Elliott Erwitt

Humor e ironia em fotos do cotidiano norte-americano.

O fotógrafo judeu Elliott Erwitt, filho de migrantes russos, nasceu em Paris no ano de 1928, mas passou a maior parte de sua infância em Milão. Mudou-se para os Estados Unidos, em 1940, com sua família para escapar das leis fascistas da época. Com isso, ele passou a juventude em Hollywood, lugar em que começou sua carreira na fotografia.

A fotografia mostra uma pessoa sentada em uma escada que possui dois degraus. Além disso, existe a presença de dois cachorros, um deles está com as patas apoiadas nas duas pernas da pessoa e a cabeça dele está na frente da face de seu dono ou dona. O outro cão está com uma coleira e sentado ao lado do indivíduo
Elliott Erwitt

Elliott também morou em Nova Iorque, onde conheceu o fotógrafo Robert Capa que o convidou para tornar-se membro da memorável agência fotográfica Magnum em 1953, da qual viria a ser presidente em 1966.

As fotografias de Erwitt são repletas de humor e de ironia, características que ele retrata nas ruas, nos cotidianos e nas vivências encontradas nos lugares em que fotografou. Em seu trabalho há a presença de muitos cachorros e suas relações com o mundo humano. Além disso, Erwitt tirou fotos figuras famosas como Che Guevara e Marylin Monroe, também fotografou retratos mais íntimos e pessoais.

A fotografia mostra dois dálmatas que estão com óculos e coleiras no pescoço. Um deles está com a língua para fora da boca  e o outro não. Ao fundo, podemos ver uma roda gigante e alguns prédios.
Elliott Erwitt

 

A fotografia mostra uma mulher, a mãe do bebê retratado, trajando um vestido estampado. Ela apoia a cabeça em um canto da cama e olha para o bebê, sua filha, que está na sua frente. No outro canto do colchão está um gato que olha para a criança também.
Elliott Erwitt
 
A fotografia mostra Che Guevara, provavelmente posando para a câmera,  sentado em um sofá. Em sua boca há um charuto e ele, vestido com uma camisa de mangas longas, não olha diretamente para a câmera.
Elliott Erwitt

 

A fotografia mostra Marylin Monroe, provavelmente posando para a câmera,  com a cabeça apoiada na parte de cima de um sofá. Seu olhar é contemplativo e ela não olha diretamente para a câmera.
Elliott Erwitt
 
 
#galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

Links, Referências e Créditos

HELENA, Beatriz. Elliott Erwitt. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:https://culturafotografica.com.br/elliott-erwitt/. Publicado em: 28 de fev. de 2022. Acessado em: [informar data].

Mãe e filha

Retrato, tirado por Elliott Erwitt, que vai te fazer sentir aquele calorzinho no coração.

A fotografia intitulada “Mãe e filha”  foi tirada por Elliott Erwitt em seu primeiro apartamento localizado em Manhattan no ano de 1953. Ele retratou sua filha recém nascida, Ellen, sua companheira Lucienne Matthews e um gato chamado Brutus, seu bichinho de estimação. 

 
A fotografia mostra uma mulher, a mãe, trajando um vestido estampado. Ela apoia a cabeça em um canto da cama e olha para o bebê, sua filha, que está na sua frente. No outro canto do colchão está um gato que olha para a criança também.
Elliott Erwitt

 

A imagem me transmite uma atmosfera de aconchego, de conforto e de zelo,  também  mostra Lucienne abaixada e muito perto de sua filha, seu olhar transparece ternura e carinho pelo bebê. Sinto que ela sorri com a boca e com os olhos,  contemplando a pequena e doce figura que está na sua frente. 
 
O gato, mascote da família, está do lado oposto ao de Lucienne, ele aparentemente olha para a criança e por causa disso, me parece que o bebê é protegido pela mãe e pelo felino. Os dois são figuras muito importantes para que essa sensação de proteção e de afeto seja mantida na cena. O gato, a meu ver, se sente seguro e tranquilo no ambiente e na família que ele se encontra.  A iluminação singela, fraca e difusa, provavelmente vinda de alguma janela, também contribui para a atmosfera de aconchego, de serenidade e de afeto. 
 
O preto e branco da fotografia me deixou pensativa sobre algumas concepções. Por ser um retrato mais íntimo, este modo de fotografar me remeteu a uma ideia de memória, de recordação e de lembrança. Acho que no momento em que as fotografadas e o autor da foto olharem para o retrato, eles se lembrarão das sensações que sentiram, daquele momento em si. É como se fosse a materialização da subjetividade daquele instante, pois pode ser relembrado de forma mais sensorial do que objetivo.  
 
A atmosfera da fotografia me faz lembrar da figura de minha avó, dona Rosângela, pois ela é o meu primeiro exemplo de afeto, de cuidado materno e de carinho. O jeito do olhar de Lucienne para sua filha, a meu ver, é parecido com o de minha avó quando olha para as minhas tias, para minha mãe e para mim. Fico contemplando o semblante brilhante de seus olhos juntamente com o sorriso confortante que dona Rosângela faz, muitas vezes, sem nem perceber, e levo esses doces momentos dentro do meu coração e da minha lembrança. 
 
 
 #leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quarta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

Links, Referências e Créditos

Como citar essa postagem

HELENA, Beatriz. Mãe e filha. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:https://culturafotografica.com.br/mae-e-filha/. Publicado em: 23 de fev. de 2022. Acessado em: [informar data].
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