Fundo desfocado

Um dos efeitos que as pessoas mais buscam quando fazem um retrato, é aquele fundo que aparece desfocado e que dá um charme especial à imagem. Este desfoque está ligado a profundidade de campo. Uma foto com profundidade de pequena tem apenas um item focado, deixando o restante desfocado.

Um dos efeitos que as pessoas mais buscam quando fazem um retrato, é aquele fundo que aparece desfocado e que dá um charme especial à imagem. Este desfoque está ligado a profundidade de campo. Uma foto com profundidade de pequena tem apenas um item focado, deixando o restante desfocado.


Um dos efeitos que as pessoas mais buscam quando fazem um retrato, é aquele fundo que aparece desfocado e que dá um charme especial à imagem. Este desfoque está ligado a profundidade de campo. Uma foto com profundidade de pequena tem apenas um item focado, deixando o restante desfocado.

A imagem mostra o rosto de uma jovem de origem afegã, com um tecido de cor terrosa  enrolando sua cabeça, e seus olhos verdes muito vívidos e penetrantes olhando diretamente para a câmera fotográfica. O fundo do retrato se encontra desfocado, mas parece ser uma parede de madeira pintada na cor verde escuro.
 Steve McCurry – Menina Afegã

Controlando a profundidade

Podemos controlar a profundidade de campo a partir de três elementos: a abertura, a distância focal e a distância do objeto focado. Com a abertura grande, a distância focal grande e o objeto focado próximo, a profundidade de campo será pequena, ou seja, o fundo da foto ficará desfocado.

Apesar de ser um pouco mais difícil, podemos chegar no mesmo efeito a partir das câmeras de Smartphones. Se aproxime o máximo possível do objeto a ser fotografado, e veja que o fundo da foto se encontrará com menos foco, chegando ao resultado desejado.

Steve McCurry, fotógrafo que ficou famoso pela National Geographic, e que possui dezenas de fotos em capas de revistas e livros, costuma utilizar a técnica de fundos desfocados em seus retratos. Um exemplo é uma de suas fotos mais conhecidas, “Menina Afegã”, onde podemos observar o fundo desfocado. Ele também possui outras fotos com a técnica do fundo desfocado. 

A imagem mostra duas meninas na Indonésia olhando para lados opostos. A primeira parece estar usando uma blusa verde com alças. A outra se encontra com o que parece ser uma blusa azul com bordados, de manga longa. As mãos se encontram sobre o queixo, e as unhas das estão pintadas na cor rosa. Elas estão tentando se proteger da chuva com uma peneira feita de palha, que a primeira menina segura sobre as suas cabeças. O fundo da foto se encontra desfocado, num tom de verde folha.

Steve McCurry – Java, Indonésia.

Aqui também podemos encontrar o fundo desfocado. Podemos observar mais claramente nesta foto a técnica descrita acima, a profundidade de campo pequena desfoca o fundo da fotografia e foca em apenas um objeto, deixando destaque maior nas meninas fotografadas tentando se proteger da chuva.

#artigos é uma coluna de caráter ensaístico e teórico. Trata-se de uma série de textos dissertativos por meio do qual o autor propõe uma reflexão fundamentada acerca de um ou mais elementos que constituem a cultura fotográfica. Quer conhecer melhor a coluna #artigos? É só seguir este link.

#fotografetododia Siga as dicas dadas acima, tire suas fotos, teste diferentes profundidades de campo para obter maior ou menor desfoque. Use a nossa hashtag. Mostre o resultado final das suas fotos!!

Referências

  • CARROLL, Henry. Leia isto se quer tirar fotos incríveis de gente (tradução Edson Furmankiewicz). São Paulo: Gustavo Gili, 2015. Págs.40-41.
  • FOLTS, James A; LOVELL, Ronald P.; ZWAHLEN, Fred C. Manual de fotografia. São Paulo: Pioneira 2007. Págs. 33-38. 
  • LANGFORD, Michael John; FOX, Anna; SMITH, Richard Sawdon. Fotografia básica de Langford: guia completo para fotógrafos. 8.ed. Porto Alegre: Bookman 2009. Págs. 60-63. 
  • PhotoPro: Fundo desfocado e a profundidade de campo
  • Falando de Foto: Profundidade de Campo
  • Galeria de Steven McCurry

Links:

https://culturafotografica.com.br/fotografetododia-fundo-desfocado/

 
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Velocidade

Será que o olho humano consegue realmente ver tudo o que ocorre durante seu dia? A resposta para essa questão tão simples pode ser solucionada quando pensamos na velocidade do que tudo acontece à nossa volta. O que o olho não capta, as lentes de um fotógrafo com a velocidade do obturador correta consegue mostrar.
Será que o olho humano consegue realmente ver tudo o que ocorre durante seu dia? A resposta para essa questão tão simples pode ser solucionada quando pensamos na velocidade do que tudo acontece à nossa volta. O que o olho não capta, as lentes de um fotógrafo com a velocidade do obturador correta consegue mostrar.
Um homem tocando violoncelo. Imagem em preto e branco.
Anton Giulio Bragaglia, violoncelista, 1913
A velocidade do obturador ou o tempo de exposição tem a função de controlar o modo como a luz e o movimento são registrados na imagem fotográfica. Partindo da escolha do fotógrafo, teremos uma foto nítida de um exato momento, ou, teremos a poesia de não saber de que se trata aqueles riscos de luz em frente a nossa tela, atualmente, chamados de Light Painting (pintura com luz).
O futurismo com a ideia de deslocamento e dinâmica, conseguiu através de seu movimento vanguardista artístico na fotografia trazer aspectos que fazem total diferença nos dias atuais, tal como capturar cenas que os olhos humanos não são capazes de enxergar.
Os irmãos Anton Giulio e Arturo Bragaglia exploravam criativamente o tempo de exposição em suas fotografias. A forma como esses artistas faziam suas imagens era devido ao fato de estarem impressionados pela nova era da máquina e embalados com o futurismo. Eles buscavam representar o movimento e a própria sensação dinâmica. Ao expor a velocidade do obturador ao um longo período de tempo, era possível captar imagens fantásticas de estímulos muitas vezes dados como simplórios.
Será que o olho humano consegue realmente ver tudo o que ocorre durante seu dia? A resposta para essa questão tão simples pode ser solucionada quando pensamos na velocidade do que tudo acontece à nossa volta. O que o olho não capta, as lentes de um fotógrafo com a velocidade do obturador correta consegue mostrar.
 Um homem acendendo e fumando seu cigarro. Imagem em preto e branco.
Anton Giulio Bragaglia, Arturo Bragaglia. O fumante – o fósforo – o cigarro 1911
Essa foto é um belo exemplo do trabalho dos irmãos. Na imagem é possível observar os detalhes de um homem acendendo o fósforo, o cigarro e logo após fumando-o. A forma como a fumaça deixa rastros na fotografia é bem significativa, traz um aspecto de real e ao mesmo tempo abstrato. Fugindo do instantâneo, os Bragaglia fizeram história com o fotodinamismo futurista, deixando assim verdadeiras obras de arte para o mundo contemporâneo.
Referências:
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Congelar um movimento

Uma técnica muito utilizada por fotógrafos é a de congelar o movimento. Dessa forma, o objeto principal pode parecer imóvel, como se o tempo fosse, de fato, congelado. Para criar esse efeito, é preciso ajustar a velocidade do obturador.

Uma técnica muito utilizada por fotógrafos é a de congelar o movimento. Dessa forma, o objeto principal pode parecer imóvel, como se o tempo fosse, de fato, congelado. Para criar esse efeito, é preciso ajustar a velocidade do obturador.

Michael Phelps e Chad le Clos lado a lado durante uma etapa da natação durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.
David Ramos / Getty Images


Para congelar um movimento, é necessária uma velocidade alta. A velocidade ideal vai depender do que você estiver fotografando. O tempo de exposição para congelar um carro de corrida vai ser muito menor do que o necessário para congelar uma pessoa andando, por exemplo.
Nas câmeras em geral, existe um modo “prioridade de velocidade do obturador”, em que você define apenas a velocidade e a máquina ajusta o ISO e a abertura automaticamente, de acordo com a situação. Se preferir, pode também utilizar o modo manual e configurar esses controles da maneira que achar mais adequado.
David Ramos é formado em fotografia e comunicação pela Universidade Politécnica da Catalunha. Trabalha para o Getty Images desde 2010, cobrindo notícias e eventos esportivos por todo o mundo. Para fotografar atletas em ação, David precisa utilizar velocidades muito rápidas para capturar imagens com nitidez.

Dois boxeadores lutam entre si durante um duelo pelos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016
David Ramos / Getty Images
Com uma velocidade alta, foi possível capturar o momento em que o lutador de vermelho foi atingido por um soco. Pode-se ver seu rosto ainda deformado e as gotas de suor voam pelo ar. São detalhes que o olho humano não são capazes de enxergam na velocidade real.
E aí, que tal pegar sua câmera e praticar? Dá pra capturar carros na estrada, pessoas andando de bicicleta, de skate ou até correndo! Use a tag #fotografetododia e compartilhe com a gente!


Referências

• Leia isto se quer tirar fotos incríveis – Henry Carroll

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