O lado oculto das paisagens

Ensaios de arte fotográfica e escrita de Maria Antonia Veiga Adrião, publicados no Instagram.

Maria Antonia Veiga Adrião

Quando tento transformar as fotos conforme a sensação que a captura me causa, trata-se de provocar reflexões a respeito dos cuidados que devemos ter com o planeta. Reprimi isso por um bom tempo no decorrer da pandemia da covid19, para evitar as angústias do período das incertezas, fotografava o que alcançava com o olhar do meu quintal, direcionado ao horizonte. Portanto, as fotos são resultado da escuta às paisagens que me dizem por onde seguir, qual o melhor foco, o melhor ângulo para a captura, onde seus corações pulsão ou ficam escondidos. Claro que estou brincando, mas é algo parecido, acredito que precisamos entrar em sintonia com as paisagens fotografadas, as vezes até inventadas, porque não se trata do lugar, mas de como o represento. Tenho aproveitado para exercitar outro desejo reprimido, o de escrever.

Autora

Maria Antonia Veiga Adrião (http://lattes.cnpq.br/2691311738755835 | @dias_de_espera)

Local de publicação

Apenas no Instagram @dias_de_espera 


Esta publicação foi elaborada com base nas informações prestadas por Maria Antonia Veiga Adrião, através do formulário Divulgue suas publicações!. Resposta número 10.

Espaços e biografias

As fotografias de “Noturno” narram sentimentos de pessoas que convivem com a guerra no Oriente Médio.

Qual sentimento o espaço onde você está agora, te provoca? Na fotografia abaixo, a mulher atravessada por um pequeno feixe de luz, com sua mão esquerda com o seu corpo apoiado na parede, seu lado direito estático e seus olhos fechados, nos sugere algum sentimento que provém da presença no espaço onde ela está.


Foto: Gianfranco Rosi/2020.


O feixe de luz  indica uma pequena abertura no alto do cômodo. As paredes desgastadas e sujas sugerem um ambiente que não passa por reformas há algum tempo. Mas o interessante é que essas e outras circunstâncias remetem e causam sentimentos nessa mulher, que parece experimentá-los à medida que tateia esse espaço.


Desde que li “Biografia, corpo e espaço” de Delory Momberger, a ideia de que os espaços constituem nossa biografia não sai da minha cabeça. As fotografias que escolhi para este trabalho provocam essa  ideia, pois a casa onde moramos ou os caminhos que percorremos, por exemplo, constituem a nossa  memória, a nossa história e os nossos sentimentos.


Foto: Gianfranco Rosi/2020.


Ou seja, o espaço não é apenas um cenário ou uma ilustração presente nas fotografias ou no nosso dia a dia. Ele também reflete sobre nós a dimensão da nossa experiência geográfica ou sentimental, condiciona nossas práticas e nossas representações do mundo, pois é constituído culturalmente e socialmente.

Mas não podemos deixar de lado que nós interferimos no espaço, assim como ele interfere em nós, e  essa troca é constante, uma vez que o nosso corpo é um espaço dentro do espaço. Assim nasce parte do processo da nossa biografia. 

Vale ressaltar que essas fotografias são do documentário “Noturno”, dirigido por Gianfranco Rosi. 


 #leitura é uma coluna de caráter reflexivo. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, histórica, política e social. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor as postagens da coluna? É só seguir este link.



Links, Referências e Créditos


https://piaui.folha.uol.com.br/notturno-um-feito-cinematografico-admiravel/


DELORY-MOMBERGER, C. Biografia, corpo e espaço. In: Biografia e educação: figuras do indivíduo-projeto. Natal: EDUFRN, São Paulo: PAULUS. (2008)


O Feminino e o Fotográfico: Uma visão de Sherman, Ventura e Rennó

Dissertação de Nicoli Braga Macedo, publicado em Apresentação oral no Congresso Internacional Luso Brasileiro, 2018, Lisboa, Portugal.

Nesta dissertação analisamos os conceitos do Feminino e do Fotográfico, estabelecendo as particularidades que compõem cada um deles. Sobre o feminino realizamos um estudo objetivo presente em meados dos anos de 1970, que engendrou uma mudança significativa na produção das artes visuais, principalmente nos Estados Unidos e Europa, juntamente com o surgimento de movimentos radicais feministas. Aliados, as artes visuais e os movimentos feministas foram importantes para que houvesse uma proliferação de manifestações, tanto artísticas, quanto sociais, voltadas à crítica dos modelos e pensamentos que viam a mulher em um papel secundário. O segundo termo, o Fotográfico, advém também do mesmo período histórico, quando novas formas e médiuns artísticos foram explorados neste fazer, e a fotografia adquiriu um papel importante nessa trajetória. O ato fotográfico foi compreendido como uma mensagem que estrutura uma realidade ficcional, construída através do olhar de cada artista, que, nos referidos casos, denuncia códigos ideológicos presentes na sociedade no que diz respeito à composição da imagem da mulher. A partir desta perspectiva, a dissertação reflete, a partir do trabalho de três artistas: a norte americana Cindy Sherman (n.1954); a portuguesa Júlia Ventura (n.1952) e a brasileira Rosângela Rennó (n.1962), as relações entre o campo da fotografia e orientação figurativa em torno da imagem da mulher. Relacionando as imagens com os reflexos dos desdobramentos sociais, culturais e políticos em torno da formação ideológica da figura feminina, resultantes da ideologia patriarcal. A análise das imagens, dentro das séries escolhidas em cada uma das artistas, torna-se o cerne das indagações. Deste modo, decompomos o alicerce desses estereótipos restritivos em relação as mulheres e, sobretudo, os contrapor como uma realidade ficcional. Em suma, compreender como as obras são, para além de um resultado dos elementos sociais, críticas e questionadoras dessas problemáticas.

Autora

Nicoli Braga Macedo (https://orcid.org/0000-0001-7269-2622 | @nicolibraga)

Orientador

Professor Doutor Pedro Lapa (https://orcid.org/0000-0003-3775-2030)

Local de publicação

Apresentação oral no Congresso Internacional Luso Brasileiro, 2018, Lisboa, Portugal.

Acesse a publicação completa em https://repositorio.ul.pt/handle/10451/33408.


Esta publicação foi elaborada com base nas informações prestadas por Nicoli Braga Macedo, através do formulário Divulgue suas publicações!. Resposta número 8.

Saberes Pelas Mãos do Tempo: Artesanato de Mato Grosso

Exposição “Saberes Pelas Mãos do Tempo: Artesanato de Mato Grosso “Sesc Arsenal (Sesc MT) e Ambiente Virtual do Sesc Mato Grosso.

A exposição “Saberes Pelas Mãos do Tempo: Artesanato de Mato Grosso” surge a partir de catálogo publicado em 2019 pelo Sesc Mato Grosso, que reuniu registros de escrita e fotografia de artesãos do estado e percorreu suas trajetórias, técnicas, estilos e matérias primas utilizadas.
Para a exposição, o fotógrafo Fred Gustavos convida a um olhar mais intimista sobre os ensaios do catálogo, em um recorte das técnicas que envolvem a cerâmica, madeira e tecelagem, e através da fotografia e do audiovisual são mostrados os saberes que envolvem essas manualidades.
Desta forma, é possível o compartilhamento do conhecimento para diferentes públicos, a valorização das manifestações populares, os aspectos históricos, estéticos e sociais que permeiam e afetam as culturas que o Sesc quer salvaguardar.

Local de realização: Sesc Arsenal (Sesc MT) e Ambiente Virtual do Sesc Mato Grosso.

Valor da inscrição: Gratuita.

Página do evento: https://exposicao.sescmt.com.br/

E-mail para contato: fredgustavos@gmail.com

Redes sociais: @fredgustavos


Esta publicação foi elaborada com base nas informações prestadas por Fred Gustavos , através do formulário Divulgue seu evento!. Resposta número 1.

Entre as Festas de São João

As festas de São João não aconteceram em 2020/21 devido a pandemia covid-19. Bora matar a saudade?

O fotógrafo carioca, especialista em moda e cultura popular,  Yuri Graneiro, registrou, no ano de 2017, cenas das Festas de São João no Norte e Nordeste do Brasil. Vamos matar a saudade do arraiá pelos registros realizados em São Luís do Maranhão?

“Bumba-meu boi” São Luis do Maranhão. Yuri Graneiro, 2017.

Considerada uma das maiores festas de São João do país, o  arraiá de São Luís,  conta com múltiplos shows e programações que atraem pessoas do Brasil e do  mundo. Nessa série fotográfica, Yuri Graneiro registra o encontro de várias tradições do Brasil na noite de São João.
Acima, a fotografia do “Bumba-meu boi” ou “Boi-bumbá” apresenta um personagem do folclore brasileiro, caracterizado para a noite de São João. Mas a festa não para por aqui! Nas próximas fotografias as tradições afro-brasileiras e dos povos originários marcam sua presença no arraiá com suas apresentações! Que grande encontro, né mesmo?

Apresentação da dança “tambor de crioula”. São Luís do Maranhão. Yuri Graneiro, 2017.
Apresentação dos povos originários. São Luís do Maranhão. Yuri Graneiro, 2017.

#galeria é uma coluna de caráter informativo. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, histórica, política ou social, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer outras postagens desta coluna? É só seguir este link.

 

Links, Referências e Créditos

Ulysses Freyre e Gilberto Freyre: uma parceria entre bicicletas, fotografias e cidades em Pernambuco na década de 1920

Artigo em periódico apresentado em Revista Escrita da História.

 Autoria desconhecida, Recife, década de 1920.

Este artigo tem como centralidade o segmento da fotografia de acervo de intelectual e apresenta a contribuição da relação entre o fotógrafo amador Ulysses Freyre e o seu irmão, o sociólogo Gilberto Freyre,  para a construção de documentação a respeito da arquitetura civil das cidades de Olinda e de Recife entre 1923 e 1925. Salientaremos o quanto a fotografia de Ulysses como artefato de memória foi propulsora do embrionário projeto político-intelectual de Gilberto nesse período. Ulysses fotografou ao lado de Gilberto durante passeios de bicicleta aos domingos. Esta documentação auxiliou como parte da concepção de inventário de edificações da arquitetura civil que serviu à Inspetoriade Monumentos Estaduais em 1928 em Pernambuco.

Autora

Luciana Cavalcanti Mendes(http://lattes.cnpq.br/7445354630321485 | @lucavalcantifoto)

Orientadora

Vanderli Custódio (http://lattes.cnpq.br/9930064541663358)

Local de publicação

Revista Escrita da História

Acesse a publicação completa em https://tinyurl.com/yumhkren


Esta publicação foi elaborada com base nas informações prestadas por Luciana Cavalcanti Mendes, através do formulário Divulgue suas publicações!. Resposta número 7.

Imagens do invisível: sentidos e sentimentos do rural-urbano-rural do Rio de Janeiro através de retratos fotográficos compartilhados.

Tese publicada no Programa EICOS – Psicossociologia de Comunidade e Ecologia Social – UFRJ.

A produção de imagens fotográficas implica na compreensão de que a fotografia é um dispositivo de  produção de sentidos e de categorias sociais que contêm elementos de poder, sendo assim, os processos de suas construções e elaborações também podem ser lugares apropriados aos exercícios de contra-poder. Nesta pesquisa, os retratos fotográficos, produzidos de forma compartilhada com os sujeitos da pesquisa, formam o caminho para uma cartografia de identidades entre agricultores e agricultoras da Região Metropolitana do Rio de Janeiro em um território marcado pela fronteira fluida entre o rural e o urbano. As reflexões acerca da produção da imagem, bem como das dinâmicas identitárias estudadas, foram produzidas à luz da teoria pós-colonial, especificamente a partir da sociologia das ausências e das emergências (Santos, 2006). Esta pesquisa também objetivou refletir sobre o processo de produção de retratos fotográficos de forma compartilhada como uma ferramenta da pesquisa participativa. As cinco situações de campo relatadas e analisadas mostram diferentes dinâmicas do compartilhamento do ato fotográfico e apontam para diferentes relações dos sujeitos com a câmera, e com a postura da pesquisadora neste diálogo mediado pela fotografia e pela representação através da imagem. A fotografia se apresentou como uma linguagem potente na discussão sobre as dinâmicas identitárias entre os sujeitos, tanto como um meio de aproximação com o campo quanto como uma fonte de dados para as análises que se sucederam. A fotografia nesta pesquisa também cumpre o papel de criar espaço para a visibilidade destas identidades em um movimento de transposição para o discurso imagético das narrativas orais captadas no campo, bem como para a reflexão sobre as possibilidades da forma de narrativa dentro do campo da contra-hegemonia.

Autora

Cecília Moreyra de Figueiredo (https://tinyurl.com/5dmr5per | @cissafoto)

Orientadora

Samira Lima da Costa (http://lattes.cnpq.br/1253895144833105)

Local de publicação

Programa EICOS – Psicossociologia de Comunidade e Ecologia Social – UFRJ, .

Acesse a publicação completa em http://pos.eicos.psicologia.ufrj.br/wp-content/uploads/2017_DOUT_Cecilia_Moreyra_de_Figueiredo.pdf.


Esta publicação foi elaborada com base nas informações prestadas por Cecília Moreyra de Figueiredo, através do formulário Divulgue suas publicações!. Resposta número 6.

Processo Seletivo de Estudantes Extensionistas

Cultura Fotográfica publica convocatória que regerá seleção de estudantes extensionistas.

Processo seletivo de Estudantes Extensionistas. Oportunidade exclusiva para estudantes da UFOP.

O Prof. Dr. Flávio Pinto Valle torna pública a convocatória que regerá o processo de seleção de estudantes para participação, sob sua orientação, no programa de extensão Cultura Fotográfica.

Endereço de publicação da convocatória

https://tinyurl.com/k7t4mvtv

Prazo para envio de inscrições

Até 9 de agosto

Quantidade de vagas por modalidade de participação

Bolsista: 4 vagas;

Voluntária(o): 4 vagas.

Valor da Inscrição

Gratuita

Endereço para envio de inscrições

https://forms.gle/oWmhH15dDpyvjVcKA

Email para contato: flavio.valle@ufop.edu.br


Esta publicação foi elaborada com base nas informações prestadas por Flávio Pinto Valle, através do formulário Divulgue sua Chamada de Trabalhos!. Resposta número 2.

Processo Seletivo para Professor Substituto

UFOP publica edital que regerá seleção simplificada para professor substituto de Fotografia / Fotojornalismo.

A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) torna público o edital PROGEP 50/2021 que regerá o processo seletivo simplificado para contratação de professor substituto para atuar na área de Comunicação / Comunicação Visual, subárea Fotografia / Fotojornalismo.

Endereço de publicação do edital

https://www.concurso.ufop.br/editais/professor-substituto/edital-progep-502021

Prazo para envio de inscrições

13 de agosto de 2021

Valor da Inscrição

R$85,00

Email para contato: dejor@ufop.edu.br


Esta publicação foi elaborada com base nas informações prestadas por Flávio Pinto Valle, através do formulário Divulgue sua Chamada de Trabalhos!. Resposta número 1.

Sair da versão mobile
%%footer%%