Categoria: Galeria

  • Jerri Rossato Lima

    Jerri Rossato Lima

    Fotógrafo oficial da Banda Charlie Brown Jr

    Jerri Rossato Lima é um fotógrafo especializado em músicos e shows, skatistas, experimentações e vida urbana. Por suas próprias palavras, define seu trabalho da seguinte forma: “Às vezes, escrevo como quem faz uma foto. Outras vezes, fotografo como quem conta uma história. Palavras e imagens com intenção de música”. Jerri já foi publicado em revistas de skate por conta de seu trabalho, como na revista Solto. Também colaborou com o filme “O Magnata” e sempre esteve associado ao Charlie Brown Jr por conta de sua cobertura fotográfica das apresentações da banda.
    Membros da banda Charlie Brown Jr posando para um ensaio fotográfico do álbum “La Família 013”. Da esquerda para a direita: Marcão Britto, Luís Carlos Leão Duarte Júnior ‘Champignon’, Alexandre Magno Abrão ‘Chorão’, Thiago Castanho e Bruno Graveto.
    Jerri Rossato Lima


    É difícil não reconhecer no Fotógrafo algumas características tão peculiares de Alexandre Chorão, dada a convivência com a banda Charlie Brown Jr, que geralmente mantinha amigos de seus integrantes como funcionários. Jerri afirma sobre si mesmo que: “[…]Mantenho a atenção e o interesse em não ignorar paisagens ou subestimar pessoas” e isso ressoa nitidamente como uma influência do falecido músico.

    Chorão posando para foto numa apresentação. Ele usa tênis de skatista com cadarços vermelhos, calças pretas largas, camisa branca e boné aba reta. Ao fundo há uma multidão com os braços erguidos num pátio.
    Jerri Rossato Lima

    Chorão está concentrado fazendo anotações numa mesa em frente a um microfone. Ele usa uma camisa preta e headphone.
    Jerri Rossato Lima

    Os cinco integrantes originais da banda estão reunidos no estúdio. Todos estão sorrindo. Ao fundo é possível ver pessoas olhando.
    Jerri Rossato Lima

    Marcão sentado num ônibus, possivelmente da banda, ao lado de Chorão com violão em mãos enquanto parece ensaiar uma canção.
    Jerri Rossato Lima

    Chorão sentado numa cadeira de praia observando o mar. Está vestido dos pés à cabeça com roupas preto e brancas com as mãos cruzadas em frente ao rosto, parecendo estar refletindo sobre algo.
    Jerri Rossato Lima


    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

     

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  • Gertrudes Altschul

    Gertrudes Altschul

    Uma das primeiras mulheres fotógrafas reconhecidas no Brasil.

    Pioneira na fotografia moderna brasileira e participante do Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB) no início dos anos 50, Gertrudes Altschul (1904-1962) está entre as mais admiradas fotógrafas brasileiras do século XX. Em suas obras, a artista explora temas como a botânica e a arquitetura da cidade de São Paulo.

    Tirada do chão, a foto mostra o topo de três prédios que se aproximam quase formando um triângulo. A imagem, tirada com câmera analógica, possui uma coloração desgastada. Nela, o céu está preto e os prédios num tom branco amarelado.
    Gertrudes Altschul

    De origem judaica, Gertrudes Altschul saiu de Berlim com o marido Leon Altschul fugindo do regime nazista. Ela chegou ao Brasil em 1939 e abriu com Leon uma loja de produção de flores artificiais para decoração de chapéus e roupas femininas em São Paulo.

    Em 1952, Altschul se inscreveu no curso de fotografia do Foto Cine Clube Bandeirantes, até então só frequentado por homens, a fim de encontrar uma atividade recreativa. As imagens da artista partilhavam o estilo da época, em que a fotografia moderna brasileira buscava romper com as estruturas clássicas da composição fotográfica.

     

    A foto tirada do chão mostra um teto curvilíneo sustentado por colunas à direita. À esquerda há uma parede e entre as duas estruturas podemos ver o céu limpo. Ao fundo, levemente para esquerda, há o topo de um prédio. A coloração desbotada varia entre o branco e o verde-claro.
    Gertrudes Altschul
    A foto em preto e branco mostra a parte de baixo de uma escada de metal com corrimão. Há uma luz 45º à direita da fotógrafa, fazendo com que a sombra da escada se projete para a lateral esquerda da imagem.
    Gertrudes Altschul

    Como evidenciado em suas obras, Gertrudes explora a fundo a geometria da cidade. Reforçando retas e curvas do ambiente, assim como as sombras projetadas pelos objetos. O mesmo pode ser visto em suas obras sobre plantas, em que a fotógrafa explora as nervuras e contrastes da natureza, sempre enfatizando linhas, sombras  e, principalmente, os contrastes formados por eles.

    A imagem mostra uma folha grande com o caule para cima e as nervuras bastante evidentes por causa do  contraste de cores. Devido à câmera analógica, o fundo da imagem é bege, a folha é cinza-escuro e as nervuras são beges como o fundo.
    Gertrudes Altschul
    A imagem mostra uma folha grande que possui nervuras retas e bastante amareladas. A foto foi tirada bem de perto e as partes iluminadas contrastam com as sombras ao fundo.
    Gertrudes Altschul
    A fotografia é composta por diversas folhas estreitas e compridas de um arbusto. As folhas são verdes e se sobrepõem, já as sombras produzidas pela sobreposição são completamente pretas.
    Gertrudes Altschul

    Devido às técnicas de Altschul na pós-produção, as imagens da artista possuem uma coloração desbotada. Sendo, muitas vezes, amarelada ou num tom de verde bastante escuro. Tais características acabam por ressaltar a luz e sombra, produzindo grandes contrastes nas fotografias.

    Gertrudes tinha grande criatividade para fotomontagem na pós-produção das fotografias. Na composição abaixo, a artista criou uma série de folhas sobrepostas e, mais uma vez, brincou com o contraste das folhas claras e escuras.

    A fotomontagem mostra diversas camadas de uma mesma folha. Em algumas ela é bastante escura, como as localizadas mais à esquerda. Do lado direito há uma folha branca sobreposta às outras.
    Gertrudes Altschul

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    COUTO, Sarah. Gertrudes Altschul:. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em <https://culturafotografica.com.br/gertrudes-altschul/)>. Publicado em: 06/11/2022. Acessado em: [informar data].

  • Robert Freeman

    Fotógrafo responsável pela formação da imagem do quarteto mais famoso do mundo da música.

    Robert Freeman (1936-2019) foi o fotógrafo inglês por trás da identidade visual da banda os Beatles, autor das capas de “Help”, “Rubber Soul” e “With the Beatles”. Robert nasceu em Londres durante a década de 1930 e, antes de trabalhar com a banda, era fotógrafo do jornal “The Sunday Times”. Em seu portfólio, já acumulava imagens singulares como a fotografia do líder russo Nikita Kruschev, mas seu trabalho ganhou projeção mundial somente em 1963, quando começou a trabalhar com o quarteto de Liverpool. 
    Foto em cores dos integrantes da banda. Da esquerda para a direita: George Harrison, John Lennon, Ringo Starr e Paul McCartney. Eles vestem roupas pretas e olham em direção à câmera. O lugar ao redor está desfocado, mas podemos identificar uma árvore ao fundo e folhas em primeiro plano.
    Robert Freeman

    Robert era muito querido pela banda, considerado um “pensador original”. Essa criatividade é encontrada na foto capa de “With the Beatles” (1963) em que Freeman realizou a primeira sessão de fotos com a banda no Palace Court Hotel. Durante o acontecido, ele captou a foto emblemática do quarteto em meio a sombras através da luz natural de uma janela na sala de refeições do hotel. 
    Foto em preto e branco dos quatro integrantes. Da esquerda para a direita: John Lennon, George Harrison, Paul McCartney e Ringo Starr. Todos os elementos (roupas e fundo) estão pretos e o único elemento iluminado é o lado esquerdo dos integrantes.
    Robert Freeman
    Foto colorida da banda. Da esquerda para a direita: George Harrison, John Lennon, Ringo Starr e Paul McCartney. Eles vestem roupas de frio e a foto é tirada de baixo para cima. John Lennon é o único que olha para a câmera, sendo que os demais olham para a direção esquerda.
    Robert Freeman
    Foto colorida da banda. Da esquerda para a direita: George Harrison, John Lennon, Paul McCartney e Ringo Starr. Eles vestem roupas azuis e cada um faz um sinal corporal representando as letras H, E, L e P, nessa ordem. O fundo da imagem é branco e sem objetos.
    Robert Freeman
    Foto em preto e branco de Mick Jagger (à esquerda) e John Lennon e Paul McCartney (à direita). Eles conversam e Mick Jagger segura um copo. Em primeiro plano vemos uma mesa de som e atrás deles outro aparelho do estúdio, entre Mick e John. Ainda, vemos ao fundo uma pessoas de costas para a cena.
    Robert Freeman
    Composição em preto e branco de John Lennon formada por 12 retratos em PB de J L. Nelas, ele veste casaco e boina. E, a cada foto, há uma pequena variação em sua expressão facial.
    Robert Freeman
    Foto em preto e branco de Paul McCartney na rua Idol Lane. O cantor está com os braços cruzados e a cabeça voltada para a sua esquerda. Vemos Paul da cintura para cima e ele veste roupas de frio. Ainda, podemos notar parte de uma esquadria de janela.
    Idol Lane | Robert Freeman

  • Hildegard Rosenthal e o protagonismo feminino no fotojornalismo brasileiro

    A primeira mulher fotojornalista do Brasil


    Hildegard Rosenthal é natural de Zurique, na Suíça e viveu grande parte de sua vida em Frankfurt na Alemanha, onde estudou pedagogia durante os anos de 1929 até 1933. Entre 1934 e 1935 viveu em Paris, mas depois retornou para Frankfurt e estudou fotografia no Instituto Gaedel, com Paul Wolf, especialista em câmera de pequenos formatos e técnicas de laboratório. Após se formar, foi contratada como fotógrafa pela empresa Hein Mainischer Bildverlag, até que em 1937, ela e seu namorado, Walther Rosenthal, precisaram deixar a Alemanha e emigrar para São Paulo no Brasil, pois ele era judeu e precisava fugir do regime nazista.


    Hildegard Rosenthal

    Já em São Paulo, no ano de 1938, Hildegard começou a trabalhar como orientadora de laboratório na empresa de materiais e serviços fotográficos Kosmos, na Rua São Bento. No mesmo ano, a agência Press Information a contratou para atuar como fotojornalista, onde realizou reportagens para jornais nacionais e internacionais e teve fotos publicadas no “La Prensa”, de Buenos Aires, “Gazeta do Sul”, de Cananeia, e “Folha da Noite”, “Folha da Manhã” e “Estado de São Paulo”.

    Neste trabalho, Hildegard Rosenthal fez registros do processo de urbanização da grande São Paulo, das cidades do interior paulista, do Rio de janeiro e de algumas cidades do sul. Suas fotografias registraram o fluxo de pessoas nas ruas, o transporte público, a arquitetura, vendedores ambulantes e cidadãos comuns em situações prosaicas. Ela costumava registrar pessoas desconhecidas ou modelos que simulavam situações cotidianas. Desse modo, Hildegard humanizou e congelou no tempo uma metrópole movimentada.

    Além desses importantes registros históricos do início da urbanização no Brasil, ela também fez fotos de grandes nomes da arte e da literatura brasileira, capturando os artistas em momentos de criação. Dentre esses grandes nomes estão: o pintor Lasar Segall, os escritores Guilherme de Almeida e Jorge Amado, o humorista Aparício Torelly – conhecido também Barão de Itararé – e o desenhista Belmonte. 


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  • Otto Stupakoff

    Pioneiro na fotografia de moda no Brasil.


    Otto nasceu em 1935, em São Paulo. Em 1943, ganhou uma máquina fotográfica do pai. Por falta de perspectivas profissionais no Brasil, mudou-se para os Estados Unidos e ingressou na Art Center College of Design, onde iniciou sua carreira como fotógrafo de moda. 


    A fotografia, em preto e branco, mostra em primeiro plano uma mulher de traços caucasianos, trajando chapéu, regata, saia longa, camisa social  sobreposta aos ombros, sapato de salto e acessórios. Ela mira com olhar de espanto para trás, onde tem dois garotos sem sapatos carregando caixotes e uma caixa de madeira no ombro. Apesar disso, ela não parece estar olhando para os meninos, e sim para algo além, que não foi captado pela fotografia. Em segundo plano, em uma esquina, um grupo de pessoas observam com curiosidade a mulher.
    Otto Stupakoff


    No Brasil, Otto trabalhou como fotógrafo para agências e para a gravadora Odeon, onde desenvolveu capas de álbuns de músicos renomados, como Dorival Caymmi e Luiz Bonfá. Ainda, firmou parceria com Oscar Niemeyer e foi retratista de celebridades, como Pelé e Tom Jobim.

    Nos Estados Unidos, Otto conheceu pessoas como Carmen Miranda e Coco Chanel, e trabalhou para a revista de moda Harper ‘s Bazaar. O fotógrafo desenvolveu um estilo único, marcado por fotos em preto e branco e muita ousadia. Em 1973, mudou-se para Paris, onde trabalhou para a Vogue. 

    Apesar de ser reconhecido como fotógrafo de moda e retratista, seu trabalho não foi dedicado exclusivamente a isso, formando um acervo diverso.


    Na fotografia em preto e branco, uma mulher de cabelo cacheado e sobretudo encara um gorila, que está dentro de uma jaula de vidro. O gorila está de boca aberta, e a mulher imita o movimento, dando a impressão de que está sonolenta. Um de seus cotovelos está apoiado no vidro, e o outro braço está apoiado em sua cintura.
    Otto Stupakoff

    A fotografia, em preto e branco, foi feita em uma praia, e  a única pessoa que aparece é Tom Jobim. Ele é jovem, tem cabelo liso, olha sorridente para a câmera, está vestido de camisa social e suéter, e seus braços estão postos para trás.
    Otto Stupakoff


    A fotografia, em preto e branco, mostra uma mulher que usa chapéu, vestido, sapato de salto e maquiagem, caindo sobre uma cerca. Ela está deitada no chão, com uma das pernas levantadas, e olha sorridente para a câmera.
    Otto Stupakoff

    A fotografia, em preto e branco, mostra uma mulher, na frente de um prédio, beijando um homem no rosto enquanto segura a coleira de três cachorros. Ela está bem penteada e vestida, e o homem também. Trata-se da atriz norte-americana Lois Chilez.
    Otto Stupakoff

    A fotografia, em preto e branco, mostra uma mulher branca e magra deitada nua sobre uma cama. Ela tapa seus olhos com o cotovelo, e traz as pernas juntas, escondendo as entranhas.
    Otto Stupakoff

    A fotografia mostra, em primeiro plano, uma mulher jovem, de cabelo curto, trajando chapéu, blusa estampada e saia rodada, de braços abertos, curvada e sorrindo, tentando se equilibrar numa superfície rochosa. Do outro lado dela, em outra superfície rochosa, um casal de homem e mulher, vestidos de bermuda e blusa social, calçando botas, apontam para a jovem, rindo.
    Otto Stupakoff

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  • Sebastião Salgado e o ativismo ambiental

    Fotógrafo, economista e ativista ambiental.

    Hoje, Sebastião Salgado vive em Paris, mas ele é natural da cidade de Aimorés, interior de Minas Gerais e nasceu no dia 8 de fevereiro de 1944. Além de ser um grande fotógrafo, ele é formado no curso de Economia pela Faculdade de Economia de Vitória (ES).

    Retrato do fotógrafo Sebastião Salgado, na qual ele está olhando diretamente para a câmera enquanto dá um leve sorriso. Um senhor de cabelos grisalhos vestindo uma blusa azul.
    Autor(a) desconhecido

    Salgado não se destaca apenas por ser um excelente fotógrafo, mas também pelo seu ativismo ambiental. Sebastião e sua esposa, Lélia Wanick, trabalham desde os anos 90 na recuperação de uma pequena parte da Mata Atlântica. Juntos, eles reflorestaram uma parcela de terra que possuíam e, em 1998, ela foi transformada numa Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). No mesmo ano, eles criaram o Instituto Terra que tem como missão reconstituir o ecossistema florestal da região de Aimorés, através de diferentes formas de intervenção, recuperando os processos ecológicos e contribuindo para a manutenção da biodiversidade local. 

    Ele também fez diversos registros fotográficos com essa temática. O projeto fotográfico “Amazônia”, por exemplo, mostra a importância da preservação da floresta e da demarcação de terras indígenas. 

    Foto do Sebastião Salgado olhando para a câmera com um indígena atrás
    Autor(a) desconhecido

    Foto de Sebastião Salgado e sua esposa em um campo olhando para o nada
    Autor(a) desconhecido


    Foto de diversas árvores fechando a mata
    Sebastião Salgado

    Indígenas andando em um barco no rio
    Sebastião Salgado

    Chamada para ação

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    {SILVA, Jade Iasmin}. {Sebastião Salgado e o ativismo ambiental}. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em:<{https://culturafotograficaufop.blogspot.com/2022/08/sebastiaosalgadoeoativismoambiental.html}>. Publicado em: {08/08/2022}. Acessado em: [informar data].

  • Ordem e progresso

    Ordem e progresso

    Lembranças de um passado ditatorial nem tão distante.

    A imagem abaixo foi fotografada por Orlando Brito em 1991, em Brasília, e mostra soldados militares marchando em frente a bandeira do Brasil. As fotografias do autor retratam momentos e personagens marcantes da história brasileira, narrando temas como política, sociedade e cultura.

     

    Fotografia em preto e branco de soldados militares fardados e em filas segurando armas apontadas para cima, ao fundo encontra-se a bandeira do Brasil.
    Orlando Brito

    A bandeira do Brasil possui uma frase, com conotação positivista, que clama por ordem e progresso. Sempre ao olhar para a bandeira, essa frase me vem à mente, sem mesmo a ler, ela já é um elemento associado. Policiais e soldados são outros objetos que constantemente também são associados à ordem. A fotografia de Orlando Brito faz uma combinação dos dois objetos na fotografia, ligando-os por esse elemento em comum: a ordem.

    A ligação entre esses dois elementos pode ser percebida facilmente ao olhar a imagem, a forma como os soldados estão alinhados com suas armas apontadas para cima e no fundo a bandeira gigante em comparação com eles. Em primeiro plano, as sombras se destacam mais, sombreando o rosto dos soldados, e ao fundo, a bandeira se ilumina, em contraste.

    Essa imagem me faz refletir sobre como não estamos distantes desse passado, onde a ordem estava acima dos direitos civis. A cada dia que passa, a democracia que se diz ter no país é mais uma vez agredida por políticos e policiais que passam por cima da população para garantirem os seus próprios benefícios. A ordem que muitos políticos dizem que é necessária se instaurar no país é apenas uma forma de calar novamente a sociedade que clama por seus direitos.

    Diante da ordem em favor do progresso, muitos se veem sem saída ou como reclamar de sua situação, pois o que o país está passando, segundo a classe dominante, é em benefício de algo maior. Os direitos vão sendo revogados, assim como a liberdade de expressão e a liberdade de fazer questionamentos. Ao mínimo sinal de revolta a polícia é acionada para deter os protestos de uma população oprimida. 

    Ao olhar os jornais é possível ver que não estamos tão distantes dessa realidade, pessoas são agredidas, presas e mortas, pois estavam violando a ordem estipulada pelas atuais políticas. Tudo o que se vê, não é ordem, mas sim uma dissimulação da palavra que é usada contra o povo.

    #leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

     

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  • Barbara Davidson

    Barbara Davidson

    “Aprendi muito cedo a lutar contra a rejeição, a nunca desistir e nunca deixar ninguém me impedir de me tornar uma fotojornalista”. Assim declara Barbara Davidson, no ano de 2019, em sua colação de doutorado.

    Nascida em Montreal, Canadá, Barbara lutou muito para ascender profissionalmente em um ramo predominantemente masculino. 

    Descrição: Barbara sorrindo de forma singela, seu rosto é marcado por expressões de felicidade. Ela olha diretamente para a câmera e usa brincos popularmente conhecidos como argolas. Seu cabelo é loiro ondulado e, na parte da frente, está parcialmente preso.
    Barbara Davidson

    Famosa por suas imagens sobre a crise humanitária, Davidson captura principalmente fotos de guerras, da violência causada pelas gangues e dos desastres naturais. A fotógrafa ganhou bastante destaque midiático após ganhar seu primeiro Prêmio Pulitzer devido a sua cobertura do furacão Katrina. Em 2007, Barbara entrou como fotojornalista na agência de notícias Los Angeles Times, mas, dez anos depois, deixou o cargo relatando que “Era hora de me recalibrar para abrir novos caminhos”.

    Segundo a profissional, a arte de fotografar é baseada em contar boas histórias e ter paixão pelo trabalho. Neste contexto, ela utilizou seu amor pela fotografia em prol de denunciar a negação dos direitos básicos, especialmente a crianças e mulheres.

    Barbara Davidson
    Dois meninos, de idade aparentemente próxima, em um lugar que parece ser um campo com arbustos. O menino da esquerda aponta uma arma para a cabeça do outro, que está de braços abertos e olhos fechados.
    Barbara Davidson
    Cinco crianças dormem amontoadas em uma cama de casal. Aparentemente desconfortáveis, em razão do pouco espaço disponível. Duas das crianças dormem curvadas para a esquerda e as outras dormem de barriga para cima com os braços levantados. Na cama também há três almofadas escuras.
    Barbara Davidson

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  • Orlando Brito

    Orlando Brito

    Fotógrafo que documentou o passado ditatorial brasileiro.

     
    Orlando Brito é um artista visual nascido em Minas Gerais, em 1950. Ele começou seus trabalhos na fotografia de modo autodidata, iniciando na profissão em 1965, no jornal Última Hora de Brasília. Entre seus objetos de estudo, o fotógrafo abordava temas como política, economia e questões sociais, como a vida urbana e do interior, além de retratar os indígenas. 

    Fotógrafo Orlando Brito segurando uma câmera na frente de um dos olhos, ele se encontra na vertical na frente de um fundo branco. Seus cabelos são grisalhos e ele veste uma roupa azul.
    Orlando Brito

    Orlando Brito iniciou seus trabalhos durante os primeiros momentos da ditadura, onde retratou importantes momentos da história brasileira, acompanhando as personalidades políticas e fotografando os bastidores do Palácio do Planalto. Ele retratava os presidentes em situações não protocolares, em momentos de distração, em que era possível ver o indivíduo longe de sua personagem pública. Seus retratos mostram, de forma alegórica, as relações políticas e sociais no Brasil, tornando-se comentários críticos. Brito trabalhou em importantes veículos como o jornal O Globo e na revista Veja, onde publicou um total de 113 fotografias de capa. Em 1979, o fotógrafo ganhou o prêmio World Press, concedido pelo Museu Van Gogh, na Holanda, e recebeu o Prêmio Abril de Fotografia por onze vezes, além de outros prêmios.

    Imagem de uma  passeata, no meio da rua se encontra um homem que posa em cima de um carro e acena para as pessoas em volta, no carro há também três militares. Ao redor do carro, uma multidão se reúne para ver o homem passar.  O primeiro plano da fotografia contem um homem com trajes militares de costa, ele parece olhar em direção ao carro.
    Orlando Brito

    Militares se reúnem em fileira, enquanto um homem de terno acompanhado de mais dois militares passam. Um coturno preenche o primeiro plano da fotografia.
    Orlando Brito

    Cinco silhuetas de homens fardados, no escuro, um deles segura um rádio comunicador. Ao fundo o Congresso Nacional iluminado.
    Orlando Brito

    Militares fardados, em fileira, aparentemente recitando algo. No meio deles há um homem com terno que também parece declamar.
    Orlando Brito

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