons de rosa  na ferramenta modificada com os efeitos de exposição, contraste, realce e sombra.
A esquerda uma foto na opção de modificação de cor. Ferramenta mistura de cores selecionada.A direita uma fotografia de uma flor com tons de rosa totalmente modificada, agora com tons mais puxados para o amarelo.
Demonstração das fotos antes e depois da edição
Gif



O Lightroom é bem completo. Nele, conseguimos desenvolver diversas modificações na foto sem precisar de experiência com editor de imagens. Sua interface é bastante intuitiva para funções básicas, rapidamente localizamos e executamos o que queremos. Porém, algumas ferramentas mais complexas impõe dificuldades ao usuário mais leigo e seu uso acaba ficando restrito a fotógrafos mais avançados. 
Lançado em 2013, o aplicativo Lightroom faz sucesso entre os amantes da fotografia. Sua versão para dispositivos móveis é gratuita, porém não apresenta alguns dos recursos disponíveis na versão para computadores.

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Grupo de Cultura, Ensino, Extensão e Pesquisa visa oferecer valor a sociedade mediante a produção de conhecimentos úteis ao campo da cultura e da fotografia.

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