Fotos que nos inspiram: Dia mundial da fotografia

Hoje é o dia Mundial da Fotografia,  e também completamos 100 publicações, por isso o Cultura Fotográfica, preparou uma #galeria um pouco diferente, com fotos que nos inspiram. Confira!

Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851). Litografia / Acervo da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos
No dia 19 de agosto comemora-se em todo o mundo, o dia mundial da fotografia. A escolha da data, para celebrar as diversas possibilidades de concepção dessa arte, é uma homenagem à invenção do daguerreótipo. Aparelho precursor das câmeras fotográficas, desenvolvido pelo francês Louis Daguerre, em 1837, tendo como base os estudos de Joseph Niépce, criador do héliographie, anos antes.  O motivo de escolha desta data, é que em 19 de agosto de 1839, a Academia Francesa de Ciências patenteou e noticiou em todo o mundo esta nova invenção. No mesmo ano em que o daguerreótipo ganhou fama, foi desenvolvido o calótipo, uma outra técnica de captura de imagens, elaborado por William Fox Talbot. E devido às notáveis invenções, o ano de 1839 foi aclamado como o ano referência da invenção da fotografia.
Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851). Litografia / Acervo da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos

E é por isso, que hoje decidimos homenagear esse dia de um modo bastante subjetivo. Todo mundo já se viu, impressionado ou impactado por uma imagem, não é mesmo?  Afinal, pela fotografia contamos histórias, paralisamos um breve momento e internalizamos nela a arte. Por isso, nossa equipe optou em realizar essa manifestação em conjunto. Foi proposto a nossa equipe, que cada um escolhesse uma fotografia que de algum modo lhe cause algum sentimento e fizesse um pequeno relato sobre a importância ou significado da imagem para ela.

E então, sem mais delongas, confira essa seleção de imagens!

Quatro homens negros trabalhando em condições precárias, sobre todas de madeiras fixadas nas paredes de pedra, amarradas por cordas e grossas correntes.
 Marc Ferrez, escravos em mina subterrânea,1888
Tenho uma forte ligação afetiva e familiar com Passagem de Mariana, um dos distritos da cidade de Mariana, Minas Gerais. Nele, existe a Mina da Passagem, uma das maiores minas subterrâneas abertas a visitação no estado, local onde foi tirada a fotografia. Fico imaginando quem seriam esses escravizados trabalhando na mina. Será que eram meus antepassados? Perguntas que permeiam por minha mente e trazem um misto de sensações. (Marcelo Gonçalves
Uma mulher vestida com roupas de aviadora do anos 40 olha para o céu enquanto aviões passam.
Nickolas Murray – Soldiers of the Sky, 1940
Comprei recentemente o livro “The Photography Book” e fiquei fascinada por esta fotografia de Nickolas Murray cujos aviões inicialmente me roubaram a atenção por seu aspecto irreal, como se eles, as nuvens e tudo acima da mulher tivessem sido pintados no teto de um estúdio. A quantidade e a altura a que voam pode ser inimaginável para quem nunca viveu o contexto de guerra. Depois de alguns dias voltando ao livro, porém, comecei a reparar na aviadora que, com sua maquiagem intacta em uma beleza e juventude eternizadas, me remeteu ao glamour hollywoodiano da época. Assim, objetos tão diferentes como os aviões e o batom vermelho da aviadora passaram a ter uma conexão na minha mente, porque separados eles comporiam apenas uma fotografia de guerra ou uma fotografia de moda, respectivamente, mas juntos eles se tornaram uma propaganda irrefutável do heroísmo simulado do American Way of Life, me lembrando de que as fotografias transformam realidades em conceitos. (Daiane Maciel)
A foto retrata uma rua estreita, cercada de prédios altos. No final da rua é possível ver apenas uma luz muito forte. No terceiro andar de um dos prédios pode-se ver uma janela, onde deus mulheres observam o fotógrafo.
Eugène Atget, Vieille Cour, 22 rue Quincampoix,  1908
Não sei se  é o fim da pequena ruela, que parece acabar em um infinito, ou se são os olhares curiosos das duas mulheres no segundo andar, mas essa foto me fascina, quando olho para ela me vem na cabeça uma jornada na qual não sei para onde vou, ou algo que contemplo, sem saber ao certo o que é. (Pedro Olavo)
A foto mostra uma bailarina clássica segurando uma bandeira do Chile,  dançando em frente a veículos da polícia militar.
María Paz Morales – Bailarina em frente a carros da policia. Marcha no Chile, 25 de outubro.

Essa foto foi tirada durante os protestos que aconteceram no Chile em Outubro de 2019, quando o povo chileno foi às ruas para cobrar melhores  condições de vida.  A fotógrafa María Paz Morales fotografou Catalina Duarte, uma bailarina do Teatro Municipal de Santiago que, portando uma bandeira chilena, dançou em frente aos carros da polícia no ponto de encontro dos manifestantes. Essa foto me impactou desde o primeiro momento em que a vi, pois mostra a arte como meio de comunicação, de protesto e sensibilização. (Kaio Veloso)

 Temos os quatro integrantes da banda Beatles em cima da cama, em uma guerra de travesseiros.
Harry Benson, 1964
Essa foto dos Beatles foi tirada por Harry Benson, um famoso fotógrafo de celebridades, durante uma guerra de travesseiros da banda em um hotel de Paris. Não sei dizer o que exatamente me comove nessa imagem. Se é a simplicidade do momento em si, ou se é ver essa banda, que foi um fenômeno mundial, em um momento tão familiar e amigável. Como uma grande fã do trabalho dos Beatles, acho sempre muito bacana poder ver os músicos em momentos tão descontraídos, diferente da foto da capa do Abbey Road, por exemplo, que é uma foto muito marcante, mas não espontânea. (Clara)
quatro homens atravessam uma faixa de pedestres em fila indiana.
Capa do álbum “Abbey Road” (1969) do fotógrafo Iain Macmillan
Essa capa é uma das fotos mais icônicas do século. Eu adoro a estética retrô das roupas e dos carros e o fato de que é muito fácil recriá-la com seus amigos. E os fãs terem feito teorias da conspiração sobre se Paul McCartney estaria morto e encontrado simbolismos nas roupas que Os Beatles estavam usando só torna a foto mais fascinante para mim. (Ana Carolina)

Joaquim Riachão, o "cantador do sertão", sentado sobre uma mureta de pedra, em frente à casa, tocando sua flauta.
Joaquim Riachão, o Contador do Sertão, Chapada da Diamantina, Igatu BA. Zé de Boni, 1988

Entre registro do instante e a história por trás dos momentos, a fotografia torna-se uma arte que eterniza, registra situações que diz muito sobre a visão do fotógrafo sobre o mundo. Fotografia é arte, mas também um ato político, ela é capaz de recriar experiências vividas e reconta-las a quem as observa. Essa fotográfica ao meu ver tem um ar de abstrato, e ao mesmo tempo te leva imergir na cena. (Joana Rosário)

Agora é com você! Poste no seu instagram uma fotografia com a tag #fotografiaqueinspiradia19 e vamos eternizar juntos mais um aniversário da fotografia. 

Referências 

  • Brasiliana Fotográfica
  • Enciclopédia Itau cultural
  • MENINO e Rodinha. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. 
    ISBN: 978-85-7979-060-7 Acesso em: 18 de Ago. 2020. Verbete da Enciclopédia.  Disponível em <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra65453/menino-e-rodinha>. 
-20.3775546-43.4190813
R. do Catete, 166, Mariana - MG, 35420-000, Brasil

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Sair da versão mobile
Pular para o conteúdo
%%footer%%