Autor: Cultura Fotográfica Grupo de Cultura, Ensino, Extensão e Pesquisa da UFOP

  • Derramamento de óleo: Léo Malafaia

    Leo Malafaia nasceu em Recife, no ano de 1991. É graduando em jornalismo pela UNINASSAU e repórter fotográfico do Jornal Folha de Pernambuco.


    O fotógrafo Leo Malafaia foi o vencedor do Concurso Internacional de Fotografia de Imprensa Andrei Stenin em 2020, ele é o primeiro brasileiro a ganhar o concurso. A fotografia premiada mostra Everton Miguel dos Anjos, um garoto de apenas 13 anos, tentando retirar o  óleo tóxico que atingiu o litoral nordestino no ano de 2019. Até hoje, no ano de 2021, as autoridades não determinaram a origem de tal substância.

    Mar de luto – Léo Malafaia

    A foto do menino na praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, coberto de óleo foi publicada em jornais internacionais, como The New York Times (dos Estados Unidos), Clarín (Argentina), SVT Nyheter (Suecia) e Hamshahri (Irã), além da Agence France-Presse (França), e chegou a ser considerada a principal imagem do mundo entre as fotos de uma quarta-feira no jornal The Guardian (Reino Unido) já que a falta de proteção do garoto e o seu sofrimento demonstram um descaso governamental com a contaminação do ecossistema. 


    Voluntários presos no óleo – Léo Malafaia

    Pescadores ajudam na retirada do óleo – Léo Malafaia
    Mutirão de voluntários na praia – Léo Malafaia 

    Gostou do trabalho desse excelente fotógrafo? Deixe suas impressões aqui nos comentários! E não se esqueça de nos seguir no Instagram para ficar por dentro de todas as nossas postagens!

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  • Diane Arbus: entre luzes e sombras

    Famosa pela temática que envolve tabus, Diane Arbus nos convida a explorar o sensível e curioso das suas fotografias em preto e branco.


    Diane Arbus (1923-1971) é uma fotógrafa conhecida por suas fotos nada convencionais. Podemos perceber que a pauta da marginalização está bem presente em seu trabalho, por isso, pessoas trans, anões, nudistas, pessoas de circo, dentre outras, fora dos padrões estéticos impostos socialmente, dão vida às suas fotografias muitas vezes tiradas nas ruas. Os modelos de suas fotografias expressam o medonho, o inesperado e a perversão, nos convidando a refletir sobre a identidade do outro e os  padrões de beleza.


    Diane Arbus, (1923-1971) – autorretrato. 


    Norte-americana e filha de Judeus, Diane Arbus nasceu, Diane Nemerov. Por dez anos, ela fotografou ao lado do marido, Allan Arbus, para a publicidade e o mercado da moda. Depois desse período, ela e seu marido se separaram. Diane tornou-se fotojornalista e trabalhou para várias revistas. Ela estudou fotografia com Berenice Abbott e Lisette Model, durante o período em que ela começou a fotografar, com sua TLR Rolleiflex no formato quadrado pelo qual se tornou famosa. A maioria de suas fotos são tiradas de frente, principalmente com consentimento, e muitas vezes utilizando um flash para criar uma aparência surreal. 


    Diane Ardus. Child with Toy Hand Grenade in Central Park, N.Y.C. 1962.

    Diane Arbus, 1967. “Gêmeas Idênticas”


    Mexican dwarf in his hotel room, N.Y.C. 1970
    A young man in curlers at home on West 20th Street, N.Y.C.1966.


    A gente quer saber suas impressões acerca dos trabalhos de Diane Arbus, qual das fotografias te tocou mais e porquê? Deixe aquele comentário com sua inquietação, dica e o que mais estiver sentindo. Até a próxima!

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  • Rituais fúnebres em “Ventos de Agosto”

    Se você soltou pipa algum dia na vida, sabe que os tão esperados ventos de Agosto são bem fortes!


    Ventos de Agosto (2014), filme brasileiro dirigido por Gabriel Mascaro, explora a dicotomia entre vida e morte de  forma bem inesperada para quem geralmente está habituado aos rituais fúnebres tradicionais. Entre as ondas do mar e o vento lançado à praia, o personagem interpretado por Gabriel Mascaro, chega à comunidade de Porto de Pedras (AL) e muda todo o cotidiano das pessoas que residem na “quarta curva depois da boca do rio, quebrando a esquerda”.


    Shirley e Jeison conversam com um dos pescadores da comunidade acerca do crânio que Jeison encontrou no mar ao fazer um mergulho. Fotograma de Gabriel Mascaro, cena do filme “Ventos de Agosto” de 2014. 28 ’54”.

    Interpretada por Dandara de Morais, Shirley e Jeison, interpretado por Geová Manoel, vivem um relacionamento de descobertas e buscam consolidar suas identidades. Shirley saiu da cidade, para cuidar de sua avó, com o sonho de se tornar uma tatuadora e Jeison, mora com seu pai na pequena comunidade. 

    Era para ser um dia como o outro, mas Jeison encontra um crânio no mar, e sua relação com a morte muda a partir daí. Mas essa história não envolve apenas Jeison. Toda a comunidade vai se dando conta da importância dos seus mortos, que tomam conta do enredo do filme, evidenciando que a memória, a história e as lembranças das pessoas em relação ao local em que vivem, também são narradas por quem já passou  na comunidade.


    Shirley e Jeison, sentados em um túmulo, conversando sobre a vida na comunidade.  Fotograma de Gabriel Mascaro, da cena do filme “Ventos de Agosto” de 2014. Cena do cartaz de exibição da Cultura.PE.

    Segundo Cohen (2002, p.2) “estudos arqueológicos indicam que rituais e práticas concernentes à morte e ao cadáver são tão antigos quanto o homem de Neanderthal ou seus ancestrais. O tratamento proposto ao corpo, os objetos colocados junto a ele,  sua posição no sepultamento, as pinturas e as inscrições em sua lápide, consistem em indícios da elaboração de valores e crenças sobre a vida e a morte. Aliás, rituais fúnebres encenam  a morte, tanto quanto a vida. (apud MENEZES, GOMES, 2011. p. 122).

    Gostou do filme? Deixe aqui nos comentários suas experiências com rituais fúnebres, dicas e afins.  Até a próxima!

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  • Perfil “Dancing With Them”

    Perfil “Dancing With Them”

    Legenda: print de tela do perfil mencionado

    O #dicade de hoje trás um perfil do Instagram que é dedicado a compartilhar fotos de casamentos de pessoas da comunidade LGBTQIA+.

    Em todas as nossas colunas nós exploramos as diversas formas de se fazer fotografia, e seus diferentes impactos nas pessoas e no mundo.  A fotografia é uma grande forma de fazer recordações e contar histórias. No #dica de hoje, trazemos para vocês um perfil no Instagram dedicado a capturar e espalhar o amor, em todas as suas formas.

     
    Print de tela do perfil mencionado

    O perfil no Instagram “Dancing With Them” é dedicado à divulgação da revista de fotografias de casamentos de pessoas da comunidade LGBTQIA+. O projeto foi criado por Tara e Arlia, um casal americano que, quando começaram os preparativos para o seu casamento, encontraram uma indústria heteronormativa que não condizia bem com suas expectativas. Assim “Dancing With Them” surgiu para publicar e celebrar todo amor LGBTQIA+ com autenticidade e carinho.

    Print de tela do perfil mencionado

    As fotografias da página são um conjunto de vários fotógrafos de casamento, que foram compartilhadas pelos casais junto com suas histórias.

    A representatividade em espaços de domínio público é uma coisa muito importante, porque fortalece o sentimento de orgulho para as pessoas da comunidade e é de grande ajuda para o combate da LGBTQIA+ fobia, normalizando a diversidade. As fotos desse perfil me tocaram bastante. Por ser parte da comunidade, sei que se tivesse visto fotos como essas quando era mais nova, meu processo de aceitação teria sido bem diferente.

    Convido a todos vocês a irem conferir o perfil no Instagram, e depois virem falar com a gente o que acharam aqui no blog!

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    Como citar essa postagem

    COSTA, Clara. Perfil “Dancing With Them”. Cultura Fotográfica. Publicado em: 4 de dez. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/perfil-dancing-with-them/(abrir em uma nova aba). Acessado em: [informar data].

  • Edward Honaker

    Edward Honaker

     

    Fotógrafo que através da fotografia, mostrou as angústias que a ansiedade e depressão causam.

    Edward Honaker é nascido no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, no ano de 1994. Especializado em fotografia de moda, faz diversos ensaios para revistas e marcas de roupas. É também um grande influencer de moda masculina, muito conhecido pelo seu estilo alinhado e sempre atualizado com a moda contemporânea.

    Diagnosticado com ansiedade e depressão, distúrbios que hoje em dia fazem parte do cotidiano de muitas pessoas, Edward Honaker em 2014, encontrou em sua própria profissão, uma forma de mostrar e até mesmo aliviar angústias causadas por doenças, fazendo autorretratos, com ajuda de recursos gráficos, para colocar elas em discussão.

    Confira abaixo algumas dessas fotografias, alertamos aos leitores que o conteúdo possa ser sensível a algumas pessoas.

    Legenda: Edward Honaker, 2014

    Descrição: Na imagem temos um homem caucasiano, vestido com paletó e gravata, e seu rosto está distorcido, não testando visível. Atrás temos uma parede com desenhos de flores.

    Legenda: Edward Honaker, 2014.

    Descrição: Série de três fotografias que mostram uma sequência. A primeira mostra um homem parecendo que está caindo de um prédio. No canto direito podemos ver uma parede de tijolos. A segunda fotografia mostra o mesmo homem dentro da água, afundando, como se estivesse acabado de se jogar, fazendo complementação da primeira fotografia. A segunda fotografia mostra o mesmo homem dentro da água, afundando, como se estivesse acabado de se jogar, fazendo complementação da primeira fotografia.

    Legenda: Edward Honaker, 2014.

    Descrição: na fotografia vemos uma pessoa com uma camisa de estampa floral. Sua cabeça está coberta por um pano também de estampa floral e atrás temos o que parece ser uma parede com estampa de flores. A pessoa ao centro da fotografia fica camuflada com todo o conjunto de estampas.

    Legenda: Edward Honaker, 2014.

    Descrição: Na fotografia vemos um homem deitado sobre um móvel de madeira, parecido com um aparador. Ao lado do homem há uma jarra transparente sem água e dentro dela uma flor seca.

    Legenda: Edward Honaker 2014

    Descrição: Na fotografia vemos a silhueta de uma pessoa atrás do que parece ser uma cortina. Um de suas mãos está levantada, como se estivesse apoiando em uma parede.

    Legenda: Edward Honaker, 2014.

    Descrição: Na imagem vemos uma pessoa vestida com um paletó, de costas, dentro do que parece ser um lago com plantas às margens. A pessoa segura um balão com a mão, que flutua pouco acima de sua cabeça. Essa mesma imagem é refletida pela água do lago.

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    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

    Referencias, Liks e Créditos

  • Gioconda Rizzo

    Foi a primeira fotógrafa a dirigir um estúdio de fotografia na cidade de São Paulo, se tornando uma inspiração para mulheres de todo o país.

    Gioconda Rizzo nasceu em São Paulo em 1897, filha de Michelle Rizzo, dono do Ateliê Rizzo. Com 14 anos fotografava escondida do pai que, quando descobriu, permitiu que a filha fotografasse apenas mulheres e crianças. Na época, era comum fotografar as pessoas de corpo inteiro, em pé ou sentadas mas Gioconda surpreendeu por focar apenas nos ombros e no rosto.

    Foto em preto e branco com Gioconda Rizzo segurando uma foto dela com a família olhando para a câmera.
    Gioconda Rizzo, 2003, Maíra Soares

    Seus retratos chamaram atenção entre as mulheres da alta sociedade e, em 1914, abriu seu próprio estúdio de fotografia em São Paulo, chamado “Photo Femina”. Foi a primeira vez que uma mulher atuou como fotógrafa tendo que fechar seu estúdio, porque descobriu que entre suas clientes, profissional na cidade. Contudo, em 1916, apesar de todo o sucesso, acabou não lhe deu muita escolha. haviam cortesãs da França e da Polônia. A pressão conservadora da época.

    Mesmo com o estúdio fechado, Gioconda não abandonou a fotografia, voltando a trabalhar com o pai. Posteriormente, abriu um novo estúdio fotográfico e trabalhou até a década de 1960. Na década de 1980, teve seu trabalho revisitado, chegando a ganhar uma exposição. Faleceu em 2004, algumas semanas antes de completar 107 anos.

     

    Galeria de Imagens:

     
     
    Gioconda Rizzo

     

    Gioconda Rizzo
    Gioconda Rizzo
     
    Gioconda Rizzo

     

    E aí, o que você achou da história da Gioconda e do impacto dela na fotografia brasileira?Conta para gente aqui nos comentários.

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    Links, Referências e Créditos

    Como citar esse postagem

    COSTA, Clara. Gioconda Rizzo. Cultura Fotográfica. Publicado em: 28 de nov. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/galeria-gioconda-rizzo/. Acessado em: [informar data].

  • Retratos de Uma Obsessão

    Nessa história, acompanhamos Seymour Parrish (Robin Williams), um homem pacato, que trabalha no guichê de revelação fotográfica de um supermercado. O filme é contado em uma narrativa em flashback, onde conhecemos a história da família Yorkin que foi alvo da obsessão de Sy.

    O filme retrata a vida solitária de Seymour Parrish, um revelador de fotos, que se torna obcecado por uma família que revela fotos em sua loja.

    Vemos um homem com uma câmera vermelha em direção ao rosto no centro da imagem, com o nome do filme logo embaixo e um homem de costas.
    Capa do filme Retratos de Uma Obsessão

    Através dos filmes que os Yorkins levam para serem revelados, Sy se torna obcecado pela família e passa a acompanhar bem de perto a vida deles. Essa família sequer imagina que Sy conhece os principais momentos registrados na vida deles. Ele revela fotos a anos e conhece várias pessoas pelas imagens, mas é no material da família Yorkin que ele projeta seus desejos diante de uma vida chata. É através dessas fotos que ele cria em sua cabeça uma história por trás do que está retratado, criando uma ideia de que tudo é perfeito.

    A família perfeita e o indivíduo solitário são os elementos usados pelo diretor Mark Romanek para criar esse drama. A Iluminação serve para enfatizar a diferença entre os três mundos mostrados na tela, o da imaginação de Sy e os da vida real. A loja Savmart tem um colorido quase hiper-realista. Sua casa é toda branca, fria. E a casa dos Yorkins é cheia de cores quentes, aconchegante.

    Cena do filme “Retratos de Uma Obsessão”

    No decorrer do filme, Sy observa a família amadurecer por meio das fotografias, mas como elas são suas únicas fontes de informação, ele acaba percebendo que aquelas pessoas não são exatamente quem ele imaginava. Depois de receber uma série de fotos que ele julga inapropriadas, sua obsessão ganha novos rumos, e vai se tornando cada vez mais perigosa. Na minha opinião, o filme cria um grande paralelo com a nossa vida atual, onde a gente acompanha a vida de muitas pessoas pelas redes sociais e se baseia só nisso quando diz que a vida de alguém é perfeita.

    Tem uma hora no filme que Sy fala que “Ninguém tira fotos das pequenas coisas, mas são elas que fazem a vida”. No final, nós espectadores somos lembrados disso de um modo devastador.

    Durante todo o filme, Sy mantém uma relação profunda com a fotografia, uma relação de respeito, afeto e admiração. O que é uma coisa muito compreensível se olharmos como sua vida é, porque ele se apega na ideia de que somente registramos momentos felizes, que não queremos esquecer.

    Agora é a sua vez, assista ao filme Retratos de uma obsessão e conta pra gente qual a sua opinião sobre Sy e a maneira como ele leva sua vida.

    #leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

     

    Links, Referências e Créditos

    Como citar essa postagem

    COSTA, Clara. Retratos de uma obsessão. Cultura Fotográfica. Publicado em: 9 de out. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/retratos-de-uma-obsessao/. Acessado em: [informar data].

  • Vida Selvagem

    Fotografar a vida selvagem exige habilidades especiais e cuidados. Isso porque cada espécie é única. Aqui trazemos dicas para não errar nesse assunto!

    Florestas, savanas, desertos… seja qual for a vegetação, existe uma grande variedade de animais que podem render fotos incríveis. No entanto, fotografar esse assunto exige habilidades especiais e alguns cuidados.
    Um guepardo ao centro com dois filhotes. Cada um de um lado. O cenário ao redor é azulado, provavelmente pelo anoitecer
    Jacomina & cubs | Marina Cano
    A dificuldade enfrentada varia de acordo com hábitat e espécie. Uma mata fechada, por exemplo, permite que o fotógrafo se esconda e possa chegar mais perto do animal. Em contrapartida, num ambiente aberto, a aproximação fica comprometida, pela falta de “esconderijos”. Da mesma forma, conhecer o gênio da espécie – manso ou agressivo – é essencial para entender o perigo.
    Paciência é outro requisito, uma vez que, nesse caso, a comunicação entre fotógrafo e fotografado é impossível. Ou seja, o animal vai agir da maneira dele, não da sua. Não há como trabalhar uma pose, como pode ocorrer com um animal adestrado. O ideal, então, é que o fotógrafo entenda o comportamento do bicho, a fim de antecipar seus movimentos e planejar o clique. Se não estiver preparado, pode perder sua única oportunidade.
    Esse tipo de foto normalmente requer uma objetiva longa pois é realmente difícil se aproximar das espécies ou de seu grupo. O zoom torna-se um aliado nessas horas, como solução para suprir essa distância. Uma dica é utilizar lentes de 200mm para animais de grande porte ou mansos e até 600mm para animais pequenos ou perigosos. Hoje em dia, drones também são uma opção, uma vez que se aproxima pelo ar e deixa o fotógrafo fora de perigo. Mas cuidado, pois o barulho pode espantá-los. Se o assunto for insetos, as melhores opções são as lentes macro, que trazem uma riqueza de detalhes pouco visíveis a olho nu.
    Marina Cano é uma fotógrafa espanhola, reconhecida por suas imagens de vida selvagem. Suas fotos já estamparam a capa da revista da National Geographic diversas vezes. Tem mais de 20 anos de experiência no assunto e é embaixadora da Canon.
    Manada de elefantes na savana. Foto em preto e branco.
    Sem título | Marina Cano
    Na foto acima, vemos uma manada de elefantes. Um plano como este permite ao observador uma visão não só do animal em questão, mas também de seu hábitat. Trata-se de um campo aberto, com vegetação baixa e árvores de poucas folhas. É provavelmente a savana africana. A opção pelo preto e branco, juntamente com o céu nublado (muitas nuvens), traz uma ideia de melancolia à foto.
    Que tal praticar? Zoológicos podem ser um ótimo lugar para começar! Não se esqueça de marcar a gente com a tag #fotografetododia!

    Referências

  • Walter Firmo

    Walter Firmo

    Walter Firmo é um fotógrafo brasileiro, que possui como tema principal o povo Afro-Brasileiro e sua cultura.

    Walter Firmo Guimarães da Silva é um fotógrafo autodidata. Nasceu em 1 de junho de 1937, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de José Baptist e Dona Maria de Lurdes. Começou sua carreira trabalhando para o jornal carioca Última Hora, em 1957. Em 1960 foi trabalhar para o Jornal Brasil e, cinco anos após, integrou a primeira equipe da Revista Realidade onde se tornou nacionalmente famoso.

    Legenda: Walter Firmo – Foto do seu perfil no Facebook.

    Descrição: Fotografia em preto e branco do fotógrafo Walter Firmo. Na fotografia ele usa um chapéu, está com um charuto na boca e olha diretamente para a lente da câmera.

    No ano de 1967, Walter Firmo fotografou uma série de reportagens chamada “Cem Dias na Amazônia de Ninguém”, que lhe rendeu o prêmio Esso de Reportagem. Em 1971, passou a trabalhar na área da publicidade, principalmente para a indústria fonográfica. Foi nessa época em que ganhou uma maior fama por fotografar importantes nomes da música brasileira, como Pixinguinha, Cartola, Clementina de Jesus entre outros. Também na mesma época, se interessou por estudos sobre o folclore e a cultura afro brasileira, com o tema principal de pessoas comuns, a figura humana em si.

    Walter Firmo ficou famoso principalmente por suas fotos coloridas, que vão de retratos foto jornalísticos a fotografias abstratas e surrealistas, que abordam sempre temas ligados com a Cultura Afro-Brasileira.

    Legenda: Festa Bumba Meu Boi São Luís do Maranhão,1994 – Walter Firmo.

    Descrição: A fotografia mostra duas mulheres negras, sorridentes, usando um tipo de coroa na cor vermelha brilhante e um tipo de peruca de fitas na cor branca.

    Legenda: Dona Ivone Lara, 1992 – Walter Firmo.

    Descrição: Ao centro da fotografia vemos Dona Ivone Lara, emoldurada por uma cortina de fitas coloridas, usando um turbante. Ela olha diretamente para a lente da câmera com um sorriso.

    Legenda: Praia de Caravelas, BA, 1991 – Walter Firmo

    Descrição: A fotografia mostra uma praia, com grande extensão de areia. Ao centro vemos um homem negro, puxando uma espécie de corda, usando um chapéu de palha na cabeça.

    Legenda: Walter Firmo – Maestro Pinxiguinha, Ramos Rio de Janeiro, 1968.

    Descrição: A fotografia mostra o maestro Pinxinguinha sentado em uma cadeira de balanço carregando um saxofone.

    Legenda: Walter Firmo – Cartola, Rio de Janeiro, 1963.

    Descrição: A fotografia mostra o compositor e sambista Cartola, usando um terno cor de rosa com camisa verde, cores da Escola de Samba Mangueira. O compositor está com a mão direita no queixo, e usa óculos escuros.

    Legenda: Walter Firmo – Santo Amaro da Purificação, BA, 2002.

    Descrição: A fotografia mostra uma mulher e um homem, negros, ambos nus, em meio ao que parece ser uma plantação. Ao fundo, vemos uma construção branca em ruínas, parecida com uma igreja.

    Veja aqui uma técnica muito utilizada por Walter Firmo nas fotografias!

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    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

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