Gertrudes Altschul

Uma das primeiras mulheres fotógrafas reconhecidas no Brasil.

Uma das primeiras mulheres fotógrafas reconhecidas no Brasil.

Pioneira na fotografia moderna brasileira e participante do Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB) no início dos anos 50, Gertrudes Altschul (1904-1962) está entre as mais admiradas fotógrafas brasileiras do século XX. Em suas obras, a artista explora temas como a botânica e a arquitetura da cidade de São Paulo.

Tirada do chão, a foto mostra o topo de três prédios que se aproximam quase formando um triângulo. A imagem, tirada com câmera analógica, possui uma coloração desgastada. Nela, o céu está preto e os prédios num tom branco amarelado.
Gertrudes Altschul

De origem judaica, Gertrudes Altschul saiu de Berlim com o marido Leon Altschul fugindo do regime nazista. Ela chegou ao Brasil em 1939 e abriu com Leon uma loja de produção de flores artificiais para decoração de chapéus e roupas femininas em São Paulo.

Em 1952, Altschul se inscreveu no curso de fotografia do Foto Cine Clube Bandeirantes, até então só frequentado por homens, a fim de encontrar uma atividade recreativa. As imagens da artista partilhavam o estilo da época, em que a fotografia moderna brasileira buscava romper com as estruturas clássicas da composição fotográfica.

 

A foto tirada do chão mostra um teto curvilíneo sustentado por colunas à direita. À esquerda há uma parede e entre as duas estruturas podemos ver o céu limpo. Ao fundo, levemente para esquerda, há o topo de um prédio. A coloração desbotada varia entre o branco e o verde-claro.
Gertrudes Altschul
A foto em preto e branco mostra a parte de baixo de uma escada de metal com corrimão. Há uma luz 45º à direita da fotógrafa, fazendo com que a sombra da escada se projete para a lateral esquerda da imagem.
Gertrudes Altschul

Como evidenciado em suas obras, Gertrudes explora a fundo a geometria da cidade. Reforçando retas e curvas do ambiente, assim como as sombras projetadas pelos objetos. O mesmo pode ser visto em suas obras sobre plantas, em que a fotógrafa explora as nervuras e contrastes da natureza, sempre enfatizando linhas, sombras  e, principalmente, os contrastes formados por eles.

A imagem mostra uma folha grande com o caule para cima e as nervuras bastante evidentes por causa do  contraste de cores. Devido à câmera analógica, o fundo da imagem é bege, a folha é cinza-escuro e as nervuras são beges como o fundo.
Gertrudes Altschul
A imagem mostra uma folha grande que possui nervuras retas e bastante amareladas. A foto foi tirada bem de perto e as partes iluminadas contrastam com as sombras ao fundo.
Gertrudes Altschul
A fotografia é composta por diversas folhas estreitas e compridas de um arbusto. As folhas são verdes e se sobrepõem, já as sombras produzidas pela sobreposição são completamente pretas.
Gertrudes Altschul

Devido às técnicas de Altschul na pós-produção, as imagens da artista possuem uma coloração desbotada. Sendo, muitas vezes, amarelada ou num tom de verde bastante escuro. Tais características acabam por ressaltar a luz e sombra, produzindo grandes contrastes nas fotografias.

Gertrudes tinha grande criatividade para fotomontagem na pós-produção das fotografias. Na composição abaixo, a artista criou uma série de folhas sobrepostas e, mais uma vez, brincou com o contraste das folhas claras e escuras.

A fotomontagem mostra diversas camadas de uma mesma folha. Em algumas ela é bastante escura, como as localizadas mais à esquerda. Do lado direito há uma folha branca sobreposta às outras.
Gertrudes Altschul

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

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COUTO, Sarah. Gertrudes Altschul:. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em <https://culturafotografica.com.br/gertrudes-altschul/)>. Publicado em: 06/11/2022. Acessado em: [informar data].

A nova mulher

Um ensaio sobre a inserção de mulheres nos contextos urbanos

Um ensaio sobre a inserção de mulheres nos contextos urbanos

Com intuito de destacar a presença da mulher nos diversos cenários urbanos, a fotógrafa Hildegard Rosenthal produziu, em 1940, o ensaio intitulado “A nova mulher”, em que retratou sua amiga em diversas cenas cotidianas na cidade de São Paulo. Na imagem abaixo vemos uma cena comum dos anos 40, alguém lendo jornal numa banca, mas que nunca era retratada com a presença feminina em destaque.

 
A foto em preto e branco mostra uma mulher em pé em frente a uma banca lendo um jornal. À sua volta há diversas pessoas andando nas ruas e calçadas, ninguém dá atenção à câmera.
Hildegard Rosenthal

Em suas obras, Hildegard retrata paisagens urbanas como a arquitetura das cidades, vendedores e cidadãos comuns em situações rotineiras. No entanto, após perceber a presença dominante de figuras masculinas em suas fotografias, a artista resolveu produzir o ensaio intitulado: “A nova mulher”, agora com maior presença nos ambientes urbanos.

Anteriormente, os espaços públicos eram frequentados e pensados para homens, enquanto às mulheres era oferecido somente o ambiente doméstico. Porém, vale lembrar que mesmo que ocupados majoritariamente por homens, algumas mulheres já haviam, sozinhas, adentrado tais lugares e conquistado seu espaço. Contudo, é só a partir dos anos 40 e 50 que a grande massa feminina começou a participar ativamente do convívio social, experimentando ocupar espaços que antes lhes eram proibidos.

O ensaio de Hildegard é um exemplo fiel deste momento, retratando o ingresso da mulher no convívio social. Na imagem abaixo, podemos ver a mesma moça da primeira foto comprando um buquê numa feira de flores montada na rua.

 
A imagem em preto e branco mostra uma feira de flores na rua. Em primeiro plano, há um vendedor de branco que carrega um pequeno buquê. Ele conversa com a modelo que sorri e segura um grande buquê em uma das mãos. Ao fundo, do outro lado da rua, vemos mais pessoas olhando as flores expostas na calçada próxima a um muro. E, acima do muro, existem diversos cartazes com propagandas expostas.
Hildegard Rosenthal

Ambas as imagens me atraem o olhar por simplesmente retratar mulheres, há um processo de reconhecimento que acredito ser fundamental nas construções de fotografias cujo objetivo é mobilizar os espectadores, fazendo-os repensar tais assuntos.

Estas fotografias, e o ensaio como um todo, muito me agradam devido à característica feminista de repensar, expor e questionar a presença feminina e o papel da mulher no espaço público. As fotos foram apresentadas num período onde o feminismo era pouco presente no cotidiano brasileiro, discutido apenas pela elite intelectual da época.

O feminismo de hoje só é possível devido a mulheres que, como Hildegard, quebraram as barreiras e estereótipos de seus respectivos períodos históricos. Abrindo espaço para que mulheres fossem vistas e ouvidas, e o feminismo discutido e repensado.

#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

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COUTO, Sarah. A nova mulher. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/a-nova-mulher/>. Publicado em: 17/08/2022. Acessado em: [informar data].

Bandeira LGBTQIA+

A importância das simbologias

A importância das simbologias

Na imagem abaixo podemos ver uma bandeira sendo tremulada de uma varanda cheia de pessoas. A foto, tirada de um ângulo baixo em comparação à varanda, mostra parte do céu, desse modo as cores do fundo, de maioria cinza-azulado, acabam por contrastar com as cores vibrantes da bandeira representante do movimento LGBTQIA+ centralizada na foto.

Descrição: A imagem retrata uma varanda na qual diversas pessoas se apoiam no parapeito, levemente descentralizada podemos ver uma bandeira LGBTQIA+ sendo agitada por alguém. Devido a fotografia foi tirada de um ângulo abaixo do nível da varanda vemos boa parte do céu nublado que, juntamente com a cor da varanda compõe uma imagem majoritariamente em tons azul claro e cinza.
Sofia Santoro

Foi em 25 de junho de 1978, Dia da Liberdade Gay nos Estados Unidos, que a bandeira gay, hoje símbolo da comunidade LGBTQIA+, foi vista nas ruas pela primeira vez.

A primeira versão, contendo 8 cores – rosa, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta -, foi obra do artista e designer Gilbert Baker que buscava um símbolo que promovesse a ideia de diversidade e inclusão. Antes da década de 70, a comunidade gay utilizava um triângulo rosa como símbolo do movimento. A marca do triângulo rosa classificava homossexuais dentro dos campos de concentração no período da Alemanha Nazista.

Nesse sentido, é nítida a rápida aceitação e adesão da bandeira ao movimento, pois ela sugere uma história de representação e orgulho, pensada para incluir e não segregar. Um símbolo proposto com respeito e admiração, além de projetado por um integrante da comunidade.

Com o tempo, devido a dificuldade de se reproduzir a bandeira com tantas cores, as cores rosa e anil acabaram por serem retiradas da bandeira, mas esta ainda carrega o caráter de representação e respeito merecidos pela comunidade LGBTQIA+.

Pessoalmente, esta imagem me chama a atenção de diversas formas, tanto o contraste entre as cores da bandeira em relação ao fundo acinzentado, como o contraste de movimento. Se olharmos bem a imagem, percebemos que as pessoas apoiadas no parapeito parecem estar apertadas, sem muito espaço para se movimentar. Entretanto, a mão sem dono que tremula a bandeira parece ter todo o espaço necessário para tal movimentação.

Muitos não percebem a importância de bandeiras para movimentos político-sociais, mas o peso carregado pela simbologia e a rápida ligação feita entre esta e o movimento em si é de extrema relevância. As associações feitas são parte do movimento e é dessa forma que a bandeira acaba por se tornar um símbolo de liberdade amorosa, de respeito e aceitação.

É preciso valorizar e enaltecer nossas simbologias.

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COUTO, Sarah. Bandeira LGBTQIA+. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/bandeira-lgbtqia/>. Publicado em: 27/07/2022. Acessado em: [informar data].

Movimento Vidas Negras Importam

A revolta que une manifestantes no isolamento social.

A revolta que une manifestantes no isolamento social.

A imagem de autoria de Bruno Santos foi publicada no dia 4 de julho de 2021 no jornal Folha de São Paulo com a legenda: “Manifestantes carregam cartazes com nomes de jovens mortos em ações policiais, durante o Ato Vidas Negras Importam, em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo”. O título da matéria: ‘Parem de matar nossos filhos’.

Manifestantes erguendo cartazes com os nomes de jovens negros assassinados. Os manifestantes usam máscaras e uma delas parece gritar ao megafone.
Bruno Santos

O protesto organizado por 15 coletivos do movimento negro e frentes populares da periferia de São Paulo teve como objetivo obter respostas para a morte de cinco jovens assassinados pela polícia militar. Além disso, o grupo reivindicava o acesso à saúde na zona leste da capital durante a pandemia.

A fotografia de Bruno Santos acredito que atrai o olhar e nos toca de duas formas. Primeiro, mais superficialmente, por ser uma foto muito bem tirada que gravou o momento exato do grito da mulher à direita e, também, pela posição do fotógrafo que se colocou contra o sol forte. Os manifestantes ao fundo tem os olhos semicerrados devido a forte luz solar, incrementando a fisionomia que expressa não apenas raiva, como tristeza e frustração, além de diversas outras emoções provocadas na manifestação.

Numa segunda análise, mais aprofundada, por tratar de um assunto recorrente e desumano, a imagem nos faz repensar os privilégios da parcela branca rica da população e a consequente morte da metade negra e periférica, impulsionadas unicamente pelo racismo estrutural arraigado na sociedade brasileira.

Pensar que em meio a uma pandemia pessoas tiveram de sair de suas casas para defender o direito a vida de seus filhos e cobrar respostas pela morte precoce deles pelas mãos do próprio Estado que, supostamente deveria proteger seus cidadãos, é no mínimo revoltante, motivo não apenas para questionar mas derrubar as estruturas de privilégio existentes.

O movimento Vidas Negra Importam teve início nos Estados Unidos e se espalhou por diversos países e continentes. Entretanto, nenhum deles possui uma realidade de extermínio da população negra como o Brasil e os Estados Unidos. Ambos antigas colônias repletas de escravizados, os dois países em muito se assemelham quando o assunto é a luta racial. Ambos ainda têm muito o que reivindicar.

Todavia, por mais que em muito se assemelham, a história e vivência da população negra estadunidense e brasileira não são idênticas. Cada sociedade possui dificuldades próprias e é preciso que o povo brasileiro perceba e lute a partir disto, se não acabará por importar questões que não inteiramente cabem em nossa vivência e, inevitavelmente, acabará deixando de lado problemas intrínsecos a nossa realidade.

É preciso que o Brasil branco se informe e atue juntamente com a população negra contra as máquinas racistas do Estado. Como disse a ativista estadunidense Angela Davis: “Numa sociedade racista, não basta não ser racista é necessário ser antirracista”.

A pandemia se amenizou, mas o racismo a cada dia descobre novas formas de alcançar e dominar as estruturas de poder. É preciso ir às ruas, é preciso ir à luta.

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Couto, Sarah. Movimento Vidas Negras Importam. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotografica.com.br/movimento-vidas-negras-importam/>. Publicado em: 22/07/2022. Acessado em: [informar a data]. 

Nan Goldin

A fotografia como forma de abordar temas socialmente negligenciados.

A fotografia como forma de abordar temas socialmente negligenciados.

Nascida em Washington DC em setembro de 1953, Nan Goldin cresceu numa família judia de classe média-alta em Boston. Com apenas 11 anos, enfrentou o luto devido ao suícidio de sua irmã mais velha. Próximo aos 16 anos, foi introduzida ao mundo da fotografia ao ganhar sua primeira câmera fotográfica.

Em suas imagens, há uma espécie de composição quase orgânica, elas retratam momentos íntimos e ‘naturais’, sem muito preparo ou interferência da fotógrafa na cena. Goldin evidencia em suas fotos temas como o sexo, drogas e as comunidades gay, trans e travesti do final do séc XX.

Seu trabalho mais conhecido, “The Ballad of Sexual Dependency” – A Balada da Dependência Sexual – publicado em 1986, retrata a cultura gay, bem como familiares e amigos da artista.

 

Descrição: “Rise and Monty Kissing” retrata um beijo entre duas pessoas. Uma está em cima da outra, que por sua vez está sentada numa cadeira bege. A única iluminação é um foco de luz projetado sobre o casal.
Nan Goldin
Descrição: “Nan and Brian in Bed.”. Do lado esquerdo da foto vemos um homem sem camisa sentado e fumando um cigarro. Do lado direito vemos a artista deitada encarando o namorado. A iluminação parece vir de uma janela à frente de Brian, que projeta uma iluminação bastante amarelada sobre o casal.
Nan Goldin

Em todos os seus trabalhos, Goldin traz questões como sexo, drogas e momentos de intimidade, recorrentes em nossa sociedade, isto devido a seu olhar humanizado e intimista. A maior contribuição da artista para a fotografia, foi o ato de fotografar momentos considerados “não merecedores” de retratação.

Em 1984, Nan publicou seu mais famoso autorretrato, a foto foi tirada um mês após ser brutalmente agredida pelo namorado Brian, anteriormente presente nas fotografias da artista.

Descrição: O Auto Retrato mostra Nan, uma mulher branca, com grandes hematomas abaixo dos olhos, a parte branca de seu olho esquerdo está completamente vermelha. Retratada do busto para cima, ela usa brincos e um colar de pérolas, seus cabelos cacheados vão até pouco abaixo de seus ombros.
Nan Goldin

A comunidade LGBTQIA+ sempre foi um tema presente nas fotografias de Goldin. Após se formar na School of the Museum of Fine Arts no ano de 1973 em Boston, a artista se mudou para New York, onde teve maior contato com mulheres trans e travestis.

Durante as décadas de 70, 80 e 90, Nan tirou diversas fotografias dentro do tema, publicando, em 1991, a série “Jimmy Paulette e Taboo! Undressing” na qual acompanhou todo o momento de transformação das duas travestis.

Descrição: Dois homens sem camisa se maquiando, um deles olha diretamente para a câmera, o outro está de costas.
Nan Goldin
Descrição: Duas travestis montadas, sentadas no banco de trás de um carro. A mais à esquerda utiliza uma blusa preta, peruca e maquiagem azul e grandes brincos prateados. A mais à direita usa um top dourado e uma peruca loira, além do batom vermelho.
Nan Goldin

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

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COUTO, Sarah. Nan Goldin. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/nan-goldin/>. Publicado em: 18/07/2022. Acessado em: [informar data].

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