Publicação do livro First Génération, Carolina Arantes

Livro de fotografia documental de Carolina Arantes publicado na Galeria Fisheye, em Paris, acompanhado de uma exposição

A imagem mostra o livro First Génération aberto em uma de suas páginas. Nelas contém algumas fotografias antigas.
Autor(a) desconhecido | Fisheye Magazine

First Génération é um livro de fotografia documental que narra a história da primeira geração de mulheres negras que nasceram em território francês, mas são filhas de imigrantes. O livro dialoga sobre a construção da identidade destas mulheres já na fase adulta, sobre como se identificar tanto com a nacionalidade francesa quanto com a ancestralidade africana, criando uma relação de biculturalidade.

A autora, Carolina Arantes, é natural de Minas Gerais, mas é radicada na França há 13 anos. Com o projeto, ela usa um olhar do hemisfério sul no contexto europeu, tentando entender como é o funcionamento dessa relação em um cenário pós-colonial.

Autora

Carolina Arantes

Local de publicação

Fisheye Magazine 

Acesse a publicação completa em https://tinyurl.com/4ks6sh8a

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PAES, Nathália. Publicação do livro First Génération, Carolina Arantes. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/11/publicacao-do-livro-first-generation.html>. Publicado em:23 de nov. de 2022. Acessado em: [informar data].

Rodrigo Zeferino

O trabalho do fotógrafo foi reconhecido em importantes prêmios de fotografia nos últimos 10 anos.

Nascido na cidade de Ipatinga, leste de Minas Gerais, em 1979, Rodrigo Zeferino tem graduação em Comunicação e é pós-graduação em Artes Plásticas e Contemporaneidade. O fotógrafo está na profissão desde 2005 e realizou trabalhos que trazem à tona questões da sociedade e do indivíduo,  como “O Grande Vizinho” e “Aqui de perto você me vê melhor”. 

 

A imagem mostra um menino, sem camisa e usando uma bermuda cinza. Em seu braço direito existe uma pulseira feita com dois elásticos amarelos.
Rodrigo Zeferino
Em todos os seus projetos, o autor procura colocar em evidência alguma questão pouco pensada pela sociedade, seja ela social, sentimental ou espacial. Rodrigo, através das objetivas, captura não somente o essencial, mas também pequeníssimos detalhes que trazem um certo aconchego aos olhos daqueles que veem suas obras.
 
 
Rodrigo Zeferino
Rodrigo Zeferino
A imagem mostra dois homens de costas encontrados em uma mureta, eles estão observando a paisagem residencial e industrial da cidade de Ipatinga.
Rodrigo Zeferino
 
A imagem mostra uma mulher amamentando uma garotinha.
Rodrigo Zeferino
A imagem mostra uma ponte de madeira, no meio dessa ponte, é possível ver uma luz muito forte. O céu está amarelado.
Rodrigo Zeferino

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CARVALHIDO, Sofia. Rodrigo Zeferino. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/08/rodrigo-zeferino.html>. Publicado em: 22 de nov. de 2022Acessado em: [informar data].

Feminismo em suas diversas formas: um percurso de aprendizagem

Fotografia em branco e preto com uma mulher mulçumana usando um véu na cabeça. Em seu rosto tem escritos árabes em formato circular.

Uma série de conteúdos elaborados para te informar sobre mulheres incríveis e seus trabalhos.
 
Nosso objetivo aqui é trazer visibilidade e reconhecimento sobre o trabalho de fotógrafas maravilhosas, que, muitas vezes, devido ao machismo existente na sociedade, foram invisibilizadas. Apesar de nem todas as fotógrafas se identificarem como feministas, o trabalho delas é um exemplo de resistência à opressão machista e, por isso, traremos aqui.
 
Trazemos à tona diferentes profissionais com diversos enfoques: algumas focam em retratar guerras, outras no feminismo negro, e enquanto algumas tratam da sexualidade, outras tratam do combate ao machismo. As temáticas são variadas, mas, reunidos os artigos, fica claro que o propósito das fotógrafas é o mesmo: deixar sua marca no mundo de alguma forma positiva, seja ajudando outras mulheres a superar situações de dificuldade, seja lutando por uma causa em comum.
 
 
Shrin Neshat
 
Como um percurso de aprendizagem autodirigido, o “Feminismo em suas diversas formas” oferece diferentes trajetórias para seu estudo. Sugerimos uma opção e você decide se é viável ou não para a sua maneira de aprender. Assim, se desejar, você terá sua jornada orientada, e, ao mesmo tempo, autonomia para selecionar os textos que mais tem interesse.
 
Para aproveitar melhor cada parte do caminho, é importante percorrê-lo com atenção e reflexividade. Por isso, recomendamos que a leitura seja realizada em um ambiente tranquilo, onde consiga se concentrar com facilidade. O objetivo é que a compreensão sobre o trabalho de cada profissional seja eficaz, afinal, quanto mais entendimento, maior será a transmissão de conhecimento entre as pessoas e, consequentemente, mais amplo o reconhecimento acerca das fotógrafas.
  • Mulheres Negras

Tesão no forróResgate da Ancestralidade NegraAline MottaConsuelo Kanaga

Aida Muluneh e as Narrativas Visuais Africanas
  • Fotógrafas de Guerra

Contrastes e Identidade

  • Violência contra mulheres

O Milagre de Rose Smith
Barbara DavidsonGarota Americana na ItáliaVivendo com o inimigo

  • Feminismo em essência

Liberdade de ser mulher
Claudia ReginaGertrudes AltschulA nova mulherEntre véus brancos e indecisãoA mesa da cozinhaLola Álvarez BravoO melodrama de Alex PragerProtagonismo feminino: o olhar de Margaret Bourke-WhiteGioconda RizzoAnnie LeibovitzHildegard Rosenthal e o protagonismo feminino no fotojornalismo brasileiroNair Benedicto

 
Em resumo, são esses os principais tópicos de cada grupo textual. O 1°, sobre fotógrafas negras, foca em trazer informações sobre a ancestralidade negra – como no texto “Resgate da Ancestralidade Negra”- e sobre a beleza das mulheres pretas. Já o 2°, “Fotógrafas de Guerra”, abrange desde o conteúdo das mulheres que estão inseridas em conflitos bélicos à questão da necessidade dessas vítimas em imigrar para sobreviver. Um ótimo exemplo desse grupo textual, é o texto “Contrastes e Identidades”, que aborda o sofrimento das mulheres no Islã por meio de colagens.
 
No 3° grupo, é evidenciada a questão LGBTQIA +, especialmente no recorte lésbico, que é o caso do texto “Orgulho e Paixão”. O 4°, nomeado “Violência contra mulheres”, inclui o conteúdo referente à violência doméstica e ao assédio sexual, como exposto, por exemplo, no artigo “Garota Americana na Itália”. E, por último, mas não menos importante, o percurso “Feminismo em essência”. Mais abrangente que os anteriores, ele reúne questões mais gerais, como empoderamento feminino, autoestima, primeiras fotógrafas brasileiras a serem reconhecidas, entre outras temáticas nesse âmbito.
 

#percurso é uma coluna de caráter formativo. Trata-se de pequenos roteiros  pelos conteúdos publicados no Cultura Fotográfica, elaborados para orientar o leitor em sua caminhada individual de aprendizado. Quer conhecer melhor a coluna #percurso? É só seguir este link.

 

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SOARES, Maria Clara .Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/feminismo-em-suas-diversas-formas-um-percurso-de-aprendizagem/>. Publicado em: 18 nov. 2022. Acessado em: [informar data].

A dura fragilidade da mente e a máscara da felicidade

Como a depressão e a angústia podem ser maquiadas com um singelo e sereno sorriso enquanto corroem a mente

Como a depressão e a angústia podem ser maquiadas com um singelo e sereno sorriso enquanto corroem a mente

O fotógrafo Edward Honaker, diagnosticado com ansiedade e depressão, encontrou em seus equipamentos fotográficos uma forma de retratar como as doenças mentais acabam silenciosamente com o ser humano.

A imagem mostra um homem de terno com o rosto graficamente desconfigurado.
Edward Honaker

Aos 21 anos de idade (2015), ele lançou um trabalho recheado de autorretratos que representam suas experiências pessoais com a depressão e a ansiedade, doenças com as quais fora diagnosticado dois anos antes. Através das objetivas, ele mostra como é a realidade de quem lida diariamente com a doença. Sua finalidade ao fazer o projeto é que as pessoas começassem a falar sobre transtornos mentais e se aceitassem como portadoras, para que pudessem realizar o tratamento correto.

De acordo com dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em todo o mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofrem de depressão. Isso mostra o quão importante é trazer o tópico “saúde mental” para a sociedade, também de acordo com a OPAS, cerca de 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos – números alarmantes para que fechem-se os olhos. 

Através da imagem, é possível perceber o que a depressão faz com uma pessoa. Você se perde de si mesmo, não se reconhece mais e quem está a sua volta também deixa de te reconhecer. Nome? CPF? Endereço? Tudo deixa de existir e você passa a ser só mais um no meio da multidão.

A depressão é uma das principais causas de incapacidade no mundo e suas causas são diversas – desde uma predisposição genética até a síndrome de Burnout (que se caracteriza pelo esgotamento mental, mas também físico, advindo de grandes períodos de estresse). Falta ou excesso de apetite, padrão que também se aplica ao sono, desânimo, medo e/ou raiva constantes estão presentes em quadros depressivos. Entretanto, para se ter um diagnóstico concreto, deve-se procurar um profissional da área da saúde mental – psicólogos e psiquiatras.

Não existe uma forma de descrever melhor  como é lidar com a depressão senão da forma como o fotógrafo trouxe. Posso dizer – por experiência própria – que é uma angústia diária que te impede de comer, de realizar hábitos comuns como tomar banho ou colocar o lixo do lado de fora e, principalmente, de sair do quarto. Sua cama vira seu mundo e você está a mercê dos seus pensamentos, refém de si mesmo.

#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quarta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

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CARVALHIDO, Sofia. A dura fragilidade da mente. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/a-dura-fragilidade-da-mente-e-a-mascara-da-felicidade/>. Publicado em: 17 de nov. de 2022. Acessado em: [informar data].

O Escambau

Câmara Criativa realiza feira de fotografia e arte em Florianópolis

Fachada da Escola de fotografia e arte Câmera Criativa, um casarão amarelo e branco, com um pequeno jardim na frente e cujo interior está sendo iluminado por uma luz amarelada.
Autor Desconhecido

No sábado, dia 19 de novembro, a Câmera Criativa organizará um evento de fotografia que acontecerá na Escola de fotografia e arte. De acordo com Radilson Carlos Gomes, membro da Câmera Criativa, o evento, denominado “Escambau”, refere-se a uma lúdica fusão entre Escambo (feira de trocas: de ideias, equipamentos e vendas de material fotográfico) e Sarau (roda de poesia, dança, música, exposições fotográficas e outras manifestações artísticas).

Durante o evento acontecerão trocas e vendas de equipamentos fotográficos e, simultaneamente, serão feitas apresentações no sarau. O evento estimula os convidados a levarem poemas, músicas, fotografias autorais ou não, assim como equipamentos para troca e venda. As inscrições podem ser feitas no site do evento: https://cameracriativa.rds.land/feira-o-escambau.

Local: Praça Getúlio Vargas, 158 (Jardins da Escola de fotografia e arte Câmera Criativa)

Data: 19 de novembro de 2022, das 15h00 às 19h00Das 15h00 às 19h00

Preço: Entrada Franca

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BRITO, C. S. O Escambau. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: https://culturafotografica.com.br/o-escambau/Publicado em: 16 de Novembro de 2022. Acessado em: [informar data].

Maureen Bisilliat e sua fotografia literária

O olhar antropológico e poético de Maureen Bisilliat

Sheila Maureen Bisilliat nasceu no dia 16 de fevereiro de 1931 em Englefield, no condado não metropolitano – entidade ao nível do condado na Inglaterra com cerca de 300 000 a 1,4 milhões de habitantes – de Surrey, na Inglaterra. Foi apenas em 1957 que Maureen se mudou para o Brasil e produziu um dos mais sólidos trabalhos de investigação fotográfica do país.
Maureen Bisilliat

Antes de se mudar para o Brasil, Maureen foi para Paris estudar artes plásticas com André Lhote no ano de 1955 e, logo em 1957, ela foi para Nova Iorque, onde passou a estudar no Art Student’s League. Neste mesmo ano, ela fez uma viagem para o Brasil e fixou residência em São Paulo. Assim, em 1962, ela substitui as artes plásticas pela fotografia e começa a trabalhar na Editora Abril entre 1964 e 1972, na revista Realidade. 

Com a sua trajetória artística, Bisilliat tinha a preocupação de fazer da fotografia um elemento narrativo, cujo os temas pudessem sugerir sequência, história e ritmo. Dessa forma, ela tentava fazer a combinação de textos literários com imagens. A partir da década de 1960, portanto, ela se tornou autora de livros de fotografia inspirados em obras de escritores relevantes da época, bem como João Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Euclides da Cunha e entre outros grandes nomes da literatura brasileira. 

Seu primeiro trabalho desse projeto foi “A  João Guimarães Rosa” (1966). Após a fotógrafa ler “Grande Sertão: Veredas”, Guimarães Rosa sugeriu a ela que fizesse uma viagem pelo interior do Brasil em busca do cenário onde se passa a história do livro. Como resultado, as legendas das imagens são substituídas por trechos do livro, traçando não apenas paralelos entre a escrita de Guimarães e as fotografias de Maureen, mas também se torna uma releitura poético-visual de “Grande Sertão: Veredas”.

Em 1968, Maureen demonstra o seu interesse em registrar os sertões e o Nordeste do país através de seu ensaio fotojornalístico “Caranguejeiras”, no qual fotografou o trabalho de mulheres que coletam caranguejos mergulhando na lama em um mangue de Pernambuco. Por meio de suas fotos, Bisilliat mostra os gestos e movimentos dessas mulheres como uma dança a partir de um ponto de vista bastante antropológico, respeitoso e poético. 

Mesmo após abandonar o fotojornalismo, Maureen continuou preocupada em registrar essa parte do Brasil,essa curiosidade e vontade de conhecer e mostrar mais sobre esse país desconhecido seguiu norteando o seu trabalho. Por volta de 1970, Bisilliat viaja para o Parque Indígena do Xingu a convite dos irmãos Orlando Villas-Bôas e Cláudio Villas-Bôas e produz uma série de registros fotográficos, tendo como resultado o livro “Xingu Território Tribal”, combinação de suas fotografias com textos dos irmãos sertanistas Villas-Bôas. Também teve como resultado a produção do longa-metragem “Xingu/Terra”, feito por ela, os irmãos Villas-Bôas e o diretor Lúcio Kodato, onde mostram o cotidiano e os hábitos do povo Mehinaku, localizados no Alto Xingu. A partir dessa experiência, Bisilliat passa a se expressar através do vídeo e imprime, da mesma forma que imprimia isso na fotografia, a sua visão poética por meio de seus documentários.

Em 1985, Maureen expõe na 18° Bienal Internacional de São Paulo um ensaio fotográfico inspirado no livro “O Turista Aprendiz” escrito por Mário de Andrade e em 1988, ela, Jacques Bisilliat e seu sócio, Antônio Marcos Silva, foram convidados pelo antropólogo Darcy Ribeiro a levantar um acervo de arte popular latino-americano para a Fundação Memorial da América Latina. Deste modo, para fazer o levantamento, eles viajaram para o México, Guatemala, Equador, Peru e Paraguai recolhendo peças para a coleção permanente do Pavilhão da Criatividade, cujo qual ela dirigiu de 1989 até 2010.


Maureen Bisilliat

Maureen Bisilliat
Maureen Bisilliat
Maureen Bisilliat

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda segunda-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.


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IASMIN DA SILVA, Jade. Maureen Bisilliat e sua fotografia literária. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/11/maureen-bisilliat-e-sua-fotografia.html>. Publicado em: 15 de nov. de 2022. Acessado em: [informar data]. 

Fotografia Descolonizada

Como a fotografia acontece fora dos países que historicamente dominam esta área de atuação.

Como a fotografia acontece fora dos países que historicamente dominam esta área de atuação.

Quando falamos de fotografia, é quase inevitável que a maioria das pessoas busque referências europeias e norte-americanas para se guiarem. Seja por interesse em compreender a história da fotografia, para buscar referências técnicas e conceituais para a inspiração de um portfólio ou por simples facilidade em encontrar fotógrafos e fotógrafas de países colonialistas. Por isso, este texto busca evidenciar artistas e profissionais de países muitas vezes esquecidos nos livros teóricos.

Alberto Korda

Compreender a história da fotografia do outro lado mundo auxilia na extensão do repertório cultural, além de proporcionar uma visão mais crítica e ampliada a respeito deste tema. Desde amantes desta arte/profissão até mesmo apenas curiosos, ver como a fotografia se desenvolve na ásia ou na américa latina pode ser enriquecedor devido a suas características próprias, sejam elas culturais ou técnicas.
Se sentiu interessado por esta proposta, convido-o a viajar na arte e trabalho dos profissionais citados abaixo e desvendar o lado “B” da fotografia.

Postagens do Percurso

Questões Orientadoras

  • Os cinco primeiros tópicos são referentes a alguns dos países que compõem a Ásia. São eles: Japão, Índia, Irã, Rússia e Paquistão.
  • O sexto e sétimo tópicos são referentes a alguns dos países que compõem a África. São eles: Etiópia e Nigéria.
  • Do oitavo ao décimo terceiro tópicos são alguns dos países que compõem a América Latina. São eles: Brasil, Nicarágua, Cuba e México.
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A tradição e o moderno

Luisa Dorr registrou a fusão do urbano e do Chola Cochabambina


A foto abaixo mostra as Imilla, garotas indígenas bolivianas da cidade de Cochabamba que promovem o skate para o público feminino. Mesmo com a marginalização sofrida pelos indígenas Aymara e Quechua Cholitas durante séculos, nas últimas décadas, essas comunidades vêm recuperando seu orgulho e uma forma das Imilla mostrarem isso é vestindo suas roupas tradicionais, fugindo do visual ocidentalizado que era aceito como o justo para a assimilação cultural. 


Luisa Dorr

Esta fotografia da Luisa Dorr, demonstra perfeitamente como o urbano e o moderno podem se fundir à tradição sem prejudicar um ao outro, mas sim se complementando. Ao olhar para essa imagem, é possível visualizar quatro mulheres de tranças no cabelo, usando saias coloridas, tênis de skatista, blusas brancas e chapéus. Suas roupas aparentemente são parte de um costume cultural e é notável que é latino americano, devido às características das vestimentas.  Fora isso, também é possível ver que a rua na qual elas estão andando de skate é bem arborizada. 

O que mais se destaca neste registro feito por Luisa: mulheres com roupas tradicionais de sua cultura andando de skate. Isso pode parecer simples e cotidiano em alguns lugares, mas é importante viver e honrar as próprias raízes, receber o novo e esse grupo de mulheres indígenas skatistas demonstra que é possível fazer os dois ao mesmo tempo através desta imagem e também através do próprio coletivo de skate. 

“Imilla”, o nome deste coletivo de skate, é uma palavra Aymara e Quechua que significa meninas. Elas são uma referência cultural e uma fusão entre o urbano e o Chola Cochabambina – vestimenta no estilo tradicional Chola de pessoas que vivem no departamento de Cochabamba – e tem como objetivo, além de popularizar o skate na Bolívia, gerar empoderamento feminino às meninas que se interessarem pelo esporte, mostrando que elas não são diferentes dos homens em capacidade e em direitos. Além disso, elas também tem o intuito de fazer um chamado a toda a sociedade para conciliar diferenças culturais e estereótipos centenários de mulheres, a fim de mudar perspectivas machistas e retrógradas a partir de um esporte que antigamente era considerado como masculino. 

Nessa foto, especificamente, elas estão na entrada do Parque Pairumani, um dos lugares preferidos das meninas para andar de skate por conta da beleza do local. É uma pequena descida localizada em Quillacollo, nos arredores de Cochabamba. A ImillaSkate quis partilhar lugares que representassem a sua cidade e a natureza que está sempre presente. A estrada está repleta de árvores emblemáticas da flora de Cochabamba e é também área de plantações, responsáveis ​​por muitos locais de trabalho agrícolas para pessoas da comunidade. Logo, esse lugar também é um pedaço da cultura dessas jovens skatistas. 

Em suma, essa foto representa a mistura cultural entre a cultura tradicional e a cultura moderna, sendo também a quebra e a manutenção, pois não é 100% moderno e nem 100% tradicional. Ela mostra como o tempo pode ser enriquecedor e acrescentar coisas novas no que já existia,  gerando mudanças funcionais e significativas para as pessoas. No caso da Imilla, o skate veio para fortalecer e empoderar essas mulheres, gerando um avanço na independência delas e na igualdade de gênero no lugar onde elas moram. 


#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quarta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

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IASMIN, Jade. A tradição e o moderno. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/11/a-tradicao-e-o-moderno.html>. Publicado em: 10 de nov. de 2022. Acessado em: [informar data].

2º Exposição Fotográfica Pretas no Branco

Márcio Silva realiza exposição em Belo Horizonte, MG 

Foto da modelo olhando diretamente para a câmera, ela usa jóias no pescoço e em sua cabeça, suas mãos estão levemente sobre seu rosto. Ela está usando uma maquiagem neutra.
Márcio Silva | Reprodução

Nesse mês de novembro, 19, acontecerá em Belo Horizonte a 2º Exposição Fotográfica Pretas no Branco do fotógrafo Márcio Silva em parceria com Centro Cultural Alto Vera Cruz, REVISTA VIVA GRANDE BH e JORNAL BOM JESUS. O evento ocorrerá em comemoração ao mês da consciência negra e a entrada é gratuita.
A exposição está prevista para começar às 15 horas e tem como tema “Rainhas Negras” que conta com 20 obras fotográficas com temática artística e conceitual, produzidas por Márcio. Por fim, está programado um desfile de moda afro às 17 horas e presença de personalidades do mundo da moda.
Local: Rua  Padre Júlio Maria, 1.577   –  Alto Vera Cruz, Belo Horizonte, MG
Data: Dia 19 de novembro
Preço: Entrada Gratuita

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MAIA, Amanda. 2º Exposição Fotográfica Pretas no Branco . Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/11/2 Exposicao Fotografica Pretas no Branco.html>. Publicado em: 09/11/2022. Acessado em: [informar data].

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