Tina Modotti

A força das mulheres é destaque em sua obra.

Tina Modotti, mulher, militante e artista, nasceu  em 16 de agosto de 1896 na cidade de Udine, no norte da Itália, batizada como Assunta Adelaide Luigia Modotti Mondini. Trabalhou como atriz, editora e fotógrafa, foi filiada ao Partido Comunista Mexicano, integrante do Escudo Rojo Internacional e voluntária na Guerra Civil Espanhola.

Tina Modotti

Seu primeiro contato com a fotografia foi na infância, quando visitou o estúdio fotográfico de seu tio Pietro Modotti. Com 21 anos, se casou com o poeta e pintor Roubaix de l’Abrie Richey, mais conhecido como “Robo”, passando a conviver com artistas da Califórnia, entre eles o fotógrafo Edward Weston, com quem retomou seu contato com a fotografia. Em 1923, Tina Modotti se mudou para o México, onde posou como modelo para alguns murais de Diego Rivera. Em um deles, apareceu ao lado de Frida Kahlo, com quem manteve uma amizade.

Inicialmente, a obra de Tina Modotti mostra a beleza da natureza, como as flores. Entretanto com o passar dos anos, isso muda e ela começa a retratar a vida dos trabalhadores mexicanos. Um dos temas que ela aborda é a representação feminina, na qual é ressaltada a beleza e a força das mulheres fotografadas.

 Tina Modotti ,1926
Tina Modotti, 1929
   Tina Modotti, 1926
  Tina Modotti, 1929

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HELENA, Beatriz. Tina Modotti. Cultura Fotográfica. Publicado em: 23 de ago. de 2021. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/tina-modotti/. Acessado em: [informar data].

A força de Ynet Nili

A história por trás da fotografia vencedora do prêmio Pulitzer de 2007 

A história por trás da fotografia vencedora do prêmio Pulitzer de 2007

A fotografia foi feita em 2006 pelo fotógrafo israelense Oded Balilty enquanto ele cobria a desocupação de um acampamento ilegal de palestinos chamado Amona, em Israel. A ordem de desocupar o acampamento veio do governo de Israel, sob a alegação de que sua construção nunca havia sido aprovada. A garota na foto é Ynet Nili, que na época tinha 16 anos e estava tentando desesperadamente salvar a sua casa que ficava a poucos metros de onde a foto foi tirada.

Oded Balilty, Amona, Israel, 2006

Quando a foto foi publicada, ela teve uma gigantesca repercussão. O fotógrafo Oded Balilty se tornou o primeiro israelense a vencer o prêmio Pulitzer, o que não é nada surpreendente considerando a mensagem de força e resistência que a foto passa.  

Essa mensagem de força está muito ligada à forma desbalanceada da composição. Ynet ocupa uma parte muito pequena da foto e está muito à direita da foto, já os soldados, ocupam uma grande área que sai desde o lado esquerdo e vai até o direito. Isso ajuda a ressaltar a desvantagem na qual a garota estava.

Porém, apesar de toda essa diferença de força, temos a impressão de que ela está segurando todo o pelotão. Isso se deve a maneira com que os corpos estão dispostos. O de Ynet encontrava-se inclinado contra os soldados, já o corpo do soldado que está mais à frente, parece estar inclinado para trás. Com isso a garota parece estar mais firme, enquanto os soldados parecem estar caindo.

Contudo, ao ser perguntada sobre o momento dessa foto, Ynet diz que foi derrubada e espancada pelos soldados, que agiram de maneira violenta com todos os moradores do acampamento. Poderíamos, então, concluir que a foto é inverídica, já que passa uma mensagem de resistência intransponível, mesmo que a garota não tenha segurado os soldados ?

A fotografia vencedora do prêmio poderia, por exemplo, ter sido a do espancamento de Ynet logo depois desse momento, mas uma foto assim faria jus à coragem da menina de correr em direção aos escudos? Por mais que ela mostre o que realmente ocorreu com Ynet, ela teria a mesma força, simbolizaria também a resistência dos oprimidos?

Essa é uma foto que segue muito bem o conceito de momento decisivo criado pelo fotógrafo Henri Cartier Bresson. Mesmo que isso não seja mostrado, não é difícil perceber que a garota não conseguiu segurar a investida militar por muito tempo, mas também mostra a sua coragem de sair de sua casa e correr em direção a soldados armados com o único intuito de proteger seu lar e sua família. No fim, a foto, mesmo mostrando apenas alguns milésimos de segundo, conta toda uma narrativa com começo, meio e fim.

#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

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CAVALHEIRO, Pedro Olavo Pedroso. Shomei Tomatsu e a Globalização. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotografica.com.br/shomei-tomatsu-e-a-globalizacao/>. Publicado em: 25 de maio de 2022. Acessado em: [informar data].

Entre as Festas de São João

As festas de São João não aconteceram em 2020/21 devido a pandemia covid-19. Bora matar a saudade?

O fotógrafo carioca, especialista em moda e cultura popular,  Yuri Graneiro, registrou, no ano de 2017, cenas das Festas de São João no Norte e Nordeste do Brasil. Vamos matar a saudade do arraiá pelos registros realizados em São Luís do Maranhão?

“Bumba-meu boi” São Luis do Maranhão. Yuri Graneiro, 2017.

Considerada uma das maiores festas de São João do país, o  arraiá de São Luís,  conta com múltiplos shows e programações que atraem pessoas do Brasil e do  mundo. Nessa série fotográfica, Yuri Graneiro registra o encontro de várias tradições do Brasil na noite de São João.
Acima, a fotografia do “Bumba-meu boi” ou “Boi-bumbá” apresenta um personagem do folclore brasileiro, caracterizado para a noite de São João. Mas a festa não para por aqui! Nas próximas fotografias as tradições afro-brasileiras e dos povos originários marcam sua presença no arraiá com suas apresentações! Que grande encontro, né mesmo?

Apresentação da dança “tambor de crioula”. São Luís do Maranhão. Yuri Graneiro, 2017.
Apresentação dos povos originários. São Luís do Maranhão. Yuri Graneiro, 2017.

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As fotografias de Sofia Tolstói

Fotógrafa teve o trabalho eclipsado pelas exigências de seu marido, o escritor Liev Tolstói. 

Fotógrafa teve o trabalho eclipsado pelas exigências de seu marido, o escritor Liev Tolstói.

Sophia Andreyevna Tolstaya nasceu em Moscou no ano de 1844, ela era  filha de um importante médico, famoso por atender os Czares russos. Desde criança recebeu uma educação tradicional, focada em aprender tarefas domésticas. Porém, ela também era muito estudiosa e aos 16 anos já tinha recebido  um diploma de preceptora da universidade de Moscou.

Sofia Tolstói, autorretrato, Yasnaya Polyana, 1903

Foi nessa época que ela  ganhou sua primeira câmera e aprendeu todos os processos necessários para fotografar. Aos 18 anos, se casou com o escritor Liev Tolstói. Seu casamento foi conturbado, já que Tolstói acreditava que a mulher deveria ser totalmente devota ao marido. Além das tarefas domésticas ela era responsável por negociar os direitos de impressão e tradução dos livros do escritor. 

Mesmo não podendo se aprofundar na fotografia, devido às demandas da vida doméstica, suas fotos possuíam composições muito bem pensadas e uma grande sensibilidade com as pessoas fotografadas. A principal área de concentração de sua obra foi a documentação da vida de seu marido e do cotidiano das regiões agrárias da velha Rússia Czarista.

Sofia Tolstói, Liev Tolstói, Graspa, Criméia, 1901
Sofia Tolstói, Rio Voronca, 1897.
Sofia Tolstói, Vila de Yasnaya Polyana, 1896
Sofia Tolstói, Liev Tolstói, Vila de Yasnaya Polyana, 1902
Sofia Tolstói, Yanaya Polyana, 1893

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  • BENDAVID-VAL, Leah. TOLSTÓI, Sofia. Song Without Words: The Photographs & Diaries of Countess Sophia Tolstoy. National Geographic; Illustrated edition, 2007

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CAVALHEIRO, Pedro Olavo Pedroso. Shomei Tomatsu e a Globalização. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotografica.com.br/shomei-tomatsu-e-a-globalizacao/>. Publicado em: 25 de maio de 2022. Acessado em: [informar data].

Zonas de obscuridade: O olhar de Alice Martins

A fotojornalista brasileira, registra os cotidianos das pessoas que convivem com os conflitos armados no oriente médio.
 

Essas fotografias foram realizadas em locais marcados pelas guerras. O que acontece nessas ruas, como as crianças são educadas, todos os cidadãos pegam em armas? Essas são algumas perguntas instigadas pelos registros de Alice Martins.

Uma hora dourada empoeirada. Alice Martins, 2019.


Alice é uma das poucas mulheres que registraram os conflitos armados na Síria, que tiveram início em de 2012. Dadas tantas notícias de conflitos, migrações, bombardeios, etc no oriente médio, cenas do cotidiano tornam-se obscuras e o que é “comum” passa a ser extraordinário,
 
Entre ruas, ruínas e casas, a vida acontece. Observamos a fotografia abaixo e nos recordamos dos rostos e da atmosfera de ir à feira. Na próxima fotografia, o garotinho com algodão doce passa por uma parede mal acabada ou bombardeada. O vestido de noiva atrás abandonado, ou perdido, serve para à curiosidade, posto o lugar que ocupa.
 
 
Mulheres fazendo compras na cidade de Raqqa. Alice Martins, 2019.


 
Menino desabrigado pela guerra na Síria. Alice Martins, 2019.

Vestido pendurado fora de uma casa na Medina de Tânger. Alice Martins, 2017.
 
 
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Links, Referências e Créditos

 

  • http://www.confoto.art.br/fotografia/fotoclubes/amazonas/item/49-palestra-com-a-fotojornalista-ga%C3%BAcha-alice-martins.html
  • https://www.instagram.com/martinsalicea/
  • http://www.confoto.art.br/fotografia/fotoclubes/amazonas/item/49-palestra-com-a-fotojornalista-ga%C3%BAcha-alice-martins.html
  • https://globoplay.globo.com/v/3284277/

A poesia em “Malandragem”

.Registro emblemático do fotógrafo German Lorca gera reflexões sobre os diferentes modos de se fotografar

Uma rua escura e molhada de São Paulo, dois homens e um enquadramento singular. Esses são os principais personagens da famosa fotografia Malandragem, feita por German Lorca em 1949. Tais elementos ao serem unidos com o modo único de fotografar do paulista revelam um registro com um lirismo intrínseco, uma maneira diferente de se fazer poesia. 
German Lorca
Como já foi citado na galeria dedicada ao fotógrafo German Lorca, que você também pode acessar aqui no Cultura Fotográfica, São Paulo sempre foi a sua maior inspiração. Ele acompanhou a modernização da capital e outras situações cotidianas de uma forma bem singular. A fotografia naquela época começou a ser usada de uma maneira cada vez menos tradicional. Lorca e outros fotógrafos do fotocineclube Bandeirantes começaram a usar técnicas diferentes para expressar os temas da cidade e do homem moderno, usando a fotografia como um meio de criar ficções.
A fotografia “Malandragem”, destacada acima, carrega vários elementos que denunciam seu lirismo. O primeiro é demonstrado pelo seu singular enquadramento. Os dois personagens da imagem, que aparentam ser homens vestidos com trajes sociais, estão parados um de frente para o outro com poses parecidas, porém invertidas, em uma espécie de espelhamento. O enquadramento, no entanto, não parece se preocupar em registrá-los por completo e se detém em apenas mostrar os seus pés. 
Por ser espelhado pelos dois personagens, o posicionamento dos pés, que em uma primeira olhada é o elemento mais forte para entender o que está acontecendo na cena,  sugere uma espécie de tramoia ou talvez um complô. Esse enquadramento pouco detalhista cria uma imediata sensação que elucida muito bem o próprio título da imagem “Malandragem”, como se o registro tivesse sido tirado às escondidas e os segredos dos dois personagens estivessem bem guardados. 
Um feixe de luz, no entanto, vai de encontro com uma poça d’água que está na rua e reflete a parte de cima dos personagens em uma silhueta um tanto turva. Esse elemento, que sem dúvida alguma foi proposital, instiga uma certa curiosidade, já que temos um vislumbre do que estava sendo tramado, porém sem ter uma resposta exata deixando o caminho livre para a imaginação criar narrativas e ficções.
Essa habilidade de German Lorca de não revelar tanta informação de imediato, faz com que cada detalhe conte o que está acontecendo em cena. A intenção aqui então não é meramente ilustrativa, é de criar um cenário que comunica com a sua época. “Malandragem” em sua essência fala sobre uma São Paulo escondida nas esquinas, que só pode ser vista à noite. É uma fotografia que te faz adentrar em um imaginário literário de uma capital cheia de suspense e mistérios prontos para serem descobertos. 
Apesar de conseguir exprimir uma naturalidade, de fato o registro em questão é considerado um pseudo flagrante como várias outras imagens do paulista. Em um bar no cruzamento das ruas Bresser e Almirante Barroso, Lorca posicionou os dois homens e montou a cena da imagem. Porém, esse fato não diminui ou exclui a beleza da obra. O preto e branco, a poça d’água, o espelhamento dos personagens. Cada elemento da imagem parece ter sido tirado de um filme de investigação, ou da releitura de um livro. Contrapondo a fotografia tradicional da época que focava mais no factual e no registro flagrante, Lorca usa de sua arte como uma forma de fazer poesia. 

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São Paulo sobre as lentes de German Lorca

Os grandes e pequenos encontros da maior capital brasileira são assimilados pelo fotógrafo paulista


O preto e branco era usado por German Lorca para registrar a beleza melancólica e acinzentada de São Paulo. Entre 1940 e 2000, o fotógrafo acompanhou o crescimento da capital. O jeito romântico de flagrar cada cena e o modernismo da época, tornaram essa leitura de São Paulo uma das mais belas no cenário fotográfico brasileiro. Ficam aqui sete imagens para nunca esquecer. 
German Lorca nasceu em São Paulo, cidade onde viveu até o momento de sua morte. A princípio, o filho de imigrantes espanhóis se formou como contador, mas logo largou essa carreira para focar em sua paixão pela fotografia.  O seu nascimento ocorreu poucos meses depois da Semana da Arte Moderna, em 1922, uma possível influência para a característica modernista em seu trabalho. 
Sua trajetória de vida foi marcada pela sua entrada no Foto Cine Clube Bandeirantes (FCCB), fotocineclube que experimentou novas técnicas e mudou o modo de fazer fotografia no Brasil. Desde então, Lorca se tornou uma das figuras mais importantes da fotografia contemporânea, chegando a ganhar prêmios como o Prêmio de Colunistas pela revista Meio e Mensagem. 
German Lorca
German Lorca
German Lorca
German Lorca
German Lorca

German Lorca

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Proximidades: pelo olhar Alice Martins

Entre Síria e Turquia, Alice Martins fotografou cenas cotidianas das pessoas atingidas pelos conflitos armados.
 
A mãe com a criança no colo me remeteu a algumas das representações ocidentais de mães com filhos no colo, como a Madonna e a Pietá. Meu olhar direcionado pelo arquétipo ocidental de interpretação de imagem é o  que também me faz escolher essas fotografias para aqui refleti-las. Abaixo, observamos uma mulher com um bebê no colo em uma sala que não parece ser habitada.
 

 

Mulher tenta acalmar uma criança em uma escola em Hasaka,/Síria, A. Martins, 2019.  


Os tons de marrom e branco no ambiente, assim como a paisagem deturpada pela janela, me proporcionam as sensações de frio e abandono, aliás o lugar me soa abandonado. Então o colo da mulher se torna muito acolhedor e amável, quase não notamos uma terceira pessoa ali: Alice. Porém a legenda da foto nos diz o contrário do que penso. Como interpretaríamos essa imagem sem legenda?
 
Mesmo que o trabalho da Alice tenha sido desenvolvido no Oriente Médio, códigos e semelhanças sociais nos fazem aproximar das suas fotografias, de acordo com o que apresentam. Considero persistente entender que o nosso olhar é direcionado pela nossa cultura, então a partir de onde pensar essa proximidade de sentidos e sentimentos?

 

Cena de praia em Casablanca/ Marrocos. A Martins, 2020.


O que me chama atenção nessa fotografia é que um lugar que habita o meu imaginário catastroficamente, também oferece lazer, risos e brincadeiras. Nos é comum neste momento as lembranças de idas à praia. Essa serenidade em Marrocos vai além das notícias de telejornais e rede sociais, por exemplo, ela nos remete a descontração do cotidiano.
 
Da sala à praia, o que nos aproxima dessas fotografias são as relações de afetos demonstradas pelas pessoas nesse momento capturado. Ambos os ambientes, tornam-se à extensão do lar, seja pelo acolhimento, pela descontração e de certo pelo afeto demonstrado, etc. 
 
Quando escrevo sobre outros lugares que não o Brasil, eu sempre penso no que me levou até lá. Acredito que o “ouvi falar” e a vontade de conhecer o lugar, sustentem essa viajem que acontece por meio das leituras. Que bom descobrir que o comum é extraordinário quado o caos circunscreve as notícias. 
 
 #leitura é uma coluna de caráter reflexivo. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, histórica, política, social. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor as postagens de coluna? É só seguir este link.
 

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Helen Levitt: Semblantes de Nova York

Obra mostra o drama diário de nova iorquinos.

Helen Levitt nasceu na cidade de Nova York em 31 de agosto de 1913. Aprendeu o básico de uma câmera fotográfica enquanto trabalhava para J. Florian Mitchell, um fotógrafo comercial no Bronx. Entretanto, sua grande inspiração para seguir na carreira de fotografia foi o trabalho de Henri Cartier- Bresson. Helen ficou extasiada com suas imagens e, pela primeira vez, percebeu que o que via era arte.

Helen Levitt

Com sua câmera Leica, Helen fotografava as ruas de Nova York, ou melhor, o cotidiano das crianças, mulheres e homens de lá. Um de seus objetivos ao captar um pouco da vida dessas pessoas era capturar o momento em que os indivíduos desconhecem a presença da fotógrafa.

Outro ponto interessante é que Helen é considerada uma das pioneiras da fotografia colorida, mas possui um grande acervo de imagens em preto e branco também. A primeira grande exposição de Levitt foi no Museu de Arte Moderna de Nova York em 1943, e em 2007, ”Helen Levitt: Un Art de l’accident poétique” estreou na Fundação Henri Cartier-Bresson em Paris.

Helen Levitt
Helen Levitt
Helen Levitt
Helen Levitt

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HELENA, Beatriz. Helen Levitt: Semblantes de Nova York. Cultura Fotográfica. Publicado em: 12 de jul. de 2021. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/helen-levitt-semblantes-de-nova-york/. Acessado em: [informar data].

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