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Retratos de Uma Obsessão

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Nessa história, acompanhamos Seymour Parrish (Robin Williams), um homem pacato, que trabalha no guichê de revelação fotográfica de um supermercado. O filme é contado em uma narrativa em flashback, onde conhecemos a história da família Yorkin que foi alvo da obsessão de Sy.

O filme retrata a vida solitária de Seymour Parrish, um revelador de fotos, que se torna obcecado por uma família que revela fotos em sua loja.

Vemos um homem com uma câmera vermelha em direção ao rosto no centro da imagem, com o nome do filme logo embaixo e um homem de costas.
Capa do filme Retratos de Uma Obsessão

Através dos filmes que os Yorkins levam para serem revelados, Sy se torna obcecado pela família e passa a acompanhar bem de perto a vida deles. Essa família sequer imagina que Sy conhece os principais momentos registrados na vida deles. Ele revela fotos a anos e conhece várias pessoas pelas imagens, mas é no material da família Yorkin que ele projeta seus desejos diante de uma vida chata. É através dessas fotos que ele cria em sua cabeça uma história por trás do que está retratado, criando uma ideia de que tudo é perfeito.

A família perfeita e o indivíduo solitário são os elementos usados pelo diretor Mark Romanek para criar esse drama. A Iluminação serve para enfatizar a diferença entre os três mundos mostrados na tela, o da imaginação de Sy e os da vida real. A loja Savmart tem um colorido quase hiper-realista. Sua casa é toda branca, fria. E a casa dos Yorkins é cheia de cores quentes, aconchegante.

Cena do filme “Retratos de Uma Obsessão”

No decorrer do filme, Sy observa a família amadurecer por meio das fotografias, mas como elas são suas únicas fontes de informação, ele acaba percebendo que aquelas pessoas não são exatamente quem ele imaginava. Depois de receber uma série de fotos que ele julga inapropriadas, sua obsessão ganha novos rumos, e vai se tornando cada vez mais perigosa. Na minha opinião, o filme cria um grande paralelo com a nossa vida atual, onde a gente acompanha a vida de muitas pessoas pelas redes sociais e se baseia só nisso quando diz que a vida de alguém é perfeita.

Tem uma hora no filme que Sy fala que “Ninguém tira fotos das pequenas coisas, mas são elas que fazem a vida”. No final, nós espectadores somos lembrados disso de um modo devastador.

Durante todo o filme, Sy mantém uma relação profunda com a fotografia, uma relação de respeito, afeto e admiração. O que é uma coisa muito compreensível se olharmos como sua vida é, porque ele se apega na ideia de que somente registramos momentos felizes, que não queremos esquecer.

Agora é a sua vez, assista ao filme Retratos de uma obsessão e conta pra gente qual a sua opinião sobre Sy e a maneira como ele leva sua vida.

#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

 

Links, Referências e Créditos

Como citar essa postagem

COSTA, Clara. Retratos de uma obsessão. Cultura Fotográfica. Publicado em: 9 de out. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/retratos-de-uma-obsessao/. Acessado em: [informar data].

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