Mês: novembro 2022

  • Maureen Bisilliat e sua fotografia literária

    O olhar antropológico e poético de Maureen Bisilliat

    Sheila Maureen Bisilliat nasceu no dia 16 de fevereiro de 1931 em Englefield, no condado não metropolitano – entidade ao nível do condado na Inglaterra com cerca de 300 000 a 1,4 milhões de habitantes – de Surrey, na Inglaterra. Foi apenas em 1957 que Maureen se mudou para o Brasil e produziu um dos mais sólidos trabalhos de investigação fotográfica do país.
    Maureen Bisilliat

    Antes de se mudar para o Brasil, Maureen foi para Paris estudar artes plásticas com André Lhote no ano de 1955 e, logo em 1957, ela foi para Nova Iorque, onde passou a estudar no Art Student’s League. Neste mesmo ano, ela fez uma viagem para o Brasil e fixou residência em São Paulo. Assim, em 1962, ela substitui as artes plásticas pela fotografia e começa a trabalhar na Editora Abril entre 1964 e 1972, na revista Realidade. 

    Com a sua trajetória artística, Bisilliat tinha a preocupação de fazer da fotografia um elemento narrativo, cujo os temas pudessem sugerir sequência, história e ritmo. Dessa forma, ela tentava fazer a combinação de textos literários com imagens. A partir da década de 1960, portanto, ela se tornou autora de livros de fotografia inspirados em obras de escritores relevantes da época, bem como João Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Euclides da Cunha e entre outros grandes nomes da literatura brasileira. 

    Seu primeiro trabalho desse projeto foi “A  João Guimarães Rosa” (1966). Após a fotógrafa ler “Grande Sertão: Veredas”, Guimarães Rosa sugeriu a ela que fizesse uma viagem pelo interior do Brasil em busca do cenário onde se passa a história do livro. Como resultado, as legendas das imagens são substituídas por trechos do livro, traçando não apenas paralelos entre a escrita de Guimarães e as fotografias de Maureen, mas também se torna uma releitura poético-visual de “Grande Sertão: Veredas”.

    Em 1968, Maureen demonstra o seu interesse em registrar os sertões e o Nordeste do país através de seu ensaio fotojornalístico “Caranguejeiras”, no qual fotografou o trabalho de mulheres que coletam caranguejos mergulhando na lama em um mangue de Pernambuco. Por meio de suas fotos, Bisilliat mostra os gestos e movimentos dessas mulheres como uma dança a partir de um ponto de vista bastante antropológico, respeitoso e poético. 

    Mesmo após abandonar o fotojornalismo, Maureen continuou preocupada em registrar essa parte do Brasil,essa curiosidade e vontade de conhecer e mostrar mais sobre esse país desconhecido seguiu norteando o seu trabalho. Por volta de 1970, Bisilliat viaja para o Parque Indígena do Xingu a convite dos irmãos Orlando Villas-Bôas e Cláudio Villas-Bôas e produz uma série de registros fotográficos, tendo como resultado o livro “Xingu Território Tribal”, combinação de suas fotografias com textos dos irmãos sertanistas Villas-Bôas. Também teve como resultado a produção do longa-metragem “Xingu/Terra”, feito por ela, os irmãos Villas-Bôas e o diretor Lúcio Kodato, onde mostram o cotidiano e os hábitos do povo Mehinaku, localizados no Alto Xingu. A partir dessa experiência, Bisilliat passa a se expressar através do vídeo e imprime, da mesma forma que imprimia isso na fotografia, a sua visão poética por meio de seus documentários.

    Em 1985, Maureen expõe na 18° Bienal Internacional de São Paulo um ensaio fotográfico inspirado no livro “O Turista Aprendiz” escrito por Mário de Andrade e em 1988, ela, Jacques Bisilliat e seu sócio, Antônio Marcos Silva, foram convidados pelo antropólogo Darcy Ribeiro a levantar um acervo de arte popular latino-americano para a Fundação Memorial da América Latina. Deste modo, para fazer o levantamento, eles viajaram para o México, Guatemala, Equador, Peru e Paraguai recolhendo peças para a coleção permanente do Pavilhão da Criatividade, cujo qual ela dirigiu de 1989 até 2010.


    Maureen Bisilliat

    Maureen Bisilliat

    Maureen Bisilliat

    Maureen Bisilliat

    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda segunda-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.


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    IASMIN DA SILVA, Jade. Maureen Bisilliat e sua fotografia literária. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/11/maureen-bisilliat-e-sua-fotografia.html>. Publicado em: 15 de nov. de 2022. Acessado em: [informar data]. 
  • Fotografia Descolonizada

    Fotografia Descolonizada

    Como a fotografia acontece fora dos países que historicamente dominam esta área de atuação.

    Quando falamos de fotografia, é quase inevitável que a maioria das pessoas busque referências europeias e norte-americanas para se guiarem. Seja por interesse em compreender a história da fotografia, para buscar referências técnicas e conceituais para a inspiração de um portfólio ou por simples facilidade em encontrar fotógrafos e fotógrafas de países colonialistas. Por isso, este texto busca evidenciar artistas e profissionais de países muitas vezes esquecidos nos livros teóricos.

    Alberto Korda

    Compreender a história da fotografia do outro lado mundo auxilia na extensão do repertório cultural, além de proporcionar uma visão mais crítica e ampliada a respeito deste tema. Desde amantes desta arte/profissão até mesmo apenas curiosos, ver como a fotografia se desenvolve na ásia ou na américa latina pode ser enriquecedor devido a suas características próprias, sejam elas culturais ou técnicas.
    Se sentiu interessado por esta proposta, convido-o a viajar na arte e trabalho dos profissionais citados abaixo e desvendar o lado “B” da fotografia.

    Postagens do Percurso

    Questões Orientadoras

    • Os cinco primeiros tópicos são referentes a alguns dos países que compõem a Ásia. São eles: Japão, Índia, Irã, Rússia e Paquistão.
    • O sexto e sétimo tópicos são referentes a alguns dos países que compõem a África. São eles: Etiópia e Nigéria.
    • Do oitavo ao décimo terceiro tópicos são alguns dos países que compõem a América Latina. São eles: Brasil, Nicarágua, Cuba e México.
    #percurso é uma coluna de caráter formativo. Trata-se de pequenos roteiros  pelos conteúdos publicados no Cultura Fotográfica, elaborados para orientar o leitor em sua caminhada individual de aprendizado. Quer conhecer melhor a coluna #percurso? É só seguir este link.
  • A tradição e o moderno

    Luisa Dorr registrou a fusão do urbano e do Chola Cochabambina


    A foto abaixo mostra as Imilla, garotas indígenas bolivianas da cidade de Cochabamba que promovem o skate para o público feminino. Mesmo com a marginalização sofrida pelos indígenas Aymara e Quechua Cholitas durante séculos, nas últimas décadas, essas comunidades vêm recuperando seu orgulho e uma forma das Imilla mostrarem isso é vestindo suas roupas tradicionais, fugindo do visual ocidentalizado que era aceito como o justo para a assimilação cultural. 


    Luisa Dorr

    Esta fotografia da Luisa Dorr, demonstra perfeitamente como o urbano e o moderno podem se fundir à tradição sem prejudicar um ao outro, mas sim se complementando. Ao olhar para essa imagem, é possível visualizar quatro mulheres de tranças no cabelo, usando saias coloridas, tênis de skatista, blusas brancas e chapéus. Suas roupas aparentemente são parte de um costume cultural e é notável que é latino americano, devido às características das vestimentas.  Fora isso, também é possível ver que a rua na qual elas estão andando de skate é bem arborizada. 

    O que mais se destaca neste registro feito por Luisa: mulheres com roupas tradicionais de sua cultura andando de skate. Isso pode parecer simples e cotidiano em alguns lugares, mas é importante viver e honrar as próprias raízes, receber o novo e esse grupo de mulheres indígenas skatistas demonstra que é possível fazer os dois ao mesmo tempo através desta imagem e também através do próprio coletivo de skate. 

    “Imilla”, o nome deste coletivo de skate, é uma palavra Aymara e Quechua que significa meninas. Elas são uma referência cultural e uma fusão entre o urbano e o Chola Cochabambina – vestimenta no estilo tradicional Chola de pessoas que vivem no departamento de Cochabamba – e tem como objetivo, além de popularizar o skate na Bolívia, gerar empoderamento feminino às meninas que se interessarem pelo esporte, mostrando que elas não são diferentes dos homens em capacidade e em direitos. Além disso, elas também tem o intuito de fazer um chamado a toda a sociedade para conciliar diferenças culturais e estereótipos centenários de mulheres, a fim de mudar perspectivas machistas e retrógradas a partir de um esporte que antigamente era considerado como masculino. 

    Nessa foto, especificamente, elas estão na entrada do Parque Pairumani, um dos lugares preferidos das meninas para andar de skate por conta da beleza do local. É uma pequena descida localizada em Quillacollo, nos arredores de Cochabamba. A ImillaSkate quis partilhar lugares que representassem a sua cidade e a natureza que está sempre presente. A estrada está repleta de árvores emblemáticas da flora de Cochabamba e é também área de plantações, responsáveis ​​por muitos locais de trabalho agrícolas para pessoas da comunidade. Logo, esse lugar também é um pedaço da cultura dessas jovens skatistas. 

    Em suma, essa foto representa a mistura cultural entre a cultura tradicional e a cultura moderna, sendo também a quebra e a manutenção, pois não é 100% moderno e nem 100% tradicional. Ela mostra como o tempo pode ser enriquecedor e acrescentar coisas novas no que já existia,  gerando mudanças funcionais e significativas para as pessoas. No caso da Imilla, o skate veio para fortalecer e empoderar essas mulheres, gerando um avanço na independência delas e na igualdade de gênero no lugar onde elas moram. 


    #leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quarta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

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    IASMIN, Jade. A tradição e o moderno. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/11/a-tradicao-e-o-moderno.html>. Publicado em: 10 de nov. de 2022. Acessado em: [informar data].
  • 2º Exposição Fotográfica Pretas no Branco

    Márcio Silva realiza exposição em Belo Horizonte, MG 

    Foto da modelo olhando diretamente para a câmera, ela usa jóias no pescoço e em sua cabeça, suas mãos estão levemente sobre seu rosto. Ela está usando uma maquiagem neutra.
    Márcio Silva | Reprodução

    Nesse mês de novembro, 19, acontecerá em Belo Horizonte a 2º Exposição Fotográfica Pretas no Branco do fotógrafo Márcio Silva em parceria com Centro Cultural Alto Vera Cruz, REVISTA VIVA GRANDE BH e JORNAL BOM JESUS. O evento ocorrerá em comemoração ao mês da consciência negra e a entrada é gratuita.
    A exposição está prevista para começar às 15 horas e tem como tema “Rainhas Negras” que conta com 20 obras fotográficas com temática artística e conceitual, produzidas por Márcio. Por fim, está programado um desfile de moda afro às 17 horas e presença de personalidades do mundo da moda.
    Local: Rua  Padre Júlio Maria, 1.577   –  Alto Vera Cruz, Belo Horizonte, MG
    Data: Dia 19 de novembro
    Preço: Entrada Gratuita

    Como citar esta postagem

    MAIA, Amanda. 2º Exposição Fotográfica Pretas no Branco . Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/11/2 Exposicao Fotografica Pretas no Branco.html>. Publicado em: 09/11/2022. Acessado em: [informar data].

  • Walker Evans: um homem da fotografia literária

    Influenciado pelo intelectualismo europeu da modernidade e pelas vanguardas da década de 1930, Evans criou um novo estilo de fotografar.

    Walker Evans é um fotógrafo e fotojornalista estadunidense de intensa dramaticidade e com um olhar incomum, fato que lhe rendeu grande autenticidade em seus trabalhos. Seus registros fotográficos refinados – cujo título desconsiderou durante anos – é consagrado até os dias de hoje.

    A imagem mostra um homem sentado no metrô utilizando chapéu e agasalhos. Seu olhar e sua expressão demonstram alguma indignação com um objeto fora do alcance de visão do fotógrafo.
    Walker Evans

    Nascido em 1903, o fotógrafo faria sucesso logo na década de 1930, quando trabalhou no programa da Farm Security Administration (FSA) programa do governo estadunidense para propagar as ações governamentais para o desenvolvimento das áreas agrícolas.

    Entre os anos de 1938 e 1940, Evans produziu um compilado de retratos de pessoas no metrô na cidade de Nova Iorque, chamado de Subway Portraits. Um fato curioso sobre o trabalho é que sua câmera estava escondida em seu paletó e, dessa forma, conseguiu captar vários momentos ao longo desses dois anos de produção.

    A imagem mostra uma jovem moça em um metrô, com o braço escorado na janela e apoiando sua cabeça com ele. Ela se encontra com uma expressão sonhadora mas ao mesmo tempo cansada.
    Evans Walker

    A imagem mostra um senhor no metrô, ele usa terno e chapéu. Sua expressão é de cansaço e traz uma pitada de insatisfação.
    Evans Walker

    A imagem mostra um homem adulto, usando boina e agasalhos. Ele se encontra com uma expressão fechada e o corpo está posicionado de forma rígida, como se estivesse tenso.
    Evans Walker

    A imagem mostra duas senhoras sentadas no metrô. A senhora da direita está trajada de chapéu e agasalho bem trabalhados, passa a impressão de ter uma boa condição financeira. Já a senhora da esquerda, veste uma touca e agasalho mais finos, o que passa a impressão de não possuir muitos bens materiais. Ambas as senhoras estão com a expressão séria.
    Evans Walker

    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda segunda-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

     

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  • Diferentes ângulos

    Diferentes ângulos

    A curiosidade em meio a diferentes escolhas.
    O fotógrafo Haruo Ohara fotografava cenas comuns do cotidiano enquanto andava por sua cidade. Foi durante um desses passeios que ele fotografou a imagem abaixo. Um menino posa para uma foto enquanto um outro fotógrafo registra seu retrato, que nunca chegará aos nossos olhos.
     
    Um homem fotografa um menino com uma câmera antiga apoiada em um tripé. O homem está posicionado atrás da câmera, e o menino está parado com o corpo reto de frente para a câmera. O fundo da fotografia é composto pela vista de uma cidade, com uma casa e uma árvore no canto esquerdo, e mais árvores na outra extremidade.
    Haruo Ohara

    Curiosidade é a palavra que me vem ao ver essa fotografia, ao olhar para ela me sinto intrigada. É possível ver a cena, ver como ela acontece, como os objetos e as pessoas estão posicionados, mas não dá para saber como é a foto do menino. Talvez dê para ter uma ideia de como ela seja, mas nunca haverá a certeza. 

    Essa cena me faz refletir em como ao fazer certas escolhas, deixamos passar outras oportunidades e nunca saberemos quais foram elas. Assim como o fotógrafo optou por um certo ângulo na imagem, não sabemos como a imagem seria de um outro lugar.

    As próprias escolhas do fotógrafo que captura o menino nunca nos serão reveladas, ficarão sempre como um segredo ao ver esta imagem. Embora seja isso que me deixa intrigada, este é o rumo da vida, sempre haverá escolhas não feitas que resultariam em destinos que não saberemos, que estão ocultos para nós. Só nos resta aprender a lidar com essas incógnitas.

    São também as escolhas que nos fazem ser quem somos, elas nos moldam conforme o tempo, assim como essa foto não seria a mesma se fosse fotografada por outro ângulo. É possível voltar atrás sobre algumas destas escolhas, mas o aprendizado sempre estará ali, para que na próxima vez ao seguir por um caminho saberemos melhor o que fazer.

    Assim como na fotografia, é praticando que se aperfeiçoa, a vida também é assim, é se arriscando que se aprende a viver. Como diz o ditado, é errando que se aprende, pois sem o erro, como saberíamos que existe o acerto.

    Mesmo que seja impossível ter uma certeza das nossas escolhas, sempre teremos que tomá-las, e no fim o certo e o errado não significam nada, são apenas caminhos tomados e que nos levam a lugares diferentes.

    #leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

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    Como citar essa postagem

    PAES, Nathália. Diferentes ângulos. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/11/diferentes-angulos.html>. Publicado em: 4 de nov. de 2022. Acessado em: [informar data].
  • V Grão Fino: Semana de Fotografia

    Evento na cidade de Campina Grande, Paraíba.

    Divulgação

    O evento é realizado pelo Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento em Fotografia (GPDF), formado por professores e pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e do Departamento de Comunicação da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

    O evento  foi idealizado por alunos do curso de Arte e Mídia em 2007. A edição deste ano, contará com palestras de grandes nomes atuais da fotografia, como a mineira Isis Medeiros e o astrofotógrafo Marcelo Zurita, entre outros. A semana de fotografia de grão fino também contará com oficinas, debates e será realizado de forma híbrida, contando também com transmissões online. 

    Local: Universidade Estadual da Paraíba

    Data: De 09/11/2022 a 11/11/2022

    Preço: O evento será gratuito

    Contato: gpdf.foto@gmail.com

    #divulgação é uma coluna de divulgação científica e cultural. Utilize nossos formulários para divulgar seu trabalho em nossas mídias.

    #divulgação, evento

  • Haruo Ohara

    Haruo Ohara

    Registro de uma vida no interior.

     

    O fotógrafo Haruo Ohara, em meio aos campos do interior do Paraná, onde viveu sua vida, fotografava o cotidiano de sua família. Ele utilizava como plano de fundo de suas imagens as lavouras de café e os campos, com um olhar delicado para os momentos singelos do dia a dia. 

     
    Descrição: Homem segurando uma fotografia em uma mão e uma xícara em outra, na boca, ele segura um palito de dentes. Ele se encontra de lado e está olhando para a foto em sua mão.
    Haruo Ohara

     

    Haruo Ohara era filho de imigrantes japoneses e começou a fotografar em 1951 o dia a dia de sua família, sendo um fotógrafo amador. Ele costumava sair pelos arredores da cidade com outros amantes da fotografia para explorar os ambientes. Além de fotografar, ele também anotava todo o processo em seus diários. 

    Depois de alguns momentos difíceis em sua vida, como a perda de sua esposa, Ohara começou a fazer um álbum de fotografias dedicado a cada um dos filhos, contando a história da família e suas particularidades. O autor produziu cerca de oito mil negativos em preto e branco, dez mil negativos coloridos.

     
    Descrição: Homem caminhando em um campo, ele segura uma enxada apoiada no ombro e carrega na mão um embornal.  A figura veste uma calça escura, uma camisa e um chapéu de palha.
    Haruo Ohara

    Descrição: A imagem mostra uma pessoa andando em uma estrada de terra, à esquerda deste caminho há uma plantação de café, e à direita há algumas árvores e um matagal.
    Haruo Ohara

    Descrição: Três crianças segurando galhos com frutas nas pontas, elas posam para a foto. No fundo da fotografia, uma pessoa segura a mão de duas das crianças, aparecendo apenas a parte inferior de seu corpo.
    Haruo Ohara

    Descrição: Duas meninas sorridentes, uma delas usa um chapéu e um vestido com mangas bufantes, a outra usa um vestido listrado. Elas caminham sob um campo onde a grama chega até os joelhos delas.
    Haruo Ohara

    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

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    Como citar essa postagem

    PAES, Nathália. Haruo Ohara. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/10/haruo-ohara.html>. Publicado em: 1 de nov. de 2022. Acessado em: [informar data].