Gabriel Chaim: Um olhar sobre a guerra

No front de conflitos, o fotógrafo conta a história de pessoas que temem por suas vidas.

No front de conflitos, o fotógrafo conta a história de pessoas que temem por suas vidas.

Gabriel Chaim, 40 anos, é um jornalista, fotógrafo e documentarista brasileiro. Nascido em Belém (PA), formou-se em gastronomia pela faculdade Anhembi Morumbi e estudou fotografia em Florença, na Itália. Em 2013, começou a fotografar guerras, o que permitiu unir a paixão pela fotografia com o desejo de denunciar questões sociais agravadas pelos conflitos armados.

A fotografia mostra Gabriel Chaim, um homem branco, de 40 anos, usando roupas de combate. Ele usa um capacete e fuma um cigarro
Gabriel Chaim

Em meio aos estilhaços, Gabriel registra cenas que contrastam harmonia e paz. Suas fotografias, apesar de parecerem cenários cinematográficos distópicos, revelam uma realidade sufocante e angustiante para quem a vive. 

Essas fotos também contam histórias de pessoas em áreas de conflitos que estão quase sempre sem resquícios de esperança e ao serem fotografadas, sejam em meio ao combate ou tentando buscar refúgio, ganham voz e visibilidade. Chaim, além de mostrar edifícios caídos e corpos dilacerados por bombas, mostra também aqueles que resistem, que colocam suas vidas abaixo dos ideais pelos quais acreditam e lutam.

Gabriel foi preso enquanto gravava um documentário devido a tentativa de passar ilegalmente da Síria para a Turquia. Em entrevista para o programa televisivo “Todo Seu”, ele afirmou: “Eu não pensei duas vezes, a notícia naquele momento era o mais importante, eu tinha que estar lá, eu tinha que retratar, eu tinha que mostrar o que estava acontecendo”. Essa fala dele expõe a violência contra jornalistas, que ao tentar exercer o seu trabalho de trazer informações para a sociedade, são perseguidos, presos e até mesmo mortos.

A fotografia mostra um homem sentado em uma poltrona que está em uma rua cheia de destroços. Ele usa roupas militares, colete e há uma arma apoiada em sua perna.
Gabriel Chaim
Aparece em primeiro plano na fotografia uma menina que parece ter entre quatro a seis anos de idade. A menina usa uma blusa vermelha estampada com flores e uma calça rosa. Atrás da menina há um carro azul totalmente amassado em cima de escombros.
Gabriel Chaim
A fotografia mostra corpos de soldados espalhados em uma estrada de terra.
Gabriel Chaim

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SILVA, Vinícius. Gabriel Chaim: Um olhar sobre a guerra. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/gabriel-chaim-um-olhar-sobre-a-guerra/>. Publicado em: 28 de março de 2023. Acessado em: [informar data].

Gabriela Biló: o poder da mulher na fotografia política.

O cenário político brasileiro pelas lentes desta fotojornalista carregam as doses certas de ironia e criticidade que constroem sua carreira

O cenário político brasileiro pelas lentes desta fotojornalista carregam as doses certas de ironia e criticidade que constroem sua carreira

Em Brasília, cenário dos maiores escândalos da política brasileira, a fotojornalista Gabriela Biló se arrisca para conquistar fotografias que compõem um portfólio ousado. Natural de São Paulo, se mudou para a capital, tornando-se a primeira mulher do jornal Estadão a fotografar a política em sua sede. Com criticidade e humor seu trabalho muitas vezes irrita figuras políticas.

Gabriela Biló

Formada em jornalismo na PUC de São Paulo, começou a trabalhar de forma profissional no jornal “Futura Press”. Aos poucos, foi desenvolvendo sua aptidão para o fotojornalismo, até que em 2013, devido a sua cobertura de protestos, chamou a atenção do Estadão e se transferiu para lá. Como única jornalista mulher em sua área de atuação no jornal, encara um ambiente machista, mas nunca se deixa intimidar por conta disso.

Cobre o cenário político desde 2013, porém nos últimos 4 anos deu bastante ênfase em fotografar o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que tem sido o personagem principal de seu portfólio no instagram. Apesar de sofrer constantes ataques na internet, Gabriela Biló continua produzindo um trabalho profissional cheio de criticidade, o que a levou a ganhar o troféu de Mulher Imprensa  em 2020 e ser finalista do prêmio Vladimir Herzog.

Várias facetas de Bolsonaro enquanto ele gesticula.
Gabriela Biló
Bolsonaro olhando as horas.
Gabriela Biló
Foto em preto e branco de Bolsonaro. Seu rosto não aparece, apenas a sombra, sendo o lado escuto.
Gabriela Biló

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NASCIMENTO, Nikolle. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotografica.com.br/gabriela-bilo/>. Publicado em: 21 mar. 2023. Acessado em: [informar data].

Superinteressante: capas que marcam gerações

Enxergando além do óbvio desde 1987 e encantando leitores por todas as bancas do país.

A Superinteressante chegou ao Brasil há mais de 30 anos com a proposta de ser uma revista que falasse sobre ciência e cultura, e, logo na primeira edição, já foi um sucesso de vendas. Sendo uma versão nacional da espanhola Muy Interesante, a Super – como é carinhosamente chamada desde 1994 – é famosa por suas capas: sempre intrigantes e convidativas, seguindo a ideia de fazer o leitor se aprofundar no conteúdo da revista.

Com a manchete “A Revolução dos Supercondutores” sob o céu azulado, a imagem mostra um trem-bala vermelho sobre uma linha ferroviária num campo verde.
Capa da primeira edição | Superinteressante

A Super também é reconhecida internacionalmente por toda a arte que a compõe. Entre os pontos mais marcantes podemos citar as infografias que já são uma marca da revista e fizeram com que ela recebesse o Prêmio Malofiej – conhecido como o “oscar dos infográficos” – mais de uma vez. E as capas são uma verdadeira obra a ser analisada, misturando fotografias, desenhos, efeitos em photoshop entre outros.

Esta edição traz a manchete “Smartphone - o novo cigarro”. Nela, em plano médio, um homem está numa posição de semi perfil, num fundo azul escuro e olha para o smartphone cuja tela brilha intensamente. O aparelho parece sugar o rosto do jovem.
Edição de outubro de 2019 | Superinteressante
A manchete da revista é “Hipnose: como ela pode ajudar na sua vida” e traz o rosto de uma moça que está flutuando na água. Ela traz um sorriso tímido e olha em nossa direção, iluminada por uma luz amarelada à sua direita e uma luz azulada à sua esquerda.
Edição de abril  de 2022 | Superinteressante
Com a manchete “A Era da Mentira”, temos uma fotografia de peças que compõem um boneco de madeira do Pinocchio dispostas sobre uma peça, aparentemente uma mesa, de madeira amarela.
Edição de agosto de 2015  | Superinteressante
Com a manchete “Magnetorrecepção: o sexto sentido”, a capa apresenta uma moça em semi perfil olhando para um ponto à nossa direita. Ainda nesse lado, está iluminada por uma luz rosada e, do outro, por uma luz azulada. No centro, um laser branco pontilhado traça um desenho no rosto da mulher.
Edição de dezembro de 2021  | Superinteressante
A manchete “O enigma do Alzheimer” traz na capa uma senhora olhando para um espelho arredondado no qual seu reflexo está se desintegrando.
Edição de janeiro de 2022  | Superinteressante
Com a manchete “O lado sombrio dos Contos Infantis”, uma moça está posando vestida com uma roupa característica da personagem infantil Chapeuzinho Vermelho e segura uma máscara de lobo próxima ao rosto.
Edição de novembro de 2016  | Superinteressante
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MAIA, Amanda. Superinteressante: capas que marcam gerações. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/superinteressante-capas-que-marcam-geracoes/>. Publicado em: 14 de mar. de 2023. Acessado em: [informar data].

Steven Klein

Um toque de obscuridade e surrealismo

Um toque de obscuridade e surrealismo

Steven Klein é um cineasta e fotógrafo de moda estadunidense. Com uma técnica que ultrapassa a intenção documental da fotografia, visando uma abordagem mais artística e criando imagens icônicas. Ele é conhecido também pelo seu trabalho ao fotografar celebridades como Madonna, Rihanna, Britney Spears e Lady Gaga.

Fotografia da cantora Madonna, vestindo uma roupa preta de bolinhas brancas com um tecido transparente na parte dos ombros. Ela apoia a nuca em uma mesa enquanto toca um saxofone.
Steven Klein

O fotógrafo Steven Klein nasceu em Nova Iorque em 1962. Ele estudou desenho na Rhode Island School of Design, mas mudou para o curso de Fotografia, preferindo se dedicar a essa área. A partir da fotografia, ele pode trabalhar com marcas como Calvin Klein, D&G, Alexander McQueen e Nike, além de revistas como Vogue, i-D, Numéro, W e Arena.

As fotografias de Steven Klein trazem narrativas transgressoras capazes de desconstruir os clichês relacionados à fotografia. Suas imagens possuem um tom sensual e sombrio, misturando o mundo da moda e comercial, com o erotico e o obscuro. Fazendo uma junção do belo e do horror, em um desarranjo, que causam um certo desconforto ao observador. As maiores marcas de seu trabalho são os elementos que circundam o cinema, a cultura cyberpunk e os fetiches sexuais.

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Paes, Nathália. Steven Klein. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2023/03/steven-klein.html>. Publicado em: 7 de mar. de 2023. Acessado em: [informar data]. 

Berenice Abbott

Fotógrafa documental da cidade de Nova Iorque

Fotógrafa documental da cidade de Nova Iorque

Natural de Ohio, Estados Unidos, Berenice Abbott produziu instigantes fotografias urbanas e retratos. Semelhante ao trabalho de Eugène Atget, em Paris, a artista ficou conhecida pelo registro da modernização da cidade de Nova Iorque na década de 30. 

A foto, em preto e branco, foi tirada de um ângulo alto e mostra uma comprida rua com altos prédios de ambos os lados. A rua está bastante iluminada pela luz solar e há diversos carros, ônibus e pessoas a pé transitando por ela.
Berenice Abbott

Em 1921, com 23 anos, Abbott abandonou a universidade de jornalismo e mudou-se para a França a fim de estudar escultura. Chegou a trabalhar de assistente no estúdio de Man Ray e, também nessa época, teve contato com as fotografias de Paris de Eugène Atget que, posteriormente, seria uma de suas principais inspirações.

Aos 32 anos, Berenice retorna aos Estados Unidos, especificamente à Nova Iorque, e resolve registrar a crescente modernização da cidade. Berenice Abbott produziu fotos que abordam desde comerciantes e suas lojas à imagens distantes de prédios e ruas nova-iorquinas lotadas de gente.

A foto em preto e branco mostra a fachada de uma loja que possui dezenas de anúncios informando produtos e seus preços. Devido à quantidade de placas de anúncio não é possível enxergar a parte interior da loja pela vitrine.
Berenice Abbott

Além de seu famigerado trabalho registrando o crescimento da cidade estadunidense, Berenice chegou a produzir diversos retratos. O mais conhecido é seu autorretrato de 1930 que ficou famoso após a fotógrafa distorcer sua imagem, em 1950.

A imagem em preto e branco é uma distorção do rosto da autora. Desse modo, seu olho esquerdo aparece alguns centímetros acima do olho direito.
Berenice Abbott
A imagem em preto e branco mostra um par de mãos parcialmente sobrepostas. Ambas estão apoiadas sobre um chapéu.
Berenice Abbott

Abbott faleceu em 1991, aos 93 anos, em sua casa em Maine, Estados Unidos, deixando um extenso e grandioso trabalho fotográfico.

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COUTO, Sarah. Berenice Abbott. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/10/berenice-abbott.html>. Publicado em: 28 de fev. de 2023. Acessado em: [informar data].

Paul Freeman

A essência da masculinidade tem nuances de erotismo e sensibilidade.

A essência da masculinidade tem nuances de erotismo e sensibilidade

O australiano, Paul Freeman, é formado em literatura inglesa e história. O trabalho atual do fotógrafo é notoriamente reconhecido pelos traços autorais em suas fotografias. De forma geral, os elementos principais das fotografias de Freeman são homens nus e seminus.

Dois homens nus e sujos de lama brincando de lutinha em cima de um tronco de árvore num pântano.
Paul Freeman

As fotografias de Freeman exibem a beleza de corpos masculinos de forma irreverente e sofisticada. Posando-os em cenários rústicos, sujos e ásperos, os modelos fotografados transmitem a sensibilidade e a vulnerabilidade que quase nunca é associada à masculinidade.

Enquanto muitos homens são temidos pelos músculos e pela aparência austera, nas fotografias de Paul Freeman, a beleza quase escultural desses corpos provam que ainda existe meninice por debaixo dos músculos e pelos corporais; e não somente isso, como também a arte, a sensibilidade e sentimentos que nem sempre são vistos sob olhares superficiais.

Dois homens nus ancorando um barquinho num lago.
Paul Freeman
Três homens nus brincam na lama.
Paul Freeman
Homem posando nu ao lado de um cavalo nu celeiro escuro.
Paul Freeman
Um homem nu sorri dentro de uma banheira. Está usando botas e suas roupas estão na borda da banheira.
Paul Freeman
Três mergulhadores estão submersos numa piscina na fotografia em preto e branco e parecem buscar por algo embaixo d’água.
Paul Freeman
Dois roqueiros parecem cantar ao microfone. Enquanto um está nu o outro está vestindo calças e um colete enquanto toca guitarra num cenário sujo e enferrujado.
Paul Freeman 
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BRITO, C. S. Paul Freeman. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://tinyurl.com/t7pen2me>. Publicado em: 21 de fev. de 2023. Acessado em: [informar data].

As icônicas capas da revista LIFE

O periódico semanal americano que marcou a história do jornalismo e do fotojornalismo ao redor do mundo. 

A revista LIFE foi originalmente fundada em 1883 por John Ames Mitchell e Andrew Miller, mas só ganhou a forma como a conhecemos, a de uma revista focada em fotografias, em 1936 sob o comando de Henry Luce. Ganhando as bancas toda semana com novas edições até 1972 e, mais tarde, mensalmente até os anos 2000.
Entre as características mais marcantes da LIFE estão suas capas estampadas por fotógrafos como Alfred Eisenstaedt, Margaret Bourke-White e James Burke. Nelas, foram estampados rostos de grandes personalidades do século XX como Winston Churchill, Audrey Hepburn, Elizabeth Taylor, Angela Davis e Michael Jackson. Assim como fotografias de marcos importantes da História contemporânea, como o beijo na Times Square após o fim da Segunda Guerra Mundial e a chegada do homem à lua com a missão Apollo 11.
A revista conta com 2.237 edições e mantém um site que conta um pouco de cada fotógrafo que passou pela LIFE, além de novos textos que carregam a mesma essência da revista. Por fim, o portal abriga o The Life Picture Collection que reúne todas as icônicas fotografias já publicadas pela LIFE para que esse rico acervo perpetue para o conhecimento de gerações posteriores.
A gigantesca represa Fort Peck nos Estados Unidos. A imagem em preto e branco mostra a estrutura de concreto com duas pessoas olhando para baixo. As pessoas estão muito pequenas por conta da distância em que a foto foi tirada.
Primeira capa da revista LIFE | Margaret Bourke-White
Foto mostra o então presidente dos Estados Unidos e a primeira dama andando de carro enquanto uma multidão acena para eles.
John Kennedy e Jacqueline Kennedy |  LIFE
Foto em preto e branco do famoso beijo na Times Square ao fim da Segunda Guerra Mundial. Na imagem há um marinheiro beijando uma enfermeira em meio a uma multidão na famosa rua nova iorquina.
O beijo na Times Square| LIFE
Foto colorida de um astronauta da missão Apollo 11 em solo lunar (primeiro plano).

Edição especial | LIFE

Foto em preto e branco do casal de dançarinos Veloz e Yolanda, ambos sorriem e estão vestidos elegantemente, ele segura sua parceira pela cintura e ela se curva abrindo a saia rodada de seu longo vestido.
Veloz e Yolanda | LIFE

Imagem em cores de Elizabeth II em seu retrato oficial de sua coroação como rainha na década de 1950. Ela usa um vestido formal branco, uma faixa azul e sua coroa.
Rainha Elizabeth II | LIFE
Foto em preto e branco de crianças indígenas, cujo povo originário não está indicado na fotografia, parecem dançar. Elas usam vestimentas correspondentes à sua cultura e movimentam os braços. Todas olham para direções diferentes, mas o destaque vai para a criança ao centro que tem o rosto direcionado para cima.
Dutch East Indies | LIFE
Foto colorida do ícone do cinema no século XX, Elizabeth Taylor segurando sua filha bebê nos braços. Ela está deitada e olha para a filha amorosamente.
Elizabeth Taylor e sua filha, Liza Todd | LIFE
Foto em preto e branco de um atleta em posição de corrida. Ele veste um short e calçados próprios para o esporte.
Capitão dos Campiões | LIFE
Foto colorida do interior da Capela Sistina onde diversos cardeais se reunem. Há uma pequena procisão em direção ao então recém nomeado Papa da Igreja Católica, Paulo VI.
Na Capela Sistina, cardeais prestam homenagens a Paulo VI | LIFE
Foto em preto e branco do ex-primeiro ministro inglês Winston Churchill pintando um quadro num estúdio. Ele olha para a câmera e segura alguns instrumentos para pintar, Winston também veste um terno, chapéu e fuma um charuto. Atrás dele, há outros quadros e uma janela.
Winston Churchill  | LIFE

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda segunda-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

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MAIA, Amanda. As icônicas capas da revista LIFE. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/10/As iconicas capas da revista LIFE.html>. Publicado em: 14/02/2023. Acessado em: [informar data].

José Luis Barcia Fernandez

O fotógrafo que captura a essência do mistério

O espanhol José Luis Barcia Fernandez, de Astúrias, é formado em química e trabalha como gerente de logística. Entusiasta da fotografia urbana e da arquitetura,  realiza suas fotos somente com telefones celulares.

Fotografia que capta os raios de luzes e a sombra projetada de dois vãos. Na penumbra um homem com um chapéu está caminhando.
José Luis Barcia Fernandez

As fotografias do espanhol são dignas de uma montagem teatral, dado alguns elementos muito peculiares de seus cliques, dos quais o mais evidente é o contraste entre preto e branco e a composição dos elementos na fotografia. É comum encontrar silhuetas de pessoas em suas fotografias, geralmente caminhando para a escuridão.

Luis chama atenção pela composição. De alguma forma, a grande maioria de suas fotografias parece datar de um tempo no passado, ainda que sejam bastante atuais. A luz é sempre forte, e a escuridão, sempre muito intensa. Isso causa uma impressão artística muito forte e uma assinatura muito peculiar nas capturas visuais de Fernandez.

Fotografia foi tirada num ângulo de cima para baixo e é dividida em terços. No terceiro terço há um homem caminhando e nos outros apenas a sombra de alguma coisa projetada sob uma rua ladrilhada. A luz é forte e projeta sombra.
José Luis Barcia Fernandez
Um homem com chapéu caminha num ambiente escuro e esfumaçado. A fotografia possui muitos elementos misteriosos e um jogo de luz e sombras.
José Luis Barcia Fernandez
Fotografia preta e branca de um homem de chapéu está de costas aparentemente olhando para um céu onde pássaros vão entre as nuvens.
José Luis Barcia Fernandez
Fotografia em preto e branco do reflexo de uma mulher caminhando no terço iluminado de uma rua onde uma sombra está projetada logo ao lado.
José Luis Barcia Fernandez

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda segunda-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

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BRITO, C. S. José Luis Barcia Fernandez. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: https://culturafotografica.com.br/jose-luis-barcia-fernandez/ Publicado em: 07 de Fev. de 2023. Acessado em: [informar data].

Shirley Stolze pelas ruas de Salvador

Shirley Stolze, 62 anos, 34 de profissão, é artista visual e uma das principais representantes do fotojornalismo da Bahia.

Shirley Stolze, 62 anos, 34 de profissão, é artista visual e uma das principais representantes do fotojornalismo da Bahia.

Atualmente, Shirley é fotógrafa para o jornal A Tarde, um dos veículos de comunicação baianos de maior destaque. Fotógrafa de rua e auto-intitulada “andarilha”, Shirley costuma andar por Salvador a fim de que sua observação do cotidiano consiga capturar algo que fuja da normalidade ou que seja tão normal que foge da nossa observação.

Um garoto negro em primeiro plano de costas para a câmera segura  uma fita do Nosso Senhor do Bonfim.
Shirley Stolze

Em entrevista para a  Fraude, revista digital de jornalismo cultural, produzida por integrantes do Petcom da UFBA, ela conta: “A rua é uma grande escola, ensina tudo. Basta você estar atento aos sinais, às imagens, e ter muita paciência. Eu nunca gostei de escrever: eu escrevo através da imagem”.

Nas ruas, o palco da realidade social, Shirley captura o mais intrínseco da cidade. Fotografias de pessoas no ir e vir, manifestações culturais, comemorações religiosas ou um ensolarado fim de tarde em uma praia. O trabalho da fotógrafa tem como característica o empoderamento de religiões de matriz africana. Além disso, Shirley é autora de uma série de fotografias com a legenda “Salva-Dor”.  Nesse trabalho, que é publicado em seu perfil no Instagram, ela aborda temáticas sociais registrando pessoas em situação de falta de moradia, fome e saneamento precário em zonas urbanas.

A  fotografia mostra um garoto negro mergulhando em uma praia de Salvador, (BA).
Shirley Stolze
 
A fotografia apresenta um homem negro, usando uma camiseta e uma bermuda e calçando chinelos. Ele está deitado em uma calçada, na frente de um estabelecimento com uma porta de correr vermelha, o homem está em cima de um pedaço de papelão, com uns tecidos abaixo de sua cabeça. Ao seu lado, há três cachorros deitados.
Shirley Stolze
 
Em primeiro plano, a imagem mostra uma mulher negra de mãos dadas com  uma menina também de pele negra. A menina usa roupas características do Bembé de Mercado,  uma festa religiosa conhecida também como Candomblé de Rua.
Shirley Stolze

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SILVA, Vinícius Augusto. Shirley Stolze, pelas ruas de Salvador. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2023/01/shirley-stolze-pelas-ruas-de-salvador.html>. Publicado em: 31 de jan. de 2023. Acessado em: [informar data]. 

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