Categoria: Galeria

  • Gabriela Biló

    Gabriela Biló

    Mesmo que o mercado de trabalho do fotojornalismo seja dominado por homens, ela se mantém na linha de frente, produzindo excelentes fotografias!

    Gabriela Biló nasceu em São Paulo no ano de 1989, começou sua carreira na fotografia aos 21 anos, quando trabalhou como freelancer para a agência Futura. Hoje, ela é fotógrafa do jornal Estadão, com base em Brasília, onde acompanha a rotina do presidente da república, Jair Bolsonaro.

     Ex ministro da saúde Eduardo Pazuello depõe na CPI da COVID no Senado,
    Gabriela Biló, 2021

    Sua paixão por imagens e seu incessante impulso por contar histórias foram os principais fatores para a escolha da carreira. Elementos que, mesmo com o ambiente de trabalho tóxico causado pela misoginia e pela baixa remuneração, falam mais alto até hoje.

    Em sua trajetória cobriu vários momentos importantes para a história do país. Em 2013 fotografou as manifestações do movimento Passe Livre, um pouco depois, em 2015, fez a cobertura do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em que acompanhou a lama até o oceano. No ano de 2020, com seus retratos do presidente Jair Bolsonaro venceu o troféu Mulher Imprensa na categoria de fotojornalismo, e concorreu ao prêmio Vladimir Herzog na categoria de fotografia. 

    A tosse Atroz, Gabriela Biló, 2020
    Líder indígena Antônio Tenharim nas cinzas de uma queimada na floresta Amazônica,
    Gabriela Biló, 2019
    O presidente Jair Bolsonaro em inauguração de usina de energia fotovoltaica,
    Gabriela Biló, 2020
    Jair Bolsonaro aponta o dedo em forma de arma para a cabeça de Sérgio Moro,
    Gabriela Biló, 2019
    Ato do Movimento Passe Livre contra o Aumento da Tarifa, Gabriela Biló, 2013

    #leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

    Como citar esta postagem

    CAVALHEIRO, Pedro Olavo Pedroso. Gabriela Biló. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotografica.com.br/gabriela-bilo/>. Publicado em: 07 de jun. de 2021. Acessado em: [informar data].

  • Henri Cartier-Bresson

    Henri Cartier-Bresson

    Considerado um dos mais renomados fotógrafos da história, tanto no campo artístico como jornalístico, Bresson conseguiu sempre captar o “momento decisivo”.

    Henri Cartier-Bresson nasceu em 22 de Agosto de 1908, em Chanteloup-en-Brie, França. Ainda pequeno, tirava fotos com sua câmera Box Brownie, mas não se imaginava como fotógrafo, já que sonhava ser pintor. Ele conta que  decidiu se tornar fotógrafo após ver a foto “Três garotos no Lago Tanganyika”, de Martin Munkacsi, na época ele tinha 23 anos de idade.

     Multidão jogando flores durante o cremação de Mahatma Gandhi,
    Henri Cartier Bresson, Delhi, India, 1948

    Em 1937, ele publica seu primeiro trabalho fotojornalístico,  a coroação da rainha Elisabeth. Alguns anos mais tarde, ele lutou na segunda guerra mundial, período no qual foi feito prisioneiro. Alguns anos depois, em 1947, ele lançou o documentário “The Return” e seu primeiro livro “Fotografias de Henri Cartier-Bresson”. Também foi neste ano que ele, Robert Capa, David Seymour, William Vandivert e George Rodger, fundaram a agência Magnum, considerada até hoje uma das mais importantes agências fotográficas do mundo.

    Para fazer as suas fotos, ele sempre buscava o “instante decisivo”, que seria o momento exato em que uma cena se definiria como um todo, talvez tenha sido por essa busca, que ele se tornou um dos mais renomados fotojornalistas da história.

    Liberação de Prisioneiros de Guerra Alemães, Henri Cartier Bresson, Alsácia, França, 1944
    Dança Barong, Henri Cartier-Bresson, Delhi, India, 1949
    Liberação de Paris, Henri Cartier-Bresson, Paris, França, 1944
    Mulher muçulmana na encosta da colina Hari Parbal, Henri Cartier-Bresson, India, 1948
    Henri Cartier-Bresson, Sevilha, Espanha, 1933

    #galeria é uma coluna de caráter informativo, com periodicidade semanal. É publicada toda terça-feira pela manhã. Trata-se de uma série de postagens que apresenta um recorte da obra de uma fotógrafa ou fotógrafo de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica, acompanhadas por uma breve biografia sua. Quer conhecer melhor a coluna #galeria? É só seguir este link.

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    CAVALHEIRO, Pedro Olavo Pedroso. Henri Cartier-Bresson. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotografica.com.br/henri-cartier-bresson/>. Publicado em: 31 de maio de 2021. Acessado em: [informar data].

  • Filhos de Douma de Abd Doumany

    A série de fotografias de Abd Doumany apresenta o cotidiano de crianças que convivem com a guerra ou que têm sua vida tirada por ela.
    Em 2013, Abd Doumany começou a trabalhar como fotojornalista independente. No ano seguinte, foi contratado pela Agência France Presse (AFP), com quem trabalha até hoje. Ele também é voluntário do Crescente Vermelho Árabe Sírio, que ajuda pessoas atingidas pela guerra. Na série Filhos de Douma, o fotógrafo nos apresenta parte da realidade da guerra civil armada na Síria na vida das crianças.

    Abd Doumany / AFP

    Em 2012, a cidade de Douma foi tomada pela Coalizão Nacional Síria, que faz oposição às Forças armadas do atual governo da família Assad, que desde 1971 se mantém no comando do país. Com o intuito de tomar a cidade de volta, Bashar Al- Assad, atual presidente do país, lidera tropas contra a Coalizão.
    Estas fotografias tomadas em um país distante nos indignam tanto porque nos mostra o sofrimento daquelas crianças sírias, quanto porque nos faz lembrar que aqui, próximo a nós, muitas crianças enfrentam realidades tão duras quanto as mostradas por Doumany.
    Abd Doumany / AFP

    Abd Doumany / AFP

    Abd Doumany / AFP

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  • Sérgio Jorge: ícone do fotojornalismo brasileiro

    7 fotografias que narram um pouco sobre o Brasil pelas lentes de Sérgio Jorge.

    É difícil falar sobre a história do Brasil sem citar Sérgio Jorge. Com mais de 60 anos de carreira, foram inúmeros acontecimentos marcantes registrados pela lente do fotógrafo, como o milésimo gol do Pelé, a inauguração de Brasília e o incêndio do Edifício Joelma. Relembrar as fotos do artista é olhar para um pedacinho do Brasil que nunca será esquecido.
    Retrato de Sérgio Jorge/ Foto: Ricardo Beccari
    Nascido em Amparo, interior de São Paulo, Jorge fotografava como um caipira descobrindo as belezas da cidade grande. Foi o primeiro vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo, em 1960, com o flagrante de um garoto apavorado em ver seu cachorro sendo levado pela carrocinha. A escolha de fotografar esses momentos singelos e cotidianos configura a maneira como o fotógrafo via o mundo. Sérgio Jorge faleceu com 83, no dia 30 de novembro de 2020, em decorrência de complicações causadas pela covid-19.
    Sérgio Jorge

    Sérgio Jorge

    Sérgio Jorge

    Sérgio Jorge

    Sérgio Jorge

    Sérgio Jorge

    Sérgio Jorge

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  • Aida Muluneh e as Narrativas Visuais Africanas

    As belezas da Etiópia são representadas por um olhar cuidadoso e sensível da fotógrafa Aida Muluneh.

    Sensível, belo e marcante são poucos adjetivos para descrever o incrível trabalho artístico de Aida Muluneh. Em um olhar profundo sobre a psique humana, a fotógrafa adentra cicatrizes da sociedade moderna enquanto evoca elementos de sua ancestralidade. Utilizando pintura corporal, cores saturadas e personagens em suas fotografias, Muluneh apresenta uma África desconhecida pelo restante do mundo.
    Aida Muluneh
    Aida Muluneh é uma fotógrafa e artista nascida em 1974 na Etiópia. Seu portfólio vai desde o fotojornalismo, sendo seu trabalho no Washington Post bem conhecido, até fotografias artísticas de exposição. Graduou-se no departamento de comunicação com especialização em cinema na universidade de Howard em Washington D.C.
    É uma das especialistas em fotografia mais importantes do cenário africano atual. Além de fazer diversos trabalhos expressivos, que contribuem para o reconhecimento de seu país de origem, Muluneh também já foi a primeira mulher negra a ser co-curadora do prêmio Nobel da Paz em 2019. Além disso, ela é a fundadora e diretora do primeiro festival fotográfico internacional da África Oriental, criado em 2010 e realizado na capital etíope, Addis Ababa.

    Aida Muluneh

        Aida Muluneh

    Aida Muluneh

    Aida Muluneh

    Aida Muluneh

    Aida Muluneh

    Aida Muluneh

    Desde sempre somos bombardeados com fotografias que mostram apenas as mazelas do continente África como um todo, fato que Aida Muluneh tenta subverter em seus trabalhos. É possível que as fotografias detenham o poder de modificar como vemos um país?

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  • Derramamento de óleo: Léo Malafaia

    Leo Malafaia nasceu em Recife, no ano de 1991. É graduando em jornalismo pela UNINASSAU e repórter fotográfico do Jornal Folha de Pernambuco.


    O fotógrafo Leo Malafaia foi o vencedor do Concurso Internacional de Fotografia de Imprensa Andrei Stenin em 2020, ele é o primeiro brasileiro a ganhar o concurso. A fotografia premiada mostra Everton Miguel dos Anjos, um garoto de apenas 13 anos, tentando retirar o  óleo tóxico que atingiu o litoral nordestino no ano de 2019. Até hoje, no ano de 2021, as autoridades não determinaram a origem de tal substância.

    Mar de luto – Léo Malafaia

    A foto do menino na praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, coberto de óleo foi publicada em jornais internacionais, como The New York Times (dos Estados Unidos), Clarín (Argentina), SVT Nyheter (Suecia) e Hamshahri (Irã), além da Agence France-Presse (França), e chegou a ser considerada a principal imagem do mundo entre as fotos de uma quarta-feira no jornal The Guardian (Reino Unido) já que a falta de proteção do garoto e o seu sofrimento demonstram um descaso governamental com a contaminação do ecossistema. 


    Voluntários presos no óleo – Léo Malafaia

    Pescadores ajudam na retirada do óleo – Léo Malafaia
    Mutirão de voluntários na praia – Léo Malafaia 

    Gostou do trabalho desse excelente fotógrafo? Deixe suas impressões aqui nos comentários! E não se esqueça de nos seguir no Instagram para ficar por dentro de todas as nossas postagens!

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  • Diane Arbus: entre luzes e sombras

    Famosa pela temática que envolve tabus, Diane Arbus nos convida a explorar o sensível e curioso das suas fotografias em preto e branco.


    Diane Arbus (1923-1971) é uma fotógrafa conhecida por suas fotos nada convencionais. Podemos perceber que a pauta da marginalização está bem presente em seu trabalho, por isso, pessoas trans, anões, nudistas, pessoas de circo, dentre outras, fora dos padrões estéticos impostos socialmente, dão vida às suas fotografias muitas vezes tiradas nas ruas. Os modelos de suas fotografias expressam o medonho, o inesperado e a perversão, nos convidando a refletir sobre a identidade do outro e os  padrões de beleza.


    Diane Arbus, (1923-1971) – autorretrato. 


    Norte-americana e filha de Judeus, Diane Arbus nasceu, Diane Nemerov. Por dez anos, ela fotografou ao lado do marido, Allan Arbus, para a publicidade e o mercado da moda. Depois desse período, ela e seu marido se separaram. Diane tornou-se fotojornalista e trabalhou para várias revistas. Ela estudou fotografia com Berenice Abbott e Lisette Model, durante o período em que ela começou a fotografar, com sua TLR Rolleiflex no formato quadrado pelo qual se tornou famosa. A maioria de suas fotos são tiradas de frente, principalmente com consentimento, e muitas vezes utilizando um flash para criar uma aparência surreal. 


    Diane Ardus. Child with Toy Hand Grenade in Central Park, N.Y.C. 1962.

    Diane Arbus, 1967. “Gêmeas Idênticas”


    Mexican dwarf in his hotel room, N.Y.C. 1970
    A young man in curlers at home on West 20th Street, N.Y.C.1966.


    A gente quer saber suas impressões acerca dos trabalhos de Diane Arbus, qual das fotografias te tocou mais e porquê? Deixe aquele comentário com sua inquietação, dica e o que mais estiver sentindo. Até a próxima!

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  • Hill e Adamson: Arte e técnica

    Hill e Adamson: Arte e técnica

    A parceria de Hill e Adamson é um exemplo de como as competências artísticas e técnicas precisam caminhar juntas para se fazer uma boa foto.

    David Octavius Hill e Robert Adamson, foram dois fotógrafos escoceses, que em apenas 4 anos de parceria, produziram mais de 3000 fotografias. Feitas com a técnica da calotipia, suas fotos abrangiam os mais diversos temas, como retratos, desde pessoas da nobreza a trabalhadores comuns, paisagens, arquitetura e cenas de rua.

    Auto Retrato de Robert Adamson (Direita) E David Hill (Esquerda), 1845

    Hill nasceu em 1802, na cidade de Perth, na Escócia, e era um pintor bem sucedido. Um dos motivos de seu sucesso foi a maneira como ele tratava seus clientes, tendo ficado conhecido por ser muito educado e gentil.  Já Robert Adamson nasceu em 1821, na cidade de St Andrews. Ele queria seguir carreira de engenheiro, mas devido a sua saúde frágil acabou desistindo. Foi em 1842 que seu irmão John lhe ensinou a técnica do calótipo para produzir fotografias, ele então decide seguir carreira na área, tendo sido instruído pelo próprio Fox Talbot, o inventor da técnica.

    A parceria dos dois começou quando Hill decidiu fazer uma pintura com 190 ministros e dignitários escoceses. Um amigo do pintor recomendou os serviços do fotógrafo para ajudar na feitura do quadro. Robert fotografou individualmente todos os ministros e Hill os pintou, o quadro só ficou pronto mais de 20 anos depois. Infelizmente a parceria dos dois durou apenas 4 anos, já que Robert morreu ainda muito novo no ano de 1848. Depois da morte do amigo, Hill, continuou com a carreira de fotógrafo, porém nunca conseguiu o mesmo sucesso e acabou se estabelecendo apenas como pintor até sua morte em 1870.

    Hill e Adamson, Praia de Newhaven, 1843-48
    Hill e Adamson, construção do Monumento de Sir Walter Scoot, 1843
    Hill e Adamson, James Linton com seus filhos e um Barco, 1844
    Hill e Adamson, Cemitério Graydrirs’, Hil (esquerda) com suas sobrinhas e um homem desconhecido, 1843-48
    Hill e Adamson, Mrs. Elizabeth Cockburn Cleghorn com John Henning como Miss Wardour e Eddie Ochiltree de Sir Walter Scott’s “The Antiquary”, 1846
    Hill e Adamson, Lorde Cockburn em Bonaly, 1846

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    Como citar esta postagem

    CAVALHEIRO, Pedro Olavo Pedroso. Hill e Adamson: Arte e técnica. Cultura Fotográfica (blog). Disponível em: <https://culturafotografica.com.br/galeria-hill-e-adamson-arte-e-tecnica/>. Publicado em: 06 de abr. de 2021. Acessado em: [informar data].

  • Fernando Lemos

    Fotógrafo surrealista radicado no Brasil, importante participante do movimento surrealista português durante a ditadura de Salazar.

    José Fernandes de Lemos, conhecido como Fernando Lemos, nasceu em 1926 em Lisboa, Portugal. Entre 1938 e 1943 estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio e ainda cursou pintura na Sociedade Nacional de Belas Artes. Quando tinha entre 18 e 19 anos se interessou em fotografia.
    Legenda: retrato do Fernando Lemos. Mona Lisa Lins/UOL
    Descrição: um homem olha para o alto como se estivesse conversando com alguém fora da câmera.
    Quando começou a trabalhar como fotógrafo, Lemos participou do movimento surrealista português, sendo o único do grupo a usar a fotografia como forma de expressão artística. Nessa época ele conviveu com diversos intelectuais portugueses que participavam da resistência contra a ditadura salazarista, que durou de 1933 até 1974.
    Algumas de suas fotografias mais famosas são desse período em Portugal, principalmente seus retratos de intelectuais e artistas surrealistas com quem convivia, como os pintores Marcelino Vespeira e Mário Cesariny. Ele também produziu autorretratos, como Eu, poeta, foto que faz alusão a um enforcamento.
    Legenda: Eu, poeta. Fernando Lemos. 1949 – 1952
    Descrição: foto em preto e branco de um homem deitado no chão com a cabeça coberta de fumaça. Ao redor vemos garrafas, cartas de baralho, entre outros objetos. 

    Legenda: A Dança dos Animais, Fernando Lemos,1949.
    Descrição: foto em preto e branco de dois homens, cada um segurando uma galinha. Um deles está com a galinha dentro da blusa, o outro aproxima o rosto do animal fazendo um expressão exagerada.
    Em vários de seus retratos, Lemos utilizou a técnica da sobreposição, e em uma entrevista para Revista Zum, explicou que: “Quando fotografamos uma pessoa, não estamos fotografando uma coisa fixa, uma máscara. Afinal, numa fração de segundo tudo muda. Mudamos nossa expressão a todo instante, subitamente, várias vezes. Então o retrato deve ser múltiplo, para dar mais vida à imagem.”
    Legenda: retrato de Nora Mitrani. Fernando Lemos. 1949 – 1952
    Descrição: foto em preto e branco de uma mulher ajoelhada perto de uma parede, observando as mãos com uma expressão distante.
    Em 1953, o fotógrafo se sentiu incomodado com o clima político de seu país e veio para o Brasil, onde se radicou e passou a viver em São Paulo. Ele trabalhou como escritor, ilustrador, editor, designer e até professor de artes gráficas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU/USP.
    Fernando Lemos atuou em diversas áreas artísticas. a fotografia criou obras impactantes e simbólicas e que também são registros de um período politicamente conturbado, ainda que intelectual e artisticamente rico, em Portugal. 
    Legenda: Intimidade dos Armazéns do Chiado. Fernando Lemos. 1949 – 1952
    Descrição: foto em preto e branco de um lugar desarrumado. Vemos uma mesa, com objetos diversos espalhados e uma cabeça de manequim que encara a câmera. Em cima vemos braços de manequim pendurados. 

    Legenda: A Lavagem Cerebral. Fernando Lemos. 1949.
    Descrição: foto em preto e branco de um homem que encara a câmera com o olhar vago enquanto fuma um cachimbo. Enquanto isso, quatro mãos bagunçam o cabelo dele.
    Já conhecia o trabalho de Lemos? Comente outros fotógrafos que você gostaria de ver em uma galeria aí embaixo. E se você gostou do nosso conteúdo siga o nosso perfil no Instagram.

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