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Mil Vezes Boa Noite

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Rebecca, uma fotógrafa de guerra, se vê obrigada a escolher entre a profissão pela qual possui uma verdadeira adoração e sua família.

O  premiado filme Mil Vezes Boa Noite (A Thousand Times Good Night), do diretor Erik Popper, é um drama que conta história de Rebecca, uma fotógrafa de guerra que se vê obrigada a escolher entre a profissão e sua família, que não suporta mais vê-la arriscando a vida pelo trabalho. Contudo, apesar de amar sua família, possui uma verdadeira e sincera adoração pelo seu trabalho.

A imagem mostra um casal heterossexual abraçado no meio do que parece ser um campo de refugiados em uma área de deserto. O homem é loiro, alto e possui cabelo na altura do maxilar. A mulher tem cabelos castanhos, curtos e é mais baixa.
Divulgação do filme.

O drama se inicia no Oriente Médio, onde se encontra a nossa protagonista, Rebecca, que acompanha o preparo de uma adolescente para se tornar uma mulher bomba. A fotógrafa registra cada momento desse preparo. Contudo, seu lado emocional se impõe ao profissional, e ela decide interferir, fazendo um alarde sobre o que estava para acontecer.

A intervenção leva a  uma consequência que faz a protagonista pensar sobre seu trabalho, os riscos que corre, e sobre seu papel de mãe e esposa dentro do grupo familiar. Podemos observar que ao voltar para casa, Rebecca encontra problemas em seu casamento e um distanciamento afetivo das suas filhas, particularmente com Steph, filha mais velha, que possui um comportamento mais reservado com relação aos seus sentimentos e medos.

A imagem mostra uma mulher com roupa cinza, um véu preto cobrindo os cabelos andando no meio do que parece ser um campo de refugiados. Nas mãos leva um câmera fotográfica. Seu olhar parece de curiosidade sobre o que está acontecendo ao seu redor.
Cena do filme

Desde seu início percebi o cuidado para a interpretação de uma personagem fotógrafa. Vemos a troca das lentes da câmera para cada tipo de foto, o distanciamento afetivo entre o fotógrafo e o fotografado e a tentativa de dar certa humanidade a um povo sofrido através da fotografia. Rebecca, a personagem, diz que fotografa regiões abaladas por conflitos, para mostrar ao mundo o horror da guerra, da fome entre outras coisas. Toda sua revolta com as injustiças sociais, são mostradas através das fotografias, assim como bem vemos várias pessoas fazendo na atualidade.

Fotografar além de ser uma paixão e uma profissão, pode ser também uma arma, uma forma de revelar problemas através da lente, registrando pessoas e histórias para se mostrar ao resto do mundo como grande catástrofes regionais ou mundiais, como a pandemia que estamos vivenciando hoje, que afeta a todos, principalmente a aqueles que são vulneráveis econômica e socialmente.

#leitura é uma coluna de caráter crítico, com periodicidade semanal. É publicada toda quinta-feira pela manhã. Trata-se de uma série de críticas de imagens fotográficas de relevância artística, cultural, estética, histórica, política, social ou técnica. Nela, a autora ou o autor da postagem compartilha com os leitores a sua leitura acerca da obra abordada. Quer conhecer melhor a coluna #leitura? É só seguir este link.

Assista o premiado filme e nos conte suas observações. Deixe seu comentário e nos acompanhe em nosso grupo de discussão no Facebook e em nossa página no Instagram.

Referências:

www.adorocinema.com/filmes/filme-227515/
https://caxias.rs.gov.br/noticias/2015/01/mil-vezes-boa-noite-e-o-primeiro-filme-do-ano-a-sala-de-cinema-ulysses-geremia

https://culturafotografica.com.br/mil-vezes-boa-noite/

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