7º Congresso Capixaba de Foto e Vídeo

Erica Nickus realiza evento em Vitória.
Imagem de divulgação do evento. A imagem, com um fundo roxo, contém a seguinte informação: “Congresso Capixaba de Foto e Vídeo”, em letras amarelas. Há também a logo do evento, que consiste em um obturador de uma câmera na cor amarela
Autor(a) desconhecido

O Congresso Capixaba de Foto e Vídeo ocorre desde 2016, e está, atualmente, em sua 7° edição. O evento conta com 15 palestras de temas variados, percorrendo assuntos como as novas ferramentas de edição, direção de fotografia e vida profissional. C com 12 profissionais da fotografia palestrando, sendo eles: Caroline Castro, Daniel Mendes, Gilmar Silva, Nuno Lopes, Damm Fotografia, Cinemotion, Rafael Ferreira, Karen Dalle Laste, Os Cerutis, Caroline Moschei, Ana e Bob Retratos.

O evento também proporcionará uma hospedagem no hotel Sleep Inn para os congressistas. Haverá também expositores de 11 patrocinadores do evento, dentre eles, JCA Goveia, Dado Digital e Black Hold.

Local: Centro de Convenções de Vitória
Data: De 7 a 8 de novembro
Preço: R$ 457,00 (presencial)/ R$ 227,00  (online)
Contato: ericanferri@hotmail.com


Como citar esta postagem

PAES, Nathália. 7º Congresso Capixaba de Foto e Vídeo. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/10/congressocapixab.html>. Publicado em: 26 de out. de 2022. Acessado em: [informar data].

Foto em pauta com Lalo de Almeida

Foto em pauta realiza encontro com fotógrafo em Belo Horizonte

Fotografia de Lalo de Almeida em preto e branco. Homem caucasiano, cabelos lisos médios, com cavanhaque e olhar sereno.
Eduardo Knapp

No final do mês de outubro, acontecerá um encontro com Lalo de Almeida na capital mineira. Neste evento será feita uma projeção de suas fotografias, com enfoque em sua série fotográfica “Distopia Amazônica” recentemente contemplada pela Eugene Smith Grant in Humanistic Photography e  que em 2022 foi vencedora mundial da categoria Projeto de Longa Duração do World Press Photo.

O evento, organizado pelo Foto em Pauta, recebe fotógrafos em encontros com entrada gratuita, mas com vagas limitadas. Durante as duas horas de encontro será possível interagir com o autor e discutir sobre as fotografias apresentadas. Também será transmitida cobertura no YouTube no canal do projeto.

Local: Memorial Minas Gerais Vale – Praça da Liberdade, Belo Horizonte

Data: 27 de outubro de 2022, quinta-feira, 19h.

Preço: Entrada franca.

Contato: fototiradentes@gmail.com

#divulgação é uma coluna de divulgação científica e cultural. Utilize nossos formulários para divulgar seu trabalho em nossas mídias.


Como citar esta postagem

BRITO, C. S. Foto em pauta com Lalo de Almeida. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: https://tinyurl.com/mpeudkd2. Publicado em: 19 de Out. de 2022. Acessado em: [informar data].

10° Salão Nacional de Arte Fotográfica

O Fotoclube ABCclick realizará o 10° Salão Nacional de Arte Fotográfica. 


Divulgação 

O clube de fotógrafos do interior paulista, Fotoclube ABCclick, irá realizar mais uma edição do concurso de fotografias. Os interessados em participar do concurso poderão submeter quatro fotografias coloridas, com tema livre até o dia 12 de outubro de 2022. A comissão de análise das fotografias será composta por voto popular e júri técnico.

Nesta edição, além das medalhas de ouro, prata, bronze e menção honrosa, o Foto Clube anuncia uma novidade: as 15 melhores fotografias serão convertidas em NFT e colocadas à venda. Metade do valor arrecadado em vendas será entregue ao autor da imagem. 

Mais informações sobre o pagamento da taxa de inscrição, contato do Fotoclube e a realização do evento podem ser consultadas no site http://www.abcclick.com.br/index1.asp 

#divulgação é uma coluna de divulgação científica e cultural. Utilize nossos formulários para divulgar seu trabalho em nossas mídias.

#divulgação, evento


Como citar esta postagem

{SOBRENOME, Nome do Autor(a)}. {Título da postagem}. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<{colar link da postagem}>. Publicado em: {colar data de publicação}. Acessado em: [informar data].

II Prêmio PHOTOIMAGE 2022

A Revista PHOTOIMAGE anuncia o concurso “Um olhar por uma Lente Fotográfica”.
O II Prêmio PHOTOIMAGE 2022 abre inscrições para submissão de fotografias, com tema livre, para concorrerem à seleção. As fotografias serão utilizadas como parte da homenagem ao diretor de fotografia Andrew Lesnie. Além de terem como objetivo “divulgar obras fotográficas, exóticas, de paisagem, arte de rua, natureza em si, arquitetura, cidades, e o ser humano e tradições culturais como indígenas, por exemplo.”
Os interessados poderão enviar no máximo três fotos para concorrerem ao prêmio. As fotos selecionadas serão disponibilizadas no blog e no twitter da Revista PHOTOIMAGE, em uma exposição virtual nomeada de “Olhar por uma Lente”. Os ganhadores também receberão prêmios que vão de câmeras fotográficas a medalhas personalizadas de participação.
Endereço da Chamada de Trabalho: www.revista-photoimage.org
Endereço para envio de inscrições: https://630fc412d9479.site123.me/
Prazo para envio de inscrições: 01/09/2022 até 01/12/2022
Valor da inscrição: R$25,00

Como citar esta postagem

PAES, Nathália. II Prêmio PHOTOIMAGE 2022. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/09/ii-premio-photoimage-2022.html>. Publicado em: 28 de set. de 2022. Acessado em: [informar data].

18º Paraty em Foco

Galeria Zoom de Fotografia de Paraty realiza a 18ª edição do Festival Internacional de Fotografia em Paraty no Rio de Janeiro.

Estrutura do evento que conta com fotografias de diferentes tamanhos compondo um formato de cubo.
FOTO: Divulgação

Criado pelo fotógrafo Giancarlo Mecarelli, após uma visita ao Brasil, o Paraty em Foco é um evento anual realizado na cidade do Rio de Janeiro desde 2005 e reúne artistas do mundo inteiro para trocar conhecimentos e visões sobre a fotografia através de workshops, entrevistas, projeções e leituras de portfólios. 
O encontro recebe exposições diversas, entre as apresentações deste ano estão os trabalhos vencedores da Convocatória – mostrando os primeiros colocados nas categorias Ensaios e Foto Única – mostra de 25 autorretratos que compõem a exposição Selfies em Foco, além de curadorias e ensaios fotográficos. 
Para mais informações sobre os horários das exposições, encontros e valores dos ingressos para participar das entrevistas, entre outros, basta acessar paratyemfoco.com.

Local: CASA PARATY EM FOCO KLINK, Rua Dona Geralda,303 em  frente a Praça da Matriz – Centro Histórico

Data: De 21 a 25 de setembro

Contato: producaopef@gmail.com


Como citar esta postagem

{SOBRENOME, Nome do Autor(a)}. {Título da postagem}. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<{colar link da postagem}>. Publicado em: {colar data de publicação}. Acessado em: [informar data].

Grupo de Estudos*

Convidamos todas as pessoas interessadas em compartilhar aprendizados sobre Fotografia a participar de nosso Grupo de Estudos. Inscreva-se!
Em concordância com os Planos Nacionais de Cultura e de Educação, por meio da realização do Cultura Fotográfica pretendemos, mediante a oferta de atividades de formação complementar e continuada, contribuir para a qualificação de estudantes do ensino superior e de profissionais graduados e pós-graduados, prioritariamente nos campos da Arte, da Cultura e da Educação, em particular aqueles que direta ou indiretamente lidam com imagens fotográficas em suas atividades.
Sendo assim, convidamos todas as pessoas interessadas em compartilhar aprendizados sobre Fotografia a participar de nosso Grupo de Estudos, que tem o objetivo de realizar uma revisão crítica das principais abordagens teóricas e metodológicas no estudo das imagens, em específico das imagens fotográficas. Com essa iniciativa, pretendemos consolidar o Cultura Fotográfica como um espaço de apropriação, produção e difusão de conhecimento sobre Fotografia.

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

Comunidade de Prática

O Grupo de Estudos do Cultura Fotográfica se constitui como uma Comunidade de Prática (WENGER, McDERMOTT, SNYDER, 2002), isto é, como uma agremiação de pessoas que se reúnem periodicamente para compartilhar seus aprendizados sobre um assunto de interesse comum, que, neste caso, é a fotografia.
Embora sua atividade se organize a partir do estudo de um determinado tema, esta não é uma prática conteudista. Pelo contrário, ela consiste na construção de um espaço de aprendizagem que favoreça a troca de experiências entre os integrantes, a construção de conhecimentos comuns e o compartilhamento desses aprendizados com todos os membros da comunidade.

Círculos de Engajamento

Os membros de uma comunidade de prática podem se engajar de diferentes maneiras nas atividades que são realizadas, seja desempenhando funções estruturantes, necessárias a manutenção do grupo ao longo do tempo, ou processuais, necessárias ao desenvolvimento de rotinas específicas, seja apenas participando dos encontros de estudos. Todas as esferas de atuação são dinâmicas e permitem que os membros transitem entre elas. Daí, a importância delas para o cultivo da comunidade. Nesse sentido, no Grupo de Estudos do Cultura Fotográfica, identificamos, inicialmente, três círculos de engajamento: estruturante, processual e participativo.

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

Ciclos de Estudos

Diferente de outros modos de representação visual, como a pintura ou o cinema, a fotografia carece de uma tradição analítica, historiográfica e teórica. Por essa razão, as tentativas de se apropriar das imagens fotográficas como um objeto de estudos encontram-se espalhadas por diversas disciplinas, como a Arte, a Comunicação, a História, a Psicologia, a Semiótica e a Sociologia. O mesmo ocorre no campo das práticas, onde a tecnologia fotográfica é objeto de diferentes usos, como o artístico, o científico, o jornalístico, o jurídico e o recreativo.
Por esse motivo, organizamos as atividades do grupo em ciclos de estudos dedicados a apresentação e ao debate de distintos aspectos de uma determinada perspectiva de estudo das imagens fotográficas construída com base em um corpo de conhecimentos extraído de diferentes disciplinas.

Periodicidade e estrutura dos encontros de estudos

Comunidades de prática oferecem a seus membros a oportunidade de estabelecer relações duradouras. No entanto, para que elas se mantenham ao longo do tempo é importante que as atividades do grupo sejam realizadas em intervalos regulares e bem compassados, de maneira que mantenha seus integrantes engajados, sem sobrecarregá-los.
Por essa razão, os encontros regulares do Grupo de Estudos do Cultura Fotográfica serão realizados mensalmente, conforme cronograma comunicado previamente, via Google Meet e terão duração de duas horas. As sessões de estudos serão gravadas e suas gravações serão publicadas no Canal do Cultura Fotográfica no Youtube. Após cada encontro, os membros da comunidade que tiverem participado receberão um Certificado de Participação no Encontro de Estudos.

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

 

Notas
* Atualizada em setembro de 2022. Originalmente postada em julho de 2021.

Referências Bibliográficas

WENGER, Etienne; McDERMOTT, Richard; SNYDER, William. Cultivating communities of practice : a guide to managing knowledge. Boston, MA: Harvard Businesss School Press,  2002.

O livro Evoé

Livro de fotografias de Priscila Prade sobre teatro

Capa do livro Evoé com fundo preto e título e subtítulo dispostos em caracteres nas cores cinza e alaranjado respectivamente.
Priscila Prade


Luisa é uma produtora cultural, fotógrafa e artista brasileira, nascida em Florianópolis, Santa Catarina é especializada em moda e beleza que atua na área da publicidade e em editoriais.

Para aqueles cujo ganha pão era o teatro, a pandemia se tornou um empecilho para o exercício de seu trabalho. O livro Evoé, produzido com as fotografias de Priscila Prade, então, se tornou um meio de suprir as necessidades financeiras desses indivíduos. Foi levantado um financiamento coletivo em uma campanha no kickstarter, que infelizmente acabou não alcançando a meta. Atualmente o livro pode ser encomendado através do link: https://www.flowcode.com/page/evoelivro. E o valor das vendas será revertido aos profissionais do setor teatral.

Autora

Priscila Prade

Local de publicação

Publicação Independente

Acesse a publicação completa em: https://www.flowcode.com/page/evoelivro

#divulgação é uma coluna de divulgação científica e cultural. Utilize nossos formulários para divulgar seu trabalho em nossas mídias.


Continue lendo “O livro Evoé”

Bibliografia Colaborativa: O Brasil oitoscentista visto pela fotografia colonial*

Colabore com nossa pesquisa sobre a construção da imagem do Império do Brasil com base na abordagem colonialista da fotografia.
Logo após o anúncio de seu desenvolvimento, a tecnologia fotográfica foi incorporada ao aparelho de expansão colonial das nações europeias. Neste contexto, ao longo do período da história do Brasil, conhecido como Segundo Reinado, diversos fotógrafos europeus ou educados na Europa documentaram as populações e o território brasileiro. Com isso, ao mesmo tempo em que construíram uma imagem para o império a partir de seus esquemas estéticos importados, educaram o olhar nacional para observar o país e seus cidadãos com base nestas mesmas convenções do olhar.

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

O levantamento bibliográfico inicial que apresentamos abaixo foi organizado em torno de três palavras-chave principais, Império do Brasil, Fotografia oitocentista e Colonialismo(Imperialismo) europeu, e está aberto a contribuições. Envie-nos suas sugestões por meio da seção de comentários no final desta postagem.

ALENCASTRO, Luiz Felipe (org.). História da vida privada no Brasil. Império: a corte e a modernidade nacional. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2019.
 
ARAGO, Dominique François. Relatório. In: TRACGHTENBERG, Alan. Ensaios sobre fotografia: de Niépce a Krauss. Lisboa: Orfeu Negro, 2013, p. 35 – 44.
ARRUDA, Rogério Pereira. A expansão da fotografia em Minas Gerais: um estudo por meio da imprensa, 1845-1889. Varia história, v.30, n.52, pp. 231-256, 2014. ISSN: 1982-4343. Disponível  em:  <https://www.scielo.br/j/vh/a/RkFCKjZbjsnthf3cwzdQ9Xs/>
_______. O ofício da fotografia em Minas Gerais no século XIX, 1845-1900. Belo Horizonte: Edição do autor, 2013
BASTOS, Mônica Rugai. Retratos do poder imperial no Brasil. Facom, n. 19, p. 42-51, 2008. ISSN: 1676-8221. Disponível em: <http://mirror.faap.br/revista_faap/revista_facom/facom_19/monicabastos.pdf>
BENJAMIN, Walter. Estética e sociologia da arte. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Ciclo de palestras: A coleção do Imperador. Fotografia Brasileira e Estrangeira no século XIX. Anais da Biblioteca Nacional, v. 117, p. 7 – 77, 1997. ISSN: 0100-1922. Disponível em: <https://www.bn.gov.br/producao/publicacoes/anais-biblioteca-nacional-vol117>
 

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

Natalia Brizuela / Companhia das Letras / Instituto Moreira Salles
BRIZUELA, Natalia. Fotografia e império: paisagens para um Brasil moderno. São Paulo: Companhia das Letras; Instituto Moreira Salles, 2012.
 
CASTRO, Hebe Maria Mattos; SCHNOOR, Eduardo (orgs.). Resgate: uma janela para o Oitocentos. Rio de Janeiro: Topbooks, 1995.
ERMAKOFF, George. O negro na fotografia brasileira do século XIX. Rio de Janeiro: George Ermakoff, 2004.
FABRIS, Annateresa. Fotografia: usos e funções no século XIX. São Paulo: Edusp, 1998.
_______. Identidades virtuais: uma leitura do retrato fotográfico. Belo Horizonte: UFMG, 2004.
_______. A fotografia oitocentista ou a ilusão da objetividade. PORTO ARTE: Revista de Artes Visuais, v. 5, n. 8, p. 7 – 16, abr. 2012. ISSN 2179-8001. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/PortoArte/article/view/27523>
 
FERREZ, Gilberto. A fotografia no Brasil: 1840 – 1900. Rio de Janeiro: Funarte, 1985.
 
_______. Vida social no Brasil nos meados do século XIX. São Paulo: Global, 2013.
 
_______. O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX. São Paulo: Global, 2012.
_______. Casa Grande & Senzala. São Paulo: Global, 2003
FREYRE, Gilberto; PONCE DE LEON, Fernando; VASQUEZ, Pedro. O retrato brasileiro: fotografias da Coleção Francisco Rodrigues 1840 – 1920. Rio de Janeiro: Funarte / Fundação Joaquim Nabuco, 1983.
 
GRAHAM, Richard. Construindo uma nação no Brasil do século XIX: visões novas e antigas sobre classe, cultura e estado. Diálogos, v. 5, n. 1, p. 11 – 47, 17 jun. 2017. Disponível em: <https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Dialogos/article/view/37703>
_______. Cor e cidadania no Brasil escravocrata. Revista Maracanan, v. 1, n. 1, p. 31-55, dez. 2014. ISSN 2359-0092. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/maracanan/article/view/13243>.
KOSSOY, Boris. Fotografia e História: as tramas da representação fotográfica. Projeto História, v. 70, pp. 9-35, Jan.-Abr., 2021.  Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/52357>
 
_______. A fotografia além da Corte: expansão da fotografia no Brasil Império. Acervo: revista do Arquivo Nacional, v. 22, n. 1, p. 109-122, nov. 2011. ISSN: 2237-8723. Disponível em: <https://revista.an.gov.br/index.php/revistaacervo/article/view/103>
_______. Realidades e ficções na trama fotográfica. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002, p. 73 – 123.
_______. Dicionário histórico-fotográfico brasileiro: fotógrafos e ofício da fotografia no Brasil (1833-1910). São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2002.
KOSSOY, Boris; CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. O olhar europeu: o negro na iconografia brasileira do século XIX. São Paulo: Edusp, 2002. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=x9VAjl1vC9MC&lpg=PP8&hl=pt-BR&pg=PP8#v=onepage&q&f=false>
KOUTSOUKOS, Sandra Sofia Machado. “O aprendizado da técnica fotográfica por meio dos periódicos e manuais – segunda metade do século XIX”. Fênix (UFU), v. 6, p. 0-0, 2009. Disponível em: <https://revistafenix.emnuvens.com.br/revistafenix/article/view/64>
 
_______.”‘Amas mercenárias’: o discurso dos doutores em medicina e os retratos de amas – Brasil, segunda metade do século XIX”. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 16, p. 305-324, 2009. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-59702009000200002>
_______. “‘Typos de negros no estúdio do photographo. Brasil, segunda metade do século XIX”.. Anais do Museu Histórico Nacional, v. 39, p. 1-25, 2007.Disponível em: <https://anaismhn.museus.gov.br/index.php/amhn/issue/view/49/>
_______. “No estúdio do photographo, o rito da pose. Brasil, segunda metade do século XIX”. Revista Ágora (Rio de Janeiro), v. 5, p. 1-25, 2007. Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/agora/article/view/1904>
 
_______. Na “galeria dos condenados”: o aprendizado de um photographo. Studium, n. 15, p. 50 – 94, 2004. ISSN: 1519-4388. Disponível em: <https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/studium/article/view/11767>
 
 _______. “No estúdio do fotógrafo. Um estudo da (auto-)representação de negros livres e escravos no Brasil da segunda metade do século XIX”. Studium, Campinas, v. 9, p. 1, 2002. Disponível em: <https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/studium/article/view/10110>
LAGO, Bia Corrêa; LAGO, Pedro Corrêa. Os fotógrafos do império: a fotografia brasileira do século XIX. Rio de Janeiro: Capivara, 2005.
LAGO, Pedro Corrêa; FERNANDES JUNIOR, Rubens. O século XIX na fotografia brasileira. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2000.

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

 

Capa do livro Escravos brasileiros do século XIX na fotografia de Christiano Jr.
Mauricio Lissovsky e Paulo Cesar Azevedo / Ex Libris

 

LISSOVSKY, Mauricio; AZEVEDO, Paulo Cesar (orgs.).  Escravos brasileiros do século XIX na fotografia de Christiano Jr.. São Paulo: Ex Libris, 1988 
 
MAIO, Marcos Chor; SANTOS, Ricardo Ventura (orgs.). Raça, ciência e sociedade. Rio de Janeiro: Fiocruz / CCBB, 1996. Disponível em: <https://books.scielo.org/id/djnty>
 
MARCH DE SOUZA, Patricia. Aos olhos do observador estrangeiro: a roupa na construção da escravidão no Rio de Janeiro. Acervo: revista do Arquivo Nacional, v. 31, n. 2, p. 49-66, ago. 2018. ISSN: 2237-8723. Disponível em: <https://revista.an.gov.br/index.php/revistaacervo/article/view/938>
MAUAD, Ana Maria. Entre retratos e paisagens: modos de ver e representar no Brasil oitocentista. Studium, n. 15, p. 4 – 43, 2004. ISSN: 1519-4388. Disponível em:  <https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/studium/article/view/11764>
_______. “As Fronteiras Da Cor: Imagem E representação Social Na Sociedade Escravista Imperial”. Locus: Revista De História, v. 6, n. 2, p. 83 – 98, 2000. ISSN: 2594-8296. Disponível em: <https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/20515>
_______. Imagem e auto-imagem do Segundo Reinado. In: ALENCASTRO, Luiz Felipe. História da vida privada no Brasil: Império. — São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p. 181 – 231.
MAUAD, Ana Maria; RAMOS, Itan Cruz. Fotografias de família e os itinerários da intimidade na história. Acervo: revista do Arquivo Nacional, v. 30, n. 1, p. 155-178, jun. 2017. ISSN: 2237-8723. Disponível em: <https://revista.an.gov.br/index.php/revistaacervo/article/view/795>
MOREL, Marco. A saga dos botocudos: guerra, imagens e resistência indígena. São Paulo: Hucitec, 2018, p. 285 – 327. ISSN: 2237-8723. 
_______. Imagens aprisionadas e resistência indígena : os daguerreótipos de 1844. Studium, n. 10, p. 87–92, 2002. ISSN: 1519-4388 Disponível em:<https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/studium/article/view/10152>
 
_______. Cinco imagens e múltiplos olhares: as descobertas entre os índios e a fotografia no Brasil do século XIX. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. VIII, n.Suplemento, p. 1039-1057, 2001. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-59702001000500013
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Arquivos da polícia sob o foco da história. Revista do Arquivo Público Mineiro, v. 49, n. 1, p. 58 – 77,  jan. – dez., 2013. ISSN: Disponível em: <http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/acervo/rapm_pdf/2013A07.pdf>
MUAZE, Mariana de Aguiar Ferreira. Violência apaziguada: escravidão e cultivo do café nas fotografias de Marc Ferrez (1882-1885). Revista Brasileira de História [online]. 2017, v. 37, n. 74. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1806-93472017v37n74-02>
 
_______. O império do retrato: fotografia e poder na sociedade oitocentista. Projeto História, n.34, p. 169-188 , jun. 2007. ISSN: Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/2472>
 
NARANJO, Juan. Fotografía, antropología y colonialismo (1845 – 2006). Barcelona (ES): Gustavo Gili, 2006.
QUINTAS, Georgia. Os álbuns de família em Pernambuco: relíquia da memória visual e filtro da cultura. Studium, n. 37, p. 4–30, 2015. ISSN: 1519-4388. Disponível em: <https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/studium/article/view/12546>
 
_______. Amas-de-Leite e suas representações visuais: símbolos sócioculturais e narrativos da vida privada do Nordeste patriarcal-escrevacrata na imagem fotográfica. Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 8, p. 11-44, 2009.  Disponível em: <http://www.cchla.ufpb.br/rbse/QuintasArt.pdf>

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

André Rouillé / Senac São Paulo

ROUILLÉ, André. A Fotografia: entre documento e arte contemporânea. São Paulo: Senac, 2009.
RYAN, James. Introdução: Fotografia colonial. In: VICENTE, Filipa Lowndes. O império da visão: a fotografia no contexto colonial português. Lisboa (PT): Edições 70, 2014, p. 31 – 42.
 
SALLES, Ricardo. Nostalgia Imperial: escravidão e formação da identidade nacional no Brasil do Segundo Reinado. Rio de Janeiro : Ponteio, 2013. 
 
_______. Guerra do Paraguai: escravidão e cidadania na formação do exército. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. 
SALLES, Ricardo; GRINBERG, Keila (orgs.). O Brasil Imperial, volume II: 1831 – 1870. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
_______. O Brasil Imperial, volume III: 1870 – 1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
SALLES, Ricardo; MARQUESE, Rafael (orgs.). Escravidão e capitalismo histórico no século XIX: Cuba, Brasil e Estados Unidos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Lendo e agenciando imagens: O rei, a natureza e seus belos naturais. Sociologia & Antropologia, v. 4, n. 2, p. 391 – 431, out. 2014. ISSN: 2238-3875. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/sant/a/XSKfP5J5QypfvMqdfssR6Jg/>
 
_______. Nem preto nem branco. muito pelo contrário: cor e raça na sociedade brasileira. São Paulo, Claro Enigma, 2012.
 
_______. De olho em D. Pedro II e seu reino tropical. São Paulo, Claro Enigma, 2009.
_______. O império em procissão: ritos e símbolos do Segundo Reinado. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
 
_______. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo : Companhia das Letras, 1998.
_______. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão

racial no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

 
SCHWARCZ, Lilia Moritz; DANTAS, Regina . O Museu do Imperador: quando colecionar é representar a nação. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, v. 46, p. 123-164, 2008. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/34602/37340>
 
SCHWARCZ, Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos (orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade.
 
SCHWARCZ, Lilia Moritz. ; PEDROSA, Adriano (orgs.). Histórias Mestiças: antologia de textos. Rio de Janeiro: Cobogó, 2014. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
SEGALA, Lygia. O retrato, a letra e a história: notas a partir da trajetória social e do enredo biográfico de um fotógrafo oitocentista. Revista Brasileira de Ciências Sociais [online]. 1999, v. 14, n. 41. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-69091999000300010>
 
_______. Itinerância fotográfica e o Brasil pitoresco. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 27, p. 62 – 85, 1998. ISSN: 0102-2571. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat27.pdf>
SEYFERTH, Giralda. A invenção da raça e o poder discricionário dos estereótipos. Anuário Antropológico, Rio de Janeiro, v. 93, p. 175-203, 1995. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7410192>
SODRÉ, Nelson Werneck. Panorama do Segundo Império. Rio de Janeiro: Graphia, 1998.
 
_______. A ideologia do colonialismo: seus reflexos no pensamento brasileiro. Petrópolis (RJ): Vozes, 1984.
_______. Síntese da História da Cultura Brasileira. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1981.
 
SICARD, Monique. A fábrica do olhar: imagens de ciência e aparelhos de visão (século XV – XX). Lisboa: Edições 70, 2006, 105 – 204.
 
SKIDMORE, Thomas. Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
TORAL, André Amaral. Imagens em desordem: a iconografia da Guerra do Paraguai. São Paulo: Humanitas, 2001, p. 77 – 97.
_______. Entre retratos e cadáveres: a fotografia na Guerra do Paraguai. Revista Brasileira de História, v. 19, n. 38, p. 283 – 310, 1999. ISSN: 1806-9347. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbh/a/Cqb8HxV6pcyn8QxvGrtGnzw/>
TURAZZI, Maria Inez. Retratos da “multidão faminta”: pobreza, visualidade e semântica das desigualdades. Artefacto Visual: Revista de Estudios Visuales Latinoamericanos, v. 6, n. 12, p. 86 – 108, dez. 2021. ISSN: 2530-4119. Disponível em: <https://www.revlat.com/_files/ugd/5373fb_daff619448484f5d9fbf33bf72375822.pdf#page=86>
_______. A Viagem do Oriental-Hydrographe (1839-1840) e a introdução da daguerreotipia no Brasil. Acervo: revista do Arquivo Nacional, v. 23, n. 1, p. 45-62, out. 2011. ISSN: 2237-8723. Disponível em: <https://revista.an.gov.br/index.php/revistaacervo/article/view/40>
 
_______. O ‘homem de invenções’ e as ‘recompensas nacionais’: notas sobre H. Florence e L. J. M. Daguerre. Anais do Museu Paulista (Impresso), v. 16, p. 11-46, 2008. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5492>
_______. Quadros de História Pátria: Fotografia e Cultura Histórica Oitocentista. In: FABRIS, Annateresa; KERN, Maria Lúcia Bastos. Imagem e Conhecimento. São Paulo: Edusp, 2006.
_______. Poses e trejeitos: a fotografia e as exposições na era do espetáculo (1839 – 1889). Rio de Janeiro: Rocco, 1995, p. 93-163.
_______. “Missão fotográfica”: documentação e memória das obras públicas no século XIX. Cadernos de Antropologia e Imagem, n. 8, p. 37 – 63, 1995. ISSN: 0104-9658. Disponível em: <http://ppcis.com.br/wp-content/uploads/2018/09/Cadernos-de-Antropologia-e-Imagem-8.-Acervos-de-imagens.pdf>
_______. Imagens da cidade colonial nas imagens do século XIX. Acervo: revista do Arquivo Nacional, v. 6, n. 1 / 2, jan. / dez., 1993. ISSN: 0102-700X. Disponível em: <http://www.arquivonacional.gov.br/media/v6_n1_2_jan_dez_1993.pdf>

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

Pedro Karp Vasquez / Metalivros

VASQUEZ, Pedro Karp. O Brasil na fotografia oitocentista. São Paulo: Metalivros, 2003.
 
_______. A fotografia no império. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
 
_______. Dom Pedro II e a fotografia no Brasil. Rio de Janeiro: Index, 1986.

VICENTE, Filipa Lowndes. O império da visão: a fotografia no contexto colonial português. Lisboa (PT): Edições 70, 2014.

WATRISS, Wendy; ZAMORA, Lois Parkinson (eds.).  Image and memory : photography from Latin America, 1866-1994. Austin (US): FotoFest / University of Texas Press. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=GW9CdXDSKWEC&lpg=PP1&hl=pt-BR&pg=PT35#v=onepage&q&f=false>


A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

Notas
* Atualizada em setembro de 2022. Originalmente postada em março de 2022.
 

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial*

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida em nosso Grupo de Estudos.

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida em nosso Grupo de Estudos. Inscreva-se!
Os meios de comunicação carregam traços de sua época e de seu lugar. Nesse sentido, André Rouillé (2009), em um estudo onde reconstitui o percurso da fotografia em sua migração do campo do útil para o do belo, comenta que esta nova tecnologia de fazer visível se desenvolveu em estreita ligação com alguns processos em curso na Europa durante o século XIX: a democratização, a monetarização, a industrialização, a urbanização, a expansão das metrópoles e a modificação na percepção de tempo e de espaço.
Por sua vez, James Ryan (2014), em uma revisão de literatura sobre a fotografia colonial, observa que o desenvolvimento da fotografia ocorreu em paralelo à expansão do império europeu na segunda metade do século XIX. Por isso, tão logo os procedimentos para a produção de imagens fotográficas foram publicados, eles foram incorporados ao aparato de compilação de informações que permitia às autoridades coloniais exercer controle – real e simbólico – sobre populações e territórios distantes dos centros de decisão das metrópoles.
Dominique François Arago (1839) em relatório acerca do Daguerreótio, solicita aos colegas deputados que imaginem a contribuição que esta nova tecnologia produção de imagens poderia ter oferecido a França se já fosse conhecida durante a expedição napoleônica ao Egito, entre os anos de 1798 e 1801.
Plano aberto, em primeiro plano se vê a esfinge e ao fundo as pirâmides, no Egito.
Maxime Du Camp
A fotografia acima foi produzida por Maxime du Camp durante a expedição, patrocinada pelo governo francês, que realizou ao Egito, a Núbia e a Síria, entre os anos de 1849 e 1850, a respeito da qual ele comenta que fotografia desenterrou o país das  necrópoles e o expôs numa enciclopedia.
Às imagens fotográficas foi atribuída a função mediadora de fazer presente o que é ausente e de trazer para próximo o que é distante (ROUILLÉ, 2009). Nesse sentido, Juan Naranjo (2006), em uma revisão do papel que a fotografia desempenhou como instrumento para o estudo do outro, acrescenta que, reconhecida como uma imagem que supostamente apagaria a fronteira entre realidade e representação, a ela foi atribuída a capacidade de substituir a experiência direta pela observação virtual.
A fotografia não apenas estava inscrita nas experiências coloniais como também era constituidora delas (RYAN, 2014; VICENTE, 2014). As imagens fotográficas eram produzidas por e para colonizadores e tendiam a atender os interesses e as prioridades de quem as produzia e as consumia. Disso decorre que elas não apenas refletiam as paisagens, os povos e a vida colonial, mas, sobretudo, as construíam. Nesse sentido, Filipa Vicente (2014), em uma pesquisa acerca do uso da fotografia no contexto colonial português, destaca que as imagens fotográficas não apenas reproduziam as hierarquias de gênero, classe e raça latentes na sociedade colonial, como também as reificavam.
A indústria de álbuns de vistas, a de cartões de visita e, posteriormente, a de postais aumentou a atividade fotográfica comercial. Colecionar fotografias tornou-se um fenômeno de massa em escala global. A partir da ação de alguns fotógrafos, lugares distantes e exóticos tornaram-se próximos e familiares mediante a representação de suas paisagens, seus povos e seus costumes segundo esquemas estéticos convencionais (RYAN, 2014; VICENTE, 2014). Nessa perspectiva, Naranjo (2006) acrescenta que o aumento na circulação de imagens impressas promoveu uma homogenização da informação visual e uma estereotipificação do outro.

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

A fotografia desembarca no Brasil

Expedições de diferentes tipos, apoiadas por associações comerciais, organismos governamentais e sociedades científicas, promoveram a documentação fotográfica de distintas regiões do planeta. Apenas 5 meses após o anúncio da invenção do daguerreótipo, o abade Louis Compte, que integrava a tripulação do navio-escola L’Oriental-Hydrographe da marinha mercante francesa em sua expedição ao redor do globo, desembarcou no Rio de Janeiro e, no dia 16 de janeiro de 1840, produziu a primeira fotografia tomada em território brasileiro, uma vista do Largo do Paço.
Recorte da edição de 17 de janeiro de 1840 do Jornal do Commercio, onde, sob a etiqueta "Noticias Scientificas", se lê: Photographia: Finalmente passou o daguerrotypo para cá os mares, e a photographia, que até agora só era conhecida no Rio de Janeiro por theoria, he-o actualmente tambem pelos factos que excedem quanto se tem lido pelos jornaes tanto quanto vai do vivo ao pintado. Hoje de manhã teve lugar na hospedaria Pharoux hum ensaio photographico tanto mais interessante, quanto he a primeira vez que a nova maravilha se apresenta aos olhos dos Brazileiros. Foi o abbade Comte quem fez a experiencia: he hum dos viajantes que se acha a bordo da corveta franceza L'Orientale, o qual trouxe  consigo o engenhoso instrumento de Daguerre, por causa da facilidade com que por meio delle se obtem a representação dos objectos de que se deseja conservar a imagem. He preciso ter visto a cousa com os seus proprios olhos para se poder fazer ideia da rapidez e do resultado da operação. Em menos de nove minutos o Chafariz do Largo do Paço, a Praça do Peixe, o Mosteiro de S. Bento, e todos os outros objectos circumstantes se acharão reproduzidos com tal fidelidade, precisão e minuciosidade, que bem se via que a cousa tinha sido feita pela propria mão da natureza, e quasi sem intevenção do artista. Inutil he encarecer a improtancia da descoberta de que já por vezes temos ocupado os leitores; a exposição simples do facto diz mais do que todos os encarecimentos.
Recorte da edição de 17 de janeiro de 1840 do Jornal do Commercio
A chegada da fotografia ao Brasil, em 1840, coincide com o fim do Período Regencial e o início do Segundo Reinado. É importante destacarmos que havia 18 anos que o país deixara de ser uma colônia de Portugal. Nesse sentido, pode parecer inadequado o uso da expressão “fotografia colonial” para caracterizar a fotografia oitoscentista no Brasil. No entanto, optamos por sua utilização porque entendemos que o colonialismo não é apenas um sistema administrativo, mas é sobretudo uma ideologia que orienta discursos e práticas e que permaneceu atuante no país após sua independência política.
Como um entusiasta da nova tecnologia, o imperador D. Pedro II atribuiu legitimidade à fotografia. Ele não apenas realizou tomadas fotográficas, como também se deixou fotografar em diversas ocasiões. Além disso, atuou como um mecenas, financiando e fomentando o ofício no país, e criou, segundo critéros próprios, uma coleção de imagens produzidas com a nova tecnologia de gestão do visível. Em um artigo sobre o agenciamento da fotografia pelo Imperador, Lilia Moritz Schwarcz (2014) destaca que o patrocínio do monarca tinha o objetivo de controlar a imagem de seu Império.
Grupo de trabalhadores negros escravizados, composto por homens e mulheres e adultos e crianças, posam a frente do complexo cafeiro. Sobre o carro de boi, encontram-se alguns homens brancos.
Marc Ferrez / Instituto Moreira Salles
A imagem acima integra a série de 65 fotografias de fazendas de café do Vale do Paraíba produzida por Marc Ferrez entre os anos de 1882 e 1885. Nelas, é possível observar que as escolhas estéticas e técnicas feitas por seu autor valorizam o complexo cafeeiro e apaziguam as marcas da escravização dos trabalhadores.
Naquilo que lhe concerne, Lygia Segala (1997, p. 59), em um debate sobre a construção social do ofício fotográfico no Brasil oitoscentista, destaca que, na época, um dos modos de reconhecimento profissional era a realização, sob os auspícios de notáveis, de expedições “interessadas no registro valorativo, factual e pitoresco da paisagem e do povo, pontos de aplicação de um olhar que se refaz pela crença no testemunho iconográfico”. A historiadora acrescenta que a documentação do trabalho nas fazendas e o anúncio de territórios promissores e vazios inseria esses empreendimentos em um projeto maior, o da nova colonização.

A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

A conquista do território e do visível

Assumindo, por princípio, que toda técnica de produção de imagens funda um regime de visibilidade que lhe é próprio, Maurício Lissovsky (1997, p. 29), em uma palestra sobre a Coleção Teresa Cristina, de fotografias reunidas por D. Pedro II, comenta que ela testemunha que, sob o olhar do monarca, “o visível aparece como um império”. O historiador destaca que, logo após sua invenção, a fotografia foi utilizada como um “instrumento de conquista e ocupação dos territórios invisíveis” (LISSOVSKY, 1997, p. 36).

Schwarcz (1997, p. 75), por sua vez, ressalta que a coleção elaborada por D. Pedro II “revela uma representação do país ou uma representação do se quer ver nesse país e do que se quer do Segundo Reinado”. No entanto, apesar do esforço do Imperador para projetar a imagem de uma nação semelhante às da Europa, o Império, a partir de uma perspectiva eurocêntrica compartilhada pelo próprio monarca, fez-se notar, sobretudo, por aquilo que tinha de exótico.

Lissovsky (1997) pondera que a cada regime de visibilidade corresponde um de invisibilidade. No invisível da coleção Teresa Cristina estão sobretudo, os negros e os indígenas. É verdade que os encontramos em algumas fotografias. Nelas, Schwarcz (2014) observa que, enquanto os primeiros aparecem como meros figurantes sem identidades, os segundos aparecem estilizados de acordo um esquema estético já convencionado na literatura e na pintura nacional, o indigenismo romântico.

Ao contrário das fotografias do sistema escravocrata, legalmente em vigor no país, que, excluídas do discurso visual oficial, permaneceram dispersas em vistas, cartes de visite, tipologias produzidas para o exterior, estudos pseudocientíficos e documentos administrativos. Nessa perspectiva, a historiadora (SCHWARCZ, 2014, p. 397) destaca que “o escravismo representava o oposto da imagem civilizada e progressista que o país procurava veicular”.


A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

Olhar estrangeiro sobre o Brasil

Em um artigo sobre a representação do Brasil na fotografia oitocentista, Ana Maria Mauad (2004) observa que esta nova tecnologia de gestão do visível foi empregada na construção da imagem e da auto-imagem da nação. A historiadora pondera que essa representação foi produzida por fotógrafos estrangeiros ou educados no estrangeiro que, ao mesmo tempo em que mostravam as populações e o território brasileiro ao país e ao mundo, educaram o olhar nacional para observar e representar o Brasil e os brasileiros a partir de esquemas estéticos exóticos e colonialistas.

Urge, portanto, desconfiar das aparências convencionadas e dos modos de ver propostos nestas imagens fotográficas. Nesse sentido, compreender os agenciamentos da e na fotografia na construção da imagem do Brasil no período do Segundo Reinado constitui-se como uma tarefa de grande relevância. Para tanto, faz-se necessário a realização de pesquisas que, articulando perspectivas formalistas, voltadas para o estudo de gêneros e estilos artísticos, e historicistas, voltadas para a interpretação de contextos e de fatos históricos, apreenda a historicidade das imagens e das práticas fotográficas.


#artigos é uma coluna de caráter ensaístico e teórico. Trata-se de uma série de textos dissertativos por meio do qual o autor propõe uma reflexão fundamentada acerca de um ou mais elementos que constituem a cultura fotográfica. Quer conhecer melhor a coluna #artigos? É só seguir este link.

Notas

* Este artigo é uma atualização do artigo O império do olhar: o Brasil oitocentista visto pela fotografia colonial e propõe apresentar a síntese de algumas das reflexões desenvolvidas ao longo do III Ciclo de Debates de nosso Grupo de Estudos, composto por quatro encontros realizados no período entre março e junho de 2022. Abaixo, você poderá assistir as gravações dos debates realizados neste ciclo.

 


A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial segue sendo debatida no IV Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica. Inscreva-se!

Referências bibliográficas

ARAGO, Dominique François. Relatório. In: TRACHTENBERG, Alan. Ensaios sobre fotografia: de Niépce a Krauss. Lisboa (PT) : Orfeu Negro, 2013, p. 35-44.
LISSOVSKY, Maurício. O olho-rei e o imério do vísivel. In: BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Ciclo de palestras: A coleção do Imperador. Fotografia Brasileira e Estrangeira no século XIX. Anais da Biblioteca Nacional, v. 117, p. 7 – 77, 1997. ISSN: 0100-1922. Disponível em: <https://www.bn.gov.br/producao/publicacoes/anais-biblioteca-nacional-vol117>
MAUAD, Ana Maria. Entre retratos e paisagens: modos de ver e representar no Brasil oitocentista. Studium, n. 15, p. 4 – 43, 2004. ISSN: 1519-4388. Disponível em: <https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/studium/article/view/11764>
NARANJO, Juan. Fotografía, antropología y colonialismo (1845 – 2006). Barcelona (ES): Gustavo Gili, 2006.
ROUILLÉ, André. A Fotografia: entre documento e arte contemporânea. São Paulo: Senac, 2009, p. 29 – 134.
RYAN, James. Introdução: Fotografia colonial. In: VICENTE, Filipa Lowndes. O império da visão: a fotografia no contexto colonial português. Lisboa (PT): Edições 70, 2014, p. 31 – 42.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Lendo e agenciando imagens: O rei, a natureza e seus belos naturais. Sociologia & Antropologia, v. 4, n. 2, p. 391 – 431, out. 2014. ISSN: 2238-3875. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/sant/a/XSKfP5J5QypfvMqdfssR6Jg/>
_______. As barbas do Imperador entre os Trópicos e a Modernidade. In: BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Ciclo de palestras: A coleção do Imperador. Fotografia Brasileira e Estrangeira no século XIX. Anais da Biblioteca Nacional, v. 117, p. 7 – 77, 1997. ISSN: 0100-1922. Disponível em: <https://www.bn.gov.br/producao/publicacoes/anais-biblioteca-nacional-vol117>
SEGALA, Lygia. O espaço de produção social da fotografia no Rio de Janeiro nos anos 1850. In: BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Ciclo de palestras: A coleção do Imperador. Fotografia Brasileira e Estrangeira no século XIX. Anais da Biblioteca Nacional, v. 117, p. 7 – 77, 1997. ISSN: 0100-1922. Disponível em: <https://www.bn.gov.br/producao/publicacoes/anais-biblioteca-nacional-vol117>
VICENTE, Filipa Lowndes. O império da visão: a fotografia no contexto colonial português. Lisboa (PT): Edições 70, 2014.

Como citar esta postagem

VALLE, Flávio Pinto. A construção da imagem do Segundo Reinado pela fotografia colonial. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotografica.com.br/a-construcao-da-imagem-do-segundo-reinado-pela-fotografia-colonial/>. Publicado em: 5 de set. de 2022. Acessado em: [informar data].

Sair da versão mobile
%%footer%%