Categoria: Galeria

  • Erick Dau

     Formado em jornalismo, Erick Dau fotógrafa conflitos sociais no Rio e América Latina.

    Com um olhar atento e comprometido, com a realidade do momento, Erick Dau, é o nome por trás de fotografias tão expressivas que registram, conflitos sociais, recorrentes no Rio de Janeiro e em alguns lugares da América Latina.

    Nascido no Rio de Janeiro, Erick Dau, formou-se em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde cursou também, mestrado e doutorado em comunicação. Trabalhou um tempo como freelancer, e teve fotos, publicadas em jornais nacionais e internacionais. Foi assistente do jornalista Glenn Greenwald, para o The Intercept, no qual trabalhou também como editor de fotografias.  Fotografou para organizações como Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e ONU Mulheres e diversos movimentos sociais. Atualmente, fotografa para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos em Washington, EUA e é membro do coletivo fotográfico Farpa.

    Suas fotografias possuem característica de caráter documental, onde ele sobrepõe um olhar sensível e parafraseando Sontag, atribui importância aos registros sociais no qual compromete retratar.

    Confira abaixo, uma seleção de imagens do trabalho documental de Erick Dau. Os registros são seleções de fotografias retiradas de seu site e do instagram. As legendas que acompanham são compostas por pequenos textos que direcionam ou retratam geograficamente a zona de conflito registrada por ele. 

    Três homens Bolivianos, com roupas tipicas
    Indígenas da Nación Qhara Qhara, da Bolívia, que nesse momento marcham em direção a La Paz, lutando pela restituição de seus territórios ancestrais.

    Senhora Colombiana, posa para foto, ela tem a pele enrugada e cabelos grisalhos amarrados.
    Wayuu

    Mexicano carrega uma tocha e caminha pela rua
    Día de Muertos – Oaxaca, México

    No meio da rua, jovem aparace no centro carregando uma bandeira, ele também carrega uma mochila nas costas. Mais a sua frente, uma multidão de manifestantes.
    A população na rua pra barrar a PEC, e a PM pra defender. Fora PEC, fora Temer.

    Bombeiro apaga incêndio no ônibus
    Cinelândia, depois de algum protesto, em 2014

    Senhor aparece sentado em uma cadeira na calçada, a sua frente um batalhão de soldados marcham, eles aparecem borrados.
    Dia da independência

    Senhor caminha pela rua, atrás em uma porta, está um homem deitado na rua.
    Na Lapa também tem democracia

    Tá achando difícil? Imagina estar em uma solitária num presídio no Chile.

    Menino parado atras de uma brasília,vendendo laticinios.
    Na Lapa também tem laticínios

    E aí, nos conte suas impressões sobre o #galeria de hoje aqui no blog. Assine também nossa newsletter. 


  • Dorothea Lange

    Dorothea Lange

     A vida de Dorothea Lange ilustra a luta pessoal, profissional e as realizações de uma mulher à frente do seu tempo.

    Dorothea Lange foi uma das mais importantes profissionais da fotografia norte-americana. Ficou conhecida pelas imagens da Grande Depressão e da situação dos imigrantes nos Estados Unidos.

    Foto em preto e branco, retrata Dorothea Lange, com uma bandana na cabeça, sentada no topo de um carro com uma câmera fotográfica apoiada na perna direita
    Dorothea Lange in Texas on the Plains, 1932, Paul S. Taylor

    Lange nasceu em Hoboken, uma pequena cidade de Nova Jersey, em maio de 1895, em uma família de imigrantes alemães. Passou a se interessar por fotografia após o abandono do pai, quando tinha 12 anos.

    Na Universidade de Columbia, Nova York, entrou de cabeça no universo fotográfico e começou a trabalhar como aprendiz em diversos estúdios da cidade. Em 1918 se mudou para São Francisco, na Califórnia, onde abriu o próprio negócio. Na mesma época, se casou com o primeiro marido, o pintor Maynard Dixon, com quem teve dois filhos.

    Com a crise de 1929, passou a fotografar as ruas. Seu talento nato e sua temática de desempregados e moradores de rua, chamou a atenção de fotógrafos mais experientes, o que a levou a trabalhar para a “Farm Security Administration” (FSA), um programa criado pelo governo para promover o desenvolvimento de áreas agrícolas americanas, para combater a crise.

    Durante seu trabalho com o governo, que durou entre 1935 e 1941, retratou o sofrimento dos pobres, dos esquecidos, dos desempregados e, principalmente, das famílias rurais deslocadas e dos trabalhadores imigrantes. Suas imagens eram distribuídas gratuitamente a jornais de todo o país, o que fez com que suas fotografias extremamente representativas e impactantes ficassem cada vez mais conhecidas.

    A fotografia mais conhecida deste período é a “Migrant Mother” (“Mãe Imigrante”), um dos mais icônicos registros da fotografia, a qual retrata uma imigrante chamada Florence Owens Thompson com três de seus sete filhos. É o símbolo da Grande Depressão, o pior e mais longo período da recessão econômica do século XX.

    Faleceu em 1965. Durante os últimos anos de vida, enfrentou diversos problemas de saúde. Hoje, mais de cinco décadas após sua morte, toda sua obra é cada vez mais celebrada e estudada nas universidades do mundo todo.

     
    Foto em preto e branco, retrata uma mulher com uma mão no rosto, carregando um de seus filhos, e com os outros dois, cada um de um lado, apoiando as cabeças nos seus ombros com os rostos escondidos
    Migrant Mother, 1936, Dorothea Lange

    Foto em preto e branco, retrata a parte de trás de um carro vista de fora, com duas crianças na parte de trás olhando para a câmera e uma mulher sentada na frente olhando para a frente
    Cars on the Road, 1936, Dorothea Lange

    Foto em preto e branco, retrata uma menina, virada para a frente, com expressões sérias
    Damaged Child, 1936, Dorothea Lange
    Foto em preto e branco, mostrando uma família em uma rodovia de terra, com o pai na frente, usando um chapéu, puxando um carrinho cheio de coisas com uma menina sentada em cima. Mias atrás, vê-se a mãe andando de mãos dadas com uma menina, que dá a outra mão para o irmão, e um pouco mais atrás, um menino de chapéu empurrando outro carrinho com coisas em cima
    Family Walking on Highway – Five Children, 1938, Dorothea Lange
    Foto em preto e branco, retratando uma mulher, em um campo aberto, com uma mão no pescoço e a outra na testa, com uma expressão de cansaço e tristeza
    Woman of the High Plains, 1938, Dorothea Lange

    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

    Links, Referências e Créditos

    Como citar essa postagem

    COSTA, Clara. Dorothea Lange. Cultura Fotográfica. Publicado em: 9 de set. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/galeria-dorothea-lange/. Acessado em: [informar data].

     
  • Bernd e Hilla Becher

    Bernd e Hilla Becher ficaram conhecidos por suas fotografias de instalações industriais, minimalistas e documentais.

    Bernd e Hilla Becher foram um casal de fotógrafos alemães, que se dedicaram a registrar instalações de indústrias que estavam sumindo da Europa.
    Um homem e uma mulher idosos encaram a câmera um ao lado do outro.
    Bernd e Hilla Becher, Autoria não identificada.
    Descrição: foto em preto e branco de um casal de idosos encarando a câmera com uma expressão tranquila. Atrás deles há um muro de tijolos.
    Bernd nasceu em Siegen, cidade da Alemanha Ocidental, onde a mineração de carvão era uma importante atividade econômica. Nesta cidade haviam diversas instalações industriais, pelas quais o jovem era fascinado. Na entrevista para a revista Zum, ele conta que conseguia fotos dos prédios com pessoas que trabalhavam nas indústrias. “Quando as instalações eram modificadas – modernizadas – ou fechadas, quando os escritórios eram desmanchados, ninguém mais queria as fotos. Queriam se livrar da imagem do século 19. Eu gostava daquelas fotos enormes, feitas por contato, que representavam as instalações com tanta precisão.”
    Hilla nasceu em Potsdam, na Alemanha Oriental. Começou a experimentar a fotografia por volta dos doze, treze anos, utilizando materiais antigos e embolorados, às vezes comprados clandestinamente. Mais tarde se tornou aprendiz de Walter Eichgrun, antigo fotógrafo da corte prussiana em Potsdam, para se profissionalizar. Assim como Bernd, Hilla também se interessava por fotografias de estruturas. Ela conta que passeava pela região portuária de Hamburgo fotografando objetos como guindastes. Nos anos cinquenta, Hilla fugiu para a Alemanha Ocidental, onde conheceu Bernd na agência de publicidade Trost, enquanto ambos ainda estudavam fotografia/pintura. Eles acabaram se casando em 1961.
    A parceria entre os dois veio do casamento aliado ao interesse em comum por fotografar indústrias. O projeto inicial era registrar instalações e depois juntar as fotos em montagens e colagens. Ao colocar as imagens lado a lado, as individualidades de cada objeto eram realçadas, mesmo que, à primeira vista, fossem muito parecidos.
    série de fotos de prédios industriais em preto e branco
    Bernd e Hilla Becher, Coal Bunkers (1966, 1999).
    Descrição: série de fotografias em preto e branco de antigas instalações industriais.

    Um fator que incentivou o projeto foi o fato de que muitas daquelas estruturas estavam desaparecendo com o progresso. Segundo Bernd eles sentiram o ímpeto de registrar essas instalações, não só na Alemanha, mas em outros países europeus, como França, Bélgica, entre outros.
    No começo o trabalho de Bernd e Hilla foi mais associado às artes plásticas, já que as fotografias dos Becher, frias e documentais, não eram vistas como uma visão artística das indústrias, nem como uma visão de mundo. O ideal de fotografia da época, que era fotografar o “belo”, o idealizado, não combinava com o projeto dos Becher.

    Série de fotos de prédios industriais em preto e branco.
    Bernd e Hilla Becher, Coal Bunkers (1974).
    Descrição: série de fotografias em preto e branco de antigas instalações industriais.

    Boa parte das fotografias dos Becher foram publicadas em livros, já que este seria o meio ideal para apreciar tanto os detalhes de cada foto, mas também o efeito das montagens. O primeiro livro foi o “Esculturas Anônimas” publicado em 1970.

    Na entrevista da Revista Zum, o casal comenta que buscaram fotografar de forma mais neutra possível, de forma a não glorificar ou depreciar, mas a documentar detalhes dessas instalações que foram aos poucos desaparecendo. Eles também comentam que sempre procuraram registrar estruturas que se encaixam no pensamento industrial, fugindo por exemplo dos castelos, dos prédios românticos e góticos, etc.

    Série de fotos de prédios industriais em preto e branco
    Bernd e Hilla Becher, Pitheads (1974).
    Descrição: série de fotografias em preto e branco de antigas instalações industriais.

    As fotografias de Bernd e Hilla Becher são um registro documental muito importante do que um mundo foi durante uma época.

    Instalação industrial em preto e branco.
    Bernd e Hilla Becher (1966).
    Descrição: foto de uma antiga estrutura industrial que se assemelha a um guindaste.
    Instalação industrial em preto e branco.
    Bernd e Hilla Becher (1984).
    Descrição: instalação industrial antiga formada de vários tubos.

    Você já conhecia o trabalho dos Becher? Já experimentou fotografar as edificações da sua cidade como eles fizeram? Comente com a gente!

  • Steve McCurry

    Steve McCurry

    Steve McCurry, fotógrafo que ficou famoso pela National Geographic, possui dezenas de fotos em capas de revistas e livros.

    Steve McCurry nasceu no subúrbio da Filadélfia, nos Estados Unidos, em 1950. Estudou Artes e Arquitetura na Universidade do Estado da Pensilvânia. No início dos anos 1970, viajou para Índia, onde, aperfeiçoou seu estilo fotográfico. Em 1979 foi para o Afeganistão cobrir o conflito na região.

    Legenda: Steve McCurry em exposição. Hamburgo,2013 – GETTY IMAGES

    Descrição: vemos ao centro da fotografia o próprio fotógrafo Steven McCurry. Do seu lado direito podemos ver a sua fotografia mais famosa, Menina Afegã, e atrás vemos a modelo da foto, em uma fotografia mais recente.

    Em 1984, McCurry estava fotografando em um campo de refugiados no Paquistão, até que uma jovem lhe chamou sua atenção. O retrato da jovem, batizado de “Menina afegã”, apareceu na capa da revista National Geographic, em 1985. A imagem mostra o rosto de Sharbat Gula, uma jovem de apenas 12 anos, que havia perdido seus pais em um bombardeio no Afeganistão.  Seus olhos verdes muito vívidos, olhando diretamente para a câmera fotográfica são marcantes. Esta fotografia tornou-se um símbolo situação dos refugiados, e é uma das imagens mais conhecidas mundialmente. Porém, Sharbat Gula foi muito discriminada por ser fotografada. Já disse em entrevistas que isso trouxe muita vergonha para o marido e filhos e que só após duas décadas teve o conhecimento da fotografia e sua repercussão no mundo. Ao ser revelada para o mundo, violou-se a cultura e a tradição islâmica. Mas, vale ressaltar que, ela também destaca que a foto contribuiu para a criação de um fundo para ajudar no programa de educação para mulheres e crianças afegãs, o que é algo bom.

    Legenda: Afghan Girl – Steve McCurry

    Descrição: Vemos no centro da imagem uma adolescente, com um tecido marrom envolto sobre a sua cabeça. A adolescente possui olhos verdes oliva muito vívidos, que olha diretamente para a lente da câmera.

    Steve McCurry é um dos grandes fotógrafos da história, que na atualidade, ainda continua trabalhando. O que chama atenção no conjunto do seu trabalho é o modo de retratar com tanta humanidade. Os olhos em seus retratos, são sempre marcantes.  Recentemente, esteve envolvido em polêmicas sobre manipulação de imagens. McCurry declarou-se desde então não ser um fotojornalista, mas um contador de histórias visuais.

    Legenda: Linguagem silenciosa das mãos – Steve McCurry

    Descrição: Vemos uma criança com cabelos loiros, olhos verdes e com as mãos em posição militar, olhando diretamente para a lente da câmera. 

    Legenda: Série confiança sagrada , Afeganistão – Steve McCurry

    Descrição: Uma criança com aparência suja do que parece ser fuligem, abraçada a perna de um adulto que veste um macacão amarelo.

    Legenda: Retratos, Brasil – Steve McCurry

    Descrição: vemos uma criança na janela de um carro de aparência antiga na cor azul. A criança olha diretamente para a câmera com um sorriso tímido. Ao fundo vemos um adulto dirigindo.

    Legenda: Série após o escuro. Sicília, Itália – Steve McCurry

    Descrição: Ao centro da imagem vemos uma ruela, e o chão encontramos velas posicionadas em forma de cruz. Ao redor das velas, podemos encontrar flores.

    Legenda: Retratos. Oaxaca, México – Steve McCurry

    Descrição: Vemos um homem no canto esquerdo da fotografia, com o rosto pintado com a tradicional máscara da caveira mexicana da comemoração dos dia dos mortos. Ao fundo,vemos o que parece ser um cemitério, cheio de pessoas levando oferendas aos túmulos.

    Você pode ler sobre uma técnica muito utilizada nas fotografias de Steve McCurry AQUI!

    Nos diga qual sua imagem preferida do fotógrafo, siga nosso Instagram e participe!

    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

    Links, referências e créditos

    FORIN JÚNIOR, Renato. BONI, Paulo César. A globalização da exlusão social por meio da fotografia. Estudos em Jornalismo e Mídia Vol. III No 1 – 1º semestre de 2006.
    Disponível em: Periódicos UFSC
  • Dia Mundial da Fotografia

    Dia Mundial da Fotografia

    Fizemos uma curadoria de lives para te contar como foi comemorado o Dia Mundial da Fotografia nas redes sociais.

    Já imaginou um mundo sem câmeras?

    Isto, felizmente, não é uma realidade e, por isso, nesta quarta-feira (19/08) foi comemorado o Dia Mundial da Fotografia, data que marca a apresentação no Instituto de França de um dos aparelhos, o Daguerreótipo, que possibilitou que o mundo desfrutasse desse processo mágico que resulta ao mesmo tempo em registro e arte e que é uma maneira que nós do Cultura Fotográfica encontramos para nos expressar. Dessa forma, resolvemos estender nossas homenagens à essa nossa paixão por toda a semana, com posts especiais sobre o assunto, mas não deixamos de prestigiar outros blogs, canais e perfis de Instagram que também comemoraram a data, produzindo ótimos conteúdos que compartilharemos agora com vocês. Cada membro de nossa equipe escolheu uma das lives que assistiu nesta semana para compartilhar com vocês na lista abaixo.

    Imagem de Shutterbug75 por Pixabay

    Ana Carolina – Festival de fotojornalismo de Brasília (Foto BSB) – Representações do Feminino na Mídia

    Em uma live de 1 hora de duração no Youtube, Zuleika de Souza mediou uma conversa com a filósofa Marcia Tiburi e a jornalista Daniela Nahass, em que as três discutiram como os meios de comunicação representam a imagem das mulheres, principalmente daquelas em espaços de poder, através da análise de fotos de líderes políticas, em que elas foram retratadas como loucas ou descontroladas. Além de discutir o papel da mulher na sociedade e na política, a live também te faz pensar em como a fotografia contribui para manutenção de estereótipos e preconceitos. 

    Clara: Museu da Fotografia de Fortaleza – A Fotografia e o Labirinto do Teseu

    O Museu da Fotografia de Fortaleza realizou várias atividades que registraram a importância e relevância local do Dia Mundial da Fotografia. As homenagens retrataram as habilidades e a importância no fazer fotográfico produzido por artistas de todo o país.

    A live “A Fotografia e O Labirinto de Teseu”, com o fotógrafo Luiz Santos abordou os caminhos da linguagem fotográfica, desde seu início à fotografia de telefone. A live provocou no público a reflexão sobre a fotografia na contemporaneidade.

    Como uma forma de comemorar a data e celebrar essa maravilhosa arte, o Museu de Fotografia Fortaleza divulgará o resultado do primeiro “Concurso de Fotografia de Celular MFF”. A exposição poderá ser conferida entre os dias 24 a 28 de agosto no perfil do MFF no Instagram.

    Daiane: Festival de Fotojornalismo de Brasília (Foto BSB) – Série Encontros: Ana Carolina Fernandes (RJ) e Walter Firmo (RJ)

    Esta live não tratou do Dia Mundial da Fotografia, mas foi ótimo ter tido a oportunidade de assistir a conversa entre dois fotógrafos que eu adoro e até me fez voltar a ver o lado bom dessa proliferação de eventos online dos últimos meses, a qual, para ser sincera, já se tornou cansativa para mim. O encontro entre Ana Carolina Fernandes e Walter Firmo aconteceu às 21h30min desta quarta-feira e foi possível ver ambos os fotógrafos discutindo e explicando suas próprias obras, contando sobre o trabalho de fotojornalista, examinando os aspectos do jornalismo atual, além de uma prévia do livro que Walter Firmo está escrevendo.

    Kaio: Lives da Revista ZUM

    A revista Zum é uma publicação do Instituto Moreira Salles dedicada integralmente à fotografia. Nesse mês de Agosto, foi lançada uma edição super especial, gratuita e online e para o lançamento, várias lives foram promovidas – a última delas nesse último dia 19, Dia Mundial da Fotografia – explorando alguns dos conteúdos da edição com seus autores e artistas envolvidos. As 4 lives estão disponíveis no canal da revista no youtube, é possível assistir na playlist acima.

    Marcelo: Eduardo Tropia – Live com Roberto Faria

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    Uma publicação compartilhada por Eduardo Tropia (@eduardo_tropia) em

    Oi, sou o Marcelo e estou aqui para recomendar uma dentre as várias lives que assisti e que gostei muito!!

    Eduardo Tropia durante o mês de agosto, está fazendo em seu perfil do Instagram uma série de lives com fotógrafos de todo Brasil para comemorar o mês da fotografia.

    Uma das lives é com o fotógrafo baiano Roberto Faria, que exalta em suas fotografias a identidade do estado da Bahia, entre outros estados do nordeste do Brasil. Roberto Faria também já fotografou para capas de álbuns de alguns cantores baianos, como  a do álbum Ori de Luiz Caldas.

    Vale a pena conferir a conversa, onde, o fotógrafo convidado comenta sobre uma série de fotos feitas durante todos os anos de profissão.

    Pedro: Eduardo Tropia – Live com Walter Firmo

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por Eduardo Tropia (@eduardo_tropia) em

    Para comemorar o dia mundial da fotografia, o fotógrafo ouropretano, Eduardo Tropia, convidou Walter Firmo para conversar em uma live no Instagram. Walter, que é um dos grandes nomes da fotografia nacional, comentou sobre algumas de suas fotos, contando desde como elas foram feitas às histórias por trás delas, e falou também um pouco sobre sua história de vida. A live teve um clima descontraído e irreverente, com uma pegada papo de bar. Se você gosta de fotografia, com certeza deveria dar uma olhada nessa excelente conversa.

    Encerramos a semana da fotografia com essa seleção. É muito bom poder compartilhar nossa paixão pela fotografia aqui no blog em qualquer dia do ano, mas foi mais especial nesta semana. Por essa razão, tentamos transmitir o carinho que temos por fotografar, ver fotografias ou apenas ouvir falar sobre. Esperamos que tenhamos alcançado nosso objetivo.

    #leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhece

    Como citar essa postagem

    COSTA, Clara. Dia Mundial da Fotografia. Cultura Fotográfica. Publicado em: 21 de ago. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/dia-mundial-da-fotografia/. Acessado em: [informar data].

  • Fotos que nos inspiram: Dia mundial da fotografia

    Hoje é o dia Mundial da Fotografia,  e também completamos 100 publicações, por isso o Cultura Fotográfica, preparou uma #galeria um pouco diferente, com fotos que nos inspiram. Confira!

    Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851). Litografia / Acervo da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos

    No dia 19 de agosto comemora-se em todo o mundo, o dia mundial da fotografia. A escolha da data, para celebrar as diversas possibilidades de concepção dessa arte, é uma homenagem à invenção do daguerreótipo. Aparelho precursor das câmeras fotográficas, desenvolvido pelo francês Louis Daguerre, em 1837, tendo como base os estudos de Joseph Niépce, criador do héliographie, anos antes.  O motivo de escolha desta data, é que em 19 de agosto de 1839, a Academia Francesa de Ciências patenteou e noticiou em todo o mundo esta nova invenção. No mesmo ano em que o daguerreótipo ganhou fama, foi desenvolvido o calótipo, uma outra técnica de captura de imagens, elaborado por William Fox Talbot. E devido às notáveis invenções, o ano de 1839 foi aclamado como o ano referência da invenção da fotografia.
    Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851). Litografia / Acervo da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos

    E é por isso, que hoje decidimos homenagear esse dia de um modo bastante subjetivo. Todo mundo já se viu, impressionado ou impactado por uma imagem, não é mesmo?  Afinal, pela fotografia contamos histórias, paralisamos um breve momento e internalizamos nela a arte. Por isso, nossa equipe optou em realizar essa manifestação em conjunto. Foi proposto a nossa equipe, que cada um escolhesse uma fotografia que de algum modo lhe cause algum sentimento e fizesse um pequeno relato sobre a importância ou significado da imagem para ela.

    E então, sem mais delongas, confira essa seleção de imagens!

    Quatro homens negros trabalhando em condições precárias, sobre todas de madeiras fixadas nas paredes de pedra, amarradas por cordas e grossas correntes.
     Marc Ferrez, escravos em mina subterrânea,1888

    Tenho uma forte ligação afetiva e familiar com Passagem de Mariana, um dos distritos da cidade de Mariana, Minas Gerais. Nele, existe a Mina da Passagem, uma das maiores minas subterrâneas abertas a visitação no estado, local onde foi tirada a fotografia. Fico imaginando quem seriam esses escravizados trabalhando na mina. Será que eram meus antepassados? Perguntas que permeiam por minha mente e trazem um misto de sensações. (Marcelo Gonçalves
    Uma mulher vestida com roupas de aviadora do anos 40 olha para o céu enquanto aviões passam.
    Nickolas Murray – Soldiers of the Sky, 1940

    Comprei recentemente o livro “The Photography Book” e fiquei fascinada por esta fotografia de Nickolas Murray cujos aviões inicialmente me roubaram a atenção por seu aspecto irreal, como se eles, as nuvens e tudo acima da mulher tivessem sido pintados no teto de um estúdio. A quantidade e a altura a que voam pode ser inimaginável para quem nunca viveu o contexto de guerra. Depois de alguns dias voltando ao livro, porém, comecei a reparar na aviadora que, com sua maquiagem intacta em uma beleza e juventude eternizadas, me remeteu ao glamour hollywoodiano da época. Assim, objetos tão diferentes como os aviões e o batom vermelho da aviadora passaram a ter uma conexão na minha mente, porque separados eles comporiam apenas uma fotografia de guerra ou uma fotografia de moda, respectivamente, mas juntos eles se tornaram uma propaganda irrefutável do heroísmo simulado do American Way of Life, me lembrando de que as fotografias transformam realidades em conceitos. (Daiane Maciel)
    A foto retrata uma rua estreita, cercada de prédios altos. No final da rua é possível ver apenas uma luz muito forte. No terceiro andar de um dos prédios pode-se ver uma janela, onde deus mulheres observam o fotógrafo.
    Eugène Atget, Vieille Cour, 22 rue Quincampoix,  1908
    Não sei se  é o fim da pequena ruela, que parece acabar em um infinito, ou se são os olhares curiosos das duas mulheres no segundo andar, mas essa foto me fascina, quando olho para ela me vem na cabeça uma jornada na qual não sei para onde vou, ou algo que contemplo, sem saber ao certo o que é. (Pedro Olavo)

    A foto mostra uma bailarina clássica segurando uma bandeira do Chile,  dançando em frente a veículos da polícia militar.
    María Paz Morales – Bailarina em frente a carros da policia. Marcha no Chile, 25 de outubro.

    Essa foto foi tirada durante os protestos que aconteceram no Chile em Outubro de 2019, quando o povo chileno foi às ruas para cobrar melhores  condições de vida.  A fotógrafa María Paz Morales fotografou Catalina Duarte, uma bailarina do Teatro Municipal de Santiago que, portando uma bandeira chilena, dançou em frente aos carros da polícia no ponto de encontro dos manifestantes. Essa foto me impactou desde o primeiro momento em que a vi, pois mostra a arte como meio de comunicação, de protesto e sensibilização. (Kaio Veloso)

     Temos os quatro integrantes da banda Beatles em cima da cama, em uma guerra de travesseiros.
    Harry Benson, 1964

    Essa foto dos Beatles foi tirada por Harry Benson, um famoso fotógrafo de celebridades, durante uma guerra de travesseiros da banda em um hotel de Paris. Não sei dizer o que exatamente me comove nessa imagem. Se é a simplicidade do momento em si, ou se é ver essa banda, que foi um fenômeno mundial, em um momento tão familiar e amigável. Como uma grande fã do trabalho dos Beatles, acho sempre muito bacana poder ver os músicos em momentos tão descontraídos, diferente da foto da capa do Abbey Road, por exemplo, que é uma foto muito marcante, mas não espontânea. (Clara)
    quatro homens atravessam uma faixa de pedestres em fila indiana.
    Capa do álbum “Abbey Road” (1969) do fotógrafo Iain Macmillan

    Essa capa é uma das fotos mais icônicas do século. Eu adoro a estética retrô das roupas e dos carros e o fato de que é muito fácil recriá-la com seus amigos. E os fãs terem feito teorias da conspiração sobre se Paul McCartney estaria morto e encontrado simbolismos nas roupas que Os Beatles estavam usando só torna a foto mais fascinante para mim. (Ana Carolina)

    Joaquim Riachão, o "cantador do sertão", sentado sobre uma mureta de pedra, em frente à casa, tocando sua flauta.
    Joaquim Riachão, o Contador do Sertão, Chapada da Diamantina, Igatu BA. Zé de Boni, 1988

    Entre registro do instante e a história por trás dos momentos, a fotografia torna-se uma arte que eterniza, registra situações que diz muito sobre a visão do fotógrafo sobre o mundo. Fotografia é arte, mas também um ato político, ela é capaz de recriar experiências vividas e reconta-las a quem as observa. Essa fotográfica ao meu ver tem um ar de abstrato, e ao mesmo tempo te leva imergir na cena. (Joana Rosário)

    Agora é com você! Poste no seu instagram uma fotografia com a tag #fotografiaqueinspiradia19 e vamos eternizar juntos mais um aniversário da fotografia. 

    Referências 

    • Brasiliana Fotográfica
    • Enciclopédia Itau cultural
    • MENINO e Rodinha. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. 
      ISBN: 978-85-7979-060-7 Acesso em: 18 de Ago. 2020. Verbete da Enciclopédia.  Disponível em <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra65453/menino-e-rodinha>. 
  • Diane Arbus

    Diane Arbus

    Conhecida por suas imagens em preto e branco, Diane Arbus construiu suas obras com imagens de pessoas dadas como “incomuns” da sociedade.

    Diane Arbus nasceu em Nova York, em 1923, em uma família de classe alta judia, sendo a segunda de três filhos. Casou-se muito cedo, com o fotógrafo Allan Arbus, com quem aprendeu a gostar de fotografia e começou uma agência, que rendeu diversos trabalhos publicados em grandes revistas de moda e publicidade.

    Foto em preto e branco, retrata Diane Arbus, uma mulher magra de cabelo curto, segurando sua câmera, com o rosto virado levemente para sua direita
    Diane Arbus, Roz Kelly

    Porém, renunciava as imagens que tais revistas mostravam com uma visão de um mundo quase perfeito. Em 1959, deixa de ser assistente do marido, sai das revistas de moda e passa a fotografar imagens menos convencionais com sua câmera Rolleiflex.

    Movida por suas indagações, a fotógrafa cria sua marca ao registrar pessoas marginalizadas pela sociedade, como: travestis, homossexuais, prostitutas, pessoas com problemas psiquiátricos, com deformações físicas, etc. Sua preocupação nunca foi fazer fotos perfeitas, mas sim com o impacto que tais fotos iriam causar na sociedade. Chegou a fotografar para a “The New York Times Magazine” e outras revistas relevantes da década de 1960.

    Sua carreira decolou, mas em contrapartida, sua vida pessoal estava indo de mal a pior. Acabou se separando do marido e entrou em uma forte depressão.

    No final da década de 1960, Arbus havia construído uma carreira respeitada, passando a ensinar fotografia na Parsons School of Design, na cidade de Nova York, e na Rhode Island School of Design, em Providence, Rhode Island.

    Em 1971, aos 48 anos, Diane Arbus tirou a própria vida, devido a depressão que enfrentou em um grande período de sua existência. Suas fotografias até hoje são reverenciadas por fotógrafos de todo o mundo, virando um grande exemplo, que quebrou vários tabus.

    Confira alguns dos trabalhos da fotógrafa:

    Foto em preto e branco, retratando pessoas com deficiência vestidas de fantasias feitas a mão, com máscaras e varinhas, ao ar livre
    Untitle (49), 1970-71, Diane Arbus
    Foto em preto e branco, de um menino sério, usando terno com alguns broches, segurando uma bandeira dos Estados Unidos, e usando um chapéu feito de canudos
    Boy With a Straw Hat Waiting to March in a Pro-War Parade, 1967
    Foto em preto e branco, com três pessoas. Uma menina de maiô, outra rindo olhando para cima, e a outra de pé, com as mãos apoiadas no chão, olhando para trás
    Untitled (6), 1970-71, Diane Arbus
    Foto em preto e branco, retratando um homem, com rolos no cabelo,  segurando um cigarro na mão olhando para a frente
    A Young Man in Curlers at Homem on West 20th Street, 1966, Diane Arbus
    Foto em preto e branco, mostrando um homem anão, em um quarto sentado na cama, sem camisa, com uma toalha na cintura e um chapéu na cabeça. O homem também tem um bigode e apoia o cotovelo esquerdo na cabeceira da cama enquanto sorri olhando para a frente
    Mexican Dwarf in his Hotel Room, 1970, Diane Arbus
    Foto em preto e branco, retratando um menino com uma camiseta e um macacão, olhando para a frente com uma granada na mão em um parque
    Child with Toy Hand Grenade in Central Park, 1962, Diane Arbus
    Foto em preto e branco, dentro de uma casa, na sala, com um casal idoso, olhando para um homem gigante
    Jewish Giant at Home with his Parents in the Bronx, 1970, Diane Arbus
    Foto em preto e branco, mostrando duas meninas gêmeas, de vestidos iguais e uma tiara na cabeça. A da direita sorri, a da esquerda está com o rosto fechado
    Identical Twins, 1967, Diane Arbus
    Foto em preto e branco, retratando um homem nu, em um quarto, com seu órgão genital escondido entre as pernas
    A Naked Man Being a Woman, 1968, Diane Arbus
    Foto em preto e branco, com um homem olhando para a câmera, sem camisa, com o corpo todo tatuado
    Tattooed Man at a Carnival, 1970, Diane Arbus
    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

    Links, Referências e Créditos

    • https://blog.emania.com.br/mulheres-na-fotografia-diane-
    • arbus/https://fhox.com.br/blogs/excentrica-fotografia-de-diane-
    • arbus/https://www.sleek-mag.com/article/diane-arbus-best-photographs/

    Como citar essa postagem

    COSTA, Clara. Diane Arbus. Cultura Fotográfica. Publicado em: 12 de ago. de 2020. Disponível em: https://culturafotografica.com.br/galeria-diane-arbus/. Acessado em: [informar data].

     
     

     

  • Alberto Korda

    Alberto Korda

    Conheça mais do fotógrafo consagrado por seu icônico retrato de Che Guevara na #galeria dessa semana!
     

     

    É bastante provável que você já tenha visto a foto que estampa a chamada desta #galeria por aí, em algum folheto, bandeira, pichação, camiseta, adesivo… O retrato de Che Guevara, tirado quase por acaso no dia 5 de março de 1960, durante uma cerimônia em memória às vítimas da explosão de um barco que levava armamentos para a Revolução Cubana, enquanto Korda fazia fotografias para o jornal Revolución. A imagem só se tornou um “viral” em 1968, após o assassinato de Guevara. Foi quando o editor italiano Giacomo Feltrinelli a transformou em cartazes distribuídos pelas ruas européias. 

    Alberto Korda é visto segurando uma câmera Nikon com as mãos, com o olhar fixado na lente que o fotografa. Veste blusa de botões e um relógio no pulso esquerdo. Olheiras embaixo dos olhos, rugas em sua testa, cabelos ralos e barba grisalha indicam sua idade já avançada. O fotógrafo tem a sobrancelha direita arqueada.
    Autor Desconhecido. Retrato de Alberto Korda

    Lembrado hoje como o responsável por aquela que é possivelmente a foto mais reproduzida da história, Alberto Korda nasceu em Havana, capital de Cuba, em 1928, e começou a trabalhar com fotografia fazendo registros de casamentos, aniversários e batizados. Não escondeu o fato de ter começado a trabalhar com fotografia de moda e publicidade para conhecer mulheres bonitas. Na verdade, o plano parece ter dado certo já que foi casado com uma modelo. Mas foi após se deparar com uma menina pobre fazendo de um pedaço de madeira a sua boneca que decidiu se aliar à ideologia socialista que dizia lutar contra aquele tipo de desigualdade, tornando-se o fotógrafo pessoal de Fidel Castro.  Trabalhando para o então presidente de Cuba, Korda buscou mostrá-lo em momentos de intimidade e simpatia, humanizando-o e assim, buscando desconstruir a imagem autoritária que o líder tinha nos demais países.

    A modelo Norka é vista ao lado esquerdo da imagem, voltada para o lado direito, com a coluna jogada para trás e o olhar baixo acompanhando a inclinação do pescoço. Seu vestido é de renda branca. No cenário há uma bancada escura com dois jarros de vidro sobre ela e ao fundo, uma parede de tijolos brancos com um candelabro fixado.
    Alberto Korda. Norka, 1956
    Uma mulher usando vestido preto com bolinhas brancas, brincos e luvas brancas aparece segurando um cigarro com os dedos da mão direita. Está soprando fumaça pela boca e seu olhar, com ares de desafio, está voltado para baixo, encara a roleta de um jogo de azar. À sua frente é mostrado, parcialmente e à esquerda da imagem, um homem trajando terno e a encarando. Ao fundo, outro homem trajando terno observa ambos. É possível ver que há outras pessoas no ambiente e um lustre pendendo do teto do local.
    Alberto Korda. Capa do ‘Diario de la Marina’. 1958.
    Uma menina é vista segurando um pedaço de madeira como se fosse uma boneca.Seu vestido é simples e tanto o pano quanto seu rosto aparecem sujos. A menina encara a câmera com expressão triste e é possível ver lágrimas em seus olhos.
    Alberto Korda. A Menina com a Boneca de Madeira, 1958
    Um homem com roupas simples e chapéu é visto sentado no topo de um poste de luz. Abaixo dele há uma aglomeração de pessoas que comemoram o aniversário da Revolução Cubana.
    Alberto Korda. El Quijote de La Farola, 26 de julho de 1959
    Fidel Castro é visto usando camisa de botão, casaco e boné olhando para uma criança em um carrinho de bebê. Uma mulher é vista parcialmente à esquerda da imagem sorrindo e segurando o carrinho e outras pessoas são vistas no ambiente, dentre as quais um policial sorrindo enquanto olha Fidel Castro. A cena se passa no Central Park na cidade de Nova York.
    Alberto Korda. No Zoológico no Bronx , New York. 24 de Abril de 1959.
    Descrição: Fidel Castro é visto sorridente em uma sala com várias mulheres, estrelas da rádio em Nova York.
    Alberto Korda. Fidel Castro e as rainhas da rádio em Nova York. 22 de Abril de 1959
    Fidel Castro é visto discursando em um ponto elevado de um salão em forma de cúpula. À sua frente e ao redor há diversas pessoas, majoritariamente homens.
    Alberto Korda. Fidel Castro discursando no Central Park, New York. 24 de Abril de 1959
    Homens e mulheres são vistos em uma rua protestando contra a visita de Fidel Castro nos Estados Unidos. Seguram cartazes onde lê-se, em tradução livre: "Nós não gostamos de barbas / Barbeiros da América" e "Fidel Castro está traindo o povo de Cuba para Moscou!"
    Alberto Korda. Protestando contra a visita de Fidel Castro aos E.U.A, Washington. 16 de Abril de 1959.
    Homens e mulheres são vistos em uma rua segurando bandeiras da República Dominicana indicando sua nacionalidade. Trata-se de um ato de apoio à visita de Fidel Castro aos Estados Unidos.
    Alberto Korda. Dominicanos exilados apoiando a visita de Fidel Castro aos E.U.A, Washington. 16 de Abril de 1959.
    Manifestantes pró-cuba são vistos em uma rua. O ângulo indica que a imagem foi tirado de um ponto alto e provavelmente distante. É possível ver a multidão concentrada na parte superior da imagem enquanto na inferior há policiais. Um dos quais está com os braços estendidos e traz um bastão na mão direita, provavelmente tentando conter os manifestantes.
    Alberto Korda. Manifestantes pró-Cuba no Harlem, Nova York. Setembro de 1960.
    Che Guevara é visto contra um fundo branco usando um casaco e sua boina tradicional com os cabelos compridos e bagunçados surgindo debaixo dela. Seu olhar está voltado ao horizonte ao lado esquerdo na imagem. É possível ver um outro homem de perfil parcialmente ao lado esquerdo da imagem e uma planta ao lado direito.
    Alberto Korda. El Guerrillero Heroico (versão sem corte). 1960.
    Uma garota é vista em posição militar, vestindo camisa e boina segurando um rifle com a mão esquerda. Seu olhar está voltado para o lado direito da imagem e sua expressão é séria.
    Alberto Korda. A Miliciana. 1962.

    Gostou da #galeria dessa semana? Diz pra gente qual fase dos trabalhos de Alberto Korda você gostou mais lá no nosso grupo de discussão no Facebook!

    Referências:

    PALMA, Tiago. Como foi tirada a icónica (e influente) foto de Che Guevara. Observador, Lisboa, 09 de 0ut. de 2017. Disponível em <https://observador.pt/2017/10/09/como-foi-tirada-a-iconica-e-influente-foto-de-che-guevara/>. Acesso em: 28 de abr. de 2020

    Links:

    Conheça mais do fotógrafo consagrado por seu icônico retrato de Che Guevara na #galeria dessa semana!

    (mais…)

  • Fati Abubakar e a fotografia documental de Bordo

    Conheça o trabalho documental e social “Bits of Borno” (Pedaços de bordo) da fotógrafa Fati Abubakar!

    Nascida em Maiduguri, estado de Bordo, Nigéria, a assistente social e fotógrafa documentarista Fati Abubakar, concentra seu trabalho no registro de cidades e vilas a partir da perspectiva de saúde. Destacando o que há de negativo e positivo nas diferentes comunidades.  
    Suas fotografias têm como foco documentar culturas, tradições, conflitos, pobreza, e desenvolvimento urbano. Mas para além disso, é notável um  interesse especial: o de desenvolver contra narrativas para as comunidades sub representadas. Em entrevista a CNN em 2016, Abubakar  ela diz que “Embora eu encontre muitas histórias tristes, acho que você ainda pode encontrar muitas narrativas diferentes”. 
    E foi nesse contexto, que em  2015, Abubakar, criou seu projeto de maior ênfase, intitulado “Bits of Borno” (Pedaços de bordo), publicado em meios de comunicação de destaque como New York Times, BBC, Reuters, CNN, Voice of America. No qual a fotógrafa nigeriana percorre sua cidade natal, afetada pelo grupo extremista islâmico Boko Haram, que causou milhares de mortes, para documentar histórias de resiliência.  
    Conheça abaixo algumas das fotografias:

    Dois adolescentes negros  dentro de um ônibus verde, olham pela janela para o lado de fora.
    Educação Interrompida, Fati Abubakar –  “Bits of Borno”

    Uma garota, segura uma um vaso de planta. Ela usa um turbante no cabelo e vestido.
    Educação Interrompida, Fati Abubakar –  “Bits of Borno”

    Um carro e quatro posicionadas em seu para-choque, duas estão sentadas e os outros dois encostados
    Uma criança em crise, Fati Abubakar – “Bits of Borno”

    Uma criança sorri para foto, ela usa uma blusa rosa, um pouco gasta e um par de brincos pequenos nas orelhas
    Uma criança em crise, Fati Abubakar – “Bits of Borno”

    Duas meninas, crianças, encostadas na parede, elas usam lenços que encobrem suas cabeças e o colo, além de óculos escuros
    Eid Fashion, Fati Abubakar – “Bits of Borno”

    Mercado da cidade. Um homem está parado pegando algo e sua imagem reflete no espellho
    Monday Market, Fati Abubakar – “Bits of Borno”

    Uma parede com escritos "Boko Hapam is Evil"
    Paredes, Fati Abubakar – “Bits of Borno”

    Uma mulher vista pelo buraco de uma parede, ela está carregando objetos.
    Cidades Fantasmas, Fati Abubakar – “Bits of Borno”

    Agora é com você! Nos conte suas impressões sobre o trabalho documental realizado por Abubakar. Se gostou deixe um comentário, curta ou compartilhe. Ah, e antes que me esqueça, confira nossa página no Instagram. e fique por dentro dos melhores conteúdos sobre fotografia.