Eduardo Trópia

Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.
Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.

Nascido em 1956, Eduardo é filho do retratista Milton Trópia e da farmacêutica Maria José Trópia. Possui mais de 45 anos de experiência com fotografia. Começou a fotografar profissionalmente no início da década de 1980, em Ouro Preto. Mudou-se para Belo Horizonte no final da década de 1980, e a partir dessa data passou a trabalhar demasiadamente para agências de publicidade da capital mineira e de todo Brasil. Além disso, Eduardo Trópia foi repórter fotográfico da revista IstoÉ e do Jornal o Tempo. Seus trabalhos como freelancer foram publicados em diversas revistas como Los Angeles Time Magazine, National Geographic e Casa Cláudia.

Assim como Alexandre Martins, fotógrafo que pode ser conhecido aqui, Eduardo Trópia também é participante do Coletivo Olho de Vidro na cidade de Ouro Preto. Nos dias atuais, trabalha também usando o artifício de sobreposições e outros recursos de montagem de imagens, muitas vezes fazendo releitura de antigos arquivos guardados pelo fotógrafo. Além de produzir outras séries de fotografia sempre tentando mostrar a cidade por outros ângulos e perspectivas, Eduardo mantém uma galeria de arte permanente e dá oficinas anuais de fotografias na cidade de Ouro Preto. 

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.
Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.

Alexandre Martins

Alexandre Martins retrata com sutileza o cotidiano da cidade de Ouro Preto, desde a década de 1980. Confira a pequena biografia do fotógrafo e fique mais por dentro da história de um carioca que demonstra sua paixão por Ouro Preto através de fotografias em preto e branco.
:  Foto tirada de baixo para cima, pegando parte do calçamento de pedras do que parece ser uma rua. Ao centro da imagem encontramos mulheres varrendo a rua, na cidade de Ouro Preto. Ao fundo da foto pode-se observar o casario colonial típico da cidade e a igreja de Santa Efigênia.


Foi por acaso que, em 1980, fazendo um trabalho do curso de Arquitetura, no Rio de Janeiro, que Alexandre Martins se viu de encontro pela primeira vez com a fotografia. Ele nos conta como foi seu primeiro encontro:

Foi por acaso que, em 1980, fazendo um trabalho do curso de Arquitetura, no Rio de Janeiro, que Alexandre Martins se viu de encontro pela primeira vez com a fotografia. Ele nos conta como foi seu primeiro encontro:

“Pesquisávamos sobre escolas e, uma das visitas foi ao Colégio São José, na Tijuca. Coube a mim fotografar com uma pequena câmera amadora emprestada por um colega. Quando chegamos no portão do Colégio me deparei com uma escadaria e no alto dela havia uma estátua. Achei imponente e um tanto intimidadora a cena e resolvi fotografá-la. Na hora resolvi me ajoelhar para ficar com o ângulo de visão das crianças que estudavam ali. Naturalmente que a escada e a estátua pareceram maiores e aquilo mexeu comigo: descobri que a fotografia era capaz de comunicar algo com muita força.”

Alexandre começou a fotografar com uma pequena câmera analógica de uso doméstico, sem saber nada sobre fotografia e sem saber também onde chegaria. Foi lendo, vendo e fotografando, sem grandes pretensões, mas seguindo toda a paixão que havia aparecido. No final de abril de 1981 foi a cidade de Ouro Preto pela primeira vez, em uma viagem de estudos, habitual no curso de Arquitetura “Quando cheguei aqui (Ouro Preto), senti no meu coração: “aqui é meu lugar”. Passei três dias em êxtase fotografando; na verdade, registrando a cidade. Foram cerca de 108 fotografias em negativo colorido. Descobri a fotografia e Ouro Preto, praticamente juntas”, disse Alexandre.

Quando voltou para o Rio de Janeiro, comprou uma câmera reflex de 35mm, já pensando na viagem seguinte à Ouro Preto, cinco meses depois. As viagens se sucederam, até que em 1985 mudou-se para Ouro Preto. Com o tempo adquiriu câmeras e objetivas melhores e logo descobriu a fotografia com filme preto & branco. Alexandre sempre fez fotos em preto e branco e cor, mas prefere o preto e branco, que até hoje faz exclusivamente por uma câmera analógica, revelando suas fotos em um laboratório do Rio de Janeiro, onde reside e trabalha atualmente. Já para fotos coloridas, ele adotou o uso de uma câmera digital.

Do ponto de vista pessoal, a fotografia para Alexandre é fundamental como meio de expressão e de encontro com a vida. “Através da fotografia consigo interagir com o entorno e busco essencialmente a presença humana, o gesto de cada um, o corriqueiro cotidiano, especialmente na paisagem urbana, e mais especialmente ainda em Ouro Preto, sempre procurando contar histórias em cada série que produzo”, ele nos fala. Junto com o Coletivo Olho de Vidro, faz uma exposição por ano.

Alexandre diz que não se preocupa muito com uma foto única, isolada, mesmo que excepcional. Ele se vê mais como um documentarista. Seu anseio é corresponder ao fotografado e reter o seu tempo e o dele, naquele momento do encontro. Recorta imagens, não costuma construí-las artificialmente. Caminha por Ouro Preto e fotografa o que encontra, mesmo que focando em um tema específico, e sempre o mais discretamente possível.

#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

Fundo desfocado

Um dos efeitos que as pessoas mais buscam quando fazem um retrato, é aquele fundo que aparece desfocado e que dá um charme especial à imagem. Este desfoque está ligado a profundidade de campo. Uma foto com profundidade de pequena tem apenas um item focado, deixando o restante desfocado.

Um dos efeitos que as pessoas mais buscam quando fazem um retrato, é aquele fundo que aparece desfocado e que dá um charme especial à imagem. Este desfoque está ligado a profundidade de campo. Uma foto com profundidade de pequena tem apenas um item focado, deixando o restante desfocado.


Um dos efeitos que as pessoas mais buscam quando fazem um retrato, é aquele fundo que aparece desfocado e que dá um charme especial à imagem. Este desfoque está ligado a profundidade de campo. Uma foto com profundidade de pequena tem apenas um item focado, deixando o restante desfocado.

A imagem mostra o rosto de uma jovem de origem afegã, com um tecido de cor terrosa  enrolando sua cabeça, e seus olhos verdes muito vívidos e penetrantes olhando diretamente para a câmera fotográfica. O fundo do retrato se encontra desfocado, mas parece ser uma parede de madeira pintada na cor verde escuro.
 Steve McCurry – Menina Afegã

Controlando a profundidade

Podemos controlar a profundidade de campo a partir de três elementos: a abertura, a distância focal e a distância do objeto focado. Com a abertura grande, a distância focal grande e o objeto focado próximo, a profundidade de campo será pequena, ou seja, o fundo da foto ficará desfocado.

Apesar de ser um pouco mais difícil, podemos chegar no mesmo efeito a partir das câmeras de Smartphones. Se aproxime o máximo possível do objeto a ser fotografado, e veja que o fundo da foto se encontrará com menos foco, chegando ao resultado desejado.

Steve McCurry, fotógrafo que ficou famoso pela National Geographic, e que possui dezenas de fotos em capas de revistas e livros, costuma utilizar a técnica de fundos desfocados em seus retratos. Um exemplo é uma de suas fotos mais conhecidas, “Menina Afegã”, onde podemos observar o fundo desfocado. Ele também possui outras fotos com a técnica do fundo desfocado. 

A imagem mostra duas meninas na Indonésia olhando para lados opostos. A primeira parece estar usando uma blusa verde com alças. A outra se encontra com o que parece ser uma blusa azul com bordados, de manga longa. As mãos se encontram sobre o queixo, e as unhas das estão pintadas na cor rosa. Elas estão tentando se proteger da chuva com uma peneira feita de palha, que a primeira menina segura sobre as suas cabeças. O fundo da foto se encontra desfocado, num tom de verde folha.

Steve McCurry – Java, Indonésia.

Aqui também podemos encontrar o fundo desfocado. Podemos observar mais claramente nesta foto a técnica descrita acima, a profundidade de campo pequena desfoca o fundo da fotografia e foca em apenas um objeto, deixando destaque maior nas meninas fotografadas tentando se proteger da chuva.

#artigos é uma coluna de caráter ensaístico e teórico. Trata-se de uma série de textos dissertativos por meio do qual o autor propõe uma reflexão fundamentada acerca de um ou mais elementos que constituem a cultura fotográfica. Quer conhecer melhor a coluna #artigos? É só seguir este link.

#fotografetododia Siga as dicas dadas acima, tire suas fotos, teste diferentes profundidades de campo para obter maior ou menor desfoque. Use a nossa hashtag. Mostre o resultado final das suas fotos!!

Referências

  • CARROLL, Henry. Leia isto se quer tirar fotos incríveis de gente (tradução Edson Furmankiewicz). São Paulo: Gustavo Gili, 2015. Págs.40-41.
  • FOLTS, James A; LOVELL, Ronald P.; ZWAHLEN, Fred C. Manual de fotografia. São Paulo: Pioneira 2007. Págs. 33-38. 
  • LANGFORD, Michael John; FOX, Anna; SMITH, Richard Sawdon. Fotografia básica de Langford: guia completo para fotógrafos. 8.ed. Porto Alegre: Bookman 2009. Págs. 60-63. 
  • PhotoPro: Fundo desfocado e a profundidade de campo
  • Falando de Foto: Profundidade de Campo
  • Galeria de Steven McCurry

Links:

https://culturafotografica.com.br/fotografetododia-fundo-desfocado/

 

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