Fotojornalismo na guerra

A importância da reflexão sobre a função da fotografia na vida das vítimas de conflitos armados
Aqui no Cultura Fotográfica, já publicamos diversos textos sobre o fotojornalismo na guerra. Essa profissão é desafiadora, uma vez que requer do fotógrafo o cuidado ao captar momentos extremamente delicados, buscando extrair um retrato fiel da guerra em determinado país. Ainda, é possível refletir sobre os dilemas dessa profissão, já que, a cada viagem, o profissional tem de lidar com a possibilidade de não retornar vivo para sua família e as pessoas que ama.
Um homem segura uma bandeira da palestina com amão direita e com aesquerda gira uma funda. Ele está sem camisa e sua blusa está amarrada na cintura. Atrás dele nota-se agentes da polícia e outros civis. Uma nuvem acinzentada cobre o espaço atrás dele, parecendo ser uma fumaça.

Mustafa Hassona

No blog, foram publicados inúmeros artigos nas colunas leitura e galeria que refletem sobre essas questões e dualidades da profissão. Há reflexões voltadas para filmes sobre o assunto, como na análise de Mil Vezes Boa Noite em que nos deparamos sobre estes diversos dilemas da vida dos fotógrafos de guerra através da história do protagonista. Conseguimos nos questionar se seríamos capazes de seguir tal profissão. Ainda, podemos refletir sobre a saúde mental desses profissionais enquanto se deparam com cenas terrívelmente caóticas de uma guerra. Este é outro ponto que podemos ressaltar na análise de “A Menina e o Abutre”. Nela podemos nos perguntar quais consequências são vividas pelo jornalista ao longo da vida por seu trabalho. Segue a lista de artigos aqui no Cultura Fotográfica acerca do fotojornalismo da guerra e, adiante, questões para te orientar nesse percurso.

Lista de postagens que compõem o percurso

Questões orientadoras

Quais os desafios que os fotojornalistas de guerra enfrentam hoje em dia para executar o seu trabalho? E com isso, qual seria o preparo mental desses profissionais em meio a tantas tragédias a serem retratadas?
Qual o poder das fotografias diante de importantes episódios históricos?
Qual é a importância de fotografar os refugiados de uma guerra? A partir daí,  de que forma o jornalismo pode atuar para reconhecer e levar ao público a dor do outro que sofre com a guerra sem promover uma espetacularização da tragédia?

Como citar esta postagem

MAIA, Amanda. Fotojornalismo na guerra. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/12/Fotojornalismo na guerra.html>. Publicado em: 23 de dez. de 2022. Acessado em: [informar data].

Diversidade na sigla e nas fotos: um percurso de aprendizagem

Uma série de conteúdos elaborados para te informar e encantar sobre a pluralidade do amor.

Nosso objetivo aqui é trazer visibilidade e reconhecimento sobre o trabalho de fotógrafxs, que, muitas vezes, devido ao preconceito existente na sociedade, foram invisibilizados.

Revisitamos diferentes profissionais com diversos enfoques: alguns concentram-se em retratar o amor homossexual, para naturalizá-lo diante dos olhos da população, outros focam em romper com estereótipos existentes na própria sigla. Por exemplo, o da anulação da bissexualidade ou o da afirmação sobre a performance considerada “correta” e esperada para gays e lésbicas. As temáticas são variadas, mas, reunidos os artigos, fica claro que o propósito dos fotógrafxs é o mesmo: lutar por uma causa em prol do respeito, do amor e do orgulho, seja contribuindo para o fim do preconceito social, seja trazendo visibilidade a pessoas que sempre estiveram marginalizadas. 

Sobre o percurso

Como um percurso de aprendizagem autodirigido, o “Diversidade na sigla e nas fotos: um percurso de aprendizagem ” oferece diferentes trajetórias para seu estudo. Sugerimos uma opção e você decide se é viável ou não para a sua maneira de aprender. Assim, se desejar, você terá sua jornada orientada, e, ao mesmo tempo, autonomia para selecionar os textos que mais tem interesse.

Para aproveitar melhor cada parte do caminho, é importante percorrê-lo com atenção e reflexividade. O objetivo é que a compreensão sobre o trabalho de cada profissional seja eficaz, afinal, quanto mais entendimento, maior será a transmissão de conhecimento entre as pessoas e, consequentemente, mais amplo o reconhecimento acerca dos fotógrafxs.

Trajetórias 

Temos algumas publicações na temática LGBTQIA+ e vamos citá-las brevemente aqui, para que você possa transitar entre elas de acordo com seu desejo.

Imagem da bandeira LGBTQIA+ vista de um ângulo de baixo
Sofia Santoro
 

Na galeria, trazemos Joan E. Biren, Robert Mapplethorpe, Catherine Sant’ana e Paul Freeman. A primeira foi uma fotógrafa e cineasta homossexual, que lutou pelos direitos e pela visibilidade das mulheres lésbicas nos anos 70, época em que a homofobia era ainda maior que atualmente. O desejo de Joan surgiu, principalmente, ao não se enxergar representada propriamente em nenhum espaço, já que as mulheres lésbicas quase não eram retratadas e, quando eram, recebiam uma visão negativa.

Já Mapplethorpe, era um fotógrafo gay, que foi impedido de exibir suas obras em museus e galerias devido às suas criações artísticas, voltadas para o erotismo e sadomasoquismo gay. Robert também encontrou dificuldades para ter liberdade até no seu próprio desenvolvimento criativo, visto que, por ser de uma família conservadora e católica, teve sua infância regrada e direcionada a não explorar seu lado artístico.

Por sua vez, Catherine Sant’ana, é uma fotógrafa brasileira, que retrata principalmente o dia a dia e os casamentos de pessoas homossexuais. A profissional enfatiza que seu foco maior é trazer representatividade à comunidade LGBTQIA+, para acreditarem serem merecedoras de amar e de serem amadas.

Nesse mesmo viés, temos Paul Freeman, que aborda a questão do estereótipo de masculinidade no espectro homossexual, tentando reduzir o preconceito e a visão de que homens gays sempre performam algum tipo de feminilidade. Afinal, a ideia aqui é que compreendamos que não existe um “sempre” em nenhum assunto, principalmente no quesito pessoas, que são compostas das mais diversas pluralidades. Em síntese:

Fotófrafxs que se encontram na temática queer, contribuem significativamente para a sociedade, visto que trazem representatividade a pessoas que sequer eram retratadas e, quando eram, recebiam uma imagem pejorativa ou que os associava à libertinagem. Em um país perigoso para os integrantes da comunidade LGBTQIA+, como o Brasil, pequenos atos como esses, são passos gigantes rumo a um futuro livre e repleto de amor. Além disso, na sessão de leitura, interpretamos obras nomeadas de “Bandeira LGBTQIA+”, “Orgulho e Paixão”, “Em seus olhos, o amor” e “Olhares sensíveis, não delicados”. Na primeira, é explicada a importância da simbologia da bandeira para o movimento, já que é feita uma rápida associação entre símbolo e causa. Ou seja, ela acaba por se tornar um ícone de liberdade amorosa, respeito, aceitação e muito orgulho. Além disso, engloba letras que representam diversas possibilidades de amar, de se sentir atraídx e de se identificar consigo mesmx. Já a foto Orgulho e Paixão foi conhecida por ser a capa do livro “Eye to Eye: Portraits of Lesbians”, da fotógrafa lésbica e ativista Joan E. Biren. A obra reuniu diversas fotografias do cotidiano de mulheres lésbicas, que tiveram a oportunidade (infelizmente, escassa) de terem seu cotidiano representado com respeito e veracidade. Por sua vez, “Em seus olhos, o amor”, traz uma abordagem extremamente romântica e delicada: o casamento de Meg e Clarisse. São explorados os detalhes da composição da foto e do momento. Se você quer ter seu dia repleto de tanta doçura, recomendo começar por essa foto! E, por último, temos “Olhares sensíveis, não delicados”, que aborda a questão do estereótipo sobre homens gays. No texto, é discorrido o argumento de que afirmar que todo homem homossexual é afeminado é tão estereotipado quanto afirmar que todo homem cis hétero gosta de futebol. Ou seja, a intenção aqui é naturalizar a liberdade de cada um de se identificar como bem entende e se reconhecer intimamente da forma que desejar. Em resumo:

Esses são nossos principais textos que abrangem a temática LGBTQIA+ dentro da plataforma “Cultura Fotográfica”. Esperamos que vocês realizem uma leitura tranquila, atenta e que desfrutem do melhor de nosso conteúdo.

 

#percurso é uma coluna de caráter formativo. Trata-se de pequenos roteiros pelos conteúdos publicados no Cultura Fotográfica, elaborados para orientar o leitor em sua caminhada individual de aprendizado. Quer conhecer melhor a coluna #percurso? É só seguir este link.

Como citar esta postagem

SOARES, Maria Clara. Diversidade na sigla e nas fotos: um percurso de aprendizagem. Cultura Fotográfica. Disponível em: <https://culturafotografica.com.br/diversidade-na-sigla-e-nas-fotos-um-percurso-de-aprendizagem>. Publicado em: 16 de dezembro de 2022. Acessado em: [informar data].
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Mulheres no Fotojornalismo Brasileiro

Em uma profissão estruturalmente machista, mulheres buscam destaque desde 1910

Em uma profissão estruturalmente machista, mulheres buscam destaque desde 1910

A fotografia no Brasil nasceu enraizada no ato de documentar a realidade. Com a chegada dos equipamentos em 1840, foi-se desenvolvendo a cultura da documentação fotográfica e, em meados da década de 1890, começou a ser utilizada com intuito jornalístico. Alguns dos jornais e revistas que ganham destaque neste início são “A Revista da Semana” e “O Cruzeiro”.

Hildegard Rosenthal

Todavia, essa não era uma profissão que incluía as mulheres de forma pacífica. O machismo institucional arraigado na sociedade brasileira foi e ainda é responsável pelo apagamento de diversas mulheres na história e, entre elas, também se incluem as fotojornalistas.

Por isso, o atual percurso busca mapear algumas das profissionais que marcam a história do fotojornalismo brasileiro com muito profissionalismo, criticidade e, acima de tudo, força e coragem para caminhar contra um sistema que busca, sem êxito, condicioná-las em caixas que não cabem suas grandiosidades.

Começando por Hildegard Rosenthal, a fotógrafa nasceu na Suíça e emigrou para o Brasil em 1937. Em terras brasileiras, Hildegard atuou como fotojornalista (profissão ainda em seu desenvolvimento) em meios de comunicação influentes da época. A fotógrafa Alice Brill também teve uma história parecida com a anterior, nasceu na Alemanha, mas precisou emigrar para o Brasil junto de sua família. Aqui  também atuou retratando a urbanização da cidade de São Paulo. Além de fotojornalista, também era fotógrafa e artista plástica.

Já a fotojornalista Alice Martins é natural do Brasil. Saiu do Rio Grande do Sul para fotografar os conflitos armados no oriente médio e é uma das poucas mulheres que atua na linha de frente fazendo cobertura da guerra na Síria. Gabriela Biló também nasceu no Brasil, seu foco é fotografar a política brasileira. Com um acervo de imagens críticas (e por vezes ácidas), Gabriela é um dos grandes nomes do fotojornalismo da atualidade.

Por fim, Paula Sampaio tem um viés mais documental. A mineira começou a trabalhar com fotografia em meados da década de 80, quando também começou a trabalhar para revistas. Suas fotografias buscam evidenciar a realidade brasileira em suas mais variadas formas.

Postagens do Percurso

Questões Orientadoras

  • Da primeira até a segunda fotógrafa citada neste percurso são referentes a mulheres que, mesmo não tendo nascido em solo brasileiro, se naturalizaram no país e atuaram ativamente no desenvolvimento da profissão de fotojornalismo.
  • Da terceira a quinta fotógrafa citada neste percurso são referentes a mulheres que nasceram em solo brasileiro e atuam no fotojornalismo dentro e fora do país.

#percurso é uma coluna de caráter formativo. Trata-se de pequenos roteiros pelos conteúdos publicados no Cultura Fotográfica, elaborados para orientar o leitor em sua caminhada individual de aprendizado. Quer conhecer melhor a coluna #percurso? É só seguir este link.

Como citar esta postagem

GANDRA, Nikolle. Mulheres no Fotojornalismo Brasileiro . Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/12/mulheresnofotojornalismo.html>. Publicado em: 9 de dez. de 2022. Acessado em: [informar data].

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Um percurso fotográfico pela ótica do cinema

Amnésia, Parasita, Cidadão Kane e Cidade de Deus: o que esses filmes têm em comum? Todos ganharam análises aqui no Cultura Fotográfica!


A composição imagética no cinema também constitui aquilo que chamamos de fotografia. Por isso, o percurso de hoje será sobre esse tema tão peculiar e interessante. Vamos criar um caminho para que você possa viajar pelos textos sobre cinema que já foram publicados aqui no blog e levantar questões sobre a fotografia no cinema.
O protagonista Charles Foster Kane está de pé sobre várias pilhas de jornais espalhadas pelo chão. O personagem veste um terno e usa um chapéu. O plano está de baixo para cima e ele olha numa direção próxima à nossa. Podemos notar que ao fundo, à nossa esquerda, está a parte de uma carroça e, do lado direito, um pedaço de um muro de tijolos.
Cidadão Kane (1941)

Afinal, a tarefa de transmitir suas ideias e a essência de uma história através da lente de uma câmera não é uma tarefa fácil. E por meio dos textos analisando obras cinematográficas como O Grande Hotel Budapeste (2014), Pássaro do Oriente (2014) e Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar (2019) observamos o modo como os diretores trabalharam para atingir esse objetivo. Utilizando artifícios de luz e sombra, jogo de cores, posicionamento dos atores e ângulos de filmagem que fizeram toda a diferença no resultado final.

Ainda, podemos, através das reflexões sobre O Fotógrafo de Mauthausen (2018), O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001) e Carta para Jane (1972) pensar sobre a importância que a fotografia tem em nossas vidas. Afinal, essa técnica tem o poder de contar histórias, inspirar pessoas e transformar outras vidas, além de deixar um legado para a humanidade.
Portanto, antes de começar a desbravar a vasta coleção de textos aqui do Cultura sobre esse tema, aqui vão algumas questões que podem servir de guia durante esta jornada. Aproveite! 

Lista de postagens que compõem o percurso

Questões orientadoras

No decorrer dos anos, o que se pode ver no modo de filmagem que permanece nos filmes de hoje? Com isso, de que forma os diretores de obras passadas contribuíram para o que hoje é conhecido como cinema?
De que maneira podemos pensar a fotografia como forma de transformação a partir de histórias reais ou fictícias retratadas no cinema?
De que forma o trabalho desses diretores pode ser adaptado de acordo com a fotografia produzida pel_ leit_r?

Links, Referências e Créditos

Filmes – Cultura Fotográfica

Feminismo em suas diversas formas: um percurso de aprendizagem

Fotografia em branco e preto com uma mulher mulçumana usando um véu na cabeça. Em seu rosto tem escritos árabes em formato circular.

Uma série de conteúdos elaborados para te informar sobre mulheres incríveis e seus trabalhos.
 
Nosso objetivo aqui é trazer visibilidade e reconhecimento sobre o trabalho de fotógrafas maravilhosas, que, muitas vezes, devido ao machismo existente na sociedade, foram invisibilizadas. Apesar de nem todas as fotógrafas se identificarem como feministas, o trabalho delas é um exemplo de resistência à opressão machista e, por isso, traremos aqui.
 
Trazemos à tona diferentes profissionais com diversos enfoques: algumas focam em retratar guerras, outras no feminismo negro, e enquanto algumas tratam da sexualidade, outras tratam do combate ao machismo. As temáticas são variadas, mas, reunidos os artigos, fica claro que o propósito das fotógrafas é o mesmo: deixar sua marca no mundo de alguma forma positiva, seja ajudando outras mulheres a superar situações de dificuldade, seja lutando por uma causa em comum.
 
 
Shrin Neshat
 
Como um percurso de aprendizagem autodirigido, o “Feminismo em suas diversas formas” oferece diferentes trajetórias para seu estudo. Sugerimos uma opção e você decide se é viável ou não para a sua maneira de aprender. Assim, se desejar, você terá sua jornada orientada, e, ao mesmo tempo, autonomia para selecionar os textos que mais tem interesse.
 
Para aproveitar melhor cada parte do caminho, é importante percorrê-lo com atenção e reflexividade. Por isso, recomendamos que a leitura seja realizada em um ambiente tranquilo, onde consiga se concentrar com facilidade. O objetivo é que a compreensão sobre o trabalho de cada profissional seja eficaz, afinal, quanto mais entendimento, maior será a transmissão de conhecimento entre as pessoas e, consequentemente, mais amplo o reconhecimento acerca das fotógrafas.
  • Mulheres Negras

Tesão no forróResgate da Ancestralidade NegraAline MottaConsuelo Kanaga

Aida Muluneh e as Narrativas Visuais Africanas
  • Fotógrafas de Guerra

Contrastes e Identidade

  • Violência contra mulheres

O Milagre de Rose Smith
Barbara DavidsonGarota Americana na ItáliaVivendo com o inimigo

  • Feminismo em essência

Liberdade de ser mulher
Claudia ReginaGertrudes AltschulA nova mulherEntre véus brancos e indecisãoA mesa da cozinhaLola Álvarez BravoO melodrama de Alex PragerProtagonismo feminino: o olhar de Margaret Bourke-WhiteGioconda RizzoAnnie LeibovitzHildegard Rosenthal e o protagonismo feminino no fotojornalismo brasileiroNair Benedicto

 
Em resumo, são esses os principais tópicos de cada grupo textual. O 1°, sobre fotógrafas negras, foca em trazer informações sobre a ancestralidade negra – como no texto “Resgate da Ancestralidade Negra”- e sobre a beleza das mulheres pretas. Já o 2°, “Fotógrafas de Guerra”, abrange desde o conteúdo das mulheres que estão inseridas em conflitos bélicos à questão da necessidade dessas vítimas em imigrar para sobreviver. Um ótimo exemplo desse grupo textual, é o texto “Contrastes e Identidades”, que aborda o sofrimento das mulheres no Islã por meio de colagens.
 
No 3° grupo, é evidenciada a questão LGBTQIA +, especialmente no recorte lésbico, que é o caso do texto “Orgulho e Paixão”. O 4°, nomeado “Violência contra mulheres”, inclui o conteúdo referente à violência doméstica e ao assédio sexual, como exposto, por exemplo, no artigo “Garota Americana na Itália”. E, por último, mas não menos importante, o percurso “Feminismo em essência”. Mais abrangente que os anteriores, ele reúne questões mais gerais, como empoderamento feminino, autoestima, primeiras fotógrafas brasileiras a serem reconhecidas, entre outras temáticas nesse âmbito.
 

#percurso é uma coluna de caráter formativo. Trata-se de pequenos roteiros  pelos conteúdos publicados no Cultura Fotográfica, elaborados para orientar o leitor em sua caminhada individual de aprendizado. Quer conhecer melhor a coluna #percurso? É só seguir este link.

 

Como citar este artigo

SOARES, Maria Clara .Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/feminismo-em-suas-diversas-formas-um-percurso-de-aprendizagem/>. Publicado em: 18 nov. 2022. Acessado em: [informar data].

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Fotografia Descolonizada

Como a fotografia acontece fora dos países que historicamente dominam esta área de atuação.

Como a fotografia acontece fora dos países que historicamente dominam esta área de atuação.

Quando falamos de fotografia, é quase inevitável que a maioria das pessoas busque referências europeias e norte-americanas para se guiarem. Seja por interesse em compreender a história da fotografia, para buscar referências técnicas e conceituais para a inspiração de um portfólio ou por simples facilidade em encontrar fotógrafos e fotógrafas de países colonialistas. Por isso, este texto busca evidenciar artistas e profissionais de países muitas vezes esquecidos nos livros teóricos.

Alberto Korda

Compreender a história da fotografia do outro lado mundo auxilia na extensão do repertório cultural, além de proporcionar uma visão mais crítica e ampliada a respeito deste tema. Desde amantes desta arte/profissão até mesmo apenas curiosos, ver como a fotografia se desenvolve na ásia ou na américa latina pode ser enriquecedor devido a suas características próprias, sejam elas culturais ou técnicas.
Se sentiu interessado por esta proposta, convido-o a viajar na arte e trabalho dos profissionais citados abaixo e desvendar o lado “B” da fotografia.

Postagens do Percurso

Questões Orientadoras

  • Os cinco primeiros tópicos são referentes a alguns dos países que compõem a Ásia. São eles: Japão, Índia, Irã, Rússia e Paquistão.
  • O sexto e sétimo tópicos são referentes a alguns dos países que compõem a África. São eles: Etiópia e Nigéria.
  • Do oitavo ao décimo terceiro tópicos são alguns dos países que compõem a América Latina. São eles: Brasil, Nicarágua, Cuba e México.
#percurso é uma coluna de caráter formativo. Trata-se de pequenos roteiros  pelos conteúdos publicados no Cultura Fotográfica, elaborados para orientar o leitor em sua caminhada individual de aprendizado. Quer conhecer melhor a coluna #percurso? É só seguir este link.
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I Ciclo de Apoio a Percursos Autodirigidos sobre Fotografia

Participe de nossos encontros de apresentação e apreciação de explorações, práticas e teóricas, no campo da fotografia.

Uma etapa fundamental de qualquer percurso autodirigido, prático ou teórico, sobre fotografia é a avaliação do trabalho produzido. No entanto, para examinar a própria obra é preciso estabelecer um distanciamento crítico, ou seja, afastar-se subjetivamente dela para ser capaz de abordá-la de maneira objetiva. Em razão de essa não ser uma tarefa fácil, muit_s fotógraf_s e pesquisador_s recorrem à apreciação de colegas. 
Nesse sentido, nós do Cultura Fotográfica oferecemos para você que está, por sua própria conta, explorando alguma questão, prática ou teórica, relacionada à fotografia a oportunidade de participar de um momento estruturado para apresentar e apreciar suas descobertas e as de colegas que estão na mesma situação.
Homem conversa remotamente com outras quatro pessoas via webconferência.
Surface | Unsplash

Por um lado, a apresentação de suas descobertas permitirá que você discuta e explore seus processos cognitivos e criativos e o incentivará à reflexão dos aspectos conceituais, estéticos e técnicos da exploração que você vem desenvolvendo. Por outro, a apreciação dos colegas permitirá a você compreender como os outros observam o seu trabalho. Na mesma medida, a exposição de sua apreciação dos trabalhos dos colegas o engajará num processo de leitura crítica da fotografia.


Inscrições

O período de inscrições para participar dos encontros de apresentação e apreciação de percursos autodirigidos sobre fotografia vai até o dia 25 de março de 2022. Nesta primeira edição do ciclo, serão apenas 6 vagas. Por isso, caso recebamos mais inscrições que a quantidade de vagas disponíveis, realizaremos um processo seletivo com base nos seguintes critérios:
– Originalidade e relevância da proposta;
– Clareza na apresentação da proposta.
O resultado da seleção será comunicado aos inscritos no dia 31 de março de 2022 pelo email informado no ato de inscrição.


Funcionamento

Os participantes selecionados terão aproximadamente 2 meses para desenvolverem suas explorações antes de realizarem a primeira entrega de suas descobertas, cujo prazo é o dia 27 de maio de 2022. Por entrega de descobertas, entendemos a evidência, a prova ou o testemunho do que você descobriu em sua exploração no campo da fotografia. Essa entrega pode ser feita em diferentes formatos: artigo, diaporama, ensaio, filme, fotografia individual ou conjunto de fotografias, livro, podcast, relatório, dentre tantos outros possíveis.
Nas duas semanas seguintes, nos dias  2 e 9 de junho de 2022, no horário de 19h às 21h, realizaremos encontros via Google Meet para a apresentação das descobertas dos participantes e das apreciações dos colegas. Cada um desses encontros serão divididos em 3 sessões de apresentação e apreciação com a seguinte estrutura: primeiro, um participante terá 6 minutos para apresentar suas descobertas, na sequência, um colega, escolhido e comunicado previamente pela organização, terá 9 minutos para relatar sua apreciação e, por fim, todos terão 15 minutos para conversar a respeito do trabalho apresentado.
Os encontros de apresentações e apreciações serão gravados e suas gravações serão publicadas no Canal do Cultura Fotográfica no Youtube. Após sua realização, os participantes terão cerca de 1 mês para finalizar suas descobertas conforme as contribuições dos colegas que acharem pertinentes e entregá-las, até o dia 8 de julho, para serem publicadas no blog do Cultura Fotográfica. Aos participantes que cumprirem todo o processo será entregue um Certificado de Participação.


Datas importantes

Período de Inscrições: até 25 de março de 2022;
Quantidade de vagas: 6;
Resultado da seleção: 31 de março de 2022;
Primeira entrega de descobertas: 27 de maio de 2022;
Encontros de apresentação e apreciação: 2 e 9 de junho de 2022, de 19h às 21h;
Entrega de descobertas para publicação: 8 de julho de 2022.
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Fotografe todo dia: um percurso de aprendizagem¹

Uma série de conteúdos elaborados para desenvolver suas habilidades em relação aos princípios básicos da fotografia e às técnicas avançadas.

Uma série de conteúdos elaborados para desenvolver suas habilidades em relação aos princípios básicos da fotografia e às técnicas avançadas.
A automação dos equipamentos fotográficos promoveu o acesso tecnológico de um enorme número de pessoas à produção fotográfica. Se, por um lado, é verdade que para tirar fotos basta apontar para um alvo, apertar o botão de disparo da máquina e deixar que a câmera faça o resto. Por outro, também é verdade que para produzir fotografias que se destaquem no universo das imagens é preciso muito estudo, muita prática e um pouquinho de sorte. Afinal, a sorte só aparece para quem está preparado para aproveitá-la.

Tanto para produzir um registro espontâneo, quanto para produzir uma composição planejada, é necessário mobilizar um grande número de ferramentas conceituais e técnicas. Por isso, assim como um atleta, um desenhista ou um músico, o fotógrafo também precisa criar uma memória corporal que lhe auxilie na execução de uma série de movimentos sem que para isso seja necessário pensar na maneira como irá realizá-los.

Não se trata de fotografar de maneira automática, como se fosse um autômato. Pelo contrário, trata-se de desenvolver um conjunto de hábitos mentais que liberem o fotógrafo de pensar em como manejar o aparelho fotográfico e lhe permitam dedicar toda a sua atenção e intenção à cena que ele pretende registrar. Disso decorre que para se tornar uma boa fotógrafa ou um bom fotógrafo é preciso treino.
2 câmeras fotográficas, marca Olympus, modelo Trip 35.
Flávio Valle

Fotografe todo dia

Nessa perspectiva, pensando que poderíamos contribuir para a formação técnica de nossos leitores, desenvolvemos o Fotografe todo dia, um percurso de aprendizagem autodirigida elaborado para subsidiar o desenvolvimento de suas habilidades fotográficas básicas e avançadas. Este é um programa de estudos para a vida toda. Não importa quão habilidoso você seja, a prática regular das competências aqui reunidas contribuirá para consolidação das bases de sua atividade como fotógrafo.
Periodicamente, publicamos, aqui no blog do Cultura Fotográfica, conteúdos que abordam algum princípio básico da fotografia ou alguma técnica avançada. No Fotografe todo dia, organizamos esses conteúdos em unidades de aprendizagem, como câmera, objetiva, iluminação, composição, tempo, espaço, cor e outras tantas. Dessa maneira, diferentes áreas da fotografia poderão ser desenvolvidas de maneira sistematizada.

Composição

Enquadramento

Espaço e Tempo

Iluminação

Sugestões para o percurso

Tal como em uma viagem, em uma jornada de aprendizagem partimos daquilo que conhecemos para avançarmos em direção àquilo que desconhecemos. Neste deslocamento, expandimos nossos conhecimentos e desenvolvemos nossas habilidades.
 
Como um percurso de aprendizagem autodirigida, o Fotografe todo dia oferece diversos caminhos possíveis. Dessa maneira, reconhecemos sua autonomia: você é livre para percorrê-los como quiser e é responsável pelas trilhas que escolher cursar. Contudo, se nos permite, gostaríamos de apresentar algumas orientações que acreditamos que poderão ajudar você a seguir em sua trajetória.
Organize sua jornada em etapas. Escolha um dos temas listados acima e dedique-se a praticar apenas ele durante uma semana. Sugerimos que cada estágio tenha a duração de uma semana porque este ritmo nos parece tão desafiador quanto possível de ser mantido.
Para aproveitar melhor cada parte do caminho, é importante percorrê-lo com atenção, intenção e contemplatividade. Por isso, recomendamos a realização de 3 sessões de prática em cada uma das etapas de sua jornada. Dessa maneira, você terá oportunidade de conhecer o tema, de praticá-lo e de refletir sobre ele.
Para nós, parece que 30 minutos é a duração ideal de uma sessão de exercícios. Menos tempo pode não ser suficiente e mais pode ser cansativo. Se tiver condições, após a realização de cada sessão, dedique mais alguns minutos para refletir sobre sua prática e analisar as fotografias que foram produzidas.
Talvez, em um primeiro momento, você pense que alguns temas sejam muito simples ou que seu conhecimento acerca deles já esteja muito consolidado para você desejar praticá-los. De fato, dedicar-se ao exercício das técnicas mais complexas é uma excelente estratégia para dominá-las. Contudo, recomendamos que também pratique os assuntos mais simples, pois quanto mais fácil o exercício de uma técnica, mais desafiador será utilizá-la para produzir uma fotografia que se destaque das demais.
Lembre-se que fazer fotografias é diferente de tirar fotos². Por isso, para que o Fotografe todo dia se constitua como uma ferramenta útil em sua jornada de aprendizagem, acreditamos que é importante que você se esforce para que todas as fotografias produzidas em uma sessão expressem claramente a competência que está sendo praticada e apresente as seguintes características:
  • um ponto de interesse evidente;
  • uma boa nitidez, com enfoque adequado e sem vibrações indesejadas;
  • uma exposição correta;
  • uma boa composição, mesmo quando este não for o tema da sessão de prática.
Por fim, arquive as fotografias que você produzir em cada sessão de prática para poder observar seu progresso ao longo de sua jornada. Uma boa estratégia para consolidar o aprendizado de cada etapa do caminho é produzir algo a partir dele. Por isso, sugerimos que semanalmente você produza e compartilhe um pequeno álbum com as fotografias que melhor ilustrem o tema que você praticou. Se quiser, você pode marcar a gente no Instagram, nosso perfil é @cultura.fotografica.

¹ Esta publicação foi atualizada em 21 de maio de 2021.
² Para saber mais sobre a diferença entre fazer fotografias e tirar fotos, recomendamos a leitura do livro Como criar uma fotografia. Neste link, você poderá ler a resenha que escrevemos sobre o livro do fotógrafo e professor Mike Simmons.
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