Marc Ferrez / Instituto Moreira Salles |
Categoria: Divulgação
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III Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica
O Brasil visto pela fotografia colonial será debatido em nosso Grupo de Estudos.Neste primeiro semestre de 2022, O III Ciclo de Estudos do Cultura Fotográfica será dedicado ao debate da construção da imagem do Império do Brasil com base na abordagem colonialista da fotografia, perspectiva que aborda o aparelho fotográfico como um instrumento das nações imperialistas para a produção de saber e o exercício de poder sobre territórios e populações colonizadas.A fotografia acima integra o enorme conjunto de registros de tipos exóticos produzidos para exportação com base em esquemas estéticos importados. Nele, vemos um indígena da tribo Appiacaz posar para câmera de Marc Ferrez. O homem que veste uma indumentária típica contrasta com a parafernália do estúdio do fotógrafo.Abaixo, apresentamos um cronograma com as datas em que os encontros deste ciclo serão realizados e o tema que será abordado em cada um deles. -
Entre Grãos e Pixels
Livro de Ana Paula Umeda publicado em Kotter Editorial.
Ana Pala Umedadescrição: a foto em preto e branco mostra um homem idoso segurando um casaco enquanto caminha sem ninguém ao seu redor e um prédio espelhado do seu lado direito.São ensaios de luz e sombra sobre a vida e se dividem em três ensaios independentes, mas que se complementam e cada um é acompanhado e potencializado por um ensaio fotográfico igualmente eloquente. O ensaio sobre a ausência é tangenciando pela questão pandêmica e aborda o outro e a política. O segundo fala sobre a humanidade, é o qual a autora volta à clássica pergunta: o que nos faz humanos? O ultimo aborda sobre o fim da fotografia e nos faz refletir se ela estaria mesmo com os dias contados, como às vezes é anunciado.
São textos interdisciplinares, escritos em linguagem acessível, mas todos devidamente fundamentados e atravessados pela fotografia. Indicado para todas/os/es apreciadoras/res das humanidades, das artes e de uma boa reflexão.
AutoraAna Paula Umeda, (http://lattes.cnpq.br/3036282587888707), (https://www.instagram.com/anaumeda/?hl=en)Local de publicaçãoKotter Editorial, (https://kotter.com.br/loja/entre-graos-pixels-ana-paula-umeda/)
Esta publicação foi elaborada com base nas informações prestadas por Ana Paula Umeda, através do formulário Divulgue suas publicações!. Resposta número 17.
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Boris Kossoy e o método iconográfico / iconológico
Historiador oferece importante contribuição para o reconhecimento dos documentos fotográficos como fontes históricas.O método iconográfico / iconológico propõe compreender a mentalidade de uma época e lugar com base nas obras de arte produzidas naquele tempo e espaço. Para isso, faz-se necessário a reconstituição do contexto em que a obra ou o conjunto de obras sob análise foi produzida mediante o processamento de um variado grupo de documentos.Fragmento de Atlas Mnemosyne de Aby Warburg. Crédito: Silke Briel / HKW Parte-se de uma compreensão do processo artístico como um processo de produção simbólica no qual são expressos os conteúdos inconscientes da cultura. Dela decorre a tese de que os estilos artísticos podem ser tratados como sintomas da mentalidade de uma determinada cultura.O responsável pela concepção deste método foi o historiador da arte Aby Warburg, cujo principal trabalho, Atlas Mnemosyne, tinha o propósito de reconhecer as cadeias de sobrevivência das imagens simbólicas, que ele chamava de pathosformel (fórmula do pathos), na cultura. Nos últimos anos, sua obra vem recebendo grande destaque a partir do trabalho do filósofo Georges Didi-Huberman.No entanto, foi Erwin Panofsky, também historiador da arte, o responsável pela sistematização do método. Panofsky destaca que a interpretação de uma obra de arte é um processo composto por três etapas: (1) descrição pré-iconográfica: consiste no reconhecimento de seres, objetos e eventos; (2) análise iconográfica: reconstituição de alegorias, histórias e símbolos; (3) interpretação iconológica: revelação do significado intrínseco da obra, em outras palavras, exposição dos conteúdos inconscientes da mentalidade da época e do lugar em que ela teve origem.A abordagem de imagens fotográficas por meio do método iconográfico/iconológico encerra uma crítica ao pressuposto realismo das fotografias que promove o apagamento da mediação em favor de um suposto testemunho da cena mostrada. Para os pesquisadores que adotam esta perspectiva teórica e metodológica, as fotografias não são feitas apenas para serem observadas, mas também para serem lidas.No Brasil, um dos pesquisadores mais reconhecidos pela utilização deste método no estudo de imagens fotográficas é o fotógrafo e historiador Boris Kossoy, cuja obra oferece uma importante contribuição para o reconhecimento dos documentos fotográficos como fontes históricas.Boris Kossoy / Ateliê Editorial Em sua obra, Kossoy propõe uma abordagem teórica e metodológica dos documentos fotográficos cuja finalidade é revelar o que está escondido atrás da visibilidade fixada em uma fotografia ou em um conjunto delas. Para isso, ele divide a interpretação das imagens fotográficas em duas etapas: (1) a análise iconográfica, que consiste na decodificação da realidade exterior do registro e (2) a interpretação iconológica, que consiste na compreensão da realidade interior do registro.O significado mais profundo da vida não é o de ordem material. O significado mais profundo da imagem não se encontra necessariamente explícito. O significado é imaterial; jamais foi ou virá a ser um assunto visível passível de ser retratado fotograficamente. O vestígio da vida cristalizado na imagem fotográfica passa a ter sentido no momento em que se tenha conhecimento e se compreendam os elos da cadeia de fatos ausentes da imagem. (KOSSOY, 2012, P. 130)
O que vemos em uma fotografia é apenas um fragmento de uma história oculta e a espera de ser revelada. Cabe àqueles que se dedicam à interpretação das imagens fotográficas recuperar essas micro-histórias implícitas em seus conteúdos e revivê-las no campo do imaginário.Esta postagem propõe apresentar a síntese de uma das reflexões elaboradas ao longo do I Ciclo de Debates de nosso Grupo de Estudos, composto por quatro encontros realizados no período entre fevereiro e junho de 2021 e nos quais foram discutidas as seguintes obras, no todo ou em partes:BARTOLOMEU, Cezar (org.) Dossiê Warburg. Arte & Ensaios, n. 19, Rio de Janeiro, n. 19, p. 118-143, 2009. ISSN: 2448-3338 Disponível em: <https://www.ppgav.eba.ufrj.br/publicacao/arte-ensaios-19/>
BURKE, Peter. Testemunha ocular: o uso de imagens como evidência histórica. São Paulo: Editora Unesp Digital, 2017.KOSSOY, Boris. Fotografia & História. 4ª ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2012.KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama fotográfica. 3ª ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.MAUAD, Ana Maria. Sobre as imagens na História, um balanço de conceitos e perspectivas. Revista Maracanan, v. 12, n. 14, p. 33 – 48, jan. 2016. ISSN 2359-0092. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/maracanan/article/view/20858>.MAUAD, Ana Maria. Através da imagem: Fotografia e História – Interfaces. Tempo, v. 1, n. 2, p. 73 – 98, dez. 1996. ISSN 1980-542X . Disponível em: <http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/artg2-4.pdf>.MENESES, Ulpiano Bezerra. Fontes visuais, cultura visual, história visual: balanço provisório, propostas cautelares. Revista Brasileira de História, v. 23, n. 45, pp. 11-36, 2003. ISSN 1806-9347. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbh/a/JL4F7CRWKwXXgMWvNKDfCDc/>Abaixo, você poderá assistir as gravações dos debates realizados neste ciclo.
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Exposição Fotográfica: O Protagonismo Feminino na Perpetuação das Casas de Farinha
Catálogo Fotográfico, com áudiodescrição, produzido por Luciana S. R. Dantas
Luciana S. R Dantas Este catálogo fotográfico é um produto do Projeto Exposição fotográfica: O protagonismo feminino na perpetuação da cultura das Casas de Farinha proposto e executado por Luciana Dantas com fotos de Luciana Dantas/Retrographie e curadoria da professora Renata Victor. Foi aprovado e incentivado pelo FUNCULTURA, Fundarpe, Secretaria de Cultura, Governo de Pernambuco e apoiado pelo Centro de Pesquisa Histórica e Cultural de Fernando de Noronha (CEPEHC) e pelo Serviço de Tecnologia Alternativa (SERTA).Este Projeto almeja não só mostrar a rotina doméstica e empreendedora de mulheres agricultoras que fazem uso da forma tradicional de beneficiar a mandioca e lideram as Casas de Farinha familiares, como também, promover a acessibilidade.Autora
Luciana S. R. Dantas (@feminino.farinha)
Local de publicação
Acesse a publicação completa em https://tinyurl.com/48ejzmks.
Canal Feminino Farinha (https://tinyurl.com/yhn63657)
Site Feminino Farinha ( https://tinyurl.com/fx7xvsw2)
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O lado oculto das paisagens
Ensaios de arte fotográfica e escrita de Maria Antonia Veiga Adrião, publicados no Instagram.
Maria Antonia Veiga Adrião Quando tento transformar as fotos conforme a sensação que a captura me causa, trata-se de provocar reflexões a respeito dos cuidados que devemos ter com o planeta. Reprimi isso por um bom tempo no decorrer da pandemia da covid19, para evitar as angústias do período das incertezas, fotografava o que alcançava com o olhar do meu quintal, direcionado ao horizonte. Portanto, as fotos são resultado da escuta às paisagens que me dizem por onde seguir, qual o melhor foco, o melhor ângulo para a captura, onde seus corações pulsão ou ficam escondidos. Claro que estou brincando, mas é algo parecido, acredito que precisamos entrar em sintonia com as paisagens fotografadas, as vezes até inventadas, porque não se trata do lugar, mas de como o represento. Tenho aproveitado para exercitar outro desejo reprimido, o de escrever.
Autora
Maria Antonia Veiga Adrião (http://lattes.cnpq.br/2691311738755835 | @dias_de_espera)
Local de publicação
Apenas no Instagram @dias_de_espera
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O Feminino e o Fotográfico: Uma visão de Sherman, Ventura e Rennó
Dissertação de Nicoli Braga Macedo, publicado em Apresentação oral no Congresso Internacional Luso Brasileiro, 2018, Lisboa, Portugal.
Nesta dissertação analisamos os conceitos do Feminino e do Fotográfico, estabelecendo as particularidades que compõem cada um deles. Sobre o feminino realizamos um estudo objetivo presente em meados dos anos de 1970, que engendrou uma mudança significativa na produção das artes visuais, principalmente nos Estados Unidos e Europa, juntamente com o surgimento de movimentos radicais feministas. Aliados, as artes visuais e os movimentos feministas foram importantes para que houvesse uma proliferação de manifestações, tanto artísticas, quanto sociais, voltadas à crítica dos modelos e pensamentos que viam a mulher em um papel secundário. O segundo termo, o Fotográfico, advém também do mesmo período histórico, quando novas formas e médiuns artísticos foram explorados neste fazer, e a fotografia adquiriu um papel importante nessa trajetória. O ato fotográfico foi compreendido como uma mensagem que estrutura uma realidade ficcional, construída através do olhar de cada artista, que, nos referidos casos, denuncia códigos ideológicos presentes na sociedade no que diz respeito à composição da imagem da mulher. A partir desta perspectiva, a dissertação reflete, a partir do trabalho de três artistas: a norte americana Cindy Sherman (n.1954); a portuguesa Júlia Ventura (n.1952) e a brasileira Rosângela Rennó (n.1962), as relações entre o campo da fotografia e orientação figurativa em torno da imagem da mulher. Relacionando as imagens com os reflexos dos desdobramentos sociais, culturais e políticos em torno da formação ideológica da figura feminina, resultantes da ideologia patriarcal. A análise das imagens, dentro das séries escolhidas em cada uma das artistas, torna-se o cerne das indagações. Deste modo, decompomos o alicerce desses estereótipos restritivos em relação as mulheres e, sobretudo, os contrapor como uma realidade ficcional. Em suma, compreender como as obras são, para além de um resultado dos elementos sociais, críticas e questionadoras dessas problemáticas.
Autora
Nicoli Braga Macedo (https://orcid.org/0000-0001-7269-2622 | @nicolibraga)
Orientador
Professor Doutor Pedro Lapa (https://orcid.org/0000-0003-3775-2030)
Local de publicação
Apresentação oral no Congresso Internacional Luso Brasileiro, 2018, Lisboa, Portugal.
Acesse a publicação completa em https://repositorio.ul.pt/handle/10451/33408.
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Saberes Pelas Mãos do Tempo: Artesanato de Mato Grosso
Exposição “Saberes Pelas Mãos do Tempo: Artesanato de Mato Grosso “Sesc Arsenal (Sesc MT) e Ambiente Virtual do Sesc Mato Grosso.
A exposição “Saberes Pelas Mãos do Tempo: Artesanato de Mato Grosso” surge a partir de catálogo publicado em 2019 pelo Sesc Mato Grosso, que reuniu registros de escrita e fotografia de artesãos do estado e percorreu suas trajetórias, técnicas, estilos e matérias primas utilizadas.
Para a exposição, o fotógrafo Fred Gustavos convida a um olhar mais intimista sobre os ensaios do catálogo, em um recorte das técnicas que envolvem a cerâmica, madeira e tecelagem, e através da fotografia e do audiovisual são mostrados os saberes que envolvem essas manualidades.
Desta forma, é possível o compartilhamento do conhecimento para diferentes públicos, a valorização das manifestações populares, os aspectos históricos, estéticos e sociais que permeiam e afetam as culturas que o Sesc quer salvaguardar.Local de realização: Sesc Arsenal (Sesc MT) e Ambiente Virtual do Sesc Mato Grosso.
Valor da inscrição: Gratuita.
Página do evento: https://exposicao.sescmt.com.br/
E-mail para contato: fredgustavos@gmail.com
Redes sociais: @fredgustavos
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Ulysses Freyre e Gilberto Freyre: uma parceria entre bicicletas, fotografias e cidades em Pernambuco na década de 1920
Artigo em periódico apresentado em Revista Escrita da História.
Autoria desconhecida, Recife, década de 1920. Este artigo tem como centralidade o segmento da fotografia de acervo de intelectual e apresenta a contribuição da relação entre o fotógrafo amador Ulysses Freyre e o seu irmão, o sociólogo Gilberto Freyre, para a construção de documentação a respeito da arquitetura civil das cidades de Olinda e de Recife entre 1923 e 1925. Salientaremos o quanto a fotografia de Ulysses como artefato de memória foi propulsora do embrionário projeto político-intelectual de Gilberto nesse período. Ulysses fotografou ao lado de Gilberto durante passeios de bicicleta aos domingos. Esta documentação auxiliou como parte da concepção de inventário de edificações da arquitetura civil que serviu à Inspetoriade Monumentos Estaduais em 1928 em Pernambuco.
Autora
Luciana Cavalcanti Mendes(http://lattes.cnpq.br/7445354630321485 | @lucavalcantifoto)
Orientadora
Vanderli Custódio (http://lattes.cnpq.br/9930064541663358)
Local de publicação
Revista Escrita da História
Acesse a publicação completa em https://tinyurl.com/yumhkren
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