Categoria: Galeria

  • Eustáquio Neves

     Eustáquio Neves é um fotógrafo brasileiro que ao longo de 30 anos produziu obras étnico-culturais icônicas, utilizando técnicas de sobreposição de imagem. 

    Fotografia construída. Figura de uma mulher, deitada de lado, em uma superfície clara, há uma bandeja de prata e um cacho de uva em cima. Cachos de  uvas espalhados no lençol que ela se deleita. O lençol parece  transpassar à imagem. Há uso de palavras, e fragmentos abstratos na imagem.
    Vênus II, 1993, Eustáquio Neves


    No dia 10 de fevereiro de 1955, em Juatuba, Minas Gerais, nasceu José Eustáquio Neves de Paula. Fotógrafo autodidata e artista multimídia. Formou-se em Química Industrial pela Escola Politécnica de Minas Gerais, em 1980. Logo após, mudou-se para Goiás, e exerceu a profissão até meados de 1984. Um ano depois, sua paixão pela fotografia toma fôlego e à partir desta época, passou a se dedicar exclusivamente à fotografia  de caráter étnico-cultural.
    Com uma carga de experiências advindas da química, e criatividade, Eustáquio cria uma linguagem ousada para os temas que focaliza. Resgata elementos e técnicas do precursor da fotografia criativa Valério Vieira e compõe realidades à partir de fragmentos, utilizando-se da fotomontagem. Nos últimos 30 anos, compôs obras icônicas, tendo como base experimentos feitos com negativos no momento das ampliações fotográficas. Conquistou em sua carreira nove prêmios, com destaque para o 7º Prêmio Marc Ferrez de Fotografia 1994), o Prêmio Nacional de Fotografia do Ministério da Cultura e Funarte (1997) e o Prêmio Especial Porto Seguro de Fotografia (2004). Em 1999, foi prestigiado com a Residência na Gasworks Studios and Triangle Arts Trust, com apoio da Autograph (Associação dos Fotógrafos Negros) em Londres. Realizou mais de 30 exposições individuais em diversas cidades brasileiras, nos EUA, Cuba, Mali , França, Moçambique e na Finlândia, e participou de mais de 40 exposições coletivas, destacando-se sua participação na Coleção Pirelli/MASP de Fotografia (1996), na 6º Bienal de Havana (1997) e na Bienal de São Paulo/Valência (2007). 
    Dono de um currículo extenso, Eustáquio Neves configura-se como um fotógrafo ímpar que rompe com o padrão convencional da fotografia. Ele nos convida à uma viagem construída por fragmentos visuais diante do seu olhar subjetivo sobre sua vivência e percepção de mundo a partir da imagem. Atualmente, ele vive e trabalha em Diamantina – MG.

    Confira algumas de suas produções!


    Fotografia construída. Figura da deusa Vênus (Afrodite), nua, no centro da imagem, em um gesto pudico, sua mão esquerda cobre sua parte íntima. A mão direita está dobrada para trás das costas. Ao seu redor, de dentro para fora, a imagem passa de tons claros para escuros. Com fragmentos abstratos.
    Vênus I, 1993, Eustáquio Neves

    Fotografia construída. Comunidade Negra. Homens e crianças com vestes brancas e chapéus brancos, em pé. No que parece ser uma festa religiosa, há crucifixos pela imagem. Bordas escuras e abstratas na fotografia.
    Sem título (série Arturos), Contagem, 1994

    Negativo Manipulado. Mulher negra, nua, com a cabeça reclinada. Está posicionada da cintura para cima, no centro da imagem. Em sua volta, palavras, e texturas abstratas.
    Sem Título [Série Objetivação do Corpo 1], 1999

    Negativo Manipulado. Adolescente negra, encostada em uma parede, com à cabeça reclinada para baixo. Está nua, e segura uma fruta. Dos seios para baixo a imagem é tampada com uma faixa. Ao torno da imagem há fragmentos abstratos e à palavra Feminino escrita, e o símbolo de vênus.
    Sem Título [Série Objetivação do Corpo 2], 1999
    Fotografia construída. Ambiente externo e noturno. Construção a direita da foto. Na esquerda, à frente de um carro antigo. No fundo da imagem, uma fábrica e casas, uma névoa no céu.
    Sem título, Belo Horizonte, MG, 1992

    Fotografia construída. Ambiente externo e noturno. Há uma névoa que cobre à imagem. Um poste de sinalização de trânsito reclinado para trás no centro da imagem. Pássaros voando. e à frente de uma moto parada posicionada ao lado direito da imagem.
     Sem título. 1997

    O que achou das técnicas fotográficas de Eustáquio Neves? Comente e acesse também nosso conteúdo sobre Fotomontagem para aprender mais sobre a técnica muito utilizada pelo fotógrafo.


  • Radilson Gomes

    Radilson Gomes

    Radilson Gomes é um fotógrafo especializado em Saúde Pública. Possui um importante catálogo, onde, o principal objetivo é divulgar a realidade do nosso SUS.

    Radilson Carlos Gomes, é um fotógrafo formado em História, especialista em Gestão da saúde pública e Comunicação em Saúde. Teve início em sua carreira no ano de 1986, em Brasília. Professor de fotografia, deu aula de Iniciação à Fotografia na Universidade Católica de Brasília.

    A foto mostra um corredor comprido, ao final se encontram dois profissionais da saúde com roupas na cor verde.
    FotoSaúde – Radilson Carlos Gomes

    Em 1994, ingressou no Ministério da Saúde, passando a trabalhar com documentários fotográficos de saúde pública. Foi aí que surgiu o ensaio Foto Saúde, em 2011. O principal objetivo desse ensaio fotográfico é divulgar a realidade do nosso Sistema Único de Saúde, o SUS.  Conheça abaixo algumas das fotografias:

    Mostra pessoas vestidas com roupas cirúrgicas de proteção na cor verde, usando toucas e máscaras no que parece ser um centro cirúrgico de hospital.
    FotoSaúde – Radilson Carlos Gomes
    A foto mostra uma profissional da saúde em uma maternidade, cuidando de um recém nascido que se encontra em uma encubadora.
    FotoSaúde – Radilson Carlos Gomes
    A foto em preto e branco apresenta recém nascidos em encubadoras no que parece ser uma uti neo-natal.
    FotoSaúde – Radilson Carlos Gomes
    A foto mostra um barco que serve como Samu em Manaus. O barco esta pintado de branco com inscrições e símbolos vermelhos, como uma ambulância. Na fotografia também podemos ver três profissionais da saúde usando coletes salva-vidas laranjados.
    FotoSaúde – Radilson Carlos Gomes

    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.Compartilhe nossa postagem, comente em nosso grupo do Facebook e no

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    Links/referências:

    Home

    https://ndmais.com.br/entretenimento/exposicao-de-radilson-carlos-gomes-em-florianopolis-revela-um-haiti-singular-pos-tragedia/

  • Paolo Miranda

    Paolo Miranda é enfermeiro e fotógrafo. Suas fotos viralizaram na internet, mostrando a luta dos enfermeiros de um hospital na luta  contra a COVID-19, na região da Lombardia, epicentro da doença na Itália.

    Paolo Miranda é enfermeiro e fotógrafo. Há algumas semanas, ele fotografou os “bastidores” de um hospital na Itália em que estava trabalhando, retratando a luta intensa contra a COVID-19. Paolo vive em Cremona, na região italiana da Lombardia, epicentro do surto de coronavírus no país.
    Os registros mostram a realidade de toda a situação. Uma enfermeira dorme após uma jornada doze horas ainda com a máscara no rosto. Outra parece chorar agachada, enquanto é consolada por uma colega. Mas também há fotos de abraços e sorrisos da equipe. “Não vamos desistir apesar do cansaço. Fiquem em casa”, disse Paolo.
    Como seus colegas, Paolo trabalha em turnos de 12 horas e descreveu que se sente trabalhando numa trincheira. Além disso, ele afirma “Não quero esquecer nunca o que está acontecendo. Isso se tornará história, e, para mim, as imagens são mais poderosas que as palavras.”
    O italiano colabora com a revista Vogue de seu país e tem um perfil no Instagram que ganhou muitos seguidores após suas fotos viralizarem na internet.

    Duas enfermeiras, utilizando aventais brancos, máscara e touca verde, se abraçam
    Paolo Miranda, 2020

    Seis enfermeiros, homens e mulheres, posam para foto.
    Paolo Miranda, 2020

    Uma enfermeira se olha no espelho enquanto se equipa
    Paolo Miranda, 2020

    Uma enfermeira dorme sentada numa cadeira após horas de trabalho contínuo.
    Paolo Miranda, 2020

    Cinco enfermeiras numa sala vestindo os equipamentos de segurança.
    Paolo Miranda, 2020

    Uma enfermeira, agachada, com as mãos na cabeça, enquanto outra enfermeira tenta consolá-la
    Paolo Miranda, 2020

    Paolo Miranda tira uma foto de si mesmo no espelho durante o turno de trabalho. Ele usa aventais, luvas e máscara de segurança
    Paolo Miranda, 2020

    Dois enfermeiros escorados parecem conversar durante um intervalo.
    Paolo Miranda, 2020

    Retrato de um enfermeiro com o nariz machucado pelo uso contínuo da máscara de proteção.
    Paolo Miranda, 2020
    Retrato de uma enfermeira equipada com roupa adequada, máscara e touca
    Paolo Miranda, 2020

    Referências

    BBC
    Revista Glamour (Globo)
  • Patrick Demarchelier

    Patrick Demarchelier é destaque na fotografia de moda contemporânea. Conhecido por muitos como mestre, tem como marca composições com aspectos espontâneos e realistas.
    Patrick Demarchelier é um renomado fotógrafo de moda e publicidade contemporânea. Suas fotografias são marcadas por um senso estético espontâneo, onde a naturalidade  e a emoção são postas em cena.

    Shalom Harlow, Paris, 1996, Patrick Dem

    Natural da França, Demarchelier, nasceu na cidade de Le Havre, em 21 de agosto de 1943. Aos 17 anos, ganhou sua primeira Kodak e interessa-se por fotografia. No início da década de 60, mudou-se para Paris, aprimorou suas técnicas e conheceu o suíço Hans Feurer, fotógrafo da Vogue. Em 1975 partiu para Nova York , onde trabalhou para Vogue e assume uma carreira à nível internacional. Em 1989, Demarchelier, torna-se o primeiro fotógrafo estrangeiro oficial da família real, fotografando à princesa Diana e os príncipes William e Harry.

    Patrick Demarchelier posa para foto no Festival de Cinema de Tribeca em 2010. Com cabelos grisalhos, penteados para trás, seu aspecto  é cordial. Ele usa uma camisa preta de zíper, com um casaco no tom branco neve.
    Patrick Demarchelier, 2010, David Shankbone

    Com uma estética perfeita e técnicas ambientadas em luz natural, é referência em fotografias em preto e branco e nus artísticos, sem vulgaridade. Autor de numerosas imagens icônicas criadas para as publicações das revistas Vogue e Harper’s Bazaar, criou também campanhas para marcas como Chanel, Dior, Ralph Lauren, Yves Saint Laurent, entre outras.Devido à forte influência que exerce no mundo da moda, seu nome é citado no filme “O Diabo Veste Prada”. Aos 76 anos, Demarchelier vive em Nova York e continua sendo um dos fotógrafos mais requisitados na moda e publicidade.

    Confira algumas das produções de Demarchelier! 
    Fotografia em preto e branco, à modelo encontra-se pendurada em um galho de árvore, ela está nua e virada de costas. Seu cabelo é longo e cobre toda a extensão de suas costas.
    Nude St Barthelemy, 1989, Patrick Demarchelier

    Princesa Diana está sentada aparentemente no chão, usando um vestido branco longo, seus braços se entrelaçam. Em sua mão direita usa um anel. Seu cabelo é curto e está penteado para trás. Ela sorri. Usa adereços no cabelo, uma tiara de princesa e um colar de pérolas.
    Princesa Diana Londres, 1990, Patrick Demarchelier


    Dez modelos ao todo posam para foto. Todas vestidas com vestidos longos, e cabelos soltos. O ambiente é um estúdio, há uma escada no centro. Uma modelo está sentada no degrau de cima. Cinco modelos apoiam na escada.
    Aniversário da moda, 1992, Patrick Demarchelier

    A modelo usa lingerie de renda, está sentada aparece apenas da cintura para cima. Suas mãos estão para atrás do corpo. Sua cabeça inclina e encosta nas mãos de um homem que usa uma camisa social. Aparece apenas o braço desta figura secundária.
    Nadja Auermann, Paris 1994, Patrick Demarchelier

    A modelo negra Naomi Campbell, posa com adereços da cultura africana. Usa um turbante no cabelo, colares volumosos que cobrem toda a extensão do seu pescoço e  usa pulseiras que cobrem seus pulsos. Seus seios estão à mostra, usa apenas uma saia. À foto recorta à extensão da cabeça até os joelhos, não mostrando as pernas e pés.
    Naomi, 1991, Patrick Demarchelier

    À foto se assemelha à uma escultura greco romana. À foto cobre à extensão do pescoço até o joelho. Não mostra cabeça e pernas. À silhueta da modelo é a estética da foto, seus são levemente tampados pelos seus braços que se cruzam e se entrelaçam, tampando à extensão da virilha.
    Nude, St Barthelemy, 1994, Patrick Demarchelier


    Duas modelos, estão imersas dentro do que parece ser uma piscina. As águas criam reflexos na extensão dos corpos que estão nus e flutuam pela água.
    Nude, St Barthelemy, 1997, Patrick Demarchelier


    Silhueta do perfil dos rostos de duas modelos femininas que estão próximas inclinadas de frente para outra. As bocas ganham destaque e ambas carregam anéis de diamante que se encostam pelo beijo.
    Diamonds, Patrick Demarchelier


    Fotografia em preto e branco, modelo está de perfil, cabelos presos e pretos, aspecto sedoso. Usa um chapéu que cobre parte do seu rosto. Deixando visível apenas a boca. O chapéu que usa parece um grande e belo botão de rosas brancas.
    Christy Turlington, Nova York, 1990, Patrick Demarchelier

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  • Chico

    Francisco José Silva Neto é um jovem fotógrafo, mas, com uma vasta experiência de vida. Hoje, ele viaja pelo mundo levando sua arte através da fotografia. Se você gosta de conhecer novos fotógrafos, não pode perder a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre ele.

    Francisco José Silva Neto nasceu no ano de 1995 em Maceió-AL, onde que viveu com sua família até meados de 2015. Foi neste ano que decidiu ir para SP atrás do seu grande amor, a Sthefany sua atual companheira. No meio do caos da mudança, sem querer, acabou descobrindo uma nova paixão: a fotografia. 
    Uma mulher branca com um vestido longo vermelho e um chapéu preto. no fundo uma paisagem com grama verde.
    Francisco Neto
    Chico, como é conhecido por todos, tem uma fotografia leve e encantadora, mas usa e abusa das cores e da criatividade. No seu portfólio fotográfico tem diversas experimentações de ângulos, efeitos e estilos. Ele passou por alguns lugares no Brasil, mas foi em Buenos Aires, capital da Argentina, que decidiu ficar. Ele deixa claro sua admiração e amor pela fotografia, que, para ele, é uma forma de poética de congelar o tempo e de mostrar o mundo através do seu olhar. Atualmente, ele concentra seu trabalho em portrait (retratos), passando pela moda e o turismo.
    Francisco usa as redes para divulgar seu trabalho, mais exatamente o instagram, lugar onde alcançou reconhecimento por registrar momentos únicos e mágicos. Quando navegamos pelo seu feed, podemos imergir dentro as fotos, sentindo um pouco do gostinho daquele momento. Chico também gosta de escrever e relata, sempre que possível, o que se passou naquele espaço de tempo. Isso, faz com que parte da experiência seja passada ao seus seguidores.

    Redes do Chico:

    Chicografia
    Chicografandobsas



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  • Eduardo Trópia

    Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.

    Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.

    Nascido em 1956, Eduardo é filho do retratista Milton Trópia e da farmacêutica Maria José Trópia. Possui mais de 45 anos de experiência com fotografia. Começou a fotografar profissionalmente no início da década de 1980, em Ouro Preto. Mudou-se para Belo Horizonte no final da década de 1980, e a partir dessa data passou a trabalhar demasiadamente para agências de publicidade da capital mineira e de todo Brasil. Além disso, Eduardo Trópia foi repórter fotográfico da revista IstoÉ e do Jornal o Tempo. Seus trabalhos como freelancer foram publicados em diversas revistas como Los Angeles Time Magazine, National Geographic e Casa Cláudia.

    Assim como Alexandre Martins, fotógrafo que pode ser conhecido aqui, Eduardo Trópia também é participante do Coletivo Olho de Vidro na cidade de Ouro Preto. Nos dias atuais, trabalha também usando o artifício de sobreposições e outros recursos de montagem de imagens, muitas vezes fazendo releitura de antigos arquivos guardados pelo fotógrafo. Além de produzir outras séries de fotografia sempre tentando mostrar a cidade por outros ângulos e perspectivas, Eduardo mantém uma galeria de arte permanente e dá oficinas anuais de fotografias na cidade de Ouro Preto. 

    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

    Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.
    Filho de Milton Trópia, reconhecido retratista ouro-pretano, Eduardo Trópia possui a fotografia em seu sangue. Autor de diversas fotografias de Ouro Preto, o fotógrafo mineiro encanta e indaga a todos com a sua visão sobre a cidade.
  • Peter Lik

    Até a presente data, Peter Lik é o autor da fotografia mais cara da história. Sua obra Phantom foi vendida por US$6,5 milhões e remete a uma imagem fantasmagórica, tirada no Antelope Canyon, EUA.


    Até a presente data, Peter Lik é o autor da fotografia mais cara da história. Sua obra Phantom foi vendida por US$6,5 milhões e remete a uma imagem fantasmagórica, tirada no Antelope Canyon, EUA.

    O australiano, natural de Melbourne, é especialista em fotografia de paisagens. Tornou-se sinônimo de imagens de cachoeiras, picos de montanhas e desfiladeiros. Uma de suas marcas registradas é o formato “panorama”. Em solo norte-americano, criou um projeto chamado Spirit of America (Espírito da América) no qual saiu para capturar imagens de todos os 50 estados do país. Além disso, já teve obras em exibição no Museu Nacional de História Natural de Washington DC e até estreou uma série da NBC chamada From the Edge. 
    Contando com Phantom, Lik tem quatro fotos entre as 20 mais caras já vendidas. Suas obras já arrecadaram mais de US$700 milhões e são colecionados pela realeza, presidentes e celebridades.

    Referências

  • Pierre Verger

    Nascido na França, em 1902, Pierre Edouard Léopold Verger foi um fotógrafo de grande relevância cultural que baseou inicialmente suas pesquisas e obras fotográficas nas análises étnicas culturais dos cinco continentes.

    Nascido na França, em 1902, Pierre Edouard Léopold Verger foi um fotógrafo de grande relevância cultural que baseou inicialmente suas pesquisas e obras fotográficas nas análises étnicas culturais dos cinco continentes e mais tarde compôs seu trabalho de maior destaque, voltado para a religião e a cultura afro-baiana diaspórica. 

    Registro fotográfico do artista. Um dia de sol na praia, ao fundo da imagem é perceptível barcos parados. Na imagem, dois homens negros jogando capoeira, um está curvado com um das mãos aberta, o outro a sua frente, está com as mãos no chão e o corpo ao ar, pés para cima. Ambos estão de shorts brancos.
    Capoeira (Salvador, BA), 1955, Pierre Verger 

    No contexto de pós guerra na Europa, em 1946, Verger mudou-se para Salvador, onde viveu a maior parte de sua vida. Encantado pela riqueza cultural da Bahia, ele produziu seu trabalho de maior ênfase, que concentra suas pesquisas culturais africanas, nos aspectos religiosos do candomblé, mais precisamente o Iorubá. Seu interesse pela religião lhe proporcionou uma bolsa de estudos sobre rituais na África. Pierre Verger converteu-se ao candomblé e, em 1953, renasceu como Fatumbi, fato que intensificou seu contato com a cultura africana. No campo da etnografia religiosa, Pierre Fatumbi Verger refletiu em seus trabalhos a história e a herança cultural dos negros e suas diásporas dispersas no mundo. Frente a seu tempo, atribuiu a seu ofício uma tarefa difícil, a de documentar uma cultura distanciada  pelos preconceitos estéticos e culturais da época.

    Imagem representativa do artigo. Pierre Verger está em um cômodo com parede branca e uma porta verde ao fundo. Está sentado de pernas cruzadas.  As mão sobrepostas estão apoiadas na perna. Na mão esquerda ele segura uma bengala de madeira. Seu óculos com armadura preta está repousado na altura da testa. Pierre usa uma camisa com estampa étnica em tons verdes e uma calça tom grafite. No braço direito um relógio de couro.
    Pierre Verger, 1990 , Juan Esteves


    Oito anos, antes de sua morte Verger, inaugura,  em sua própria casa, a Fundação Pierre Verger (FPV) que abriga um centro de pesquisa acerca de sua obra e da cultura negra diaspórica. Em reconhecimento e memorial pelas contribuições fotográficas culturais e baiana, o estado da Bahia promove o concurso nacional que leva seu nome. Em 1996, ele faleceu, deixando um importante  legado como antropólogo e fotógrafo itinerante.

    Confira algumas das produções de Pierre Verger!

    Registro Fotográfico do artista. No centro da foto, um homem negro está dançando com vestes sagradas que o envolve e dá o  movimento de um giro. Na roupa há pedras brancas e retalhos, seu rosto na altura dos olhos, está pintado. No plano de fundo no lado direito dois homens que parecem participar do ritual, no lado esquerdo, um homem encostado na pilastra branca, o outro logo atrás do foco principal também dança.
    Xangô – Ifanhin (Benin), 1950, Pierre Verger
    Registro Fotográfico do artista. Um homem negro com vestes brancas, segurando um pedaço de pau. Ele está centralizado um pouco para direita, ao chão de terra algumas madeiras. Ele está com a feição séria e dirige o olhar para frente.
    Sem título (Mali), 1936, Pierre Verger

    Reprodução fotográfica do artista. Imagem representativa de um culto de iniciação a religião de matriz africana. O personagem negro em foco, está sentado com olhos fechados, seu corpo está envolvido por um pano branco. Um homem à sua esquerda, segura sua cabeça, enquanto o outro posicionado à sua direita, segura uma galinha preta na direção de sua boca. É possível ver manchas de sangue.
    Iniciação – Ifanhin (Benin), 1950, Pierre Verger
    Registro Fotográfico do artista. Silhueta, duas paredes de pedras que compõe toda a imagem. No centro, uma pedra menor, ao lado direito duas mulheres paradas, uma árvore com poucas folhas na esquerda.  A foto está em preto e branco.
    Sikasso – (Malin), 1936, Pierre Verger 
    A imagem mostra um homem da altura de seus ombros a cabeça. Ele porta um adereços carnavalescos com referências ao México. O personagem, está com um grande chapéu que contém franjas na borda, que reflete sombras de linhas verticais no rosto. A camisa de manga branca, com gravata borboleta também branca, há detalhes pretos tanto na gola quanto na manga da camisa.
    Carnaval, Embaixada Mexicana (Salvador, BA), 1950, Pierre Verger  
    Reprodução fotográfica do artista. Um porto de barcos. Alguns barcos espalhados pela imagem, o foco está nas velas.
    Rampa do mercado (Salvador, BA), 1955, Pierre Verger 
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  • Alexandre Martins

    Alexandre Martins retrata com sutileza o cotidiano da cidade de Ouro Preto, desde a década de 1980. Confira a pequena biografia do fotógrafo e fique mais por dentro da história de um carioca que demonstra sua paixão por Ouro Preto através de fotografias em preto e branco.

    :  Foto tirada de baixo para cima, pegando parte do calçamento de pedras do que parece ser uma rua. Ao centro da imagem encontramos mulheres varrendo a rua, na cidade de Ouro Preto. Ao fundo da foto pode-se observar o casario colonial típico da cidade e a igreja de Santa Efigênia.


    Foi por acaso que, em 1980, fazendo um trabalho do curso de Arquitetura, no Rio de Janeiro, que Alexandre Martins se viu de encontro pela primeira vez com a fotografia. Ele nos conta como foi seu primeiro encontro:

    Foi por acaso que, em 1980, fazendo um trabalho do curso de Arquitetura, no Rio de Janeiro, que Alexandre Martins se viu de encontro pela primeira vez com a fotografia. Ele nos conta como foi seu primeiro encontro:

    “Pesquisávamos sobre escolas e, uma das visitas foi ao Colégio São José, na Tijuca. Coube a mim fotografar com uma pequena câmera amadora emprestada por um colega. Quando chegamos no portão do Colégio me deparei com uma escadaria e no alto dela havia uma estátua. Achei imponente e um tanto intimidadora a cena e resolvi fotografá-la. Na hora resolvi me ajoelhar para ficar com o ângulo de visão das crianças que estudavam ali. Naturalmente que a escada e a estátua pareceram maiores e aquilo mexeu comigo: descobri que a fotografia era capaz de comunicar algo com muita força.”

    Alexandre começou a fotografar com uma pequena câmera analógica de uso doméstico, sem saber nada sobre fotografia e sem saber também onde chegaria. Foi lendo, vendo e fotografando, sem grandes pretensões, mas seguindo toda a paixão que havia aparecido. No final de abril de 1981 foi a cidade de Ouro Preto pela primeira vez, em uma viagem de estudos, habitual no curso de Arquitetura “Quando cheguei aqui (Ouro Preto), senti no meu coração: “aqui é meu lugar”. Passei três dias em êxtase fotografando; na verdade, registrando a cidade. Foram cerca de 108 fotografias em negativo colorido. Descobri a fotografia e Ouro Preto, praticamente juntas”, disse Alexandre.

    Quando voltou para o Rio de Janeiro, comprou uma câmera reflex de 35mm, já pensando na viagem seguinte à Ouro Preto, cinco meses depois. As viagens se sucederam, até que em 1985 mudou-se para Ouro Preto. Com o tempo adquiriu câmeras e objetivas melhores e logo descobriu a fotografia com filme preto & branco. Alexandre sempre fez fotos em preto e branco e cor, mas prefere o preto e branco, que até hoje faz exclusivamente por uma câmera analógica, revelando suas fotos em um laboratório do Rio de Janeiro, onde reside e trabalha atualmente. Já para fotos coloridas, ele adotou o uso de uma câmera digital.

    Do ponto de vista pessoal, a fotografia para Alexandre é fundamental como meio de expressão e de encontro com a vida. “Através da fotografia consigo interagir com o entorno e busco essencialmente a presença humana, o gesto de cada um, o corriqueiro cotidiano, especialmente na paisagem urbana, e mais especialmente ainda em Ouro Preto, sempre procurando contar histórias em cada série que produzo”, ele nos fala. Junto com o Coletivo Olho de Vidro, faz uma exposição por ano.

    Alexandre diz que não se preocupa muito com uma foto única, isolada, mesmo que excepcional. Ele se vê mais como um documentarista. Seu anseio é corresponder ao fotografado e reter o seu tempo e o dele, naquele momento do encontro. Recorta imagens, não costuma construí-las artificialmente. Caminha por Ouro Preto e fotografa o que encontra, mesmo que focando em um tema específico, e sempre o mais discretamente possível.

    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.