Crises do tempo na apreensão da cidade: Memória e imaginário em páginas do Facebook

Capítulo de livro de Luciana Amormino, Ravena Sena Maia e Flávio Valle publicado em Catástrofes e Crises do Tempo: Historicidades dos processos comunicacionais.

Capítulo de livro de Luciana Amormino, Ravena Sena Maia e Flávio Valle publicado em Catástrofes e Crises do Tempo: Historicidades dos processos comunicacionais.

Selo PPGCOM/UFMG

Neste capítulo, _s pesquisador_s discutem as crises temporais que se abrem em fotografias de cidade a partir de gestos de memória como os das páginas de Facebook, Fotos Antigas de Belo Horizonte e Fotos Antigas de Salvador. Com base na leitura das fotografias publicadas nestas fanpages e dos comentários sobre elas, observa-se a configuração de experiências da cidade que, atravessadas pelos dilemas dos processos de modernização, apresentam novos sentidos que marcam a historicidade da imagem.

Autor(a/es/as)

Luciana Amormino (http://lattes.cnpq.br/7590061302048746), (@luamormino), Ravena Sena Maia (http://lattes.cnpq.br/3054920990953723), (@ravenasmaia) e Flávio Valle (http://lattes.cnpq.br/9224069355818051), (@flaviopintovalle).

Local de publicação

Catástrofes e Crises do Tempo: Historicidades dos processos comunicacionais (@seloppgcom)

Acesse a publicação completa em https://seloppgcom.fafich.ufmg.br/novo/publicacao/catastrofes-e-crises-do-tempo/.

Esta publicação foi elaborada com base nas informações prestadas por Flávio Pinto Valle, através do formulário Divulgue suas publicações!.

Vida e morte nos retratos dos ocupantes do edifício 911

Capítulo de livro de Flávio Pinto Valle e Paulo Bernardo Vaz publicado em Sentidos da Morte: Na Vida da Mídia.

Capa do Livro 

Em 2008, Julio Bittencourt publicou o livro Numa Janela do edifício Prestes Maia 911, fotodocumentário que trata do cotidiano da ocupação. O ensaio, composto por retratos dos moradores nas janelas de suas habitações tomados a partir da janela do apartamento localizado no bloco oposto, não se propõe imparcial como dizem ser muitas as reportagens feitas sobre o edifício, tampouco se propõe engajado como as muitas intervenções artísticas realizadas no local. Trata-se de uma tentativa de representar uma situação social complexa, revelando-a em vez de apagá-la. No entanto, apesar do esforço do fotógrafo, que levou meses conhecendo o edifício e seus habitantes, planejando tomadas e fotografando, o aparelho que ele construiu captura as pessoas que vivem no Prestes Maia apenas sob um conceito (FLUSSER, 2002), o de ocupantes.

Cada um desses retratos encerra algo mortífero. A fotografia corresponde a um modo de embalsamamento no qual uma aparência é transformada em um objeto que será preservado e exibido (BARTHES, 1984; DUBOIS, 2008; METZ, 1985; SANTAELLA, NÖTH, 2012; SONTAG, 2004). Por isso, ao tentar revelar as vidas que habitam o Prestes Maia 911, Bittencourt promoveu a morte de cada uma delas. Homens, mulheres, crianças e o próprio prédio não apenas foram transformados fotografias, como também tiveram os seus destinos decididos por elas. Pois, os retratos produzidos por Bittencourt resumem a vida dos habitantes do edifício ao processo em que eles se engajaram: a ocupação do imóvel abandonado. Talvez seja essa a razão pela qual vemos uma ética (AGAMBEN, 2007) emergir nesta série de imagens. Pois, para os integrantes do MSTC, a ocupação não é apenas um lugar para morar, é também um ato político e, sobretudo, um modo de vida. Neste ensaio, pretendemos pensar os retratos dos ocupantes do edifício 911 em sua relação com a morte para tratarmos da ética que emerge nesta relação.

Autor(a/es/as)

Flávio Pinto Valle (http://lattes.cnpq.br/9224069355818051 /  @flaviopintovalle)

Paulo Bernardo Vaz  (http://lattes.cnpq.br/1682428830146432 / @paulobvaz)

Local de publicação

Sentidos da Morte: Na Vida da Mídia (@editoraappris)

Acesse a publicação completa em https://tinyurl.com/xmedwnxt


Esta publicação foi elaborada com base nas informações prestadas por Flávio Pinto Valle, através do formulário Divulgue suas publicações!

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