Cartão de Visita de François Arago – Fotógrafo desconhecido |
Em 1826, o inventor Nicéphore Niépce produziu a primeira imagem obtida por meio de um processo fotográfico. No entanto, foi o ano de 1839 que entrou para a história da fotografia. Nesse ano, o cientista e político francês, François Arago, anunciou a invenção do Daguerreótipo, processo fotográfico desenvolvido por Louis Daguerre com base nas pesquisas de Niépce, e tornou público os procedimentos para a sua execução.
No dia 7 de janeiro de 1839, Arago apresentou aos membros da Acadêmia de Ciências de Paris alguns daguerreótipos. No entanto, ele não revelou os procedimentos elaborados por Daguerre, a fim de não colocar em risco os direitos que ele possui em relação a sua invenção.
No dia 3 de julho do mesmo ano, Arago defendeu, na Câmara dos Deputados, uma proposta de aquisição da invenção de Daguerre pelo governo francês. O discurso de Arago é uma apologia ao processo fotográfico desenvolvido por Daguerre. Nele, a importância dos trabalhos de Niépce é minimizada e os processos desenvolvidos por Bayard, o positivo direto sobre papel, e por Talbot, o Talbótipo, são rejeitados.
No dia 19 de agosto de 1839, o governo francês oferece a toda a humanidade os conhecimentos necessários para a produção de daguerreótipos. Em uma sessão aberta e conjunta da Acadêmias de Artes e da Academia de Ciências, Arago tornou público os procedimentos para a fixação automática das imagens naturais projetadas com uma câmera escura.
As três intervenções realizadas por Arago em 1839 foram fundamentais para disseminar a fotografia por toda a sociedade moderna e fundamentar a confiança em suas imagens. Por isso, o dia 19 de agosto, se estabeleceu como a data inaugural da história da fotografia. Pois, consagrou a fotografia não apenas como tecnologia de produção de imagens, mas sobretudo como patrimônio da humanidade.
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